Shalom - As Memórias de John Sigerson escrita por BadWolf


Capítulo 49
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, último capítulo... ;(
(Acho que já estou usando essa expressão há um tempo, rs...)

Nosso belo casal ficará junto ou não? Acho que a maioria já deve esperar por essa resposta. E Watson, tadinho? Ele merece saber de tudo, passado, presente e possivelmente futuro...

Mas veremos se ainda tenho o poder de surpreender vocês.
Obrigada por acompanharem a fanfic.



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Havia uma pequena nota no Times a respeito da morte de um russo chamado Dmitri Kyznetsov, que fora encontrado já sem vida em Baker Street. A morte do estrangeiro acabou alardeando a todos sobre a volta de Sherlock Holmes, uma vez que o caso Sebastian Moran teve a participação de Holmes abafada. Como o estrangeiro aparentemente tentou invadir seu apartamento e mata-lo, Holmes foi absolvido de qualquer acusação, sem ao menos encarar um tribunal, graças ao bom trabalho do advogado de Mycroft e seu depoimento impecável.

Watson deixou seu jornal sobre a mesa, depois de tomar seu chá da tarde. Nos últimos tempos, andava triste. E sua tristeza tinha nome, sobrenome, e uma aliança devolvida.

–Olá Watson.

Watson se virou, para deparar-se com Holmes, vestido de maneira impecável como sempre, mas com o semblante um tanto fresco, diria até que iluminado por uma alegria que ele só via em casos bem-sucedidos.

–Oh, meu amigo! Veio fazer uma visita ou precisa de alguma consulta?

–Na verdade, uma visita, pois você sabe que minha saúde é de ferro.

–O ferro enferruja, Holmes, sem devida manutenção. – brincou Watson. – Mas então?

–Vim saber se você está bem, Watson. - perguntou Holmes, cuidadoso.

–Oh, então as notícias já chegaram a Baker Street... – murmurou Watson.

–Você não veio me ver há duas semanas, e estive duas vezes em sua casa, e sua senhoria disse que você está trabalhando quase doze horas por dia. Isso só poderia ter uma explicação...

Watson deu um grave suspiro.

–Ela me deixou, Holmes. Disse que amava outro homem, e me contou que vai se casar com ele. Não entendo, estávamos tão bem, e então... Foi tudo tão rápido... Mesmo suas explicações de que ele já foi seu noivo não me convenceram...

–Hum... – disse Holmes, ajeitando-se na cadeira.

–Um tal de John Sigerson. Ela me explicou que ele é norueguês, aventureiro, e que agora fixou residência em Londres. Imagine só, deve ser um cigano errante, coisa que uma mulher como Sophie não merece... Parece que eles se casaram há uma semana, algo assim, para ver como a coisa foi rápida. John Sigerson... Talvez por isso ela tenha se acostumado a me chamar de John...

–Watson, não fique assim. Tenho certeza de que encontrará outra mulher para preencher essa lacuna.

Watson sorriu decepcionado. – Meu amigo, eu já não sei mais se quero que ela seja preenchida. Mas você é a última pessoa a me aconselhar isso, não você, o solteirão convicto de Londres, que despreza o belo sexo.

–Mulheres são perigosas, o exercício de minha profissão me disse isso várias vezes. – confessou Holmes.

Watson riu. – Está certo, Holmes. Tudo bem, eu vou fazer-lhe uma visita qualquer dia desses.

–Faça mesmo, Watson. Pois agora que descobriram que estou de volta, os casos não param de chegar.

–Posso perceber... A última vez que tive notícias suas, você estava envolvido em um caso em Sussex, isso na semana passada...

Holmes concordou. – Sim, estive em Sussex por uns cinco dias. Foi algo um tanto... Complexo. – disse Holmes, com o olhar perdido. – Complexo, no início, mas ao final deu tudo certo.

–Complexo?! – questionou Watson.

–Eu diria que “inédito”, em toda a minha vida. As experiências que tive por lá, certamente, foram singulares.

Watson ficou intrigado. – Você poderia me contar sobre esse caso de Sussex com mais detalhes? Acho que pode render uma boa história...

Antes que ficasse ruborizado com as simples lembranças, Holmes cortou. – Er, não. Acho que a sociedade ainda não está preparada para saber o que se passou comigo em Sussex, meu caro.

–Ah, mas vamos. Conte ao menos para mim... Prometo que passarei longe do bloco e caneta.

–Não, Watson. – Holmes suspirou, tentando encontrar uma saída. – Um dia, meu caro, eu prometo. Um dia. Por agora, tenho um caso que certamente será muito interessante, que tenho certeza de que sua ajuda me será muito estimada, isto é, se você não estiver ocupado...

–Não tenho mais nenhuma consulta marcada hoje. Pode contar comigo, Holmes.

Holmes sorriu. – É sempre bom saber que posso contar com você, Watson. Pegue seu revólver, pois o caso que temos pode custar a vida de um homem inocente.

E ambos os amigos saíram, adentrando a noite em um caso, como se aqueles quase quatro anos de distância não tivessem sido mais que três dias.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, esse é o fim.

Espero que não tenha deixado ninguém decepcionado.

Espero que Doyle não tenha se revirado no seu túmulo com a associação de minha Esther com o Great Detective e que nenhum fã purista queira me massacrar, esculachar, arrancar minhas unhas com pinça ou qualquer delicadeza desse tipo. rs.

Sentirei muita falta do casal Esther e Sigerson, devo dizer que essa empreitada chamou mais a atenção do que eu imaginava e que teve uma boa recepção, mesmo sendo uma primeira fanfic nesse site imenso. Me sinto feliz de ter atraído a atenção de cada um de vocês, usuários ou anônimos, e pelos comentários. Agradeço também à Ana Holmes, que acompanhou essa história do início até o fim chorando ou soltando fogo pelas ventas com a sua Anne (causei muitos ciúmes, rs) e aos usuários que foram aparecendo. Tenho a sinopse de uma continuação, mas estou sem tempo para escrever. Talvez faça nas minhas férias, quem sabe...

Obrigada pelos retornos e pela audiência, e quem sabe uma próxima!
Um grande beijo,
BadWolf



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