Seven Devils - Fic Interativa escrita por PandoraMaximoff


Capítulo 4
Melancolia




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Livy abriu os olhos , ainda podia sentir o cansaço da noite anterior. Levantou-se da cama e de forma preguiçosa ela foi até o banheiro , lavando seu rosto tirando os vestígios de sua maquiagem. Bocejou e olhou para o relógio vendo que ainda não era nem sete da manhã , mas aquilo era bom ela teria tempo para se arrumar e ir para a igreja com os pais. Apesar de odiar ter que levantar cedo ela queria realmente rezar.

Abriu a porta do quarto descendo as escadas e indo até a cozinha onde viu uma senhora Cohen de cara amarrada sentada em uma das cadeiras da cozinha. Livy sentiu um frio na espinha , aquilo não era nada bom. Além de cansada aparentemente iria escutar alguma bronca da mãe.

- Senta Livy precisamos conversar , agora – A mulher apontou para a cadeira na extremidade da mesa ao lado direito, Livy sem protestos sentou-se e fitou a mãe com curiosidade – Tem algo a me dizer?

A garota ficou com medo. Do que exatamente a mãe estaria falando? Franziu o cenho tentando descobrir o que fez de tão errado. Deu de ombros e fez um sinal negativo com a cabeça. A mulher suspirou fundo , era explicito a raiva em sua expressão.

- Livy , eu vi! Se o seu pai souber , que Deus tenha piedade de sua alma , por que ele não vai ter. Eu não quero saber onde você foi , mas sim o que fez – Livy abriu a boca para falar.

O nervosismo era aparente diante da conversa. Ela criou coragem e olhou para a mãe que esperava uma resposta.

- Eu não fiz nada , para falar a verdade – Livy sorriu de lado transmitindo uma certa ‘inocência’

O sol estava nascendo , e em alguns segundo Richard iria acordar.

- Então para onde foi? – Seus olhos azuis se encontraram com os castanhos da mãe.

Engoliu a seco.

- Fui em uma festa – Falou afinal.

Beth abriu a boca para tampa logo em seguida levantando e andando para o outro lado da cozinha. Estava totalmente chocada com o que a filha tinha dito e revoltada, como pode ter dito que não fez nada em uma festa? Um lugar onde a fornicação é feita de maneira explicita.

- O que aconteceu com você... Livy você , fugiu e foi para uma festa? Por que fez isso? Minha filha – Beth voltou a Livy e segurou as mãos da filha ajoelhando diante dela. A loira ficou surpresa com a atitude da mãe – Por que fez isso, Livy? Meu Deus.

A loira sentiu uma lagrima escorrer pelos seus olhos. Tirou as mãos da mãe das suas. Seu coração pulsava mas forte , ela estava com medo , nervosa , triste , feliz e revoltada.

- Mãe , eu so quero ser feliz. Fazer coisas que qualquer adolescente faz! Ouvir musica , ver filmes , sair – Livy gesticulava de forma exagerada. Beth ficou em pé novamente.

A mulher não acreditava no que estava ouvindo. As regras triviais impostas pela mãe fora quebrada , e ela sabia que deveria ter mentido ao invés de contar a verdade. Mas não queria mentir.

- Mãe eu quero ser livre – Finalizou.

Então um silencio se estabeleceu na cozinha Beth sentada no chão com algumas lagrimas nos olhos com a mão na boca , tentando assimilar o que a filha falou. Seus desejos mundanos , o demônio a seduzindo . Ela rezava mentalmente pela filha.

Livy sentia a tensão que estava ali. Mas não falou nada. Apenas observava a mãe. Ela sentia uma certa melancolia e peso de suas costa tirada. A loira sempre aceitava tudo nunca criticava nada , apenas ouvia e correspondia.

- Quando eu era mas nova , na sua idade eu era uma pessoa muito mundana – Beth soluçou – Eu era uma pessoa totalmente oposta do que sou hoje , imatura e cega. Não conseguia ver o que estava fazendo e suas consequências.

Richard já tinha acordado e ao ouvir vozes vindas da cozinha decidiu ficar perto do hall de entrada onde poderia ouvir melhor a conversa de sua esposa e filha.

- Mãe , eu não ‘to’ pedindo para ir em festas ou baladas. So estou falando que quero minha liberdade , ver filmes , ouvir musicas e sair pra comer pizza com meus amigos. Eu sei o que certo ou errado , ainda creio em Deus não sou uma ateísta – Richard entrou na cozinha assustando vendo sua mulher  aos prantos.

Sentindo que iria vomitar pelo pai estar ali Livy arregalou os olhos. Beth abraçou o marido com força e Richard olhava para a filha descrente. Toda a cena que um dia Livy já imaginou quando disse-se o que estava acontecendo de uma forma mas dramática , como se ela fosse a vilã.

- Não derrame mas nenhuma lagrima por essa ingrata Beth . Se quer isso , tudo bem te daremos , mas quando estiver perdida nesse mundo não nos procure , apenas vou rezar por você – Richard dizia com desdém , deixando a filha assustada nunca falará daquele jeito com ela – Vamos para a igreja e quando voltarmos não quero ver a tua sombra aqui. Sai desta casa leve suas coisas e seja feliz. Sua vida será um pecado minha filha , isso eu posso te garantir.

Mas lagrimas se acumularam nos olhos da loira que ouvia tudo quieta. Apertou fortemente suas mãos tentando suprimir a raiva.

- Não jugais para não ser jugado , certo? Papai você é um hipócrita por me falar isso – A garota passou pelos pais com raiva.

Entrou em seu quarto trancando em seguida. O nó em sua garganta se formou , agora ela chorava como se a tristeza de perde alguém não bastasse ela agora tinha sido expulsa de casa. Pegou seu celular com as mãos tremendo ligando para a única pessoa que poderia lhe acolher agora. Alice.

***

Mary olhava para o teto , sua aparência não era uma das melhores seus olhos estavam levemente inchados , ainda existia vestígios de sua forte maquiagem , podia-se ver pequenas olheiras, sua pele tão pálida e sua expressão de aflição. Ela não entendia o que estava acontecendo com seus sentimentos , e verdade que ele era seu amigo , mas sentir ciúmes por que César fitou demais Mikaela era demais. Por que estava sentindo aquilo? Ele era livre para ficar com qualquer pessoa. Mas so de pensar em uma coisa dessas ela sentia raiva e novamente ciúmes , mas nunca iria admitir em voz alta. Porem algo tão ,mais forte a deixava totalmente sem forças era pensar em nunca mas ver ele ou implicar com ele. Uma lagrima quente desceu pela sua bochecha deixando uma trilha mochada por onde passava. Seu celular estava ao seu lado , olhava de minutos a minutos , mas não tinha coragem para ligar.

Olhou para o relógio vendo que já marcava dez da manha ela se espreguiçou olhando pela janela de vidro varias pessoas passando pela rua. Ela ligou a tv , deixando no noticiário local. Para sua surpresa a noticia no momento era sobre a festa passada.

‘’ – Vinte corpos foram encontrados na cabana . A maioria foi pisoteada , de acordo com algumas testemunhas aconteceu uma espécie de blackout no local deixando todos assustados – Mary abriu a boca com a noticia – Todos tinham entra a faixa de 16 – 20 anos.’’

 Engolindo a seco Mary deixou a tv no mudo. Uma das vitimas poderia ter sido ela . Poderia estar morta. Ta , certo que pessoas se machucaram lá , mas mortos? Todos tinham a possibilidade de estarem mortos agora. Vários nomes passavam na tv , provavelmente era os mortos já reconhecidos. Suspirou fundo e pegou o celular, reunindo coragem para ligar .

***

Alice arregalou os olhos , estava tão perturbada pelo o que viu e ninguém acreditar , tudo o poder que sentiu naquela cabana e agora a amiga tinha sido expulsa de casa. Aquilo era revoltante , Livy apenas queria liberdade , e tira-la já era ruim ser expulsa por querer acessa-la era terrível. Mas no fundo ela sabia que eles iriam reagir assim.  Sentia a agonia da amiga a cada palavra desesperada , a cada soluço e sua voz chorosa. Mas tirando todo o drama , aquele sábado estava espetacular , o sol havia nascido de uma forma esplendida. Seu pai não estava , por algum motivo estava um corre-corre na agencia funerária. Sua madrasta estava no salão de beleza e seu irmão vendo tv na sala.

Ela suspirou fundo sentindo o ar entrar em seus pulmões. E sorriu , estava feliz. Um barulho muito irritante começou a apitar , olhou vendo que era o alarme , tinha que tomar seus remédios. Rolou os olhos , odiava ter que toma-los. No mesmo instante que ela foi pegar seu remédio a porta do quarto se abre mostrando um Hazel sorridente.

- Hey, a Livy chegou , ela vai viajar? – Ele questionou curioso.

- Não , você poderia ajuda-la a trazer as coisas dela pra ca , por favor maninho? – Ela fez uma cara de pidona , fazendo Hazel rolar os olhos.

- Ta bom – Ele falou com preguiça.

***

Rose abriu os olhos de forma preguiçosa , ela estava cansada e a ultima coisa que queria era viver a cruel realidade. Mas acima de tudo curtir o sábado de forma digna ; acordando tarde , vendo filmes , escutando musicas.

Diferente dos demais , quando Rose chegou em casa ela conseguiu dormir logo de cara , estava tão cansada que tomou um banho rápido e caiu na cama já com os olhos praticamente fechados.

Ela não conseguiu tirar aquela imagem de Kevin da sua cabeça parecia que tinha grudado , ela virava de lado tentando pensar em outra coisa. Sentia medo. E queria saber se os seus amigos estavam bem. Bocejou e abriu a porta do quarto vendo um Adrian zapeando canais da tv.

- Olha quem acordou a bela adormecida – Comentou sem nenhum humor – Você viu a Lisa?

Rose franziu o cenho.

- Não , por que? – Se jogou no sofá ao lado do irmão que olhou para ela já preocupado.

- Ela saiu ontem a noite , uma amiga dela tal da Elina, chamou ela pra ir até aquela festa louca na floresta – Rose arregalou os olhos ao ouvir aquilo – Você não viu ela ontem lá , não?

- Não , precisamos encontra-la. Ela pode ainda estar na floresta – Rose falou , mas se arrependeu.

Agora ambos estavam preocupados com a irmã. Rose , sempre considerou Lisa e  Adrian parte de um vinculo familiar que sempre foi escasso em sua infância , e saber quem um deles poderia estar em perigo a deixava elétrica. Mas pensando bem , ela não iria deixar o irmão ir , não , ela iria procurar por Lisa.

- Esquece , eu vou me arrumar e ir atrás dela. Nem pense em ir naquela floresta maldita , ouviu? – Rose falou com um tom autoritário , Adrian assentiu .

Tudo o que ela mas queria era ficar longe da floresta , agora um dos primeiro lugares a ir seria a floresta. Merda , pensou ela.

***

Allyson estava abalada demais para dizer o mínimo. Seus olhos estavam inchados de tanto chorar , por saber que sua amiga estava morta. E para completar , ainda estava preocupada com seus amigos que estavam feridos. Seu psicológico estava abalado e seu emocional mutilado. Sentindo-se a pior pessoa do mundo , mas azarada e totalmente infeliz. Sentada na poltrona sentindo-se confortável ela fitava sem interesse algum a tv ,apenas para distrair , mas acabou tendo noticias piores quando viu a imagem da floresta e consequentemente da cabana , escrito em baixo que vários corpos foram encontrados. Aquilo não fazia sentido , ela viu varias pessoas saírem da cabana. Então relembrou do tumulto e viu algumas pessoas caírem. Pisoteadas , deduziu chocada.

Aparentemente ela não conseguia esconder sua tristeza , mesmo ela sendo uma pessoa durona , que enfrenta tudo e todos de frente.

***

Selena vestia uma roupa branca e uma saia preta , limpava o balcão que batia em sua cintura. Ela estava cansada , mas tinha que trabalhar por ser um sábado aquele lugar ficava lotado. O bar so era frequentado por bêbados , homens casados que iam atrás de prostitutas , viciados entre outros tipos e odiava ter que ouvir flertes da parte deles. Suspirou fundo e pegou um copo limpando-o. Viu um rapaz loiro vindo em sua direção , diferente dos já citados ele parecia normal, mas aparências enganam isso ela sabe. Cerrou os olhos ao ve-lo de perto já que ele sentou em uma dos bancos e pediu uma cerveja. O loiro era familiar. Sel pegou a cerveja abriu e deixou em cima do balcão , o olhar do rapaz parecia perdido , como se ele sentia-se aflição.

Mas não ouso perguntar nada. Não era o trabalho dela dar uma de psicóloga , não agora , ainda estava no primeiro período. Deu de ombros pegando outro copo e limpando-o com um pano branco.

- Você não me reconhece. O que é bom não tenho que parar na rua pra falar com vocês – Ele levantou-se e jogou  o dinheiro no balcão .

Selena franziu o cenho , que falta de educação. Ele além de tudo era arrogante. Agachou-se para pegar a moedas que caíram

***

Tudo o que Mikaela , mas queria era ficar no meio da sociedade e não isolada em casa. Depois de tudo o que passou e principalmente da noticia de que muitos teria morrido a deixou totalmente atormentada. O clima estava adorável , apesar da situação o que de certa forma era tranquilizante e um tanto irônico , porém não clichê. Ela entrou em uma lanchonete e sentou-se em uma mesa , via as pessoas passando na rua através do vido transparente. Uma garçonete com um sorriso simpático foi até ela.

- Vai pedir o que querida? – Ela perguntou de forma mas simpática ainda.

Era reconfortante ser tratada daquela forma.

- Um café puro , e o famoso bolo de chocolate da Regina – Ela pediu com um sorriso de lado ,mas não estava nem um pouco animada.

- Hum... mas um amante do bolo dela, já volto com o seu pedido – A garçonete falou.

Mikaela viu Rose passar lentamente na rua. A loira bateu no vidro atraindo a atenção de Rose que sorriu sem humor acenando e entrando na lanchonete. A morena foi até a amiga e lhe deu um abraço forte.

- Ta fazendo o que? – Mikaela perguntou intrigada.

- A Liza sumiu , eu ‘to’ preocupada.

Então um silencio com tensão pairou por lá , podia-se ouvir conversas e risadas das outras mesas. Novamente a garçonete foi até a mesa dessa vez com o pedido. A loira deu uma garfada no bolo.

- Se já comeu? – Mikaela perguntou , Rose negou.

Tinha se esquecido de comer algo , estava preocupada demais para comer.

- Não , eu to bem.

- Claro que não! Você come comigo , ligamos depois do pessoal e vamos procura-la pode ser? Quanto mas gente tiver mas a probabilidade de acha-la.

Seguindo aquele raciocínio , era melhor então Rose deu de ombros ainda preocupada e junto com a amiga comeram.

- Sabe , quando a turma do scooby doo ta junta , encontramos até agulha em palheiro – Rose tentou fazer uma piada , apesar de não ter tido graça Mikaela riu.

***

Leon não tinha dormido quase nada. Ele estava obcecado com o livro , e precisava saber se tinha realmente libertado algo. Havia vários símbolos feitos a sangue , a capa do livro era de pele humana e o que estava escrito era em latim. Varias citações do antigo livro dos mortos. Mas nada realmente surpreendente. Cansando e totalmente gasto deixou o livro em cima da mesa e sentou-se na cama, aquilo para qualquer pessoa parecia ser ridículo , mas não diante das circunstancias. Suspirou alto ele fitava o livro aberto , por que tanta obsessão , ele não estava realmente se importando se tinha libertado algo . Era como se fosse um imã na geladeira , se sentia totalmente atraído cada vez mas pelo livro como se lhe hipnotizasse.

Sentiu o celular vibrar tirando-o daquele transe.

‘’ Me encontra na casa da Alice , agora ‘’

***

Dylan tragava o cigarro sem se importar com as pessoas de passava no local , ele olhava a casa de Livy ao longe. Tinha visto a mesma sair com varias bolsas e malas , chorosa e quase o tinha visto. Diferente dela , ele apenas estava segurando uma mochila qualquer. Esperou durante duas horas , até o carro azul marinho estacionar em frente da casa , sentiu o clima esfriar , como aquela cidade e imprevisível. Dando passos longos ele se direcionou até a casa. Apertou a campainha e esperou alguns segundos , vendo Beth atende-lo assustada.

- O que você quer? – Podia-se ver amargura em seu tom de voz – Pensei que estava em outros pais.

Dylan tragou o cigarro soltando a fumaça na frente da mulher jogando o mesmo no chão para depois pisar em cima apagando-o

- Esperava uma recepção mas calorosa ou simpática para dizer o mínimo – Ele encarou a mulher de forma ameaçadora.

Beth olhou para trás com medo de que Richard fosse ver o rapaz ali , deu alguns passos para frente fechando a porta atrás de si.

- O que você quer? – Beth fez novamente a pergunta.

- Meus pais se mudaram e não me avisaram. Preciso de um lugar para ficar , ou seja quero dinheiro – E disse de forma tranquila , porém Beth negou e pegou na maçaneta as mãos geladas de Dylan agarraram o braço da mulher e ergueu seu olhar novamente para o rapaz – Beth você quer realmente quer que  eu diga para o seu marido o quão vadia você é? Ele não vai ficar tão contente em saber que você tem uma amizade muito intima com o meu pai .

Beth sentiu seu coração pulsar mas forte. Aquilo era uma ameaça , e seria realmente ruim. Principalmente por ser uma pessoal totalmente diferente com a família. Ela puxou o braço e entrou deixando a porta entre aberta pegou a carteira e tirou tudo que tinha.

- Pega , sai daqui e não aparece mais por favor – Dylan sorriu de lado puxando o dinheiro das mãos da mulher.

O rapaz sabia de como era manipulador e principalmente como era persuasivo. Odiava mortalmente Beth pois sabia de todo o casinho que ela tinha e tem com o seu pai , mas ele não se importava principalmente por que  sua família não gostava dele e usava esse segredo para atingir a mulher.

Com um sorriso vitorioso – e com razão – seguiu seu destino que era o centro da cidade , iria se hospedar em algum hotelzinho barato.

***

Hanna estava jogada no sofá  vendo uma propaganda qualquer. Ela conseguiu dormir assim que chegou por conta dos analgésicos , e ainda tinha um pequeno curativo no machucado. Diferente do que Louis achava , ela não precisou de pontos. Acordou antes do irmão , para não parecer doente , pois ela não estava , mas ela sentia algumas pontadas latejantes no lugar onde ainda estava ferido. Louis ficou muito aliviado ao ver a irmã quando ela chegou. Mas ambos ficaram super aflitos quando souberam que César ficou internado no hospital.

- Por que levantou cedo – Louis se jogou ao lado da irmã no sofá. Hanna deu de ombros.

O dia estava lindo , e aquilo ajudava a descontrair e tirar todo o peso da noite anterior. Hanna e Louis estavam vendo a propaganda que somente agora perceberam que era de um absorvente qualquer. Quando o noticiário local colocou as filmagens da cabana e da floresta , ambos ficaram ainda mas aflitos , podia-se ver pessoas chorando e uma fita amarela , para não ultrapassar.

‘’ – Vinte corpos foram encontrados na cabana ‘’

Nada mas foi ouvido por Hanna que ficou em choque. Então pessoas tinham morrido no lugar? Aquilo era terrível ela viu muitas saírem. Então lembrou do que aconteceu na cabana , ela tinha sido empurrada por uma coisa invisível contra a parede. Aquilo era ilógico.  A imagem do livro veio em sua mente como um choque , fazendo a mesma arregalar os olhos ,olhou para o irmão que estava cabisbaixo.

- Eu vou sair – Ela se levantou.

- O que? Nada disso , se lembra que foi parar no hospital ontem? – Louis se alarmou .

- Fica calmo , eu vou voltar inteira so vou na casa da Alice – Ela mentiu.

Hanna bateu duas vezes no ombro do irmão e subiu a fim de se arrumar , ela iria até a casa de Leon.

***

Mike havia dormido em uma cadeira muito desconfortável para dizer o mínimo , ele abriu os olhos se espreguiçando com algumas partes do corpo totalmente doloridas. Para não haver nenhum ataque de preocupação por ambos , ele ligou para a família dizendo que iria passar a noite na casa de um amigo qualquer , o que não foi uma mentira , porém não foi verdade.

Mike ouviu um barulho vindo da cozinha , alarmado ele seguiu o som e viu Juliana fazendo o café da manha. Ela colocou os ovos em cima da mesa.

- Bom dia – Ela estava sem humor ou animo – Seu irmão ‘ta’ bem?

Alex , ficou mas tempo no hospital do que Hanna , ao ser liberado ele tomou muitos analgésicos o que fez o mesmo acabar por dormir. E leva-lo naquele estado para casa não seria algo muito normal , o que iriam pensar? Não. Juliana por outro lado , cedeu a cama da irmã para Alex descansar. Quando Juh entrou no quarto da irmã , sentiu tantas coisas voltarem a tona. Mas um amigo estava ainda ferido , e seria muito egoísmo deixa-lo sem ajuda.

Ela sentia uma forte tristeza so em pensar na irmã , era terrível , e de tempos em tempos ela relembrava de tudo com raiva. Depois que sua irmã foi assassinada pelo ex namorado ela ficou totalmente fria , mas não fria a tal ponto de deixar um amigo.

- Acho que ele deve estar bem , esse cara é forte – Mike sentou-se na cadeira.

Alex acabará de acordar , vendo ao seu redor que aquele não era seu quarto já que não tinha uma cocha de cama rosa, ou fotos – varias – com Juliana. Ele tentou se levantar mas sentiu a cabeça latejar , lembrando-se da noite anterior. Não se recordando de quando teve a felicidade de ‘capotar’. Foi como se tivesse apagado . Ele saiu da cama e se aproximou do porta retrato mostrando uma garota igual a Juliana. Ela , ele concluiu. Lembrando da irmã morta de Juliana. Ambas eram irmãs gemias , e Juh sofreu de uma forma tão profunda que muitas vezes pensou ela iria desistir da vida.

- Droga – ele cochichou.

Juliana sempre mostrava que aquele quarto no qual ele estava era uma recordação da existência da irmã , e gora ele estava ali ,como se fosse apagar a lembrança.

Alex abriu a porta e ouviu uma risada forçada do irmão.

- Olha , não quero ser mal agradecido nem nada. Mas não quero que Allyson saiba que nos dois dormimos aqui , muito menos que eu procurei você e não ela – Mike falou e Juliana deu um meio sorriso.

- Tudo bem , não digo nada a ela.

***

Livy estava sentada no chão chorando. Aquilo cortava o coração de Alice , ao ver a amiga naquele estado. Beth foi totalmente injusta com a filha. Principalmente por não ter dito nada quando Richard a expulsou de casa.

- O que eu vou fazer ? – Livy perguntou .

Seus olhos estavam avermelhados. Alice aproximou da amiga e lhe deu um abraço. Ela não tinha respostas para nada naquele momento ainda mas para algo tão frágil como aquela situação. A porta se abriu mostrando um Hazel frustrado .

- A Rose ta aqui , não sabia se ela deveria subir já que a Livy ta aqui chorando – Ele não sabia direito o que tinha acontecido , mas não queria entrar no assunto para não ser indelicado – Elas podem vir aqui?

Alice assentiu . Livy entregou o copo de agua que bebeu para a loira que pegou e colocou em cima da mesinha perto da janela. Rose subiu as escadas com rapidez , ela estava preocupada com a irmã , mas tinha visto alguém muito indesejado. Mikaela ficou na sala conversando com Hazel.

Rose entrou no quarto com entusiasmo e preocupação , era uma mistura não dava para ter certeza o que sentia.

- Alice eu vi o Dylan – Ela disse , mas parou no mesmo lugar ao ver Livy chorando e algumas malas perto da cama – O que houve?

***

Hanna suspirou fundo . Ela tinha praticamente corrido até a casa do rapaz , estava sentindo sua cabeça latejar demais. Quando estava prestes a tocar a campainha a porta se abre mostrando um Leon de olhos arregalados com a surpresa da garota ali em sua frente.

- Oi? – Ele perguntou confuso.

- Onde deixou aquele livro? – Ela perguntou sendo direta.

Leon deu de ombros . O rapaz fechou a porta e mostrou indiferença perante a presença da loira ali. Ele passou por ela e fez menção de ir para o lado oposto , Leon iria para a casa de Alice como Rose tinha pedido. Hanna brava com a atitude do rapaz , apertou com força as suas mãos suprimindo a raiva. Se aproximou de Leon e deu um chute na canela dele o fazendo cair na calçada.

- Leon , fala gora seu idiota! – Hanna irritou-se segurando a gola da roupa do rapaz.

O rapaz olhou fixamente nos olhos azuis de Hanna demonstrando indiferença , mesmo sentindo a dor que a loira fizera a pouco. Um barulho e escutado , a garota olha para Kevin que esta a mas de cinco metros de distancia deles com os olhos amarelados , roupas gastas , sujo e com algo preto saindo de sua boca.

- Que merda é essa? – Leon olhou para trás vendo o amigo daquela forma.

Hanna soltou a gola do rapaz , o mesmos e levantou segurando o braço da amiga. Kevin andava confiantemente em direção dos dois. Leon puxou Hanna consigo e ambos começaram a correr , sentindo a adrenalina passar pelo corpo junto com o medo. Num certo ponto , a loira se separou do rapaz. Estava furiosa e confusa , sabia que a culta era dele. Não era?

Olhou para a casa em sua frente concluindo ser de Alice.

- Rose me chamou , vamos – Leon abriu a porta e Hanna entrou olhando a ultima vez a rua verificando se Kevin tinha seguido eles.

***

Mary estava arrasada. Lagrimas rolavam pelas suas bochechas. Estava sem chão. Nada que o medico dizia fazia sentindo. Ela nem percebeu quando saiu praticamente desesperada de casa e foi para o hospital , ao saber que César estava em coma. Ela sentia-se péssima , não queria que ele estivesse naquela situação. O medico em sua frente suspirou fundo vendo a jovem em prantos.

- O que você é dele? – O homem de jaleco branco perguntou desconfiado – Ele veio com mas quatro pessoas ontem , e um deles chamado Mike ,se não me engano, disse que era meio primo dele. Mas ninguém ficou aqui.

Mary abriu a boca. Mike mentiu , que ótimo.

- Eu... eu sou... a namorada dele – Nem mesmo ela acreditou em suas palavras.

 O medico assentiu e entregou alguns papeis para ela assinar a fim de ter acesso ao quarto onde ele estava. Mary estava muito preocupada , se ela soubesse que ele estava ali ela teria vindo no mesmo instante. So de relembrar o estado do rapaz na noite passada a deixava apreensiva.


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Notas finais do capítulo

Dylan : http://img69.imageshack.us/img69/4764/fpun.jpg
Hello , people!
A cada capitulo que eu posto um personagem se aproxima da morte. Eu sei , eu sei eu prometi brigas e brigas , mas acabei mudando de ideia *o* , talvez brigas físicas só no próximo capitulo . Já perceberam que tem muita gente pegando santo? Haha , para a infelicidade de muitos o terror vai parar por alguns capítulos no máximo dois , por que quero revelar algumas coisas para ter sentindo depois claro. Obrigada pelos lindos comentários *-*
Respondam :
O1)Quem vocês acham que vai morrer primeiro?
P.S : Vou demorar um pouco pra postar o próximo capitulo , talvez no sábado saia o próximo ): e desculpem qualquer erro eu não revisei .