Minha Amada Vítima escrita por Livia Dias


Capítulo 22
Mortos Nem Tão Mortos


Notas iniciais do capítulo

Hello!!! Estamos nós três aqui, para postar o último capítulo para vocês :( Mas fiquem felizes, porque ainda tem uma segunda temporada õ/

YUICHAN!!! GRACIAS POR SUA LINDA RECOMENDAÇÃO *-* Quase choramos de emoção, véi!!! Fazia tempo que não recebíamos uma recomendação kkkkkkkkkkkkkkk.

Bom, esse cap saiu bem maior do que esperávamos. Para vocês terem ideia, ficamos escrevendo ele desde o domingo '-' Mas com certeza está muito bom e vocês vão curtir (modéstia - modo Off)

Resolvemos postar o capítulo agora, porque como é grande demais, vocês tem bastante tempo para ler até mais tarde, que vai ser quando iremos postar (se tudo der certo) a segunda temporada!

Agora chega de conversa!!! Preparem-se!!! O maior capítulo dessa fic e o bem mais elaborado que já criamos!!!

BOA LEITURA GALERAAAA õ/



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Sakura corria pelos corredores, enquanto tirava um revólver da bolsa e procurava por algum sinal de Hinata.
Se acontecesse algo com a Hyuuga, a Haruno jamais se perdoaria. Em meio a esses pensamentos, quase pulou de susto ao ouvir seu celular tocar.
Ainda segurando o revólver, apanhou seu Sidekick e atendeu.
“Alô?”.
“Saudades, querida?”.
Sakura franziu o cenho, incrédula. Por que ele estava ligando para ela?
“O que você quer?”, cochichou, percorrendo o corredor com seu olhar, atenta a qualquer movimento.
“Pelo seu tom de voz tão alto, você deve estar em perigo”, refletiu Sasuke Uchiha, zombeteiro.
“Diga logo o que quer”.
“Primeiro, por que nunca me disse que quase se tornou uma agente do F.B.I?”, questionou, tranqüilo.
“Como...?”.
“Itachi acabou de consultar sua ficha. Sabe, rackeou o computador de um dos agentes e etc”.
“Ele está ai com você? Pensei que estivesse em Nova York!”, debochou Sakura, rindo nervosa.
“Está em um dos aviões que estão indo para Tóquio. Se não me engano, ele já está por aí”.
“Então, o que vocês vão fazer por aqui? Me matar?”.
“A missão já acabou, Sakura”, Sasuke parecia estar tão apressado quanto a Haruno. “E falhou, se isso te interessa”.
“Ótimo”, Sakura ouviu um barulho e respirou fundo, firmando-se contra uma parede.
“Escuta”, o tom de Sasuke mudou para um preocupado. “Hinata está em perigo...”.
“Eu sei”, sussurrou Sakura, quase desesperada. Suspirou, tentando se acalmar.
“Ela não está com você, certo?”, Sasuke tentava passar calma, o que era difícil já que agora, Sakura conseguia ouvir ruídos no andar superior.
“Estou tentando encontrá-la”, a rosada recuperou o controle de si própria e voltou a caminhar, atenta. As escadas estavam livres e desertas, sem nenhum sinal de sangue ou qualquer coisa sinistra. Segurou o revólver com força, enquanto atravessava o local a passos firmes. Pelo menos não estava escuro, pensou.
“Está armada?”.
“Sim”.“Encontre Hinata e esperem do lado de fora da Universidade! Estou saindo do aeroporto agora!”, pela primeira vez, Sakura estava sentindo preocupação verdadeira nas palavras de Sasuke. Não sabia ao certo o que pensar, mas o fato do Uchiha não ser seu inimigo naquele momento, de alguma forma a fez se sentir bem.
A Haruno não respondeu. Não houve tempo, porque Sasuke desligou logo em seguida às suas palavras. Sakura guardou seu Sidekick na bolsa, confusa e ansiosa.
Sasuke estava voltando, provavelmente, com Naruto e Itachi também. E a missão para seu assassinato, tinha falhado. Seria verdade ou apenas meros truques de assassinos de aluguel profissionais?
Sakura resolveu deixar aquilo de lado. Assumiu a postura de agente e continuou caminhando a passos silenciosos, permitindo seu olhar passar por todos os cantos.
Então, alguns instantes depois, as luzes do corredor se apagaram. Sakura parou, ouvindo os gritos de protesto do restante dos alunos que participavam do baile no salão.
Definitivamente, aquele blackout não tinha sido mera coincidência. Coincidências não existem, afinal.
Batidas fizeram seu corpo se retesar. Sakura olhou ao redor, segurando o revólver com firmeza. Chutou uma cadeira que bloqueava um dos corredores, testando se os ruídos iriam cessar.
E realmente cessaram.
A Haruno agachou-se atrás de um dos armários, no terceiro andar e olhou para o final do corredor escuro e aparentemente deserto. Pegou seu Sidekick e ligou para Hinata, tentando rastreá-la.
Seu celular tocou, próximo dali. Sakura levantou-se e segurando sua arma, atravessou o corredor até avistar um objeto no chão.
O celular de Hinata tocava, ao lado de uma janela quebrada. Sakura se aproximou do local, ainda atenta. Apanhou o telefone e o desligou. Tocou com a ponta dos dedos os cacos de vidro da janela e arriscou uma olhada para o breu que se estendia abaixo de si.
Estreitou os olhos e percebeu que o gramado estava vazio e escuro, sem nenhum corpo no chão.
Já percorrera todos os lugares possíveis dentro da faculdade. Onde Hinata poderia estar?

(...)

Seu vestido estava rasgado e pequenos arranhões eram visíveis em seus braços, por conta dos cacos de vidro. Desceu o gramado, correndo sem rumo para longe da faculdade.
Caso alcançasse os portões, Hinata poderia sair e procurar por Sakura.
Ouviu passos às suas costas e entendeu perfeitamente que alguém a seguia. Arriscou olhar para trás e viu uma moça de cabelos arroxeados, pele branca e piercings espalhados pelo rosto.
– Konan... – murmurou Hinata, parando sua fuga. Não esperava vê-la ali.
– Não adianta correr – avisou a jovem, calmamente.
Hinata atirou, errando por milímetros – de propósito - o rosto da jovem. Posicionou as duas mãos, cerrando os dentes e mirando novamente.
– Parada! – sussurrou. Konan parou, sem expressar emoção em seu rosto. Algo estava errado ali. – O que vocês planejam afinal? O que Mebuki tem a ver com tudo isso?
– De que adianta você saber? – Konan suspirou dramaticamente. – Não vai ajudar em nada sua amiga. Não vai poder contar a ela. Não vai poder fazer nada. Só vai, quem sabe, poder observar do inferno.
Hinata balançou a cabeça.
– Por que está fazendo isso, Konan? Éramos amigas...
– Éramos – o tom de voz da garota mudou completamente. Estava mais hostil. – Você traiu a mim, quando entrou para aquela cooperação e sua mentora me expulsou de lá quando tentei a chance! Como acha que me senti?
– Eu não tenho culpa! – gritou Hinata. – Eu não tenho culpa se aconteceu algo assim com você!
– Eu merecia aquela chance – sussurrou Konan, aproximando-se lentamente. – Eu merecia! Eu era órfã e fiel. Jamais trairia a mentora da Legião!
– PARA! – gritou Hinata, atirando nos pés de Konan. A garota parou, lançando um olhar mortal para a Hyuuga. – Se queria tanto entrar para a Legião, por que não tentou novamente?
– Porque eu arrumei outro caminho – Konan recuperou sua calma mais uma vez. – Entrei para a Akatsuki e fui mais além do que você ou Ino!
– Não fale da Ino – Hinata tremia de raiva. – Não fale dela como se você fosse melhor! Ino foi mil vezes mais capacitada do que você...
– E veja como ela está hoje – Konan gargalhou. – Morta! Uma vadia burra, morta!
Hinata atirou, acertando em cheio a perna direita da garota. Sua respiração falhava e sua raiva só aumentava. Konan analisou o ferimento com indignação e encarou Hinata, sua expressão atingindo um alto nível assassino.
– Vai pagar caro por isso! – e tirando uma faca do cinto, pulou em cima de Hinata, que caiu no chão.
Ambas rolaram pela grama, desferindo socos e chutes. Konan tentou acertar o rosto da morena com a faca, mas a garota desviava a cada ataque. Seu revólver tinha caído a alguns metros, o que se tornou uma grande desvantagem.
– Você vai morrer – sussurrou Konan, conseguindo prender Hinata e imobilizá-la. – Vai morrer, assim como Ino, assim como seus pais...
Hinata estremeceu, tentando livrar-se dali, mas tornou-se impossível.
– Quer saber o que planejamos? – perguntou Konan, passando a lâmina de sua faca pelo rosto da garota. - A Akatsuki vai...

(...)

Sakura passou pelo salão, tomando o cuidado de esconder o revólver do restante dos alunos.
Chegou ao gramado, onde sentiu o ar frio em seu rosto. Olhou ao redor e avistou duas figuras paralisadas, aparentemente femininas por conta da silhueta e cabelos.
Correu até o local, com a arma em punhos, tomando o cuidado de não fazer um barulho sequer.
Reconheceu Hinata, caída ao chão, parecendo extasiada com algo, enquanto uma garota de cabelos arroxeados passava uma lâmina pelo rosto da Hyuuga. Sem hesitar, Sakura atirou.
Hinata arregalou os olhos, logo que Konan cuspiu sangue e caiu na grama ao seu lado. Viu Sakura, com um revólver nas mãos, e suspirou aliviada.
A rosada parecia bem.
Hinata levantou-se, pegando seu revólver na grama. Sakura a observou, sem dizer uma palavra sequer.
– Então é isso – a Haruno enfim disse. – Você é...
– Uma agente de uma cooperação contra o terrorismo – completou a Hyuuga, dando um leve sorriso. – Ou Legião, se preferir.
– E Ino? – Sakura encarou a amiga, tentando permanecer calma. – Era da Legião também?
Hinata assentiu. Sakura balançou a cabeça.
– Por que não me disseram? Vocês sabiam que eu quase tinha entrado para o F.B.I e...
– Você não deveria saber – a Hyuuga iniciou a caminhada de volta para a faculdade, parecendo preocupada. – Deveríamos protegê-la do grupo Uchiha e da Akatsuki.
– Então vocês sempre souberam... – Sakura seguiu a garota, sentindo a cabeça girar. Como Ino e Hinata poderiam fazer parte de um grupo de espionagem contra o terrorismo? Como suas amigas, as “garotas do campo” na verdade sempre foram assassinas profissionais que queriam protegê-la? – Quem era aquela garota com você?
– Uma antiga amiga – falou Hinata, sem emoção alguma. O que queria era se distanciar do corpo de Konan, para não deixar que a ficha caísse para si.
– Sasuke me ligou – Sakura assumiu uma postura mais direta e decidida. Hinata a encarou, desconfiada. – Disse... Bom, acho que ele, Naruto e Itachi estão do nosso lado agora.
A rosada sentia-se estúpida por pensar daquela forma, mas sabia que estava certa. Daquela vez, seu “sexto sentido” não tinha apitado loucamente. Parecia que realmente Sasuke estava falando a verdade.
Antes que Sakura e Hinata adentrassem o salão escuro da faculdade, a Hyuuga puxou a Haruno para um canto.
– Escuta – disse, olhando ao redor. – Konan me disse qual é o objetivo da Akatsuki.
– Que objetivo é esse? – perguntou Sakura, recarregando seu revólver e encarando Hinata com o cenho franzido.
– Sua mãe – Hinata suspirou, logo que Sakura a encarou com o cenho franzido e uma expressão de “do que você está falando?”. – Sua mãe se meteu contra eles e... A Akatsuki quer atingi-la de todas as formas.
– Pensei que o alvo fosse meu pai, afinal – Sakura riu tristemente. – Então, minha mãe também esconde segredos...
– Não perca o foco – Hinata segurou a amiga pelos ombros, balançando-a com força, querendo trazê-la de volta à realidade. A amiga a encarou com seus orbes verdes brilhando com tristeza.
– O que quer dizer com isso? – sussurrou Sakura, mexendo em seu revólver.
– Quero dizer que os alunos dentro da faculdade correm perigo – Hinata suspirou. – Temos que alertá-los.
– O quê? – Sakura franziu o cenho.
– A Akatsuki vai detonar, Saky – a Hyuuga recarregou seu revólver, sorrindo tristemente. – Temos que ir.
Sakura assentiu, decidida. Tinha de deixar os seus problemas de lado. Ambas adentraram o salão da faculdade, onde os alunos ainda gritavam, indignados com a falta de luz.
– ATENÇÃO! – gritou Hinata, adquirindo uma postura cheia de autoridade. Alguns alunos a encararam, enquanto a maioria a ignorou completamente. A garota suspirou e ergueu o revólver, apontando para o teto.
Atirou.
Todos os olhares se voltaram para ela, enquanto algumas garotas gritavam e se afastavam de súbito. Hinata os encarou.
– Se querem viver, saiam daqui pela saída principal e pelas saídas de emergência. Sou uma agente do F.B.I e isso é um alerta. Uma bomba-relógio está prestes a explodir a qualquer momento – Sakura chegou a encarar a morena extasiada, tal a calma que a Hyuuga que transpassava.
Os alunos começaram a murmurar e soltar exclamações, demonstrando suas opiniões sobre aquele aviso. Alguns acreditaram e trataram de sair, outros permaneceram ali, zombando da sorte.
Sakura caminhou até a frente e atirou no teto. Os alunos se assustaram mais uma vez.
– ESCUTA AQUI! – gritou, perdendo a paciência. - A FESTA ACABOU! TODO MUNDO PRA FORA! ESSA BOMBA VAI EXPLODIR LOGO, LOGO E TODOS VOCÊS VÃO MORRER SE CONTINUAREM AQUI! VÃO EMBORA!
Dessa vez, ninguém ousou permanecer no salão. Talvez realmente respeitassem Sakura e confiassem nela, ou talvez um segundo tiro no teto tivesse assustado todos eles.
Em poucos minutos, restaram apenas Hinata e Sakura dentro do prédio.
– Pain ainda está aqui – disse Hinata, olhando ao redor. – Temos que ir
Ambas iniciaram a sequência de passos, que ecoaram pelo piso de mármore do salão. Subiram as escadas, preparando-se para qualquer surpresa que surgisse no meio do caminho. Nada aconteceu até o primeiro andar, o que apenas aguçou a atenção das garotas.
Chegaram até o terceiro andar, em pleno silêncio. Passaram pela janela quebrada, onde Sakura sentiu os cacos de vidro em seus sapatos de salto alto, enquanto passava pelo corredor. Hinata encostou-se contra a parede, alerta. Ambas pararam ao mesmo tempo, quando algo se moveu na escuridão à frente delas.
E por uma fração de segundo, Sakura e Hinata apenas apontaram os revólveres na direção das sombras, aproximando-se lentamente. Logo, que alcançaram o final do corredor, as amigas perceberam que não havia nada ali. Baixaram as armas ao mesmo tempo, ainda em alerta.
BUM
Sakura caiu para frente, colidindo com um dos armários e caindo no chão frio. O prédio sacudiu com a explosão e o cheiro de fumaça preencheu o ar.
A bomba estava no quarto andar, bem acima das garotas. Sakura puxou Hinata no instante em que os blocos de concreto começavam a cair, próximo à elas, erguendo uma nuvem de pó e fumaça. O teto desabava lentamente, como um daqueles filmes de ação que você assiste em 3D.
Mas aquilo era real, o que chegava a ser pior.
Sakura se acalmou. Já passou por treinamento para saber o modo de agir naquelas situações. Tinha de relaxar e pensar.
– Temos... Que pular... - Hinata indicou a janela quebrada logo atrás delas, tossindo por conta da fumaça que se propagava no corredor.
Sakura refletiu por um instante. Não. Caso pulasse com Hinata, ambas poderiam se ferir seriamente. Além do mais, a Haruno não queria sair dali. Não ainda.
Pegou o seu revólver e o de Hinata, ao mesmo tempo que deixou a Hyuuga encostada contra um dos ármarios. Rasgou parte do próprio vestido e colocou no rosto da amiga.
– Eu já venho. Se eu não voltar em cinco minutos, pule a janela, procure um meio de sair daqui o mais depressa possível. Só não pule a janela - alertou Sakura e antes que Hinata pudesse argumentar, a Haruno se afastou e pulou na parte lisa de um dos ármarios, ganhando impulso e alcançando o buraco no teto logo em seguida.
Subiu e encontrou o restante da bomba mais ao fundo, em um monte de TNT, metal e fios. Atravessou a sala de artes em chamas, tomando o cuidado de colocar um pedaço do vestido contra o rosto, e saiu dali. Chegou ao corredor e avistou três sombras, movendo-se com rapidez. Ergueu os dois revólveres e atirou.
Acertou em cheio a cabeça de dois homens, que caíram no chão com um baque. O outro virou-se e atirou na direção de Sakura, mas a rosada desviou e continuou correndo até ele. O homem fugiu dali, correndo com rapidez.
Alcançou os dois corpos e percebeu que eram dois agentes da Akatsuki. Sorriu. Foi loucura atirar sem ter certeza, mas Sakura estava tomada pela falta de razão naquele instante. Arrancou as máscaras de gás que ambos possuíam e colocou uma delas no próprio rosto, substituindo pelo tecido rasgado do próprio vestido.
Correu de volta à sala de artes em chamas e pulou no buraco, caindo de pé no corredor do terceiro andar. Hinata franziu o cenho surpresa ao ver a amiga com as máscaras, mas a Haruno não deu maiores informações.
Colocou a máscara em Hinata e a encarou.
– Vá embora daqui. Você já respirou muita fumaça e isso vai prejudicar você - a Hyuuga não disse nada, mas seus olhos brilharam de tristeza. Sakura já não parecia mais a mesma. Parecia... Assassina demais, o que assustava. - Encontre Naruto, Sasuke e Itachi. Diga a eles para me esperarem nos fundos da faculdade... Caso eu saia daqui.
Hinata arregalou os olhos, entretanto Sakura não permitiu que a amiga falasse.
– Não quero que aconteça com você o mesmo que aconteceu com a Ino - falou, decidida. - Tenho que encontrar Pain e matá-lo. Você já fez muito, agora é minha vez. Vá!
A Hyuuga tossiu.
– Tome... Cuidado - avisou, abraçando Sakura com força e em seguida, dando as costas para a rosada e se dirigindo para a janela quebrada.
Sakura não gostava nada da ideia de pular aquela janela, mas ao contrário dela, Hinata parecia gostar bastante daquilo, pois o fez sem hesitar.
(...)
Ao cair na grama e sentir o peito doer por conta da fumaça, Hinata fechou os olhos momentaneamente. Precisava fazer o que a amiga havia lhe pedido. Tinha de encontrar Sasuke, Naruto e Itachi logo.
Alguns instantes depois, a Hyuuga se levantou, cambaleante, mas bem. Tirou a máscara de gás e sentiu o ar frio daquela noite. Ouvia vozes e gritos, e ao dar a volta no prédio da universidade, viu carros de polícia, caminhões de bombeiros e ambulâncias, em contar nos alunos desesperados e redes de TV curiosas. Todos eles, estavam em frente a faculdade, esperando por algo que a Hyuuga não identificou.
Cambaleou pelo gramado, tomando o cuidado de manter uma distância do grupo que acompanhava o incêndio e se escondeu nas sombras, querendo alcançar os portões.
Virou-se de costas por um instante, sentindo os olhos arderem ao focalizarem nas chamas que dominavam o prédio. Os bombeiros começavam a tirar mangueiras dos caminhões e atravessavam o gramado.
"Sakura ainda está lá dentro", pensou Hinata, tristemente. Torcia para que a amiga saísse dali viva, mas com tudo o que estava acontecendo...
Uma mão tapou sua boca e a morena arregalou os olhos. Começou a se debater, chutar e tentar morder, mas a voz que soou fez com que parasse imediatamente.
– Hina-chan! Para com isso, pô! Sei que fui um filho da puta com você, mas não precisa me espancar, ok?
A mão se distanciou de seus lábios, permitindo que Hinata se virasse e encarasse o loiro.
– Naruto... Kun... - sussurrou, sentindo as lágrimas surgirem em seus olhos e o sorriso escapar por entre seus lábios. Sentia tanta falta daquele garoto, que chegava a doer.
Naruto sorriu. Parecia mais cansado e maduro do que antes, como se tivesse passado por muita coisa desde que foi embora. Seus cabelos loiros estavam um tanto maiores e mais bagunçados, enquanto carregava uma sniper ao ombro e uma mochila às costas. Sorriu brevemente.
Hinata o abraçou, ignorando a dor no peito e as pernas dormentes. Sentir Naruto era como poder tocar as estrelas mais uma vez. A alegria alcançou seu intímo e a calma a atingiu da mesma forma.
– Também senti sua falta, Hina-chan! - Naruto largou a sniper no chão e retribuiu o abraço, com a mesma intensidade. - Não sabe como fiquei por todo esse tempo que estávamos separados...
– Por que você só voltou agora? - Hinata se afastou. - Por que?
– Bom... - Naruto coçou a nuca, sorrindo brevemente. - Depois que a missão falhou, nós resolvemos voltar para o esconderijo já que você e a Sakura estavam bem bravas com a gente... E com a morte da Ino... O Itachi ficou meio deprê e viajou em missão de reconhecimento...
Hinata o interrompeu, selando seus lábios nos do garoto. Sentiu Naruto passando seus braços pela cintura da morena, tirando-a do chão enquanto seguia os movimentos ardentes de seus lábios doces.
Ambos esqueceram completamente do mundo e do que acontecia ao redor. Poderiam ficar naquilo por horas, dias ou semanas, e jamais se cansariam.
Uma tosse forçada foi à única coisa que os tirou daquele momento. Naruto e Hinata olharam na direção do pigarro, onde Itachi os encarava com certa impaciência, enquanto Sasuke olhava diretamente para o prédio em chamas, sem dar qualquer atenção ao amigo e à Hyuuga.
– Por que vocês não esperam um pouco mais? – Itachi suspirou pesadamente, como se estivesse lidando com duas crianças de dois anos e não com dois adultos. – Estamos prestes a entrar e procurar pela Haruno antes que o prédio inteiro desabe!
Hinata se recompôs e Naruto coçou a nuca, envergonhado. Ambos se afastaram com sorrisos timídos, fazendo Itachi revirar os olhos, mas sorrir de canto.
– Então – Sasuke se pronunciou, sem tirar os olhos do prédio. – A Sakura está lá dentro?
– Ela falou que era para vocês esperarem por ela aqui – Hinata suspirou pesadamente. – Eu não concordei com isso, mas não adianta discutir quando Sakura decide algo. Com certeza ela quer vingar a Ino...
Itachi pareceu desconfortável, mas não disse nada. Hinata se calou, parecendo perceber a tensão que tomou o lugar. Sasuke suspirou.
– Vocês ficam aqui. Itachi, ligue para o Obito e peça o melhor carro que ele conseguir, para uma possível fuga – o Uchiha assentiu e se afastou com seu tablet. – Naruto e Hinata. Preciso que fiquem de olho no local. Se o Pain ou qualquer agente da Akatsuki aparecer...
– Meto bala! – o Uzumaki sorriu largamente, divertindo-se completamente.
– É isso aí! – Sasuke sorriu de lado. – Hinata, segure o seu namorado para ele não fazer besteira. A polícia tá por perto e... Bem, ainda somos terroristas.
– Sakura está no terceiro andar! – avisou Hinata.
– Não mais – Itachi voltou ao local, e lançou seu iPhone para Sasuke, que o apanhou no ar. – Fiz um mapeamento completo da universidade. O ponto que se move é o da Sakura.
– Vocês colocaram outro rastreador nela? – perguntou Hinata, encarando cada um dos três com uma expressão reprovadora.
– Nem eu sabia desse! – Naruto ergueu as mãos para o alto, em sinal de rendenção.
– Muito menos eu – Sasuke não tirou os olhos do ponto que se movia e percebeu que Sakura estava indo para o quinto andar.
– Bom – Itachi sorriu tristemente. – Esse era de emergência. Preferi não falar para vocês porque tem coisas que não devem ser ditas. Além do mais, eu me lembrei dele agora. Estava pedindo para atualizar.
– É um nerd falsificado mesmo – Naruto balançou a cabeça, descrente.
– Cuidado, Sasuke! – alertou Hinata, com um aceno de cabeça encorajador.
Sasuke assentiu e se afastou, colocando uma máscara de gás no rosto durante o percurso. Levava uma sniper ao ombro e uma arma com corda, criada especialmente para escaladas. Passou pelas sombras, sem chamar a atenção dos curiosos, e alcançou os fundos da faculdade.
A fumaça era mais espessa por ali, o que dificultava para enxergar qualquer coisa. Felizmente, Sasuke também tinha os óculos especiais para aquelas “ocasiões”. Colocou a arma especial sob o ombro e mirou no batente mais alto de uma das janelas mais altas.
Atirou.
Um anzol fixou-se no local exato que Sasuke queria, levando uma corda resistente até o alto. O Uchiha começou a subir com facilidade.
(...)
Sakura corria por entre a fumaça, procurando qualquer sinal de Pain. Sabia que ele ainda estava lá dentro de alguma forma.
Pain queria matá-la. Ele queria destrui-la para atingir Mebuki Haruno. Mas por quê?
– Sakura... Haruno - uma voz gélida soou as suas costas, fazendo-a virar-se com o revólver em punho.
Encarou com desgosto o homem de cabelos alaranjados e piercings espalhados pelo rosto. Este usava uma máscara de gás no rosto e óculos protetores. Segurava uma lança e a girava entre os dedos, parecendo despreocupado com as chamas ao seu redor. Aliás, não parecia se importar nem um pouco com o estado do local; mesmo com o ferro caindo das paredes e algumas destas desabando, Pain encarava Sakura como se fosse seu trunfo pessoal.
– Estava ansioso por encontrá-la - disse ele, com um sorriso debochado. - Afinal, você é a minha presa no momento.
Mesmo com o estômago embrulhado e a sensação de que seus pulmões iriam explodir, Sakura permaneceu firme e forte. Mirou no peito de Pain, aguardando a hora certa para atirar. Não recuou enquanto este se aproximava; não erraria um tiro caso precisasse atacar.
Mas no momento, precisava de respostas. Não poderia matá-lo sem antes saber o porque de toda aquela caça ter se iniciado contra ela.
– Por que você e o grupo Uchiha queriam me matar? - perguntou Sakura, sem tremer.
Pain franziu o cenho.
– Você não sabe? Sério mesmo? - debochou, rindo. - Pensei que seu namoradinho tivesse entregado o jogo afinal.
Sakura permaneceu séria, na mesma posição. Pain pareceu perceber, pois sorriu de lado.
– A Akatsuki é o grupo mais antigo e valorizado da área do terrorismo. O grupo Uchiha pode ser até o mais respeitado de hoje em dia, mas a Akatsuki era o centro do poder nos velhos tempos. Por conta disso, o grupo Uchiha sempre manteve os olhos em nós, provavelmente com medo de que traíssemos e os atacando pelas costas. - Pain riu, dando de ombros. - Confesso que realmente faríamos isso... Enfim, o grupo Uchiha acabou fechando um acordo com a Akatsuki, um contrato, para ser mais franco.
Ele deu alguns passos à frente, girando a lança entre os dedos. Sakura apertou com mais força seu revólver.
Pain parou a alguns metros longe dela, com uma expressão vazia.
– Que tipo de acordo? - questionou Sakura, entre a curiosidade e o nervosismo.
– O grupo Uchiha não deveria ser da área do terrorismo. Eles sempre foram piedosos demais e faziam apenas o que achavam justo. Ou melhor, fazem o que acham certo. São diferentes da Akatsuki. Quando viram que nós estávamos matando além da conta e nos envolvendo com inocentes, com pessoas que não tinham nada a ver com nosso mundo e as matando em seguida, o grupo Uchiha criou um acordo. Eles determinaram que o envolvimento sentimental fora das missões, com pessoas inocentes, deveria ser abolido totalmente. Terroristas deveriam se casar com terroristas. Nada de envolver pessoas "boas".
Sakura estremeceu. Que tipo de acordo era aquele?
– E o que minha mãe tem a ver com isso? - perguntou a Haruno, mexendo as mãos levemente.
– Paciência, Haruno - Pain sorriu abertamente por debaixo da máscara. - Primeiro, você precisa entender o que realmente aconteceu. O grupo Uchiha e a Akatsuki conseguiram levar o acordo por anos, décadas. Eu era um menino quando ele foi criado, afinal. Mas aconteceu o que não deveria ter acontecido.
"Madara Uchiha, na época, era um dos filhos do fundador do grupo Uchiha. Fugaku tinha acabado de assumir seu lugar de chefe nos negócios e Madara ficou com o de sócio. A partir daí, tudo bem, certo? Bom, Madara foi mandado em uma missão de alto nível; tinha de matar uma garota da Legião que estava atrapalhando os terroristas..."
Pain se interrompeu no instante em que a janela ao lado dele estilhaçou em pequenos cacos, que voaram para todas as direções. O moreno adentrou o local, com uma sniper ao ombro e uma máscara de gás no rosto. Pain se moveu rapidamente e atirou a lança no garoto, mas este desviou com habilidade e mirou no homem.
– SASUKE! - gritou Sakura, em tom de alerta. - Não!
O Uchiha parou, como se visse a Haruno pela primeira vez. A fumaça ainda chegava aos três, com intensidade, o que a impossibilitava de ver seus olhos escuros, mas podia jurar que certa surpresa passou por eles.
– Não o mate ainda - Sakura tomou a frente, decidida. - Ele está me dando respostas, algo que você não fez.
– Não seja mal agradecida - debochou Sasuke, aproximando-se da rosada, sem tirar os olhos de Pain, que permanecia parado, sem reagir. - Olha onde eu estou por você.
– A história se repete - disse Pain, que os observava com atenção.
– Do que você está falando, verme? - Sasuke arqueou uma sobrancelha.
– Como dizia, Sakura - Pain encarou a rosada, fazendo o Uchiha soltar um muxoxo de impaciência. - Madara aceitou a missão de bom gosto. Afinal, ele não tinha nenhuma preocupação no momento e provavelmente, matar uma agente da Legião seria relaxante.
– Ah não, essa história de novo? - Sasuke revirou os olhos, impaciente. Provavelmente queria fuzilar Pain de uma vez e sair dali com Sakura o mais rápido possível.
– Você já conhece essa história? - perguntou Sakura, franzindo o cenho.
– Madara é meu tio, Sakura - lembrou o Uchiha, irritado. - Esse Pain só deve estar mudando a versão, mas os fatos continuam o mesmo.
– Ah, dúvido muito, Uchiha - Pain sacou outra lança e iniciou os mesmos giros entre os dedos. - Talvez você seja a pessoa que não sabe a verdade.
– O que quer dizer com isso? - perguntou Sasuke, desconfiado.
– Paciência, gafanhotos - Pain ergueu o rosto, acariciando sua lança. - Como dizia, no começo da missão, Madara considerou fácil a tarefa de matar a agente. Ela tinha uma vida normal no tempo livre e não seria complicado destrui-la a qualquer momento. Mas, com o tempo, Madara se apaixonou pela sua vítima.
Sakura encarou Sasuke, que não parecia surpreso. Fitou Pain. O que ele quisera dizer com a história se repete?
– Ambos viveram uma bela história de amor - Pain ficou pensativo. - Digna de livros rômanticos. A missão se estendeu e Madara teve de enfrentar o desgosto dos pais por ter se apaixonado por uma garota completamente proibida. A agente da Legião... Ela também teve que enfrentar a fúria dos pais. Estes faziam parte da mesma organização que a filha, portanto, tiveram poder suficiente para expulsá-la da Legião para que ela não envergonhasse ainda mais o nome do clã...
Sakura estremeceu. Aquilo tudo era... Cruel demais.
– Algum tempo se passou e Madara se distanciou da garota. Nisso, os pais dela obrigaram a mesma a se casar com um filho de um político popular e bem sucedido...
A Haruno começava a sentir seu peito apertar. O que Pain estava dizendo?
– E a notícia de que a garota estava grávida, chegou aos ouvidos de Madara meses depois - continuou o homem, tranquilamente. - Ele se decepcionou, claro. Mas o que não sabia, era que a filha da agente que nasceu em seguida - Pain focou seus olhos em Sakura. - Era filha dele.
– Sakura - Sasuke a chamou, mas a rosada não lhe deu atenção. Aliás, não conseguia se mover.
– Curiosamente, Sakura - Pain parecia deliciar-se com o efeito que causava. - Sabe quem era a agente da Legião pela qual Madara se apaixonou?
– Já chega, não é Pain? - Sasuke deu um passo a frente, com a sniper mirando no peito do homem. - Agora é a hora que eu mato você e fim.
Pain ignorou Sasuke e encarou Sakura com interesse.
– Era Mebuki, Sakura - o homem sorriu por debaixo da máscara. - Sua mãe.
A Haruno baixou o revólver, em choque. Suas mãos tremiam e seu corpo inteiro ameaçou desabar junto com aquele prédio. Sua mãe... Madara... Não, não poderia ser verdade.
Kisashi não era seu pai? Então era esse o motivo do ódio por ela?
– Entende agora, Sakura? - o tom de Pain foi quase solidário. - Entende por que a Akatsuki quer acabar com você e com sua mãe? Sabe por que o grupo Uchiha quer você morta também? Não foi para atingir o presidente do Japão ou vingar a morte de um agente deles...
– Chega, Pain! - exclamou Sasuke, furioso.
– Foi por causa do acordo! - gritou Pain, enquanto Sakura se afastava, querendo sumir dali. - Foi para salvar a pele deles!
Sasuke atirou, mas Pain desviou com rapidez e sorriu sadicamente, antes de atirar a lança no teto e este terminar de desabar a frente de Sasuke e Sakura.
O Uchiha puxou a rosada para trás, abraçando-a com força enquanto a nuvem de pó se erguia. Quando Sakura ergueu o olhar, percebendo a segurança ao redor, viu que Pain havia sumido.
– Filho da puta - xingou Sasuke, ajudando Sakura a levantar. - Vamos embora daqui. Não dê chilique e nem pense em sair correndo quando caírmos no chão!
Sakura poderia ter se sentido ofendida ou ter feito exatamente o contrário do que Sasuke lhe dissera, mas no fim, estava atordoada demais para seguir qualquer coisa.
Além de não ter conseguido completar sua vingança, havia descoberto coisas que não queria ter tirado do túmulo onde estava guardado. Saber que sua mãe era uma agente da Legião nos "velhos tempos" e que havia se envolvido com um Uchiha... Era demais para Sakura.
Sasuke segurou a cintura da Haruno com firmeza e segurando a mesma corda que usou para entrar no prédio, prendeu-se à mesma e escorregou, levando Sakura junto a si.
Ambos caíram na grama e no mesmo instante, o prédio estremeceu.
– Você está bem? - perguntou Sasuke, ajudando Sakura a levantar.
A rosada não respondeu e ao invés disso, encarou a multidão que estava diante da universidade. Eles parecia realmente preocupados com a situação do prédio... Ou estavam apenas fingindo?
Sakura estava cansada e sentia a dor atingi-la como uma faca afiada, que não cansava de rasgar seu peito. Por que tudo tinha de ser tão difícil para ela?
Por que?
Hinata a abraçou com força logo que a avistou, mas Sakura tratou de se desvencilhar e caminhar para longe, em direção aos portões da universidade. Mesmo cambaleante, conseguiu chegar até a calçada sem cair.
Grande conquista.
– Fale com ela - disse Hinata, de modo taxativo, encarando Sasuke com firmeza. - Ela só vai escutar você agora!
O Uchiha olhou para os portões e pôde ver Sakura ainda ali, talvez esperando por ele ou pensando em algum lugar para ir.
Suspirou. Aquela conversa seria difícil.
(...)
A areia da praia brilhava sob a luz da lua cheia. O som da água do mar batendo contra a margem fez Sakura relaxar.
Sentiu o vento frio atingir-lhe em cheio, mas não se importou. Depois de passar por um incêndio e ainda não ter conseguido acabar com o maldito assassino de Ino, o frio chegava a ser até mesmo relaxante para Sakura.
Sasuke caminhava ao seu lado, sem nenhum dos equipamentos que usou tempos atrás. Suas mãos estavam nos bolsos da calça negra e sua expressão indicava que seus pensamentos estavam longes dali.
Por fim, Sakura resolveu quebrar aquele silêncio incomôdo.
– Você sabia? - questionou, referindo-se à tudo que Pain lhe dissera.
– Não - Sasuke foi curto e direto, como se não se importasse com nada daquilo. - Eu sabia que meu tio tinha se apaixonado por uma garota na missão, mas não fazia ideia que era a sua mãe, Sakura.
A rosada acreditou. Conseguia identificar a verdade na voz do rapaz e sabia que ele estava tão perdido quanto ela.
O destino era tão injusto...
– Então somos... - começou Sakura, mas foi interrompida pelos braços de Sasuke em torno de si e os lábios frios do moreno contra os seus.
Por um momento, esqueceu totalmente de tudo ao seu redor. As preocupações tornaram-se amenas e quase indiferentes diante daquele momento tão prazeroso que desfrutava com deleite. Sakura passou as mãos pelos cabelos rebeldes de Sasuke, sentindo seus fios negros contra seus dedos, proporcionando uma onda de choque por todo seu corpo.
O Uchiha deu uma pequena rasteira na rosada, que caiu na areia com Sasuke por cima dela. Ambos se encararam por longos instantes, até o garoto beijá-la mais uma vez.
Mas antes que ambos iniciassem as carícias mais provocativas, o Sidekick de Sakura começou a tocar de forma insistente. Sasuke gemeu, indignado e a rosada teve vontade de rir.
– Incrível como seu celular tem o talento de nos interromper sempre - disse Sasuke, quase como uma criança birrenta. - Um dia eu ainda jogo ele longe.
– Nem pense nisso - ameaçou a rosada, arqueando uma sobrancelha, enquanto apanhava sua bolsinha de contas.
Pegou seu Sidekick, que não parava de vibrar. Pensava ser uma mensagem anônima como as anteriores, mas viu que era uma chamada. Franziu o cenho por não reconhecer o número.
Atendeu mesmo assim, sem saber que aquela ligação, mudaria sua vida dali em diante.
"Alô?"
"S-Sakura", a voz soou reconhecível aos ouvidos da Haruno, que franziu o cenho mais uma vez, tentando lembrar. "Que bom falar com você".
"Quem é?", questionou Sakura, logo que Sasuke arqueou uma sobrancelha, aparentemente curioso.
"Sou eu, Sakura", e a Haruno quase deixou o celular escapar por sua mão ao ouvir a seguinte fala. "Ino. Eu estou bem, Sakura. Estou viva."


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Notas finais do capítulo

Agradecimentos:

Gostaríamos de agradecer a todas as lindas leitoras que vem comentando desde o primeiro capítulo da fic. Essa história, foi e continua sendo, a de mais sucesso que já criamos.

Poxa, 167 leitores, véi!!! Com apenas 21 capítulos ;)

Também queremos agradecer a Deus por ter nos dado a oportunidade de iniciarmos uma grande parceria, a qual dura desde julho firme e forte õ/

E queremos agradecer a Ele por nos dar o dom de ter sempre criatividade e gosto pela Língua Portuguesa, pelos livros e por coisas tão simples, mas que para nós tem um valor imenso.

Bom, a segunda temporada será lançada hoje, portanto, preparem-se! Mais tarde, quem sabe, vocês estarão vendo uma "Minha Amada Vítima 2" por aí ;) Fiquem atentos, ok?

Não deixem de comentar!!! Mesmo que nós não tenhamos tempo para responder os reviews, estamos sempre lendo cada um deles e acabamos ficando motivadas por tanto carinho que vocês passam para nós! Muito obrigada, gente :D

Até outra fic! Fiquem com Deus e uma ótima tarde!

Beijos, Beijocas e Xerus!

— By Livia, Manu e Bianca (Fanáticos Por Fanfics)