O Livro Do Destino escrita por Beatriz Azevedo


Capítulo 52
Meu plano




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Depois que o sinal tocou Mike me perguntou novamente.

Fiz uma careta.

–Primeiro você me conta o que aconteceu. Falei.

–Não posso falar aqui. Ele respondeu.

–Então falamos depois. Falei tirando meu lanche da mochila.

Felipe se aproximou.

–É tão chato sentar do outro lado da sala, vocês ficam conversando e eu fico entediado. Ele falou sentando-se em uma cadeira perto, a sala já estava vazia.

Olhei para todos os lados, não podia arriscar, alguém podia ouvir.

–Preciso que venham na minha casa hoje, precisamos descobrir mais sobre o Henrique.

Os dois se entreolharam, era bom por que agora não se odiavam tanto.

–Por favor, não vou conseguir sozinha. Insisti.

Mike fez aquela cara de "você venceu" e Felipe passou um tempo antes de concordar.

–É o seguinte... precisamos distrair a Letícia, o Henrique e a Lorraine, meu pai vai ficar no escritório até tarde então não precisamos nos preocupar com ele. Falei enquanto pensava como seria horrível ficar só com a família da Lorraine.

Eles concordaram e depois pude notar que ainda estavam pensando na parte "Letícia" por isso dei um tapa na cabeça dos dois e eles logo voltaram a raciocinar.

Saímos para lanchar na cantina novamente, por que Mike e eu juramos nunca mais lanchar naquele bosque.

sentamos nas mesas do canto e tentamos pensar em como invadir o quarto do Henrique, pelo menos eu estava.

–Para a informação de vocês dois que não param de pensar na Letícia, ela pode ser muito bem uma enviada do Destino. Falei rindo depois com a careta dos dois.

Sabrina se aproximou de nos e perguntou se podia sentar conosco o que foi aceito.

–Estão falando sobre o quê? ela perguntou enquanto tirava uma maçã da lancheira.

–Sobre minha nova irmã. Falei olhando para os dois e revirei os olhos.

Sabrina riu um pouco.

–Já descobriu quem escreveu aquilo no teto? ela perguntou.

–Não... não tenho ideia, melhor não nos preocuparmos com isso, é só uma brincadeira de colegial. Respondi pensando um pouco na parte "Só uma brincadeira" e se fosse realmente "só uma brincadeira".

Sabrina deu de ombros.

–Julie - ela começou - Mesmo assim você precisa agir, e se não for uma brincadeira?

–Sabrina - fiz uma pausa dramática - Meu pai é melhor amigo de um dos melhores policiais da cidade, eu nunca serei a vítima. Falei pensando se poderia acionar a FBI contra um livro que me persegue.

Ela riu.

–Qual é o nome dele? ela perguntou.

–Dave. Dei de ombros.

Ela arregalou os olhos e depois deu uma risada fraca.

–Ok, Julie, podemos ir na biblioteca procurar o livro? perguntou Mike puxando meu braço para que eu levantasse.

–Tchau, Sabrina, tchau, Felipe. Falei indo para a biblioteca.

–Que livro você está procurando? perguntei.

Mike suspirou.

–É óbvio, todos que entram na biblioteca são anotados, temos que ver quem estava lá ontem para descobrir quem foi - ele falou - Só pensei nisso agora. E depois fez um movimento como se fosse bater em sua cabeça.

–Brilhante. Falei.

Corremos até o balcão da biblioteca.

–O que desejam? ela perguntou.

–Lista de quem entrou aqui ontem pela manhã. Mike falou.

–E por que precisam disso? ela perguntou.

Mike apoiou o cotovelo em cima do balcão.

–Estamos fazendo um gráfico "Os alunos que entram na biblioteca antes da aula", sabe? Ele respondeu.

–Não, não sei. Ela falou.

–Oh, vou lá pedir a autorização. Ele falou confiante.

A bibliotecária revirou os olhos.

–É tão difícil assim nos emprestar a lista? perguntei.

Ela resmungou algo com "crianças" e imprimiu a lista.

–Obrigada. murmuramos e fomos até a mesa para verificar a lista.

"Gustavo Humber

Crhistian Minnger

Roberta Mendonça

Sabrina Camelo

Troy Tompson"

–Nenhum suspeito detectado. Mike brincou.

Reli a lista, tinha que haver alguém, uma pista qualquer, Suspirei.

–Ei, não acabou ainda, vamos continuar procurando. Ele falou.

Revirei os olhos.

–Podemos... por um momento fugir disso? fingir que não existe? só por um dia... perguntei debruçando-me sobre a mesa.

Mike riu.

–Acredito que sim. Ele falou deitando a cabeça na mesa para encontrar meus olhos.

Sorri.

Ele sorriu de volta.

Nos levantamos e depois da aula Felipe se aproximou.

–Ainda tá de pé nossa invasão? ele perguntou.

Eu ri, mesmo prometendo a mim mesma que não pensaria mais nisso hoje não tinha escolha, não haveria outra oportunidade.


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