O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen
O criado de Carlisle entrega-lhe um bilhete assim que se senta para tomar o pequeno-almoço.
Carlisle abre-o e vê que é de Esme. Convida-o para um passeio no parque, diz apenas que precisa de falar com ele.
Ele está lá há hora combinada e Esme vê-o assim que entra no parque. Escolheu um vestido azul claro e bege nas mangas e na parte detrás. Na cabeça tem um chapéu azul em triângulo. O cabelo está apanhado num carrapito baixo.
- Vossa Graça. – murmura baixando a cabeça ligeiramente.
- Miss Esme. – murmura Carlisle. Não gosta nada destas distâncias entre eles.
- Irei ser direta. – promete. – Percebi que não quer nada comigo, que não me quer como sua amante. Respeito a sua decisão. Só peço que possamos continuar amigos.
Carlisle queria dizer que a ama e que não a rejeitou por mal, mas ela não lhe dá tempo.
- Seja feliz e case com alguém que o mereça. Já eu sei que não terei a sorte de casar, apesar de estar disposta a isso nunca nenhum homem me aceitaria. Adeus, fique bem.
Afasta-se em passos rápidos pelo parque de volta a casa. Só pede que resulte, só pede que ele pense nas suas palavras e a peça em casamento.
...
Nessa noite Carlisle sonha com ela. Os dois juntos na cama. Ele beija o corpo dela, ela murmura o nome dele, ele vê o seu sorriso, sente os seus beijos, os seus toques, ouve a sua voz doce e melodiosa, ouve-a dizer “amo-te”.
Acorda cheio de calor e a desejar que fosse realmente verdade. Mas ela não está ali e nunca poderá estar.
- Será que a conseguirei esquecer? – pergunta para a escuridão.
Deita-se para trás e afasta o cabelo do rosto.
- Ela é digna de ser minha mulher. Ela merece um marido que a respeite e ame e eu posso ser esse homem.
...
- Não sei que te diga. – Elezar, a quem Carlisle recorre depois de passar quatro noites a dormir pouco e a sonhar com ela o pouco tempo que dorme.
- Eu amo-a, Eleazar. Amo-a como nunca amei nenhuma outra. Aquilo que sinto por ela e diferente, é especial.
Eleazar, que se apaixonou por Carmen assim que a viu, percebe o que ele quer dizer.
- Eu percebo. E ela? Ama-te?
Carlisle passa as mãos no cabelo.
- Eu acho que sim. O nosso beijo foi tão maravilhoso, eu senti tanto amor naquele beijo. E Eleazar, não a posso fazer minha amante, não concordo com os homens que o fazem, que usam as mulheres para se divertir.
Eleazar assente.
- Mas neste caso não seria diversão.
- Não. – Carlisle abana a cabeça. – Eu quero casar primeiro. E tenho de casar em breve, seja com ela, seja com outra.
- Esquece a Irina. – pede Eleazar que nunca gostou dessa mulher.
- A Irina era uma boa opção. – pondera Carlisle. – Mas era-o antes de eu conhecer Esme.
Eleazar sorri.
- Entre as duas Esme é melhor.
- Eu vou pedi-la em casamento. – decide Carlisle.
- Meu amigo, eu só quero a tua felicidade. Se vocês se amam e são felizes juntos tens o meu apoio.
- Serás o padrinho.
Ele ri.
- Espero bem que sim.
Carlisle volta para casa decidido que é com ela que quer passar o resto da sua vida, independentemente do seu passado.
Eleazar quer que ele seja feliz, só tem medo que Esme não o ame da mesma maneira que ele a ama e que acabe por o magoar.
Abana a cabeça tentando afastar estes pensamentos. Ambos merecem ser felizes.
...
- Minha senhora, Sua Graça o Duque de Somerset está aqui. – informa a criada à porta do quarto de Esme.
Esme dá um salto da cadeira onde estava sentada. Há quatro dias que anda à espera de a ouvir dizer isso. Já estava a desesperar. Chegou a pensar que ele desistira e que não a achava digna do casamento.
Desce as escadas calmamente como sempre para ele não pensar que estava mesmo à sua espera.
Emmett que o ouviu chegar, ouve a conversa encostado à porta da sala de jantar. Tem quase a certeza que ele vem pedir a irmã em casamento.
- Vossa Graça. – murmura Esme respeitosamente.
Carlisle ajoelha-se diante dela com uma pequena caixa, abre-a e vê-se um anel prateado com um diamante.
- Esme, aceita casar comigo? Amo-a e não consigo manter-me afastado de si. Não há um dia em que não pense nos seus belos olhos, no seu belo sorriso, no som da sua voz. Desejo passar toda a minha vida ao seu lado. Aceita?
Esme finge-se surpresa. Depois emocionada.
Abana a cabeça.
- Meu Deus, eu não posso aceitar uma coisa dessas.
Carlisle levanta-se e agarra-lhe na mão docemente.
- Porquê? Se me ama aceite. Ama-me, Esme?
- Não posso… Não posso dizer o quanto…
Carlisle sorri.
- Então aceite. Seja minha esposa.
- Eu não sou digna de si. – murmura.
Carlisle puxa-a para si beijando-a.
Esme corresponde. O coração acelera. Não consegue entender o efeito que ele tem nela.
- É isto. – murmura ele. – É isto que me importa. O que sinto quando a beijo.
Esme está perplexa demais para falar. O beijo dele desconcerta-a sempre e fá-la perder a concentração.
- Aceite.
Esme respira fundo.
- Aceito.
O anel escorrega pelo dedo dela e a boca dele toca de novo nos seus lábios. Os braços dele passam em volta da sua cintura e as mãos dela em volta do seu pescoço.
- Como posso dizer o quanto a amo. – murmura ele.
- Beije-me. – limita-se Esme a dizer não lhe ocorrendo mais nada e a verdade, que nunca admitiria, é que deseja o beijo dele mais do que qualquer outra coisa.
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