Ich Bin Nicht Ich escrita por seethehalo


Capítulo 20
Último dia


Notas iniciais do capítulo

Mais capítulo! o/



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     Acordei às 11h da “manhã” seguinte e me perguntei se faríamos algo. Não. Saí no corredor pra ver se a Paula estava por ali, pois não a havia visto no quarto, e um minuto depois ela apareceu no corredor.

     - Credo! Você acordou agora? – ela disse.

     - Aham. Que horas você queria que eu acordasse depois de virar a madrugada zoando no corredor?

     - Sei lá. Eu acordei às 9h30. Julia, você conseguiu acordar mais tarde que o Tom e o Bill.

     - Ah, falou a sócia do despertador. Eu preciso dormir bem, senão eu não funciono.

     Entramos no quarto e ficamos vendo tevê até meio-dia e meia, quando fomos chamadas para o café, ops, almoço. Não me agrada pular uma rodada de café com leite e pão com margarina, nem que fosse pra almoçar às 17h, mas mesmo assim lá fomos nós.

     O almoço foi bem animado, com direito a todo tipo de piada, e todos riram quando a Paula contou a da Lei Seca (claro que teve de explicar como funciona a Lei Seca antes, senão ninguém teria entendido) e eu a do papel da latinha.

     Depois, quando os preguiçosos foram dormir de novo (leia-se: Bill e Tom), Gustav, Georg, eu e a Paula fomos brincar no hotel. Nós quatro passamos a tarde inteira indo da sala de jogos para a quadra e vice-versa. Umas 16h eu e a Paula estávamos tentando jogar pingue-pongue (TENTANDO, friso bem, a gente mal conseguia tocar a bolinha) quando os gêmeos apareceram querendo jogar.

     - A mesa é toda sua. – Paula disse – Se nós tivéssemos um time se chamaria Desastre com Bola.

     - Belo nome. – disse Tom, rindo.

     - A gente vai na lanchonete. Esse Desastre me deixou com fome. – eu disse saindo do salão, mas logo voltei e disse:

     - A propósito, povo, a que horas sai o voo amanhã?

     - Às 11h – Bill esclareceu.

     - Obrigadinha! – agradeci e fomos para a lanchonete.

     Ficar a tarde inteira jogando (videogame ou algum “esporte” na quadra do hotel) tinha me deixado laranja de fome. Não que eu seja uma esportista excepcional, longe disso (odeio educação física)(mais a professora do que a aula em si, mas enfim), mas exercício cansa. Cheguei no balcão da lanchonete com a intenção de pedir um risole, mas no tempo que eu levei pra descobrir como se diz “risole” em inglês poderia ter esperado e comido uns três.

     Depois de comermos os nossos risoles voltamos pro quarto pra dormir. Bom, pelo menos era essa a ideia – afinal eu não queria acabar usando o colo de mais alguém como travesseiro – e por mim dormiria pra acordar só no dia seguinte. Mas não deu certo. Eu até cochilei de tarde, mas acordei às 18h30. Então fui tomar um banho e depois desci junto com a Paula, para o nosso último jantar em Londres.

     Cheguei no salão bocejando e fui quase carregada pela Paula até a mesa onde Tom, Gustav, Georg e Bill nos esperavam. Eu estava (outra vez) com a minha blusa listrada (como não era época de muito frio na Europa, só tinha levado três da minha coleção incontável), e O Bill não me deixou nem dizer ‘oi’ pra todo mundo, já levantou e foi perguntando:

     - Ei! Eu tenho um igualzinho! – apontando pro casaco - Onde você comprou? No Brasil?

     - Eu sei. Não comprei. Eu fiz. Comprei o tecido, claro, no Brás, mas pela parte de transformar pano em blusa a responsável fui eu.

     - Orra... quantas fotos você viu pra copiar o modelo tão perfeitamente?! – ele me bombardeava de perguntas, pasmo com a minha “proeza” – Você sabe costurar... a máquina?! ‘Cê tá zoando que comprou dois metros de pano e fez isso sozinha, né?!

     - Tsc-tsc. Pra falar a verdade vi duas fotos só; e sim, aprendi a “manusear” um overlock com 9 anos e uma máquina normal com 10; e eu não comprei dois metros de pano. Eram cinco metros, e quem pagou foi o meu pai. – eu ri depois de satisfazer a curiosidade geral, Bill especificamente ainda estava estupefato; então eu quebrei o silêncio da mesa:

     - Qual é, povo, até parece que é surpresa! Eu tava com ele quando a gente foi dar uma voltinha na London Eye!...

     - Realmente... – Georg se manifestou – mas... é meio difícil acreditar que você fez essa blusa sozinha...

     - Não tem etiqueta, olha. – mostrei a blusa. – É uma “fac-símile” autêntica.

     A piada provocou risos gerais. Enquanto cada um examinava a falta de etiqueta no meu casaco, o cardápio (fiiinalmente!) chegou. Passado o alvoroço por causa da blusa, começou outro por causa da comida. Cada um queria algo completamente diferente: Gustav queria um lanche, Tom queria churrasco (?!), Georg queria capeletti, Paula queria pular pra sobremesa, eu queria lasanha e pelo Bill estaríamos no Mc.

     Começamos a pensar numa solução para o problema (cada um queria uma coisa, mas as porções de comida eram minúsculas e terrivelmente caras, já pensou no número de dígitos na conta se pedíssemos tudo aquilo?! Então. Mas enfim). Ideias das mais toscas foram dadas, mas no fim resolvemos tudo civilizadamente.


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Notas finais do capítulo

Piadas: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=96280628&tid=5406908542044385816
A da lei Seca tá na primeira página e a do papel da latinha na terceira. Aproveita e entrem na comu, sim?
Até mais, povo!!



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