Demigods escrita por Érica Moreira


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Cheguei a conclusão que eu não consigo fazer capítulos longos, mas enfim...
Espero que gostem ;)



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Capítulo 5

Adam teve um sonho tranquilo onde vivia com sua mãe na mais pura “normalidade”. Acordou com alguém gritando.

– Vamos, vamos. Já são sete e meia. – disse Ryu.

– Você fala como se fossem duas da tarde. – resmungou Set tentando levantar.

– É, mas foi você quem disse: “O dia começa cedo.” Ou algo assim, sem falar que já devem estar te esperando. – disse Ryu.

– Tá, tá. – resmungou ele.

Meia hora depois estavam saindo, entraram numa porta com o nome “Sala de treinamento”. Lá dentro era todo gramado com elevações no terreno como se fosse um campo.

– Mas como isso é possível? – perguntou Adam.

– Sei que isso é meio clichê, mas aqui é tudo possível. – disse Set.

– E o clima é adaptável, podemos fazer chover, trovoar, o que quisermos. – disse Rebecca chegando com Lucia.

– Nossa. – Adam disse.

– Bom, deixando o papo de lado... Você está pronto pra treinar, Adam? – perguntou Lucia.

– Peraí, ele vai começar com o que? Eu sugiro espada. – disse Set.

– Nem pensar, vamos começar com o arco. – respondeu ela.

– Vai começar... – disse Rebecca pondo a mão na testa.

– Você já tem muitos alunos, Lucia. – ele respondeu, o tom de voz deles começava a aumentar.

– Como se você já não tivesse muita gente pra treinar! – disse ela.

– Mas você...

– Ei, ei, ei. – Rebecca disse, tentando acalma-los. – Parece que vocês nunca viram isso, a arma dele ainda nem foi escolhida.

– Então vocês que treinam o pessoal? – Adam perguntou.

– É... – disseram Set e Lucia em uníssono, depois se olharam como se não tivessem gostado daquilo.

– Enfim, você tem uma arma pra perto e outra pra longe. – disse Rebecca. – E os dois aí te ensinam, mas você tem uma em que é... melhor.

– Então, vocês são os instrutores da “sala de instrutores”? – perguntou Adam.

– Não, não, eu não disse que algumas pessoas moram aqui? Então, quando elas saem tem que estar preparadas pro mundo lá fora, então temos aulas normais. – disse Set.

– Mas que ótimo. – disse Adam com um tom de ironia.

– Bom, vamos à sala de armas, pra você pegar a sua. – falou Rebecca puxando Adam pelo braço.

Eles deixaram os dois ainda discutindo.

– Ontem eles pareciam mais...? – disse Adam.

– Maduros? É, acho que estavam cansados. Mas eles geralmente são assim, quem sofre com isso são os meus ouvidos. – disse Rebecca.

Ele riu.

– E aí, eu vou escolher uma arma?

– Mais ou menos.

Lá no fundo da sala de treinamento mesmo, havia uma casa alta, com uma luzinha verde em cima da porta.

– Bom, boa sorte, seja educado com ela.

         Antes que ele pudesse perguntar algo, ela o empurrou para dentro da casa. Era escuro, um clima úmido, então ele ouviu.

         – Novato.

         – Novato.

         As vozes alteravam entre femininas, masculinas, baixas, agudas e foram ficando mais distantes, como se estivessem passando a informação de um pro outro, até que uma última disse:

         – Novato, não é? – era uma voz feminina, muito mais forte que as outras, emanava poder.

         De repente uma forte luz branca começou a brilhar na parede oposta a que Adam estava. A medida que a luz clareava, uma imagem se formava, era uma mulher de curtos cabelos, com um longo vestido, um rosto forte com algumas pequenas cicatrizes, mas que não tiravam a beleza de seu rosto. A imagem da mulher tremeluzia como se fosse um fantasma. A mulher estava sentada sobre um tono alto.

         Logo outras imagens foram se formando nas paredes laterais, não eram tão fortes quanto a primeira, as luzes que emitiam eram de diferentes cores, eram homens, mulheres, baixos, magros, gordos, altos. Adam imaginou que deviam ser donos das vozes de antes. Todos estavam curvados em direção a mulher no trono:

         – Podem se levantar. Então rapaz, de quem você é filho? – disse a mulher levantado e virando-se para Adam.

         – De Apolo. – Adam respondeu, tentando ainda se acostumar com aquilo.

         – Apolo... – ela disse. – Bom, Eu sou filha de Atena, me chamo Anaís.

         – Eu me chamo Adam.

         Então, se ouviu um alto barulho, semelhante a um ronco. Anaís pôs a mão na testa e gritou:

– Dean!!!!

Um dos “fantasmas” se levantou gritando:

– O que?

Os outros riram.

– Se você vai mesmo dormir, pode fazer isso em silêncio, por favor? – disse Anaís.

– Bom dia pra você também, minha querida. – ele disse levantando, curvando-se e rindo.

– Ignorando isso... Adam, deixe-me explicar-lhe. Nós somos espíritos de antigos guerreiros. Quando guerreiros morrem em batalha ficam... Bom, presos aqui, viramos os espíritos das armas de guerreiros atuais, tornando-as mais fortes. Se o nosso guerreiro morre em batalha, assumem nosso lugar, se morrem de outra causa continuamos aqui. Mas não se iluda, não é como se, a sua arma não cooperasse para que você morresse, para poder ser livre, a maioria de nós gosta de ainda estar aqui.

– Certo. Então, agora eu escolho um de vocês? – perguntou ele.

– Não. Na verdade, eu escolho. Eu tenho uma habilidade de saber qual arma é compatível com o guerreiro, por isso eu não saio daqui. – respondeu Anaís. – Bom, vamos lá.

         Ela fechou os olhos e de vez em quando virava um pouco o rosto ao, que parecia, para ouvir melhor. De repente, ela parou e suspirou.

– Uma espada... – ela disse, e depois continuou.

– Então, parece que você está com sorte... Dean, conheça seu guerreiro.


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