Ela Só Quer Amor, Mas Será Que Ele É Capaz? escrita por Cibrs


Capítulo 2
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Notas iniciais do capítulo

Yoo, minna! ღ Kyaah! Eu tenho leitores! *-* Melhor ainda, eu tenho leitores que comentam!!! *---* Tããão feliz aqui! Bom, meus amores, o primeiro capítulo vem aqui, não se espantem com a personalidade da Lucy e com seus pais, ela é meio esquentadinha mesmo, faz parte do que planejei. Kyyyah! Cinco lamoreloukas (apelidinho que criei para vocês ^-^) comentaram no prólogo, quatro favoritaram e eu ainda tenho leitores fantasminhas! Não imaginava que a recepção seria tão boa. Um agradecimento especial a Kawaii NekoChan que me ajudou a digitar um pedaço desse capítulo. Sem mais delongas, aproveitem! ღ Até as notas finais. ◕‿◕
Link da música desse capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=IYz_8LGAyKs



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O dia está ensolarado. Mais uma manhã que começa bem. Do lado de fora da janela do meu quarto os passarinhos canta, os insetos zumbem e a vida passa tranquila. Acordo com alguém batendo à porta.

- Hime, acorde! Já são oito horas.

- Humm... Hai, Virgo! Logo, logo eu desço.

            Todos os meus dias começam mais ou menos assim. Arrastei-me, praticamente, até o banheiro e tomei uma ducha. Depois de tudo pronto, dei uma olhada no espelho e o que eu vi me agradou. Um corpo bem estruturado, um rosto delicado e fios loiros na cabeça. Uma bela garota de vinte e dois anos. Reparei que tinha que cortar as pontas do meu cabelo, já estavam começando a desfiar. Desci para o café da manhã. A razão de eu “descer”? Minha casa não é bem uma casa, está mais para mansão.

            Os Heartphilia são muito ricos. Falo “os” por pura nostalgia. Meus pais eram esportistas, participavam de torneios de corridas de barcos, e toda a nossa fortuna veio como resultado das suas mais que bem sucedidas carreiras. Eles eram pais amorosos, que sempre tirava um tempo para agir como família, e me amavam. Há cinco anos atrás, quando eu tinha dezoito anos, algo em uma corrida deu errado e eles bateram. Foi rápido e sem dor – para eles. Foi triste, e ainda é triste. Não posso descrever como fiquei deprimida na época, e nem vale a pena fazer isso, afinal, quem quer ficar revivendo tragédias? Mas então, meus amigos me apoiaram e me fizeram prosseguir. Queridos amigos do kokoro, eu amo vocês! Rsrs Voltando ao princípio, a única coisa que e fez ficar nessa casa depois do acidente foi saudades. Sempre achei que uma mansão é grande demais.

            - Virgo, obrigada pelo café da manhã. Estou indo senão me atraso.

            - Jia nee, Hime. E cuidado o trânsito.

            Sai meio que correndo de casa rumo a meu camaro preto, xodozinho da mamãe. Rsrs Enquanto eu dirigia, foi só me lembrar da Virgo que comecei a sorrir. A Virgo é como se fosse minha segunda mãe, ela me conhece desde antes de eu nascer e ajudou a e criar. Depois que meus pais morreram ela continuou comigo, cuidando de mim. Sou muito grata a ela.

            Cheguei a um cruzamento, o sinal fechou e eu estava parada esperando a corzinha vermelha acender. No meu aparelho de som tocava “light me up”, uma música que eu adoro, e isso levou meu humor lá pra cima. Enquanto eu cantava e meio que balançava, meio que dançava em cima do banco o sinal abriu e eu engatei a marcha para seguir em frente. Do nada um cara numa moto aparece e me corta!

            Ele estava do lado direito do eu caro e, ao invés de esperar eu passar, como qualquer pessoa civilizada faria, ele passa na inha frente e segue para a esquerda. Fui obrigada a frear bruscamente para não bater naquele idiota.

            - Seu maluco! – gritei pondo a cabeça para fora da janela – Quase e fez bater em você!

            - Que bom que não bateu então! Sou bonito demais para ter meu rosto marcado! – disse ele já se afastando.

            Quando olhei para ele, as únicas coisas que pude notar foi que ele tem um porte atlético e pele clara, e que a moto é uma daquelas GP, totalmente preta e com umas labaredas laranja pintadas nas laterais. Não pude ver direito o rosto e a cor do cabelo, pois pelo menos com capacete o maluco estava. Segui o resto do eu caminho irritada. E se tivesse ocorrido um acidente?! Mas com o passar do tempo fui me acalmando.

            Costumo chegar ao escritório por volta das nove horas. Com a herança que meus pais e deixaram comprei ações e uma agência que descobre e patrocina talentos do esporte, a TofB (Talents of Beijing). Como eu comprei uma boa parte das ações, desde meus vinte anos eu tenho um escritório na empresa. Meu trabalho? Decidir sobre a aplicação de projetos beneficiários para o desenvolvimento da empresa e afiliados. Traduzindo para algo mais simples, aprovar (ou não) e fazer a apresentação à presidente da empresa e aos outros integrantes da TofB projetos que envolva tanto os funcionários quanto os atletas. Pode me chamar de diretora da Talents of Beijing. Ou de sócia, tanto faz... Rsrs A maior parte e resume na verdade a só a ler e estudar papéis, ocasionalmente assinando-os. É, papeis. Daqueles que formam pilhas em cima da minha mesa. Só de pensar já entedia, né?

            - Bom dia, Lucy! – cumprimentou-me a melhor secretária do mundo.

            - Mira! Bom dia.

            - Ah, na sua mesa...

            - Já sei. Novos projetos esperando para queimar meus neurônios?

            - Hai. – Ela deu uma risadinha – Se quiser alguma coisa...

            - Eu chamo. Arigatou, Mira.

            Mirajane, ou Mira como ela gosta de ser chamada, é uma albina de longos cabelos brancos, um rosto doce e um sorriso onipresente. Ela tem vinte e quatro anos e é sempre agradável com todos, mas se por um acaso infeliz você tiver o azar de fazê-la perder a cabeça, saiba que sua personalidade calma e gentil cede lugar a uma bem assustadora. Isso só ocorre em raras ocasiões, como eu disse só se você for um azarado. Uma curiosidade sobre Mira: Ela adora bancar o cupido, e nem eu escapo se der mole. Rsrs

Passei as próximas duas horas e meia entre cafés e folhas de formulários, até que Mira bate à porta. Toc, Toc.

            - Lucy?

            - Pode entrar, Mira.

            - Com licença, a Erza quer falar com você.

            - Hai. Avise que subo em instantes.

Entrei no elevador e apertei para dois andares acima do meu, ou seja, para o trigésimo e último andar. A sala da Erza é ampla e nas cores vermelho e pêssego. Ela é bem iluminada e tem um ar aconchegante. Bem no centro estava a ruiva sentada à mesa.

- Lucy! Como está você? - ela tinha um sorriso gentil nos lábios.

- Olá, Erza. Vou muito bem – sorri-lhe em resposta.

- Então, soube da aprovação do projeto nº 512. Gostaria que você organizasse uma exposição dos principais pontos para apresentar na reunião que vamos ter com os outros sócios da TofB nessa sexta-feira.

- Hai. Esse projeto foi um dos melhores que já vi ultimamente. Vai ser ótimo para os atletas. Sexta-feira, não é?

- Hai. Arigatou, Lucy.

Depois de sair da empresa, às doze em ponto, segui direto para o restaurante em que tinha marcado mais cedo de almoçar com Levy, minha melhor amiga desde a infância.

Levy é uma garota baixinha e de cabelos azulados de minha idade. Ela é toda fofa por fora e simplesmente ama ler. É uma ótima amiga, embora seja um pouco pervertida. Levy estuda administração comigo. Ela namora Gajeel, um garoto vinte centímetro mais alto e dois anos mais velho que ela. Ele é moreno, musculoso e cheio de piercings. No geral ele é uma ótima pessoa, embora tenha o irritante hábito de me chamar de Bunny Girl.

- Lu-chan! Aqui! – vi alguém acenando para mim assim que entrei no restaurante.

- Oi, Levy! – falei me sentando – Tudo pronto para o novo período do curso?

- Estou ansiosa para o terceiro período, acredita?! Soube que entrou um novato na nossa turma, de outra cidade.

- Hmmm... Cheia de novidades, não é, Levy? Queria saber como você descobre essas coisas...

Almoçamos entre sorrisos e gargalhadas. Depois de terminamos nos separamos e ela seguiu para a biblioteca, aquela rata de livros, e eu para casa, tomar um banho e trocar de roupa.

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Fairy Tail University

- Yo, Levy! Juvia!

- Oi, Lucy! – falou Juvia, outra azulada muito bonita super amiga minha e totalmente apaixonada pelo seu namorado Gray. Este por seu lado tem a estranha mania de tirar a roupa na frente de todos sem perceber. Ele tem uma personalidade à primeira vista fria e um corpo estrutural, o que o torna bem popular com as garotas e faz Juvia enxergar “rivais do amor” em quase todas, acredite, até em mim(!).

- Cadê os garotos? – perguntei.

- Gray e Gajeel estão logo ali com uns garotos amigos deles.

- Meu Gray-sama é tão popular!

Eu e Levy rimos da sua cara de apaixonada

- Acho bom entrarmos – falei – Está quase na hora da aula.

As duas concordaram, mas antes de entrarmos elas foram dar um beijo nos namorados e avisar que estávamos indo para dentro.

Entramos na sala de aula e pegamos nossos lugares. Eu sentei na terceira carteira da fila da janela, à minha frente é o Loki, à minha direita é a Levy e atrás dela a Juvia. Atrás da Juvia fica o Gray e atrás de mim fica o Gajeel.

O Loki é um grande amigo meu desde o ensino médio. Ele é bem bonito com seus cabelos ruivos (que eu particularmente adoro), corpo definido e óculos que lhe dão um ar intelectual. De uns tempos para cá, mais ou menos desde o terceiro ano do ensino médio, que foi ano retrasado, ele começou a mostrar interesse por mim como “mais que uma amiga”. Não que eu queira algo assim com ele. O cara é um mulherengo de primeira e de caras assim eu já estou cheia. Continuamos só amigos, mesmo que de vez em quando ele ainda me passe uma cantada.

- Lu-chan! – chamou-me Levy aos sussurros virando para o meu lado – Olha só quem chegou!

Mirei a porta e tive uma visão nem um pouco agradável. Minerva ia entrando com seu séquito, Angel e Lisanna. Minerva é outra que conheço desde o ensino médio, aliás, ela e Angel. E isso é a maior merda porque desde o primeiro ano elas implicam comigo, e eu, como tenho impulsos de não deixa-las sair por cima, acabei alimentando a rivalidade que Minerva criou entre nós. Minerva tem longos cabelos morenos e é uma mais do que fiel adepta do estilo “Vulgar”, ou seja, só usa micro roupas e dá em cima de todos que ela puder (salvo quando ela resolve deixar alguém para Angel ou Lisanna). É uma verdadeira puta! Estou sendo delicada, claro. Não me pergunte o motivo de ela implicar comigo por todos esses anos, eu somente revido.

Angel é outra que se sente o centro das atrações, embora a “líder” declarada seja Minerva. Ela é uma albina de longos cabelos brancos e suas roupas sempre tem longos decotes e penas. Ela é praticamente uma cópia de Minerva nas ações e, como seu próprio nome sugere, ela se imagina bonita como um anjo. Não me leve a mal, ela é bonita, mas não tanto assim. Pobre iludida! Háhá! Ela sempre age como um cãozinho da morena fazendo tudo o que Minerva manda.  

E falando em paus-mandados, nos voltamos para Lisanna! Albina, cabelos curtos rentes à nuca e roupas tão curtas quanto. Ela sempre me pareceu a mais decente das três. Só implica comigo quando Minerva está por perto, como se quisesse se provar merecedora da companhia da morena. Não a conheço há tanto tempo quanto as outras duas, pois Lisanna só vi pela primeira vez no período um do curso de administração que fazemos juntas, e isso foi ano passado, em fevereiro para ser mais exata.

- Sem sal! A boa moça já está sentadinha na primeira carteira da sala? – provocou-me Minerva.

- Desaprendeu a contar, ou é só burra mesmo?! Que eu saiba estou na terceira carteira. Saca o número “três”? – repliquei me levantando da cadeira e levantando três dedos da mão.

Todos  riram da resposta que eu dei e Minerva  ficou vermelha de raiva e constrangimento. Ela começou a avançar na minha direção com olhos em brasa.

- Ôpa, garotas! Sentadas as duas. AGORA!

Era Freed, nosso professor, que tinha chegado. Minerva me lançou um último olhar fulminante antes de ir para seu lugar e eu lhe devolvi outro à altura já me sentando.

A sala já estava quase cheia, só tinha uma carteira vaga na terceira fileira, quarto lugar, a lado de Júvia e de Lisanna. Lisanna se senta na quarta carteira da quarta e última fileira (a da porta). Atrás dela está Minerva e logo depois desta fica a Angel (sexta e última carteira).

- Muito bem! Ânimos já devidamente acalmados, vamos dar inícios à aula. Esse cálculo vem com o objetivo de...

TOC! TOC!

Freed foi interrompido  por uma batida à porta. Ele se dirigiu à origem do ruído e só o que deu para ouvir foram as vozes.

- Eer, com licença. Fui transferido esse período para a Fairy Tail University.

- Ah, sim! O novato. Bem, entre logo e se sente entre as senhoritas Júvia e Lisanna. Seu nome?

O novato obedeceu e assim que ele entrou todos os rostos se viraram para ele. Um burburinho de murmúrios femininos subiu na mesma hora. Meu Deus, que cara gato!

- Sou o Natsu – Ele se apresentou com um sorriso torto na boca totalmente sedutor.

Natsu era alto, dono de um corpo que, mesmo por baixo de uma camisa de mangas longas, me pareceu forte. Tem dentes branquinhos e olhos bem verdes, de uma cor escura à la cor verde-musgo. E o cabelo – ora vejam! – rosa! Onde já se viu cabelos rosas?! Sua pele era bem clara, embora tivesse um matiz dourado de sol. Resumo da obra? A perfeição!

- Nossa! Que gato! – falou uma.

- Eu que o diga! Viu o corpo dele? – comentou outra.

- Ah, que maravilha! – ouvi Lisanna falar.

Ele, com certeza, deve ter ouvido os sussurros-não-tão-baixos-assim das garotas que o encaravam todas fixamente. Ele retribuiu a atenção recebida passando o olho por todos os presentes enquanto mantinha um sorriso sacana e convencido no rosto perfeito. Um sorriso daqueles que transformam qualquer vela em cera derretida! Aaai... De repente o seu olhar se fixa em mim e me sinto paralisar. O garoto me encara fixamente por alguns segundos, tempo que levo para desviar o olhar ruborizada para a frente. Depois disso, pude concluir que ele se sentou porque Freed retomou a aula.

- Lu-chan! Lu-chan! – sussurrando de novo, Levy chamou minha atenção.

- Eu não te falei que tinha um novato?!

- Ah, ãn... Sim, acho que você mencionou algo assim mais cedo...

- Eu devia ter me informado como ele era também, assim você se preparava.

- E-eu me preparar? E por que eu iria querer me preparar para alguma coisa, ein, baixinha? – falei já me irritando com seu tom.

- Vai ver assim você se preparava e quando ele aparecesse não ficava com essa tamanha cara de boba!

Ela começou a rir baixo.

- Eu não fiquei com cara de boba! – me defendi indignada, minha voz subindo uma oitava.

Juvia se inclinou para a frente, na direção minha e de Levy, e sussurrou também:

- Pelo que Júvia viu, ficou sim... – e ela começou a rir também.

- Eu não fiquei não! – cruzei os braços sob os seios, já emburrada.

- Ficoooou – cantorolou Levy.

- Humpf! Cuidem de suas vidas.

Me virei para a frente, resolvida a ignorar as duas. Eu podia escutar as risadinhas ao meu lado. Arrisquei dar uma olhadinha de canto de olho para o causador de tudo aquilo, Natsu, o garoto do sorriso (resolvi chamá-lo assim a partir de agora). Ele estava sentado à minha diagonal, então dava para nos vermos perfeitamente. Ele é mesmo lindo! Sentado com os dois braços sobre a carteira, ele se mantinha sério.

Como se pressentisse meu olhar sobre ele, o rosado, que antes mirava à frente, rumo ao professor, voltou seus olhos penetrantes para mim pela segunda vez no dia. Ruborizei na mesma hora e sustentei seu olhar por alguns segundos, logo depois me sinto despertar de um tipo de transe que entrei e miro lentamente à frente de novo, dessa vez tentando me concentrar realmente no que o professor falava.

Não ousei olhá-lo de novo pelo resto da aula, embora me sentisse tentada. Algum tempo depois, as palavras das minhas melhores amigas passaram pela minha cabeça: Será que eu fiquei MESMO com cara de boba?

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Notas finais do capítulo

ღ Boom, lamourelokas do meu kokoro, espero que tenham gostado e agradeço a todos que se dispuseram a ler. ◕‿◕ Comentem o que acharam desse primeiro contato Nalu e também da personalidade da Lucy (eu não quis fazê-la uma garota sem sal e indefesa). E comentem as outras coisas também tipo: a Lucy trabalhando, a profissão dos pais dela e a relação dela com Minerva... kkkkk Eu amei criar essas partes. Kissu =* e jia nee ღ



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