Masquerade - I Temporada escrita por Sissa Melo


Capítulo 2
Untitled


Notas iniciais do capítulo

OIEM
olha eu aq de novo :D
Então, pelo simpls fato de que meu PC quebrou e a lanhouse do meu predio vive em constante presença de vagabundos desocupados que jogam League of Legends o dia inteiro, vou ter que postar de tardinha os caps...
Então, a trilha sonora é Untitled, da banda Simple Plan, eis o link http://letras.mus.br/simple-plan/1112941/traducao.html



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Minha visão vai voltando á tona.

O solo está tremendo e vejo as árvores balançarem em um ritmo frenético.

Um raio corta o céu escuro.

Por um momento, uma luz forte cega meus olhos e logo em seguida some.

Acostumo-me á escuridão novamente.

- Tem alguém aí? - escuto alguém gritar por entre as árvores.

Tento me levantar, mas minhas pernas ardem e mal enxergo meus pés. O cenário me assusta.

Tropeço em uma das raízes sobressalentes do solo e apoio-me em um tronco há muito sem vida.

Logo á minha frente, vejo uma árvore partir-se e despencar sonora no chão.

Chove muito e já não enxergo mais nada.

Vejo uma figura embaçada atravessar o meu campo de visão.

- Socorro! - Grito.

As letras embaralham-se e saem da minha boca quase irreconhecíveis, como se fosse a primeira vez que escuto a minha própria voz.

Sinto minhas mãos tremerem e o meu coração bate como uma bomba relógio. Sinto que pode explodir a qualquer momento.

Os gritos que escutei a pouco agora estão abafados e distantes.

Sinto medo.

Ouço trovões e os raios iluminam o céu novamente.

O chão está tremendo.

Estou em pânico e não sei o que fazer.

Por mais que eu corra, não consigo ver nada.

Respiro.

Um Déja Vu me faz cair novamente.

Estou no mesmo lugar do meu flashback.

Temo ver a sombra desfigurada e fecho os olhos.

Sinto cada gota escorrer pela minha testa e bochechas.

A chuva começa a piorar.

Encho os meus pulmões de ar e grito o mais alto que consigo.

Minha voz é abafada pela chuva e os trovões me ensurdecem.

Não sei mais o que fazer e estou entregue ao tempo.

Abro os olhos e vejo a sombra desfigurada.

Sinto um arrepio.

A morte passou por aqui.

Não.

Não posso desistir assim.

Tomo coragem e levanto-me, lutando para ficar de pé em meio ao vento violento.

Meus cabelos chicoteiam a minha bochecha, mas eu não vou ceder.

Continuo andando, enquanto tropeço em galhos e plantas que cortam o meu pé.

Não tenho coragem de olhar para baixo.

Sinto algo gelado segurar o meu pé e a minha respiração para por uns segundos.

Sinto algo tocar o meu ombro o os cabelos da minha nuca se arrepiam.

A voz desfigurada me volta a mente.

Aperto os olhos o máximo que posso.

Minhas mãos ainda tremem e luto para me manter em pé.

Puxo minhas mãos e tento correr o mais rápido que consigo.

Dessa vez sinto algo puxar-me violentamente e caio de joelhos sobre a terra molhada.

Minha visão está embaçada.

- Venha comigo. 


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