- Só quero ver o que vocês vão aprontar aí – ele disse saindo – Boa sorte.

- Valeu – a Paula agradeceu.

Enquanto o locutor nos anunciava (de novo) eu contei minha ideia à Paula, que adorou. Liguei o teclado e começamos a tocar uma versão rockalizada de Fidelity:

“I never loved nobody fully

Always one foot on the ground

And by protection my heart truly

I got lost in the sounds

I hear in my mind all of this voices

I hear in my mind all of this words

I hear in my mind all of this music

And it breaks my heart

And it breaks my heart

And it breaks my heart

When it breaks my heart

Suppose I never, ever met you

Suppose we never fell in love

Suppose I never, ever let you kiss me so sweet and so soft

Suppose I never, ever saw you

Suppose you never, ever called

Suppose I kept on singing love songs

Just to break my own fall

Just to break my fall

Just to break my fall

Just to break my fall

Break my fall, break my fall

All my friends say that of course it’s

Gonna get better, gonna get better

Better, better, better, better, better, better, better...

I never loved nobody fully

Always one foot on the ground

And by protection my heart truly

I got lost in the sounds

I hear in my mind all of this voices

I hear in my mind all of this words

I hear in my mind all of this music

And it breaks my heart

And it breaks my heart

I hear in my mind all of this voices

I hear in my mind all of this words

I hear in my mind all of this music

And it breaks my heart

Breaks my heart

And it breaks my heart

When it breaks my heart

When it breaks my heart

Breaks my heart

Breaks my heart

When it breaks my heart

Breaks my heart

When it breaks my heart

Breaks my heart”

Fomos aplaudidas. Até os radialistas aprovaram a nossa performance. Quando saímos da saleta recebemos uma tempestade de comentários – entre eles um do Bill:

- Vocês vão ter bastante sucesso. Só precisam de umas músicas próprias e...

- Sucesso às suas custas? – interrompi – Não mesmo! Eu quero ser reconhecida pelo meu trabalho e pelo meu esforço. Eu tenho músicas próprias, dependendo de mim eu gravaria um CD amanhã. Mas não, não é isso o que eu quero!

- Como assim às nossas custas? Vocês são ótimas, ninguém tem do que reclamar.

- Claro que é. Olha de onde vocês partiram. Do zero. Agora olha como eu tô “conseguindo” alguma coisa: eu fui cantar contigo num palco, tu me trouxe pra Londres pra tocar numa rádio, e acha que um possível sucesso não será às custas de vocês?

- A gente não se importa. – Tom interveio.

- Eu me importo, djow, não é isso o que eu quero. Está sendo o máximo tudo isso aqui, obrigada mesmo, mas seria uma empáfia da minha parte aceitar sucesso instantâneo e declarar carreira depois de três aparições com vocês. De jeito nenhum!

Um breve silêncio instaurou-se no local. Foi quebrado pelo Georg, que lembrou que tinham um show naquela noite e muito o que fazer.