Immortals - Eternal escrita por V i n e


Capítulo 13
Capítulo XII - Dreams




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Pela primeira vez em dias eu sabia exatamente o que fazer da minha vida. Christopher voltou para buscar Rachel e eu no velho casarão abandonado. Nenhum de nós comentou nada, mas Chris era especialista no assunto e praticamente farejou o que havia acontecido, mas graças a Deus ele teve a educação de não comentar nada. O trajeto até a casa dela foi feito em silêncio e eu sabia que não poderia escapar da onda de perguntas que me atingiria no momento em que ela saísse do carro. Dito e feito. Rachel se curvou em minha direção e roçou os lábios nos meus, me provocando, e depois atravessou o jardim em uma fração de segundo.

– O que aconteceu? – ele perguntou, pronunciando cada palavra lentamente. Sua voz vibrava com a curiosidade. – Como foi?

Eu contei tudo, poupando-o de vários detalhes, mas deixando a ideia geral bem clara. Saltei para o banco da frente e ele uivou como um louco.

– Ah, cachorrão. Esperou eu sair para dar o bote! Aproveitador!

Semicerrei os olhos e fitei a estrada à minha frente. Eu não havia me aproveitado de nada. Surgiu o momento, a vontade, o clima, e eu tinha uma embalagem laminada ainda fechada no bolso da calça.

– Sabe que eu estou brincando, né? – ele questionou depois de ver minha expressão irritada. – Você é um santo, Jason. Não tanto quanto antes, mas a síndrome do bom moço nunca vai abandonar você.

– Eu nunca fui santo – reclamei quando viramos a esquina da minha casa. Eu teria que enfrentar todos os meus problemas novamente e prolongar o assunto me dava mais no que pensar. – Uma vez eu passei a resposta errada pro Trevor na prova de Álgebra.

Christopher me olhou com a sua melhor expressão de descrença antes de estacionar. Ele parou para ouvir, mas eu não precisava de super-audição para saber que meus pais estavam correndo para a porta.

– Eu matei alguém uma vez – disse Christopher. Sua expressão estava séria, mais séria do que jamais vira. – Faço a coisa errada o tempo todo. Sempre faço as escolhas erradas, e uma é pior que a outra. Agradeça por ser um “bom moço”. – Ele não olhava para mim, e antes que eu pudesse responder minha mãe surgiu na porta e correu em direção o Toyota de Chris. As lágrimas rolavam sem nenhum controle por seu rosto, ela hesitou e parou na calçada. – Leve esse seu traseiro eleito até a sua mãe e trate de por um ponto final nessa história.

Balancei a cabeça, concordando, peguei a mochila e sai do carro. Mas ele não iria escapar tão fácil. Christopher teria que me explicar essa história de assassinato.

– Jason! – ela jogou aos braços em meu pescoço e eu tive que me esforçar para não recuar. Senti o peso da visão sobre minha cabeça amenizar minha irritação por ter sido enganado. – Por onde você esteve? Por que não atendeu o celular?

O carro de Chris desapareceu na rua e senti o olhar do meu “padrasto” sobre mim. Aquilo doeu mais do que qualquer lesão que eu já sofrera em um jogo na escola. Doeu mais do que quando levei aquela surra na floresta antes do primeiro dia de aula. Doeu tão monstruosamente que meu coração foi comprimido e eu sussurrei.

– Ele já sabe?

Mamãe fechou os olhos e se afastou, como se esperasse aquela pergunta, mas não gostasse nem um pouco de eu tê-la verbalizado. Mas eu tinha que saber, certo? Quase que imperceptivelmente mamãe negou com a cabeça. Ótimo, teríamos uma longa conversa então.

Quando tudo parecia que ia desmoronar Charlie voou pela porta, passando por de baixo do braço de Steve e avançou em minha direção. Ele me deu um soco no ombro e me olhou com cara feia.

– Charlie, não bata no seu irmão!

– É bom ver você de novo, Char – resmunguei, afagando o local atingido.

– Se você desaparecer de novo... – ele não terminou a ameaça, mas não precisava. Não importava quantas mentiras fossem contadas, elas doeriam e deixariam marcas, mas no final do dia... eles sempre seriam sua família.

– Vamos entrar. – Eu disse por fim, apertando a alça da mochila e olhando de esgueira para minha mãe, eu a vi concordar com um aceno de cabeça. – Temos muito que conversar.

Charlie detestou ter que sair de casa para podermos conversar, mas não houve jeito. Ele acabou cedendo e indo para casa de algum amigo. Meu pai não falou nada, apenas se sentou na sala de jantar e esperou que eu ou mamãe começássemos a falar. Como ela não demonstrou nenhuma vontade de abrir a boca eu mesmo o fiz.

– Eu descobri... – eu comecei, relutante. Minha mãe fechou os olhos e senti um aperto no peito. O olhar do meu pai pesava sobre mim e minha garganta se fechou, amaldiçoei as lágrimas que arderam nos meus olhos. Garotos não deveriam chorar.

– Ande logo com isso, Jason – resmungou meu padrasto. E quando eu abri a boca, prestes a desistir de tudo... minha mãe decidiu abrir o jogo.

– Jason não é seu filho, Steve.

O silêncio que caiu sobre nós era tão denso e firme que eu podia estender a mão e tocá-lo. Meu pai/padrasto crispou os lábios e olhou para nós dois alternadamente. Sua expressão era surpresa e tentei a todo custo decifrá-la. Meu pai era um livro fechado, nunca sabíamos como começar a lê-lo.

– O que quer dizer com isso, Ellie? – ele perguntou, por fim, quebrando o desagradável silêncio que se arrastava por minutos. – É claro que Jason é meu filho.

Minha mãe estava prestes a chorar de novo, mas eu não consegui falar nada. Estava mesmo ocupado com o aperto insuportável no peito e com as lágrimas ardendo nos olhos. As mãos dela deslizaram pela mesa em busca das dele, mas hesitaram no último instante.

– Há dezesseis anos eu conheci um homem – ela começou e com a simples menção do meu verdadeiro pai as lágrimas vieram e a voz da minha mãe ficou embargada. – Éramos jovens e imaturos. Você e eu tínhamos acabado de nos casar e eu achei que a aventura pudesse apimentar nossa relação. Eu te amava, Steve e ainda te amo. Foi uma coisa do momento, um deslize. Nosso relacionamento não durou muito, se foram quatro semanas foi muito. Paramos de nos ver e eu só o procurei quando soube que estava grávida. Eu precisava saber o que fazer e precisava que ele soubesse. Aproveitei que você estava na delegacia e fui dar a noticia a ele, desesperada, por que eu realmente estava assustada.

Ela parou de falar e aguardou, mas meu pai não disse nada. Ele olhava para o porta-retrato que mostrava nós quatro em uma praia da Califórnia nas férias de verão da sétima série.

– Depois que eu saí do casarão da família dele eu nunca mais tive notícias – contou minha mãe e eu me lembrei da xícara de café deixada sobre a mesa, como se ele tivesse fugido no mesmo instante em que o carro da minha mãe havia desaparecido no fim da rua. – Ele simplesmente desapareceu do mapa e eu não sabia se ele ainda estava vivo até a noite em que Jason nasceu. Ele me visitou no hospital quando você estava assinando a pepelada e eu o expulsei na mesma hora. Eu sinto muito, muito mesmo. Não espero que você me perdoe Steve. Mas por favor, não vá embora.

Meu pai olhou para mim e pela primeira vez em toda a minha vida vi uma lágrima se aventurar pelo seu rosto. Ele se virou para a minha mãe e suspirou, voltando a olhar para mim.

– No fundo eu sempre soube – ele disse, olhando novamente para a minha mãe. – Jason tem os seus cabelos, Ellie. Mas os olhos... ninguém na nossa família tem os olhos tão azuis. Você sempre disse que ele tinha os olhos de alguém especial e no fundo eu sempre soube que você estava se referindo a alguém que amou muito no passado. Não culpo você, éramos mesmo jovens e nos casamos muito cedo. Espero que você entenda que não posso perdoá-la, pelo menos não agora. Mas não vou deixar de amá-la também. Eu só preciso de um tempo para assimilar tudo.

Só percebi que minha mãe prendia a respiração quando ela finalmente a soltou. As lágrimas descontroladas rolaram pelo sou rosto e um agradecimento silencioso se formou em seus lábios. Meu pai/padrasto olhou para mim e um sorriso surgiu em meio às lágrimas. Ele não demonstrava suas emoções. Não era rude ou insensível, apenas não demonstrava com tanta frequência. Ele esticou a mão e apertou meu ombro.

– Você é meu filho, Jason – assegurou Steve. – Eu te criei, fui eu que vi você dar seus primeiros passos. Fui eu que vi você cair de bicicleta e quebrar o braço, fui eu quem te levou para o hospital e disse que ficaria tudo bem enquanto engessavam seu braço. Eu que vi você ganhar seu primeiro jogo de basquete e fui eu quem levou seus amigos para comer uma pizza depois do jogo. Fui eu quem ficou ao seu lado enquanto você vomitava por comer muito chocolate e fui eu quem te incentivou a aprender a tocar piano, mesmo quando todos diziam que era bobagem. Eu sou o seu pai e sempre vou ser. Pode contar com isso, para sempre.

O aperto no meu peito pareceu perder forças e eu finalmente consegui respirar, aliviado. Meu pai me amava e nada mais importava no momento. Tudo estava bem. Um agradecimento silencioso acompanhou meu olhar e o aperto voltou quando prossegui.

– E tem mais uma coisa... – eu comecei, mesmo sabendo que isso poderia estragar tudo. Sem mais mentiras, pelo menos sem mais mentiras desse tipo. – Eu fui ao casarão do meu pai biológico hoje. Viajei para Nova Iorque em busca de respostas e elas me trouxeram de volta para cá. Pelo que parece, Adam Corbridge não gosta de ser procurado.

A mandíbula de Steve ficou tensa ao ouvir o nome do meu pai biológico. E mamãe pareceu prender a respiração novamente, como se tivesse medo do que a menção do nome dele pudesse fazer.

– Sei que ele é um tremendo idiota por abandonar você, mamãe – assegurei. – E sei também que não quero nada dele. Só o prazer de encontrá-lo e mostrar para ele que pude me virar sem ele. – Olhei para o padrasto, o que eu acreditei ser meu pai por dezesseis anos. Ele era de fato o meu pai, e precisava saber disso. – Mas eu já tenho um pai, o melhor de todos e não quero outro agora.

Steve pareceu agradecido e a atmosfera, apesar de mais leve do que quando eu anunciei que precisávamos conversar, ainda estava desagradável demais. Levantei-me e disse que tomaria um banho. Subi as escadas da minha casa tão conhecida e fiquei agradecido em ver que nada havia mudado. E o que poderia ficar diferente se ajeitaria com o tempo. Tomei um banho rápido e me deitei, vendo duas mensagens de Rachel no meu celular. Respondi as duas, assegurando que tudo estava bem e logo o clima estranho seria rompido. Desejei boa noite a ela e me joguei na minha cama, grato por não deitar em uma cama de hotel cheia de vírus sexualmente transmissíveis ou até mesmo no banco velho de um carro. Ouvi Charlie chegar e subir correndo. Ele não entrou no quarto e perguntou o que estava acontecendo como imaginei que faria. E eu estava tão exausto com o dia que tive que o sono veio de forma avassaladora.

No sonho eu estava no corredor estreito do segundo andar do casarão Corbridge. As seis portas laterais estavam fechadas novamente, mas uma brisa fria invadia o cômodo e se enrolava em minhas pernas, como a névoa que escapava pela última porta, a sétima eu que não havia conseguido abrir. Vozes sussurradas pelo vento invadiam o âmbito e o corredor foi diminuindo de comprimento. A porta se aproximou de mim, como se fossemos atraídos um para o outro. As vozes ficaram mais altas e eu quase podia entender o que diziam.

“Aqui está o fruto da imortalidade, Majestade. Meu sangue tornará quem beber eterno.”, as vozes sussurraram. Senti os pelos da minha nuca se eriçarem ao ouvir a minha voz ressoar. Não, não era a minha voz. Era a voz de Ladon, o feiticeiro do qual eu era uma doppelgänger. Não tínhamos apenas o rosto idêntico, nossa voz também era a mesma.

Mais coisas foram sussurradas, todas pareciam vir da névoa que escapava por de baixo da porta. “Consegui o fruto necessário para tornar o vosso reinado perpetuo, assim como prometi.”

O frio intenso fez com que pequenos cristais de gelo se formassem em meus cílios. Esfreguei os braços tentando manter o calor corporal, mas a névoa continuava a me rodear, açoitando minha pele com um chicote glacial.

“Às vezes, meu rei, a eternidade não é tanto tempo assim.”

Tampei os ouvidos, ouvindo o som da lâmina do atheme rasgar a carne do rei, dilacerando seu coração e envenenando suas veias com o sangue de uma duplicata. “Expecthum invynok sernum sanguini infathus verltec morthun!”

O encantamento que ressoava em meus ouvidos despertou a lembrança da visão na cabana, onde Atticus matava o pai com a mesma adaga que ele tentara matar Rachel. “Expecthum invynok sernum sanguini infathus verltec morthun!”

– Pare... – implorei, apertando ainda mais os ouvidos. – Por favor, pare.

“Às vezes, meu rei, a eternidade não é tanto tempo assim.”

– Chega, chega, chega!

“Meu sangue tornará quem beber eterno.”

– Chega! – gritei, encolhendo-me. As vozes cessaram tirei as mãos do ouvido. O frio ainda me fazia tremer e minha respiração formava uma névoa à minha frente. De repente, sem aviso, a voz de Ladon entrou em minha mente de novo, sem permissão ou aviso prévio.

“Estará pronto para fazer o que deve ser feito, criança?” ele perguntou e senti sua presença, poderosa e fria me rondar. “Colocará fim a um erro do meu passado?”

– E-eu não sei do que você está falando...

A porta estremeceu e as dobradiças protestaram, como se alguma coisa muito pesada estivesse batendo contra a estrutura de madeira.

“Liberte-me antes que seja tarde, Electus, e poderei ajudá-lo. Posso tirar o fardo que destrói sua tranquilidade.”

Eu não podia confiar nele, podia? Apertei os ouvidos novamente, tentando evitar a todo custo que as palavras dele chegassem aos meus ouvidos.

“Liberte-me, minha duplicata, e será poupado.”

O sonho todo foi perdendo a cor, tornando-se preto e branco até tudo se tornar cinza e a borda do sonho parecia rasgar, criando fendas que se abriram e romperam a cena e eu acordei, arfando.

O relógio mostrava que ainda faltavam duas horas para que eu de fato acordasse para retomar a minha vida. Quando eu pisquei senti os pequenos cristais de gelo que haviam se formado em meus cílios caírem no colchão. Toquei minha pele fria e um tremor passou pela minha espinha. Eu sabia que não estava sozinho e saber que Ladon poderia não estar morto não era a notícia mais agradável do dia. Ele poderia estar me observando naquele mesmo instante.

Afastei esses pensamentos da minha cabeça e me concentrei em me levantar. Vesti uma calça mais confortável, tênis de corrida e uma camiseta verde musgo. Meus pais não tinham acordado ainda, por isso sai pela portas dos fundos sem fazer nenhum barulho ao ver meu pai deitado no sofá. Desejei que tudo voltasse a ser como era antes, mas eu não tinha o poder de voltar no tempo.

O céu estava uma mistura de azul, cinza e laranja. O amanhecer lançava raios de sol sobre a minha pele e afugentava o frio que o sonho provocara em mim. Comecei a caminhar vagarosamente, embrenhando-me no bosque em frente à minha casa. Eu serpenteei por entre as árvores velhas começando a correr depois de um tempo. Há dezesseis anos aquele bosque era o lugar para onde Chris e eu fugíamos quando não queríamos ninguém no nosso pé. Minha corrida ficou mais lenta quando o declínio natural se tornou traiçoeiro e os galhos somados às raízes mal distribuídas dificultavam meu trajeto. Obriguei-me a correr mais, esquivando-me de galhos que tentavam agarrar minhas roupas. O suor escorria pelo meu corpo e a adrenalina agitava o sangue nas minhas veias.

Depois de uma hora de caminhada, passando pelo terreno traiçoeiro e cheio de elevações e declives íngremes, senti meus músculos berrarem e protestarem, recusando-se a fazerem mais esforço. Quando voltei pelo caminho que havia usado, a trilha natural que havia ali, eu ouvi um barulho e um vulto passou pelas folhagens.

– Olá?

Senti algo passar por trás de mim e uma rajada fraca de vento acompanhou os passos do estranho. Girei nos calcanhares e fitei o nada.

– Quem está aí? – perguntei, sem obter resposta.

O som rasgou o ar atrás de mim novamente e eu me virei. A menos de dois metros letras foram gravadas na casca de uma árvore antiga. Feitas à faca, marcavam a madeira e deixavam sua mensagem bem clara.

“Você não está sozinho.”

Eu realmente corri. Apesar da dor nos meus músculos e do coração martelando freneticamente no peito consegui colocar toda minha energia no simples ato de salvar a minha vida. Sem conseguir saber se estava sendo seguido, apenas corri com todas as minhas forças, esforçando-me para não sair da trilha. Fosse imortal ou híbrido ele ou ela seria mais rápido, e minha única chance era tirar proveito dos truques da mente.

Desviei de galhos e saltei algumas pedras. Eu me obriguei a correr sem tropeçar, sabendo que mesmo assim meu perseguidor seria mais rápido que eu. Mas, se eles eram tão rápidos, por que não haviam me pegado ainda? Olhei por cima do ombro e vi apenas a copa das árvores, mortalmente paradas. Esforcei-me para ouvir o som da natureza, mas os animais e até mesmo o vento estavam em silêncio, aguardando.

Quando me virei para ver o fim da trilha meu corpo se chocou com algo sólido. Cai para trás no mesmo instante e soltei um palavrão. Ergui o olhar e encontrei olhos castanhos me encarando. Os cabelos escuros estavam bem penteados e o reconheci um pouco tarde demais. Minha mente viajou até a noite em que me encontrei com Toby e seus parceiros nesse mesmo bosque. O ruivo possuía um chicote e o outro, o de cabelos escuros, tinha um punhal mágico. As armas eram enfeitiçadas com sangue de uma duplicata.

– Patético . – Zombou ele, agarrando-me pela gola da camisa e me erguendo do chão de dificuldade nenhuma. – Ainda não acredito que você seja o Escolhido.

Ergui o punho e tentei socar a cara do híbrido (deveria ser híbrido, já que era amigo de Toby), mas o brutamontes segurou meu punho com a mão livre e apertou. Se ele quisesse, poderia ter quebrado meus ossos, mas ele apenas me colocou no chão bruscamente e eu recuei até encostar em uma árvore.

– O que você quer? – perguntei, parecendo mais corajoso do que me sentia e como se achasse que fosse me dar mais credibilidade, acrescentei: - Seu amigo, Toby, pagou caro por me importunar.

Uma sombra de sorriso surgiu nos lábios do homem e notei uma cicatriz no lado esquerdo do rosto. Não havia como aquilo passar despercebido. Era pálida e enorme, descia da testa e passava pelo olho esquerdo até chegar ao queixo.

– Petulância demais para alguém que não pode nem salvar a própria vida – ele desdenhou e cobriu a distancia entre nós com passos calmos e confiantes. Preparei-me para lutar, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa o cara agarrou minha cabeça e empurrou bruscamente para o lado. Não havia como lutar contra sua força. Senti o corte antes mesmo de atingir a árvore. A dor explodiu em minha testa quando meu rosto bateu no tronco e tudo escureceu.


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