Chato. Foi à única palavra que eu consegui assimilar ao acampamento enquanto todos saíram. Minha rotina era sempre a mesma, acordar, tomar banho e café da manhã, estudar, tarefas diárias do chalé, treinamento de esgrima com Clarisse e fazer o que quiser depois das 17:00 horas. A única coisa que me salvou nas férias foi a melhor amiga de Melinda, Sienna. Ela fazia companhia a mim. E contava sobre Melinda para mim (não conte isso a ela, é segredo). Bom, a partir disso consegui saber muito mais sobre ela, e acho que esse verão acho que consigo conquista-la. Minha amizade com ela sempre foi “chato” “chata” etc.

Sempre adorei ficar aqui, mas quando conheci Melinda, os dias sem ela aqui, ficaram chatos, bom, tenho que esconder meus sentimentos por fora e colocar minha experiência em luta para fora.

Enfim, passei esses últimos dois dias trancado no chalé, aquele momento que você tá com muita preguiça mesmo, enfim, quando decidir sair, era cedo, tomei um banho bem gelado, e fui tomar café, nada melhor do que tomar suco de laranja com cereal, então sentei ao lado de uma menina, nem vi quem era, sei que sentei, agora que não tá pelo verão, lugar não era preciso, então, sentei, comecei a comer normalmente, a menina nem ligou. Até ela falar.

— Come em silêncio bobo! — A menina disse, olhei para sua cara, era Melinda.

— Me abraça sua besta! — Disse e abracei-a.

— A quanto tempo né? — Ela disse.

— Eu estava com saudade! — Disse. — Por que demorou tanto?

— Demorei por que não aguentava ver essa cara de boboca no acampamento! — Ela brigou comigo.

— Mas fazer o que né? — Respondi.

— Vou falar com Sienna, tchau! — Ela me disse.

— Tchau!

POV’S MELINDA.

Terminei meu café da manhã e fui para o chalé de Afrodite, ele sempre é cheiroso e arrumado, não que o de Apolo não seja, mas o chalé de Afrodite é perfeito, bati e porta e logo ouvi a voz doce de Sienna “Entra!” e abri a porta, ela estava falando com o pai dela.

— Tá pai, eu chamo. — Ela disse e desligou.

— Que é? — Perguntei.

— Meu pai me chamou para ir para casa jantar e pediu para levar quatro amigos, vou levar você, Colin, Mayara e Marcos — Ela disse.

— Marcos? Sério? — Fiquei boquiaberta.

— É, eu virei amigo dele, problemas? — ela disse.

— Não, quem você não é amigo? — Eu disse e ela riu.

Ficamos falando sobre o jantar, e enfim citei Colin.

— E Colin? Como está você e ele? — Disse com um sorriso malicioso em minha cara.

— Ele... Ele... Não sei, ele parecia estranho na cara naquele dia, mas vamos ver se ele vai né? — Ela disse.

— Claro.

POV’S SIENNA.

— Mel, vou chamar ele Okay? — Disse.

— Sim, vou ter que falar com Benjamim sobre nossa saída — Mel disse e saiu do chalé.

As meninas tinham saído para tomar café, eu já tinha tomado, fui até o chalé de Poseidon, bati na porta, Percy abriu, ele tinha cara de um skatista que é legal, mas arranja encrenca, mas não vou pensar disso dele, é uma gíria que é usado nessa hora ‘Nunca julgue um livro pela capa’.

— Sienna, quer falar com Mayara ou comigo? — Ele disse.

— Mayara.

— Pode entrar, ela tá mexendo no baú dela, entre! — Ele disse, eu entrei, e ele saiu.

Ela estava arrumando umas roupas no baú dela, quando ela me viu gritou.

— Sienna! O que te leva a meu chalé? — Ela disse.

— Meu pai pediu para eu chamar quatro amigos, e eu queria que você fosse, quer ir? — Perguntei.

— Claro, não vejo nada demais! — Ela disse.

— Te vejo na frente do acampamento ás 17:00, vai demorar um pouquinho a viagem.

— Sem problemas, tchau! — Ela disse.

— Tchau! — Disse e sai do chalé.

Agora tenho que falar com Marcos, mandei uma mensagem de texto para ele, logo ele respondeu “claro, vou!” então fui ao chalé de Apolo, bati na porta e Colin abriu, ele estava lindo demais com raios solares batendo sobre seu corpo.

— Olá senhor Cross, gostaria de vir a um jantar com meus amigos? — Disse em voz engraçada.

— Não, tenho que fazer outras coisa, desculpa! — Ele disse.

— Faz amanhã, você tem que ir, vai por mim! Por favor! — Disse.

— É que, vamos lá para a sala reservada, a ala médica do chalé de Apolo. — Ele disse e me puxou.

Lá era um toque rústico, com três camas para doentes, um armário médico, dois sofás e vista da janela para o lago.

— Você vai ou não? — Disse.

— Quem é Raul? — Ele disse, quando mencionou esse nome meu coração gelou.

— É... Um amigo, você o conhece? — Eu falei.

— Ele tem raiva de mim, ele é apaixonado por você. — Colin disse sério.

— Como você Sab... como assim raiva? — Disse.

— É raiva, e tenho certeza que você gosta dele.

— E você gosta de Kim! — Gritei.

— O que ele fez, eu sempre gostei de você, e você fica um tempo com ele e pronto, apaixonados! — Ele disse quase escorrendo uma lagrima.

— Colin... Você gosta de mim? — perguntei já mordendo os lábios.

— Sempre, mas já sei a resposta! — Ele disse, já com cara triste.

— Colin... — Ele me beijou. Não consigo pensar em nada, foi perfeito, meu primeiro beijo na boca.

— Você vai hoje? — Sussurrei no ouvido dele, nós estávamos abraçados.

— Sim, mas isso fica entre a gente, certo? — Ele disse.

— Claro, e só uma coisa Colin, seu beijo é que nem seu abraço, quente.

Nós saímos da ala médica, cada um para seu lado, com uma coisa na mente, nós nos beijamos.