Minha Baixinha escrita por Nayame


Capítulo 3
03 - Minha baixinha - Fim


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer todo mundo :)
Minha baixinha foi completado o/ Estou muito feliz.
Espero que gostem do último capítulo, me esforcei muito para fazê-lo.



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Como você acha que eu iria saber sua vareta fofoqueira?! Minha melhor amiga estava hospitalizada e eu era o único que não sabia. Podem parar de rir, não tem graça. Mas por que eu era o único que não sabia? Por que ninguém me contou? O que será quê rola nesse colégio e eu ainda não sei? Agora estou com medo. Droga Ichigo, não é hora para isso! PRECISO IR PARA O HOSPITAL.

 

- Rukia-san avisou todo mundo... Você não foi avisado? – Após ouvir isso minha vontade de correr até o hospital diminuiu... E muito.

 

- Não... – Neguei secamente, como se não ligasse.

 

Aquela nanica irritante avisou a todos, menos EU! COMO ELA SE ATREVE?! Espera ai, então Inoue sabia? E ME FEZ DE TONTO?! Estou com raiva, muita raiva. Estou sendo feito de idiota há duas semanas... DUAS SEMANAS...

 

- Ishida você sabe o endereço do hospital? – Hoje essa morena morre...

 

 

- Sei sim... Você quer?! – Não, perguntei por que não quero. Uryuu estúpido.

 

- Quero sim, vou visitá-la. – E depois matá-la!

 

O garoto de óculos deu um sorriso e pegou um papel e uma caneta – Sabe-se lá da onde -. Esperei ele anotar o endereço, e céus, que demora em fazer isso. Mas tudo bem, hoje eu seria um criminoso, não tinha pressa.

 

 

- Prontinho – Entregou-me o papel. Hesitei em pegar, sei lá onde ele tirou isso, não prestei atenção – Pega! – Droga... Bem, tudo pela morte da baixinha...

 

Peguei a folha e olhei o endereço. Acredita que ela teve a coragem de ir para o hospital Unohana? Rival fortíssima do hospital de meu pai?! Certo que quando a gente está doente não fica ligando para isso, mas era mais um motivo para matá-la.

 

- Valeu Ishida – Guardei o endereço no bolso – Agora é melhor irmos para a sala, o sinal já vai tocar – Assim que terminei de falar o dito-cujo toca. Mamãe sempre disse que tenho um dom estranho para sentir as coisas.

 

O quatro-olhos fez um gesto com a cabeça, concordando comigo. Fomos andando bem lentamente até a sala, sabíamos que o professor não havia chegado ainda. Shunsui é um cara folgado, preguiçoso, bêbado, dorminhoco e pervertido. Impossível ele chegar no horário, nem sei como virou professor.

 

Entramos no local e nem sinal do professor. Viu? Tudo tranqüilo. Vários garotos – Irritantes – jogavam bolinhas – Estúpidas – de papel um nos outros. Fui até minha carteira e sentei-me, não queria participar da guerrinha.

 

Fiquei observando a disputa até o professor chegar. Ulquiorra levou uma bolinha no olho esquerdo – E eu ri como nunca nesse momento – E Grimmjow – Irmão do chorão – Quase quebrou o braço de Hanatarou após levar uma bolinha do mesmo.

 

Enfim o querido professor chegou. Todos – Menos eu – recolheram as bolinhas do chão e se sentaram, fingindo serem anjinhos. Kyouraku entrava na sala, feito uma lesma. Será que consigo tirar um cochilo até ele começar?

 

 

- Bom dia – Cumprimentou com aquela voz arrastada. Que droga, não deu para dormir – Hoje teremos aula de sono. Quero que todos durmam... – Oba, minha matéria favorita.

 

- Você não pode fazer isso, Shunsui-sensei – Falou a estraga prazeres da Nanao Ise. Ele pode sim minha filha!

 

- Sério? Então vou ter que ensinar mesmo... – Todos começaram a resmungar inclusive eu. Obrigado Nanao, eu te odeio.

 

Graças à linda e adorável CDF, Shunsui começou a passar uma coisa chata. Querem saber o que é? Vão ficar querendo, nem eu sei. Olhei para a janela que por sorte era ao lado de minha carteira. O clube de futebol estava jogando uma partida. Ótimo, arrumei minha distração.

 

Hitsugaya Toushiro – O líder do time – jogava com maestria. Aquele baixinho é um amigo muito querido meu. Certo, essa frase saiu meio esquisita, vou refazer. Aquele baixinho é um cara bem legal. Ah, agora sim.

 

Ele tem cabelos brancos – Mas vive dizendo que são prateados – arrepiados; Olhos verde água; Baixinho; Bastante atlético para seu tamanho. Um cara gente boa, só um pouco paranóico.

 

Após um passe bom do time da nossa escola, Hitsugaya faz um belo e bonito gol. Todos do time pularam nele, comemorando. Céus eu quase comemorei junto, por sorte não fiz, seria um mico enorme. Uma garota de boné vermelho pulou em cima do baixinho. Existe cada fã louca, não é?

 

Sorri quando uma morena desgrudou a fã do baixinho, jogando-a no chão. A morena bruta se chama Hinamori Momo, ela é a melhor amiga do garoto. Morena de cabelos médios; Olhos castanhos; Baixinha; Delicada e tímida – Apenas quando não está com ciúmes –

 

A fã louca tirou seu boné vermelho e pulou no pescoço da Momo. Céus isso ficou sério. Sabem o que é mais engraçado? Essa fã parece minha irmã... Impossível, não? Estranho, o boné é idêntico ao dela... E o cabelo... Roupa... KARIN?!

 

Levantei rapidamente e saí da minha sala. Acho que assustei todo mundo, mas não importa. O quê diabos aquela louca estava fazendo? Além de agarrar meu amigo, tenta estrangular uma pobre menina. Cheguei ao local e vi o time todo tentando separá-las sem sucesso. Minha irmã é boa de briga, puxou a mim... POR QUE ESTOU ELOGIANDO-A?

 

- Solta ela Karin! – Ordenei enquanto desgrudava as duas. Preciso dizer que levei mordidas, chutes, socos e cotoveladas tentando fazer isso?

 

- EU VOU MATAR ESSA... – Tampei a boca dela antes que saia um belo palavrão. Nunca a vi tão descontrolada, e olha que eu moro com ela.

 

- Então vem sua hominha – Hinamori também estava irritada, e não é pra menos. Sua face estava vermelha, sinal de quê levou vários socos. Já minha irmã estava intacta. Céus, que orgulho! Boa Karin.

 

Toushiro tentava levar a morena para longe, e eu fazia o mesmo com minha irmã. Levei mais alguns arranhões até ela se acalmar. Ai meu braço. Quando o demônio relaxou, eu a soltei. Agora era hora da bronca, e não era eu que levava dessa vez.

 

- O quê você tem na cabeça, Karin?! – Falei alto para mostrar minha raiva inexistente. Eu tava é orgulhoso, mas preciso dar bom exemplo.

 

- Perdão Ichi-nii, mas ela começou! – Tentou se justificar. Sim ela começou, concordo maninha.

 

 

- Não quero saber quem começou – Usei as palavras que ouvi inúmeras vezes quando criança. Que gostoso, então é por isso que levamos bronca? – Você vem na nossa escola, agarra o líder do time de futebol, e briga com a melhor amiga dele?! – Agora eu falei com raiva, como ela se atreve a agarrá-lo?! – E por que você não está na sua escola?

 

- Eu não tinha aula... Shiro-chan me convidou para ver o jogo... – Aquele baixinho safado! – Não conte para o papai, Ichi-nii! – Implorou-me.

 

- Certo... – Concordei e ela sorriu. Eu sou mesmo um cara legal – Vamos para casa, se eu voltar à escola ficarei de castigo – Triste realidade.

 

- Ah, Ichi-nii... Eu vou encontrar a Yuzu no supermercado, não precisa me levar – Agora me descarta, não é? Sua má – Até logo irmãozinho... Desculpe pelos arranhões – Não foi só arranhões sua diabinha. Karin me deu um beijo na bochecha antes de ir. Até que é legal ser irmão.

 

Suspirei e coloquei as mãos no bolso, aonde eu iria agora? Senti um papel e retirei do lugar, lembrando do endereço, Rukia, doença e tudo que me deixava feliz e nervoso ao mesmo tempo. Sorri malignamente, agora ela vai ver só.

 

 Fui seguindo o local marcado no papel, enquanto inventava um plano para matá-la dolorosamente. Minhas pernas tremiam e meu coração ficava mais acelerado a cada passo, mas eu não podia esquecer minha raiva. Cheguei finalmente em um enorme prédio – Maior que o nosso – E entrei um pouco receoso.

 

- Com licença, você poderia me dizer o quarto de Kuchiki Rukia? – Perguntei para a recepcionista do local.

 

A gentil mulher sorriu e foi ver em sua pasta – A nossa usa computador, ahá! – Demorou um tempo considerável até ela checar nome por nome. Olhei ao redor e vi várias crianças, velhos e adultos tossindo. Eu ODEIO hospitais.

 

- Terceiro andar, quarto 547 – Contou-me ainda sorrindo.

 

Agradeci e me dirigi até o elevador. Eu podia usar as escadas, era mais rápido, mas eu adorava elevadores. Chegando ao terceiro andar, procurei o quarto. Hum... 543... 544... Aqui! 547. Estranho, a porta está aberta. Ouço vozes, será que ela está com visitas? Podem xingar ou me chamar de mal educado, espiei mesmo!

 

- Seu braço melhorou Ruki-chan? – Perguntou a visita.

 

- Sim, Kaien-kun... – Respondeu gentilmente.

 

Kaien? Agora eu entendi tudo. Parei de espiar e dei meia-volta para ir embora, perdi a vontade de vê-la. Desci pelas escadas dessa vez e fui embora do hospital. Cansei de tudo aquilo, só queria ir embora logo.

 

Fui caminhando devagar até em casa. Rukia confiava mais naquele Kaien, ela não me queria lá para atrapalhá-la, por isso não avisou. Dei um sorriso meio triste, meu coração doía bastante, e eu sei bem o porquê.

 

Cheguei em casa e reparei que ela estava fazia. Ótimo, queria mesmo ficar sozinho. Deitei no sofá e liguei a TV, um filme de comédia me animaria. Fiquei passando os canais até achar algo bom, mas tudo estava contra mim naquele dia, não tinha nada de bom para assistir.

 

Fechei os olhos e decidi dormir, talvez assim a dor passasse.

 

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Acordei com o barulho da campainha soando desesperadamente. Resmunguei qualquer coisa que nem eu mesmo entendi e olhei o céu pela janela, já era de noite. Levantei-me e abri a porta, para ver quem era. Segurem-me que eu quase caí, Rukia?

 

A baixinha de incríveis olhos violetas, altura anormal, e cabelos negros; Fitava-me irritada. Pensei em fechar a porta na cara dela, mas meu coração não permitia... Maldito seja ele.

 

- Oi – Falei seco.

 

- Oi? OI?! POR QUE VOCÊ NÃO ME VISITOU? – Perigo, perigo! Rukia explodindo – Eu fiquei uma semana te esperando, e cadê você lá? Idiota – Perigo dois, Ichigo explodindo.

 

- VOCÊ QUER QUE EU VIRE VIDENTE? VOCÊ AVISOU A TODOS, MENOS EU! – Gritei irritado e ela fez uma cara confusa – Você não me disse que estava hospitalizada... – Finalizei mais calmo.

 

- EU NÃO AVISEI? EU MANDEI VÁRIAS MENSAGENS NO SEU CELULAR! – Agora ela mente também? Claro que não mandou...

 

- EU NÃO REC... – Fui interrompido pelo barulho do telefone. Será que não se pode mais discutir em paz?

 

Fiz um gesto para ela esperar e fui até o objeto irritante. Droga de telefone, eu iria acabar com ela agora. Depois eu poderia matá-la, e é claro, levar o Kaien junto.

 

- Alô? – Atendi sem paciência.

 

- Alô? Ichigo? Aqui é seu primo, Kon! – Ah não, o chato do Kon – Liguei para perguntar o dia que você vem buscar seu celular. Poxa, já ta aqui há duas semanas... E tem umas treze mensagens de uma tal Rukia, conhece? – Paralisei completamente. Não sei se fiquei em choque por estar errado, ou pelo meu primo estar espiando meu celular. Só sei que fiquei.

 

Desliguei o telefone na cara dele – O chato mereceu – E olhei à morena com um sorriso amarelo. Rukia pareceu decifrar meus pensamentos, pois deu um sorriso vitorioso. Droga!

 

- Mas você estava com o Kaien – Tentei reverter à situação. Sim, sou um péssimo perdedor.

 

- Claro... Ninguém vinha me ver – Ela revirou os olhos – Só meu Nii-sama, Hisana-neesan e o Renji – Bufou irritada – Meu melhor amigo sumiu, sabe?

 

Se tem uma coisa pior do que estar errado, é se sentir errado! Rukia estava magoada, e se a conheço bem, ficará assim por dias. Preciso fazer algo, ficar mais dias longe dela seria torturante.

 

- Desculpa... – Tentei me desculpa, talvez dê certo.

 

- Não... – Rejeitou sem dó – Você não se importa comigo – Ah não! Salvem-se quem puder, é o famoso “Você não liga para mim” – Fiquei dias sem dar noticias e você nem ligou... Nem deve ter notado... Aposto que arrastou asinhas para... – Preciso fazê-la calar a boca.

 

 

Aproximei-me dela e dei um leve beijo em sua bochecha. Achou o quê? Que eu iria lhe dar um beijo desentupidor de pia? Nunca faria algo tão clichê assim. Mesmo assim ela corou e ficou calada, missão completa.

 

- Você não faz nada certo, não é? – Ela juntou nossos lábios em um beijo de verdade dessa vez. Seus braços enlaçavam meu pescoço gentilmente, tentando aprofundar o beijo. Certo, preciso pegar o controle da coisa. Abracei-a com delicadeza, sem desfazer o beijo. Minha língua explorava toda sua boca, de modo tímido e carinhoso.

 

Separamos-nos por falta de ar. A morena sorria para mim, levemente corada. Acho que eu sorria também, depois daquele beijo eu não raciocinava direito, apenas queria aqueles lábios novamente.

 

- Eu te amo, morango idiota – Sussurrou baixinho.

 

- Também te amo, baixinha irritante – E bota irritante nisso. Mas era minha, minha baixinha.

 

 

Quando iríamos juntar nossos lábios novamente, ouvi o telefone tocar novamente. Soltei minha morena à contra gosto e fuzilei aquele objeto com os olhos. Kon veria só dessa vez.

 

- PÁRA DE LIGAR, EU CONHEÇO A RUKIA SIM, ESTOU BEIJANDO ELA NESSE MOMENTO. ME ESQUECE! – Agora eu estava aliviado.

 

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM MINHA IRMÃ?! – Essa voz... BYAKUYA?!

 

 

Ótimo, comecei bem com o cunhadinho. Parabéns Ichigo!

 

 

Fim.

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^
Até a próxima Fic o/