Memórias - Autorizado. Resetar. escrita por Luka Baskerville


Capítulo 2
Bela Adormecida - O Manto Branco


Notas iniciais do capítulo

Meu DEUS! Demorei pra postar, eu sei. Mas foi porque eu acabei, sem querer, me perdendo na situação temporal de algumas partes dessa história e tive que re-escrever uma parte dela.
Como vocês sabem, eu escrevo primeiro no caderno, à mão, e depois passo para o 'PC'. Enfim... É isso!! Meu Deus... Esse capítulo é triste e cheio de drama.To pensando seriamente em ser dramaturga...

BOA LEITURA!!



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- Hashino Oda... ‘ Presente’... Hasuke Yui, ‘presente’... Hatsune Miku... Hatsune? Essa é a segunda semana que a senhorita Hatsune falta. Alguém sabe  o motivo? – Todos balançaram a cabeça negativamente. O professor suspirou e continuou com a chamada.

                Era terça-feira e o hospital estava calmo. O quarto 104, o último do corredor, era o mais vigiado. Em sua porta bombons, chocolates, pelúcias e flores quase que impediam a entrada dos médicos ou enfermeiros.

                - E então, como vai nossa hospedeira de classe “A”? – perguntou o médico entrando no quarto e colocando os presentes para dentro.

                - Muito bem, eu acho... – respondeu Miku, sentada ao lado da cama de Luka.                Depois do acidente, Megurine entrou em um ‘sono profundo’... Talvez por falta de sangue, indução médica ou qualquer coisa do tipo. Miku fora sua doadora, assim como acompanhante.

                - Sim! Estamos tendo uma resposta positiva!! – Retrucou o médico. – Vou pegar os remédios e  logo retorno. – Miku acenou com a cabeça, levantou-se e virou-se para Luka, segurando uma das mãos da mulher.    Não era de todo delicada, entretanto, bem cuidada. Os dedos castigados pelas teclas do piano, e a palma da mão macia, suas costas que, a qualquer movimento, deixava os músculos à mostra.   Megurine compusera quase todas as músicas que cantara. Ajudava Hatsune quando esta a pedia... ‘From Y to Y’, ‘Last Night, Good Night’ foram músicas das quais Luka ficou no piano enquanto acompanhava a voz da mais nova.     A menina de cabelos aqua aproximou o rosto da mão da mulher a beijando.

                - Você vai ficar bem... Teu publico te espera... Seus amigos te esperam... Eu te espero, amor. – Miku sentiu um aperto em sua mão, seguido de um leve espasmo. Os dedos de Luka se fecharam e seus olhos, vagarosamente, se abriram. Hatsune virou o olhar rapidamente para a amada, que a encarou com uma expressão de confusão, típica de quem acabara de acordar. – Luka! Luka, você acordou! Graças a Deus! Eu estava tão preocupada e –

                - Ei... Ei, ei... – falava a mulher, com a cabeça sobre o ombro da menina, enquanto a mesma a abraçava. Miku a soltou ainda sorrindo.

                - O que foi? Quer algo? – Luka sorriu sem jeito enquanto Miku a fitava, perguntando sorridentemente.

                - Obrigada por se preocupar e pela felicidade mas... Quem, exatamente, é você? – perguntou Megurine olhando o rosto da menina com uma preocupação, confusão e apreensão aparente.

                - Como assim, amor? Sou eu! Sua pequena... Sua princesa... Miku! – Falou com uma voz ainda alegre, entretanto, tremida. Suas mãos tinham espasmos agora de preocupação.

                - Desculpe moça... Mas... Deve ser um engano! Eu não te conheço, nunca te vi antes... E... Se você for uma fã, eu agradeço ficar tão perto assim, mas... Deve ser um engano mesmo! – Megurine puxou a mão, a afastando de Hatsune.                 A menina abaixou o rosto, cobrindo a expressão de choque. Suas mãos agarraram os lençóis.

                - É... Você tem razão, senhorita Megurine! Então... Espero que você melhore logo!

                - Obrigada... Err... Miku.  – A mais nova sorriu por debaixo da franja. Afastou-se  e saiu do quarto, fechando a porta, ficando de frente para ela por algum tempo... “Minha linda... Por que não se lembra de mim? Logo de mim!”. Lagrimas e mais lágrimas caiam de seus olhos. Eram amargas, doloridas e frias. Correu pelo corredor quase esbarrando em enfermeiras, pegou o elevador e, assim que as portas se fecharam, sua voz se libertou em um grito de dor que fez seu corpo se curvar e se encolher. Entre soluços e fortes puxadas de ar os andares iam passando. No térreo, as portas se abriram e Miku se pôs a correr novamente, passando pela portaria e ganhando as calçadas das ruas.  Esbarrou em alguém e caiu, apenas pediu desculpas e foi embora.

                - EI MOÇA! Espera... Era a Hatsune? Alguma coisa aconteceu... – Era Gakupo. Ela não o focara, não prestara atenção. Ele pode sentir que ela estava chorando por conta da voz. Olhou para o hospital com uma cara de preocupação.                                O rapaz adentrou até chegar à área de atendimento. – Com licença... Eu estou aqui para ver a paciente Megurine Luka, o quarto é o 104.

                - Sinto muito, senhor... O horário de visitas foi cancelado. Alguém ligou para cá e proibiu que alguém fosse vê-la. – Respondeu a mulher.

                - Perdão, mas... Quem exatamente?

                - Disse apenas que era o agente dela. Se o senhor quiser esperar, pode se sentar ali. O mesmo homem disse que vinha buscá-la então, se tem algum assunto para tratar, pode esperá-lo ali. – Concluiu a moça apontando para os sofás do outro lado da sala de vidro.

                -... Obrigada. – Gakupo deu as costas e puxou o celular do bolso, enquanto andava até os sofás. Estava sem sinal. – Ahn, moça, mais uma coisa... Onde ficam os telefones públicos?

                - Siga pelo corredor principal e vire à direta. É no fim. – indicou, o olhando por cima dos óculos de grau. Kamui acenou com a cabeça e foi pelo caminho indicado. Precisava ligar para Miku, queria entender o que acontecera.

• • •

                - Parece que está tudo ótimo com você, senhorita! E a cicatriz fica coberta pela franja, o que é muito bom.

                - Obrigada, doutor. Mesmo não sabendo como eu cheguei aqui.

                - Pelo o que me foi passado, você escorregou e bateu com a cabeça em uma tampa de mesa feita de vidro. – Megurine franziu a testa como se dissesse um “ai” arrastado. – Por isso, você tem que ter mais cuidado. Segundo exames, você já pode ir para casa descansar e se recuperar por lá.

                - Nada disso! Suas malas estão arrumadas, você já tem shows marcados. Uma diva ao pode ficar muito tempo parada. – Sorridente e simpático, o produtor de Luka entrara no quarto, ajeitando o terninho cor de petróleo.

                - Ela não pode se esforçar, senhor! – falou o medico por detrás da barba branca.

                - Não vai fazer esforço, doutor. É algo que ela ama e, para qualquer coisa, nós temos médicos na nossa equipe. – o médico inflou as rosadas bochechas e soltou uma bufada irritada.

                -  Hahahah! Calma, doutor. Eu vou ficar bem. Mandem os presentes para minha casa.

                - Aqui estão suas roupas, Megurine. Estamos esperando do lado de fora. – falou o homem saindo com o medico do quarto.

• • •

                - No momento o telefone se encontra fora de área ou desligado, por favor, tente mai-

                 - Argh maldição! – Gakupo tentara por quase 20 vezes ligar para Miku. Sem sucesso. Caminhando devagar pelos corredores, viu uma moça de cabelos rosa claro saindo pela porta do hospital. Estava longe, mas pôde reconhecer. Era Luka. – M...MEGURINE!

                Na porta do hospital, um mar de fãs e jornalistas cercava o carro da cantora. Seguranças abriam caminho enquanto ela passava até conseguir entrar no veículo e respirar aliviada. Gakupo ficara para trás... Colocara as mãos na cabeça e respirara fundo. Não conseguira saber o estado da amiga e ainda tinha o fato de Miku ter saído correndo e chorando. Não tinha outra opção... Agora podia deixar o local. Puxou as chaves do carro e foi até o mesmo, abrindo a porta e entrando. Não era longe, mas tinha pressa para chegar à casa de Hatsune.

• • •

                Luzes apagadas... Mesa da sala virada, jarros derrubados, vidro do espelho quebrado. Miku descarregara sua raiva até se cansar. Deitada na cama, abraçada com o travesseiro, ainda aos prantos. No relógio marcavam cinco e meia da tarde. O sol estava indo embora... O frio chegando... A dor aumentando. A campainha da porta tocou. Miku não respondeu. Mais uma vez os sinos foram ouvidos, e mais uma vez, silencio.

                - Hatsune, atenda! Eu sei que você está ai! Vi você correndo, saindo do hospital e chorando! – Era uma voz conhecida. Gakupo batia na porta da casa. Do lado de fora, ouvia-se as trancas sendo abertas. Devagar, Miku abriu a porta. A menina estava em um estado desolador, soluçando e com o rosto molhado. – Hatsune? Meu Deus! O-o que aconteceu?

                Ela puxou o ar como se fosse falar normalmente, mas não aguentou. Abriu a porta por completo e abraçou o rapaz.

                - Ela não lembra! Ela não se lembra de nada!! Ela não... Não... DE MIM! DE NÓS! – Gakupo ficou assombrado com a cena da casa e dos berros sofridos da menor. Envolveu com um dos braços a garota e com o outro, levou uma das mãos aos lábios.

                - Meu... D- o celular tocara. Ele atendeu tentando manter a voz calma. – Oi amor... Ah! Eu vou demorar um pouco para chegar hoje... Eu te explico quando chegar. – Desligou e guardou o aparelho no bolso. Maldita tecnologia que só presta quando ‘quer’. Ao olhar para a menor, percebeu que suas mãos, pés e joelhos estavam machucados, provavelmente, por estilhaços das coisas que a mesma havia quebrado.

                - Vem... Vamos conversar com calma... – terminou colocando Miku nos braços como uma filha, entrando em casa e fechando a porta. Abaixo dos seus sapatos, pedaços de porcelana e vidro trincavam. Ele deitou a menina no sofá e sentou em uma poltrona ao lado. Ela se acalmava enquanto o rapaz afagava seus cabelos.

                - Ela acordou depois de muito tempo... Ela apertou minha mão... Mas disse que não se lembrava de quem eu era... Não se lembrava de nós... – falava olhando para o ‘nada’.

                - “Nós”? – no chão da sala, o celular de Hatsune tocara mostrando um lembrete. Gakupo apanhou o aparelho e leu o que tinha na tela: “(。’▽’。)♡ Dia feliz! Aniversário de namoro com a Luka!! Quatro meses! /)w(\\. “

                - Puta merda... – falou o rapaz voltando a se sentar na poltrona. Entregou o celular para a garota, que o abraçou contra o peito. – Hatsune... O que de fato aconteceu três semanas atrás?

                - ... Nós tínhamos saído para jantar. Kaito estava lá com Meiko... Eu fui ao banheiro atender a ligação dele. Só que do nada, ele apareceu! Me segurou pelo braço e começou a gritar, gritar, gritar! A Luka apareceu, ele bateu nela, ela escorregou e... E... – abaixou a cabeça e parou de falar.              Gakupo havia ligado os pontos; o que ele havia falado para o rapaz há dias havia se realizado. Desde o acontecido, o irmão de sua esposa não falava sobre Miku ou o relacionamento. Toda vez que Meiko vinha a perguntar sobre o que acontecera no restaurante, a resposta era a mesma: “Já disse que não quero falar sobre isso!”.

                - Ei tampinha. Não fica assim. Às vezes, as memórias saem de nossas cabeças por um tempo, mas depois elas sempre voltam! – Kamui falava como um pai, enxugando o rosto da mais nova.

                -Você tem certeza? – perguntou, sentando ainda abraçada ao celular.

                - Tenho sim! Bom... Faz tempo, mas... Uma das coisas que eu posso te dizer com toda a certeza do mundo é que: A Luka é meio “cabeça de vento” – Hatsune riu um pouco. – Às vezes nós precisamos fazer com que ela lembre. Agora vem, vamos arrumar essa bagunça!


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Notas finais do capítulo

Bom.. Essa é a hora em que vocês começam a atirar tudo o que é de pesado em mim! Eu sei.. A LOOOT OF DRAMA... Dá até um mal estar. AO MENOS EM MIM DEU! Senti meu estomago embrulhar com tanta coisa.

E ...bom... São 5:20 da manhã e eu estou chorando. Não pela história ou coisa do tipo mas... Lemmy (vocalista e baixista da banda Motorhead e bom... Meu idolo) passou muito mal em um show... Cancelou o mesmo e o estado de saúde dele não é nada bom... Me deram uma noticia dizendo que ele havia morrido mas não tem nada confirmado a não ser um unico produtor... Eu... Estou nervosa, espero que tudo esteja bem e que isso tenha sido uma mentira. (pequeno desabafo... Obrigada e desculpem-me)