Shalom - As Memórias de John Sigerson escrita por BadWolf


Capítulo 22
Capítulo 22: A Ratoeira


Notas iniciais do capítulo

Pre-para!

Holmes irá agir, pessoal. Vai tirar um pouco da poeira e ferrugem e mostrar seu lado mais tenebroso ao seu inimigo.



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Mounsier Tissou

         Na noite do dia 30 de Novembro, a casa do Duque será invadida por ladrões de Arte. Eles pretenderão levar todo o acervo do Duque, e trocá-lo por falsificações.

         Peço que o senhor prepare uma tocaia, secretamente, para detê-los.

         Inclusive, acredito que o mandante estará presente, na biblioteca da casa.

                                              

         O bilhete era anônimo, mas como certamente costumava agir o inspetor Tissou, ele iria ver com seus próprios olhos. Holmes o conhecia de outras épocas, e inclusive o inspetor o ajudou a evitar o furto de Monalisa pelas mãos de Moriarty, e tinha levantado suas suspeitas a respeito de Chevalier, mas sem provas.

         Holmes já tinha escutado, do próprio Chevalier, que ele estaria presente, para se certificar de que aquele era mesmo um Vernet quando tivesse chance, tamanha era sua obsessão por Artes e por derrotá-lo. Como não havia outra falsificação para trocá-lo, seria necessário roubá-lo de verdade, algo que ele nunca fez. Isso seria arriscado, e certamente ele iria se certificar de que o risco valeria a pena.

         Naquela noite, o inspetor e alguns policiais parisienses, á paisana, já estavam ao redor da casa. Ao observarem uma movimentação suspeita ao redor da mansão, constataram que a denúncia era verdadeira.

         Holmes ouviu a carruagem de Chevalier parar na esquina, e o próprio entrar pelos fundos. Com agilidade, ele invadiu a casa, pela janela da biblioteca. Ele ficou escondido, em um canto estratégico, aguardando o rato entrar em sua ratoeira e assistir sua queda com seus próprios olhos. Era algo que ele fazia questão.

Ele lembrou-se, no meio da escuridão da biblioteca, do dia que livrou o mundo de Moriarty e perdeu o direito de viver sua vida em paz. Do despesero fingido de Chevalier, aproximando-se de Watson, dizendo que havia uma senhora inglesa passando mal e que fazia questão de ser atendida por um médico inglês. Watson, que jamais se declinaria do juramento de Hipócrates, precisou deixar seu melhor amigo sozinho para seguir seu dever. Com Watson de costas, Chevalier apenas deu um sorriso a Holmes, sabendo o que aquilo significava, e acompanhou Watson por boa parte do caminho. Holmes sabia que, se Watson declinasse de segui-lo, poderia ser ameaçado ou morto, pois Moriarty queria ajustar suas contas com Holmes sem qualquer interferência. Holmes agradeceu aos Céus pela miopia e falta de tenacidade de Watson, que viu tarde demais que toda a súplica daquele pastor de araque era uma armadilha.

         Em instantes, Holmes ouviu a porta da biblioteca se abrir.

         Era Chevalier.

         Ele estava tão confiante, que carregava um candelabro, com velas acesas. Começou a procurar pela vasta biblioteca o quadro de Vernet. Mal ele sabia que a polícia focara justamente a biblioteca, e ao avistar a luz provocada pelo candelabro, não hesitou em entrar, e prendê-lo em flagrante, mexendo nos quadros.

         -Mounsier Chevalier, o senhor está preso em flagrante!

         Assustado com a presença policial, Chevalier reagiu, lançando o candelabro contra os policiais, que rapidamente o imobilizou, depois deste receber alguns golpes. Holmes assistiu a tudo, satisfeito. Embor asua prisão em flagrante mostrasse que tudo tinha acabado, ainda havia algo pior, que ainda estava por vir.

         O acesso livre à casa de Chevalier possibilitou que Holmes invadisse o escritório, enquanto Edmond estava ocupado namorando uma de suas empregadas. Ele encontrou o cofre, que tinha um sistema fácil de abrir. Bastou uma invasão, quando a família estava presente em um baile, para conseguir os papéis que incriminavam Chevalier e substituí-los por falsos. Isso foi há dois dias, de modo que Chevalier não teve tempo para dar pela falta deles.

         Mal seu advogado preparava uma boa desculpa para livrar seu cliente, um dossiê chegou à Delegacia, com provas suficientes  de dezenas de outros assaltos para leva-lo à pena capital.

         No dia seguinte á sua morte na forca, Holmes já estava á caminho da Inglaterra.


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Notas finais do capítulo

É, Holmes está voltando!!! Agora a chapa vai esquentar, parceiro! Muitas emoções o reservam na Terra da Rainha...

Ah, e veremos a entrada de outros personagens do Cânone! Para quem está sentindo falta de Watson e Mrs. Hudson, hora de matar as saudades a partir de agora.

Então, é isso. Até semana que vem.


BadWolf



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