Perhaps A New Life escrita por Garota Fantasma


Capítulo 1
Adeus, boa sorte.


Notas iniciais do capítulo

Oi, bom reescrevi tudo mudando a escrita e algumas coisas, personagens, mais a maioria continua a mesma.



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Flashback 2004 - Brooks



– Aonde vamos? – perguntei.




– Há um lugar, ok? – a moça que me puxava pelas ruas falou, ela parecia preocupada e vez ou outra me olhava por sobre os ombros. Ela era minha mãe.



Ela me encarou, eu corria no seu ritmo com minhas curtas pernas.



Ela parou.



– Tudo bem B.? – ela perguntou se ajoelhando até mim.



– Mamãe, aonde vamos? Estou cansada! – resmunguei.



– Aqui, mesmo. – ela exclamou. – B. minha pequena B., já passamos tanta coisa não é?Sei que te prometi ser forte, cuidar de você, mas eu não sou a melhor pessoa do mundo para cuidar de você. B. eu te amo e espero que perdoe um dia. Perdoe-me. – ela disse com lágrimas nos olhos.



– Não entendi. – respondi.



– Um dia B., você ira entender – ela me deu um forte abraço.



– Tá. – falei, ela me entregou uma folha que estava em suas mãos.



– Entre. – ela abriu a porta do lugar à nossa frente.



Eu entrei, não era um lugar dos mais acolhedores, olhei as paredes brancas descascando eram úmidas e tinham mofo, não entendi bem o que estava fazendo ali. Me virei para a porta ela não estava mais lá.



Corri para fora.



– Mamãe, mãe?... – gritei desesperadamente.



A ultima vez que a vi foi correndo naquela rua, ela olhou pra trás e sorriu pra mim, pela ultima vez.




Flashback off.




Dias presentes.






A garota acordou de seus pensamentos, essa era a única lembrança que ela tinha de sua mãe, por mais que tentasse nunca se lembrava de coisas mais antigas. Ela encarou o pátio do orfanato St.Mary.




O orfanato era mesmo antigo, cheirava a mofo, as paredes descascavam e eram úmidas, esse não era um lugar adequado a se viver. Todos dali sabiam disso, mas a culpa era da prefeitura da cidade, sempre com a desculpa de não ter verbas o suficiente.



– Maison? – a garota voltou à atenção a loira a sua frente. – Eu ouvi boatos, de que há alguém aqui... que quer adotar alguém.



A loira ficou surpresa da garota não responder, ela normalmente diria que seria uma perda de tempo, e que era apenas uma secretaria do prefeito tentando explicar a falta de dinheiro com alguma mentira tosca.



– Mai, você ta bem? – a loira perguntou a garota, que apenas pós a cabeça em cima da mesa. – Você é impossível, você esta assim há um mês desde que aquela senhora veio até aqui, ela te deu esperanças falsas, mais sai dessa vida.



– Olha Ale, não é nada disso, apenas tive uma noite ruim. Sonhos ruins.- a garota falou olhando diretamente para a loira.



– Tá, vou acabar por fingir que acredito. – a loira se sentou ao seu lado. – Olha que sonho foi esse, é aquele de quando sua mãe te deixou aqui? – a loira perguntou na esperança de que ela falasse um pouco. – Desabafar é bom, estou pronta para ouvir.



– Sério? Não quero desabafar. – a garota falou olhando para a mesa. – Já desabafei milhares de vezes esse sonho Ale, esse seria apenas mais um desabafo na lista.



A loira entendia, ela passou as mãos pelos cabelos castanhos da amiga. – Ok. Chega de desabafos...mas pelo menos fale comigo.



– Falar o que? Que aqui tem cheiro de mofo, da comida nojenta... e que não temos futuro? – ela encarou os olhos da outra. – Não obrigada já estou farta de me queixar disso.



Ela iria continuar, iria falar de como queria fugir para a casa da tia em Dever, mas foi interrompida.



– Brooks. – a mulher que entrou no pátio era alta, velha e ríspida. – Vamos até a sala da diretora, por favor.



O coração da garota gelou, ela não tinha feito nada de errado pelo que lembra, ouviu a loira sussurrar Boa sorte Maison.







– Maison Brooks você foi adotada. – a diretora do orfanato lhe falou a garota mal podia acreditar nisso.



– É sério? Ou isso é uma mentira, fala sério né? – a morena falou, ela estava tentando ser realista dentre tantas pessoas ali por que bem ela seria adotada?



– Isso é muito sério menina, eu não mentiria sobre isso. – a diretora falou exaltada pelo jeito da menina falar.



Um sorriso surgiu no rosto de Maison, depois de um mês daquela falsa esperança, ela seria realmente adotada.



– Posso saber por quem... senhora? – ela perguntou a diretora, com educação.



– O’connel, Anne Marrie O’connel. – a diretora falou feliz em ver a animação da garota. – Parabéns, Brooks.





Ela saiu correndo da sala, não esperava à hora de ir contar para Alécia, sua fiel amiga, se sentia feliz por sair dali e ao mesmo tempo triste por deixar Ale, ela repetiu várias vezes em sua cabeça a Ale não vai se importar, ela é minha amiga vai ficar feliz não? Ela realmente não sabia como contar isso.



– Maison Brooks, me fale o que foi que você fez? – a loira foi ao seu encontro assim que há viu.



– Nada. – a morena respondeu.



– É sério que sorriso tosco é esse? – a loira falou brava.



– Alécia, eu fui adotada.



A loira não pode acreditar no que ouviu, ela estava arrasada por dentro, mas precisava se mostrar forte para a outra, ela deu um meio sorriso, era falso, com certeza.



– Você não está feliz. – a morena disse. – Você esta arrasada.



– Não. – a loira tentou mentir.



– Eu sei, Ale, olha não posso controlar isso. Eu fui adotada, você será um dia com toda a certeza. – a morena disse dando um abraço reconfortante nela.



– Estou feliz, então quando você vai? – a loira perguntou se desfazendo do abraço.



– Hoje... agora.



Depois dessas palavras a loira desabou, não nada mais a ser feito ali por ela.



– Adeus, boa sorte. – a loira falou dando as costas a outra. – Mantenha contato se possível.



A morena não se acreditou, ela soou tão ríspida. Não sua culpa se foi adotada...como ela mesma disse não dá para controlar isso.





A garota arrumou sua mala com as poucas coisas que tinha, ainda estava brava com Alécia pelo que ela fez apenas Adeus, mantenha contato... E com toda a certeza que tinha o Boa sorte era falso.



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Notas finais do capítulo

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