O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen
Notas iniciais do capítulo
Desculpem-me pela demora.
Beijos
Emmett soube por Alice que a irmã espera um filho. Está tão arrependido pelo que fez e lembra-se da história de Jasper e da sua irmã que decide ir falar com ela. Mesmo que Esme lhe tenha dito que não o quer voltar a ver.
Sai do coche em frente à casa de Carlisle. O tempo está mais ameno agora que estamos em maio e o sol brilhar por detrás das nuvens.
O mordomo recebe-o e deixa-o entrar.
Leah vem a descer as escadas e vê Emmett.
– Senhor. – faz uma vénia.
– Eu sei que a minha irmã não me quer ver, mas preciso de lhe pedir desculpa, de falar com ela. Diga-me qual é o quarto dela.
– Vou avisa-la que está aqui. – diz Leah pouco disposta a deixar Emmett subir sabendo que a sua senhora não o quer ver.
Emmett agarra-lhe no braço.
– Não lhe diga nada senão ela diz logo que não. Diga-me só qual é o quarto dela.
Leah suspira. Emmett parece ter boas intenções.
– Segunda porta do lado direito.
– Obrigado. – agradece Emmett e sobe os degraus dois a dois.
Abre a porta devagarinho e vê a irmã sentada junto da janela. Tem vestido a camisa de dormir e o robe, o cabelo está solto e o olhar perdido no horizonte.
– Leah, tu… - começa enquanto se vira, cala-se assim que se depara com Emmett.
– Irmã. – Emmett fecha a porta do quarto. – Como estás?
– Estava melhor antes de chegares. Sai.
– Por favor, Esme, eu quero falar contigo.
– Mas eu não quero falar contigo. – levanta-se.
Emmett não desiste.
– Soube que estás grávida.
– Não tens nada a ver com isso. Sai do meu quarto, deixaste de ser meu irmão desde que me traíste.
– Foi um ato impensado e quero pedir desculpa.
– Arruinaste a minha vida, Emmett, não vou desculpar isso. Sai.
– Esme, ouve-me. Só te peço que me oiças.
– Não quero falar contigo. – grita. – Deixa-me em paz.
– Tu ama-lo?
Os olhos de Esme enchem-se de lágrimas.
– Amo, seu idiota, amo muito. E tu és um estúpido por não o ter percebido. Estragaste a minha vida e logo agora.
– Grita comigo, bate-me, insulta-me, mas deixa-me falar primeiro.
– Não te quero ouvir, Emmett. Eu odeio-te!
– Vou falar na mesma. Eu estava irritado contigo, não pensei no mal que te podia fazer, deixei-me levar pela Alice…
– Por favor, não ponhas as culpas nos outros. Tu tens cabeça, apesar de oca, e sabes pensar por ti próprio.
– Tudo bem. Mas eu estava irritado e não medi as consequências dos meus atos.
– Não quero saber. Sai, Emmett e nunca mais voltes a aparecer-me à frente.
– Mas eu amo-te, irmã. – Emmett toca-lhe no braço meigamente. – Eu amo-te muito, és a minha única irmã e a melhor que podia existir.
– Também achava isso de ti. – grita Esme. – Mas um bom irmão não trai a irmã por muito chateado que esteja com ela. Agora sai, Emmett, não te quero ver. Nunca esperei isto de ti.
– Esme…
– Larga-me!
Desvia-se até junto da janela, quando sente uma dor forte no ventre, solta um grito e dobra-se sobre si mesma.
Emmett segura-a pela cintura.
– Irmã? Que tendes?
Esme grita e deixa-se escorregar para o chão.
Leah, alertada pelos gritos da sua senhora, entra no quarto.
– O que se passa? – olha para Esme horrorizada. – O que é que lhe fez?
– Nada. – Emmett levanta as mãos. – Eu mal lhe toquei. Não sei o que é que ela tem.
– Chame um médico, rápido. – pede Leah sentando-se junto de Esme.
Alice aparece à porta.
– O que é que se passa? – pergunta.
– Chame o médico. – diz Emmtt passando em passos rápidos por ela.
– O que é que ela tem? – pergunta Alice.
– Vá chamar o médico e cale-se. – grita Emmett já descendo as escadas.
– Está tudo bem? – pergunta Carlisle no fundo da escadaria ao ver Emmett descer apressado.
– Chame o médico.
– O que se passa?
– É a Esme, chame o médico.
...
– Está tudo bem. – murmura o médico depois de observar Esme. – Foi só uma pequena hemorragia.
Esme está deitada na cama, branca como um fantasma e com um ar cansado.
– Não perdi o meu filho? – pergunta.
– Não. Mas tem de descansar. É essencial que não se enerve ou faça esforços. Talvez o melhor seja ficar deitada nos próximos dias.
Esme assente.
– De qualquer forma eu acho-a muito fraca. – confessa o médico. – Tem de comer como deve ser e apanhar ar puro, especialmente agora que está a chegar o verão. Talvez fosse melhor sair de Londres.
– Sair de Londres? – é Carlisle, que está à porta junto da irmã e de Emmett, que pergunta.
– Sim. – o médico vira-se para ele. – Seria melhor para a saúde dela que está bastante fragilizada e como é óbvio para a do bebé também.
– Fragilizada como? – desta vez é Emmett a perguntar.
– Acho-a muito fraca. – confessa o médico. – Será bom para a saúde dos dois afastar-se de Londres. Tenho a certeza que tem uma casa, Vossa Graça, para onde possa enviar a sua esposa.
– Sheffield. – diz Carlisle sem hesitação. – Ela pode ir para Sheffield.
– Muito bem. – o médico levanta-se. – Poderá partir daqui a uns três dias. Será bom ter um médico com ela.
– O senhor pode ir. – diz Carlisle. – Eu pago-lhe.
O médico faz uma vénia.
– Seria uma honra. – vira-se para Esme. – Agora o melhor é descansar e comer.
Emmett aproxima-se.
– Desculpa, irmã. Era só isto que te queria dizer.
– Sai. – murmura Esme sem olhar para ele.
– Eu…
– Sai.
– Esme…
– Sai! – grita.
– Não se enerve. – dizem o médico e Leah ao mesmo tempo.
– Então tirem-no daqui, só a presença dele enerva-me.
– Talvez seja melhor sair. – diz Carlisle.
Pode estar zangado e magoado com Esme, mas não deixa de a amar e ficou muito preocupado quando teve que chamar o médico. Não deseja que aconteça nada ao filho de Esme, que ela garante também ser dele. Carlisle tem as suas dúvidas, ela não pode saber se dormiu com outro.
Emmett assente.
– Desculpa. – murmura antes de sair.
– Saiam todos. – ordena Esme sem qualquer simpatia.
Carlisle faz a irmã sair e o médico sai atrás, ele aproxima-se da cama.
– Vou preparar as coisas para partires. – informa. – Sheffield é uma propriedade maravilhosa, a minha preferida. Gostarás de lá estar. O médico irá contigo e mais tarde mandarei uma parteira e uma ama para a criança.
– Obrigada. – murmura Esme. – Não vens comigo?
Carlisle abana a cabeça sem conseguir olhar para os olhos dela.
– Tenho assuntos para tratar aqui em Londres.
– Uma vez disseste que me levarias a Sheffield. – lembra Esme num murmúrio com os olhos cheios de lágrimas. – Podíamos ir agora, juntos.
Carlisle não diz nada e vira-lhe as costas.
Esme agarra-lhe na mão impedindo-o de sair.
– Carlisle, eu preciso de ti. Por favor, vem comigo. Eu quero que estejas lá quando o nosso filho nascer. Carlisle, eu amo-te, preciso de ti.
Carlisle nem olha para ela. Tira a mão e dirige-se para fora do quarto.
– Tu prometeste-me. – murmura Esme. – Prometeste que nunca deixarias de me amar.
Carlisle vira-se para ela com um olhar de gelo.
– E tu disseste tantas vezes que me amavas.
Esme nem sequer consegue dizer que o ama tal o frio daquele olhar.
Carlisle sai e fecha a porta.
– Mas eu amo-te. – murmura e as lágrimas escorrem-lhe pelo rosto.
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