- Eu espero mesmo que possamos nos ver outra vez.

     - Até a vista, Bill. – eu acenei, me virei e fui andando em direção ao ponto de táxi.

     - Pro metrô mais próximo – Paula disse ao motorista do carro em que entramos.

     Acabamos nos despedindo no metrô; ela ia pro Jabaquara, eu pra Santana. Ela foi pra casa dela e eu fui pra minha... [...]

     Cheguei em casa em silêncio, bem sentindo que me tinham arrancado alguma coisa. Fui direto desfazer a minha mala e qual não foi a minha surpresa quando vi um pacotinho prateado cintilando ali. Abri o embrulho, dentro tinha uma caixinha preta e um pequeno cartão.

     “Eu queria te dar um presente... mas não sabia o quê. Daí eu lembrei que, como não foi lançado no Brasil, você talvez não tivesse.

     Não quero passar por intrometido, se você não gostar pode jogar fora.

     Beijo,

     Bill.”

     Abri a caixinha pensando “o que será que ele quis dizer com isso” e quase tive um troço quando vi que o que tinha lá dentro era o An Deiner Seite (Ich Bin Da) [Maxi CD]. E autografado.

     - Oh mein Gott! – Berrei e na mesma hora pus no DVD pra tocar.

     Peguei o celular e escrevi uma mensagem.

     “Bill, seu praga!

     Como é que sabia que eu não tinha esse CD?!

     Danke danke danke

     Te adoro

     Ass: Julia”

     Em dois minutos chegou a resposta:

     “É pra você se lembrar sempre que eu estou do seu lado, não importa se a 1000 oceanos de distância. Também te adoro. Bill.”

     Eu realmente senti como se ele tivesse do meu lado, cantando comigo como no sábado, pus no último volume e que se danem os vizinhos.

     Tava ouvindo meu CD, ele não sai mais do DVD, quando chegaram duas mensagens que têm uma história um tanto comprida, que eu não posso contar.

     Mas tem alguém que pode.