Appear escrita por Elabeth Werth


Capítulo 36
Capitulo 35- O Ex


Notas iniciais do capítulo

Eai gentem, o que acharam daquela parte extra do ultimo cap? ;~;
bom, aqui esta mais um cap, obrigada, a aquelas poucas almas boas que comentaram no cap anterior!



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Capitulo 35

Já devia ser umas 23h quando eu e Bruce voltamos para o saguão onde Alice fazia um peixe a fogueira. Sentamos-nos ali, e mal nos sentamos, Emmett e Tony que estavam sentados juntos para o azar de todos, já vieram com piadinhas.

― Então, já destruíram toda a caverna? ― eu os olhei feio e com falsa irritação.

― Muito engraçado... ― eu e Bruce nos sentamos.

― É tão bom estar todos bem sabe... Sendo feliz e tudo mais... ― sorriu Alice, olhando para os vários casais ali.

Tony e Emmett olharam um para o outro e se afastaram um pouco, fazendo todos rirem. Bruce deu a risada que eu gostava, um pouco rouca no final, em seguida ele beijou meu ombro, me fazendo sorrir.

Alice não demorou a terminar o peixe, e logo o serviu. Bruce insistia para que eu beliscasse uma ponta comigo, inclusive retirava todo o espinho e me dava na boca. Ele era tão... carinho, amoroso... romântico...

Fechei os olhos, inspirando o cheiro de sangue. Um dos espinhos havia entrado por debaixo da unha de Janet, com isso, provocando, fazendo, sangrar. Ela nem respirava naquele momento, e eu fitava fixamente sem conseguir desviar o olhar do carmim.

― Bruce, leve Janet para... ― comecei, me levantando sem desviar o olhar. Tony e Hank também foram com ele.

― O-okay... ― murmurou se levantando tenso. Tony e Hank também foram com ele.

Assim que eles se afastaram, eu tentei me acalmar. E percebi que não era a única já que Peter, Charlote, Jasper e Emmett também, porém, o que estava pior era o Jasper.

Esperamos um tempo, até nos acalmar. Porém, mal o fizemos e sentimos outro cheiro. Que se aproximou rápido. E honestamente não gostei nada, nada de senti-lo.

― Oh... Finalmente encontramos vocês... ― começou Vladimir. Me virei em direção a ele e depois para Alice.

― Ouvimos dizer que você havia se encrencado... ― completou Stefan.

― Mas não se preocupe, pequena. Não são todos que sabem, ouvimos a distância a conversa dos Cullens a algum tempinho... ― Sorriu Elister, meu ex companheiro. Os olhos vermelhos brilhavam me fitando.

― O que querem aqui? ― rosnei dando um passo a frente.

― Oh, Pepita, isso é jeito de me cumprimentar? Sabemos muito bem que você é muito educada, pare ser hostil! ― Elister sorriu calmo, sem rancor, aparentava amável como o que aconteceu no passado nunca tivesse acontecido.

Era difícil encará-lo sem sentir ou lembrar-se daquela ultima imagem, o quanto eu, ele estávamos felizes naquele momento. Fechei os olhos tentando esquecer.

― Olá, Elister... ― murmurei sem ânimo. Ele sorriu abertamente se aproximando mais um pouco e me abraçando.

― Poppy? ― chamou Bruce, fazendo todos voltarmos aonde ele vinha ao lado de Charlote.

Ele veio imponente, caminhando tentando transpassar o máximo de confiança que conseguia. Ele me questionava com os olhos. Estava realmente intimidado com a presença recém-descoberta de Elister. Sua mão pousou em minha cintura me puxando contra ele.

Elister desviou o olhar, sem graça a principio, e coçando a parte de trás da cabeça, em seguida mexendo nos fios loiros.

― Não sabia que você era adepta a brincar com a comida, Popires. ― Riu Stefan.

― Ele não é a minha comida! ― rosnei me soltando de Bruce louca para avançar sobre Stefan, mas Elister rapidamente esticou o braço me impedindo de avançar.

― Não viemos para uma briga, Pepita. Se acalme. ― pediu ele com a voz calma, enquanto eu ainda fuzilava Stefan, que tinha um sorriso provocante nos lábios. Eu nunca havia me dado bem com ele. ― Sou Elister Lestat, ex-companheiro de Poppy. ― prosseguiu, estendendo a mão para um comprimento amigável. Aquilo me quebrou, eu fiquei um pouco pálida, mas do que eu era, com qualquer reação que viesse de ambos a partir de agora.

― Bruce Banner, Noivo de Poppy. ― eu fitei o chão por alguns segundos. “noivo?”. Bruce colocou sua mão em minha cintura me puxando contra ele novamente. Eu apenas sorri.

― Pelo visto você mudou muito... ― sorriu Elister. Bruce, embora fosse menor que Elister, o “olhava por cima”. ― Afinal, para quem nunca achou que um papel ou palavras fossem necessário, você mudou bastante.

― É ela cresceu bastante, pelo visto... ― sorriu Vladmir.

― Não! ― riu Elister. “Começou as piadinhas!”. ― continua pequena como sempre... ― riu ele apontando o meu tamanho com a mão. Cruzei os braços na frente do corpo, enquanto Bruce, Emmett, Tony riam baixinho.

― A Alice também não... ― riu Emmett.

― Que amor! ― resmunguei irônica, fazendo cara feia para Elister, enquanto Alice começava a discutir com Emmett. ― Vás embora! ― continuei dando as mãos com Bruce e voltando para perto dos outros.

― Ouvi que necessitas de ajuda... ― começou ele, imponente.

― Já tenho toda ajuda que preciso. Obrigada. Agora vá! ― os três se entre olharam antes de darem as costas.

― Até Pepita... Banner...

Ele se fora novamente, mas as lembranças do que aconteceu no passado ficaram. Não, eu não sentia nada por ele. Mas sentia algo, pelo o que ele fez e foi retirado de mim. Eu respirei fundo encarando o chão, sentindo meus olhos arderem e Bruce me avaliava avidamente.

Eu não queria chorar na frente deles. Caminhei a esmo, até a caverna. Eu praticamente cai de joelhos no chão de frente a lagoa, as lágrimas carmim escorregavam direto para a água. Caia aos montes, meu choro havia se tornado compulsivo a ponto de eu chegar a soluçar.

Os minutos passavam, mas as lágrimas não acabavam.

Ouvi Bruce se aproximar e forcei a me controlar.

― Você está bem? ― sorriu carinhoso, com olhos “compreensivos” por algo que nem ainda sabia ao certo o que havia acontecido.

Acenei com a cabeça, fazendo uma breve careta, antes de cair aos prantos novamente. Ele nada disse. Apenas me puxou contra seu peito, me deixando chorar ali por um par de horas.

― Me d-desculpe por isso... ― murmurei, quando me senti mais calma.

― Tudo bem. Alice me disse que... algo de muito ruim aconteceu entre vocês...

― Não foi exatamente entre nós. É mais sobre mim... eu acho. Eu, e-eu realmente acho que às vezes pago pelo meu alimento. ― resmunguei, desviando o olhar para a água.

― Você que dizer... que algo de ruim que aconteça com você é por causa disso? Não é, Poppy... às vezes, coisas ruins acontecem porque tende acontecerem, e como qualquer outra coisa que acontece com nós. Vamos lá, você é mais experiente do que eu nessas coisas, sabe como funciona... Você me disse uma vez.. ― riu brevemente sem jeito.

― Duas coisas terríveis, insubstituíveis, aconteceram em minha vida. Eu daria qualquer coisa para que elas não tivessem acontecido. ― murmurei, vendo o azul celeste aparentar sem vida a mim naquele momento.

― O-o que aconteceu? ― questionou, inseguro, não conseguindo conter sua curiosidade.

― E-eu...

― Não, me desculpe, não precisa me contar, eu fui indelicado, indiscreto, mal educado, agora... me desculpe.

― Uma delas eu posso até te contar, mas a outra ela é muito... ruim, pesada.

― Não precisa se você não se sentir bem, eu entendo...

― Meu papa... Ele. ― respirei fundo. ― E-ele tinha uma irmã mais nova. Cerca uma década e dois anos de diferencia. ― eu sorri, lembrando a primeira vez que a vi, ainda humana, por sinal. ― Ela era linda, os homens a cortejavam incansavelmente. Meu pai logo começou a pensar e cogitar transformá-la. Pensava que talvez ela pudesse ter um poder como o dele. Ele consegue ler todos os seus pensamentos, presente e passado, com um simples toque de pele. ― expliquei-o antes de continuar. ― Logo após, ele a transformar, ele se decepcionou ao ver que ela não tinha nenhum poder. Mas para mim ela era incrível! Era a única figura feminina que eu conhecia, ela me criou praticamente, eu me espelhava em todos os simples gestos dela. Ela era o que eu via como uma figura de uma deusa verdadeira... Marcus e Caius se juntaram a nós. Ao contrario de todos os outros que a cortejaram, Marcus fora o único que ela se interessou. Eles se apaixonaram... Mas eu via, e sentia que aquilo era muito mais que uma paixão, era... era o encontro de duas almas, pertencentes unicamente uma a outra. O tempo começou a passar, papa conseguiu o que tanto ansiava ele tomou o poder de Vladimir e Stefan, formamos raízes em Volterra, adotamos o nome Volturi. O nome dela era Didyme, ela e Marcus decidiram tomar um rumo na vida deles, por assim dizer. ― as lagrimas escorriam finas pelo meu rosto. Eu fitava apenas o celeste tristonho. ― Papa concordou... falsamente por sinal. Marcus possui um grande dom, ele pode sentir as conexão entre as pessoas, e... entre ele e Didyme era uma conexão tão forte, tão... Inquebrável, mas esse dom o condenou. Era valioso demais para que papa o deixasse ir assim... Os romenos, Vladimir e Stefan, andavam rondando Volterra. O útil se uniu ao agradável, papa forjou uma entrada deles ao castelo... ― eu parei fechando os olhos vendo através dos pensamentos que eu vi através dele.

― O-o que ele fez? ― Bruce perguntou, preso a história. Engoli a seco abrindo os olhos.

― Ele a matou. Disse que fora os Romenos. Marcus... ele... ele nunca se recuperou. Mesmo para um vampiro, ele já está morto. Ele nunca soube o que aconteceu de verdade a ela.

Bruce fitava o chão sem palavras.

― Meu deus... E-ele é um... ― começou tomando uma reação.

― Eu sei... ― sussurrei. ― Foi por isso que eu deixei os Volturi, por isso virei nômade, assim deixando o clã. Muitos me consideraram uma traidora. Pois, logo que eu sai me encontrei ao acaso com Vladimir e Stefan. Elister tinha acabado de se juntar ao clã deles, porém ele tem quase a mesma idade que eu, diferença de um ano de diferencia, assim eu sou mais velha que ele, embora não pareça...

― P-por que você não contou a ele, Marcus ?

― Eu fui fraca... Não tive coragem... ― dei um fraco sorriso. ― Já é tarde, você precisa dormir... ― murmurei me pondo de pé e estendendo a mão a ele.

Ele se levantou e me puxou contra ele me abraçando. Afastei-me um pouco e o encarei, enquanto levava a mão até seu rosto, o acariciando. Ele era a única coisa boa em minha vida, após tantos traumas, assim meu egoísmo diante de um sentimento, não o queria, jamais, deixá-lo ir!


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Notas finais do capítulo

entom... o que acharam do Elister?
caso não tenha dado para ver o Elister: http://askarsgard.com/wp-content/uploads/2011/11/Alex-GQ-German.jpg

Eo que achram a respeito de tudo? :v
bjs.



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