Jessica se levantou e pensou um pouco.

– Hey, que tal eu comprar uma pizza para você? Ouvi dizer que você gosta de pizzas vegetarianas – ela perguntou a Herbert mas ele parecia estar distraído e não ter escutado.

– Olá, Terra para Herbert – disse Jessica balançando a nadadeira em frente ao rosto de Herbert.

– Hein? – Herbert disse saindo de seus pensamentos. – O que você disse?

– Eu perguntei se você quer que eu compre uma pizza para você. – Jessica respondeu calmamente.

– Hm, não é uma má ideia – Herbert disse – Mas traga uma pizza vegetariana.

– Oh sim, eu ouvi falar. – ela disse rindo – Okay, eu já volto. Até mais.

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Jessica apenas se teletransportou para um lugar perto da pizzaria e entrou. Estava com poucos pinguins. Jessica não conhecia nenhum deles... Até que viu um pinguim verde com um chapéu de hélice, óculos vermelhos e uma camisa vermelha havaiana. Sentado sozinho em uma mesa no canto da pizzaria, estava Rookie comendo uma pizza de sardinhas com demasiado queijo.

– Rookie! – Jessica disse indo em direção ao pinguim.

Rookie olhou para ela, mas pareceu não reconhecê-la.

– Hm, olá... Nós nos conhecemos?

– Caramba. – Jessica suspirou – Rookie, sou eu, a Jay.

– Jay?! – Rookie disse largando a pizza na mesa e se levantando para dar um abraço em Jessica.

– Desculpe, eu não te reconheci com os óculos e esse cabelo – Rookie disse sorrindo depois do abraço.

– Ah, tudo bem. Não é a primeira vez que isso acontece comigo. – ela disse rindo.

– Então, não quer se sentar e comer uma pizza de sardinhas comigo?

– Seria um prazer, mas eu sou vegetariana. – Jessica disse – Além disso, já comi meu café da manhã.

– Então... – Rookie disse lentamente – O que você veio fazer aqui na pizzaria?

– E-eu... Eu vim comprar uma pizza para... Para um amigo. – Jessica disse com um sorriso nervoso.

– Ah, então tudo bem – Rookie disse parecendo convencido, se sentando e voltando a comer sua pizza. – Mudando de assunto: o que você achou do Gary?

– Oh, eu achei ele muito legal. Ele é muito divertido, tenho que admitir. – Jessica disse sorrindo ao lembrar-se da tarde que passou com Gary e Rookie.

– Sabe, ele achou o mesmo de você. – Rookie disse – Ontem quando você foi embora, ele me disse que você é talvez a pinguim mais legal e bonita que ele já conheceu.

– S-sério? – Jessica disse corando e se sentando em frente ao Rookie.

– Sim, ele gostou muito de você – ele disse terminando sua pizza e lambendo as nadadeiras.

– Nossa... I-isso é bom... Não é?

– É claro que é! Ele tá super animado para te ver hoje de novo. – Rookie disse enquanto pegava outro pedaço de pizza. – Ele quer te levar para um museu, eu acho, te mostrar algo que tem haver com dinossauros. Você gosta de dinossauros?

– Eu não gosto, eu amo. – Jessica disse sorrindo.

– Sério? Caramba, você é mesmo parecida com o Gary.

– É... Eu acho que sim. – ela sorriu – Rookie, nossa conversa está muito boa, mas meu amigo está esperando eu trazer a pizza dele, então...

– Ah, sim, pode ir levar a pizza pro seu amigo.

– Então tudo bem, até mais, Rookie. – Jessica disse se levantando e dando um beijo na bochecha esquerda de Rookie – Te vejo na EPF – sussurrou.

Enquanto andava em direção ao balcão da pizzaria, Jessica conseguiu ouvir Rookie dizendo “eu adoro essa garota”, o que a fez sorrir.

Ela sentou-se em um banco que fica em frente ao balcão, chamou um atendente e pediu uma pizza vegetariana.

Enquanto esperava a pizza ficar pronta, Jessica começou a pensar em Gary. Gary é diferente de qualquer pinguim que ela já conheceu. Ela nunca tinha parado para pensar que foi ele que construiu tantas invenções incríveis que ajudam tanto a Ilha. Ele pensou e construiu. Ele é um gênio, simpático, divertido.

– Ele é tão... Incrível. – suspirou.

Jessica estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu que o atendente chegou com sua pizza.

– Aqui está, senhora.

Ela pagou, pegou sua pizza e foi embora.

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Jessica se teletransportou para a montanha, em frente à porta da caverna de Herbert. Bateu na porta e o urso polar logo a abriu.

– Oh, olá de novo, Jessye – Herbert disse, nem irritado nem feliz, de um jeito calmo – Entre.

– E aqui está sua pizza vegetariana – Jessica disse sorrindo ao colocar a pizza em uma pequena mesa de madeira.

– Oh, sim, obrigado, estou faminto – Herbert disse quase sorrindo.

Então ele se sentou em uma cadeira e devorou a pizza inteira em mais ou menos dez minutos, enquanto Jessica observava a caverna. Era uma caverna escura e úmida, com poucos móveis. Jessica se perguntava como Herbert conseguia viver por tanto tempo lá, sozinho. Tudo bem, não totalmente sozinho, ele tem o Klutzy, mas vocês entenderam.

Jessica voltou sua atenção ao urso polar.

– Então, Herbert... O que você normalmente faz aqui? – Jessica perguntou.

– Bem, eu fico... Fico dormindo aqui o dia todo. É um pouco raro eu sair da minha caverna. Você deve saber, eu odeio o frio... E eu também tenho que zelar minha localização – Herbert respondeu.

– Pera, é sério? Você simplesmente não faz nada? Não se diverte nem nada do tipo? – Jessica perguntou.

– Eu não gosto muito dessas coisas que vocês pinguins acham que é diversão. Então não, eu não me divirto. – Herbert disse.

– Mas você deve ficar entediado, não é?

– Bem, claro que eu fico entediado – ele disse – Mas não tenho muito o que fazer aqui, apenas com Klutzy como companhia.

– Ah, então eu vou mudar isso. Você vai se divertir – Jessica disse sorrindo – Não hoje, amanhã. Ainda tenho algumas coisas para fazer na EPF.

– Hm... E o que você tem em mente para me divertir? – Herbert perguntou parecendo um pouco curioso.

– No. Você vai saber só amanhã. – ela respondeu.

– Desde que não seja alguma coisa barulhenta ou uma festa com músicas irritantes, eu topo. – Herbert disse lembrando-se das festas dos pinguins que tanto o irrita.

– Não se preocupe, não é nada disso. – ela respondeu sorrindo.

Jessica e Herbert passaram três horas conversando. (N/A: vou pular a parte da conversa porque ficaria muito longa.)

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Jessica finalmente se despediu de Herbert e Klutzy e foi para seu iglu para trocar de roupa. Colocou sua blusa cinza, tirou a boina e os óculos e soltou o cabelo. Hora de ir para a EPF.

Jessica se teletransportou para a agência e fez seu caminho para o laboratório do G. Jessica quis ficar olhando um pouco.

Gary estava em frente (mas de costas para Jessica) a uma lousa branca que estava cheia de números e símbolos matemáticos enquanto Rookie e Cara do Foguete (também de costas para Jessica) estavam sentados em uma cadeira com cara de quem não está gostando. Logo, Rookie começou a dizer:

– Quando a Jay vai chegar? Eu não aguento mais ficar aqui te olhando fazer cálculos.

– Sim, eu quero conhecê-la – disse Cara do Foguete – E eu tenho que treiná-la.

– Silêncio, eu preciso de concentração. – Gary disse sem se virar para olhar os outros pinguins.

– Sabe, o Gary gosta da Jay – Rookie cochichou para Cara do Foguete que fez uma cara de “O quê?”, mas continuou calado.

– Eu não gosto dela. – Gary respondeu irritado ainda tentando se concentrar.

– Para de mentir, você me disse ontem que gosta dela – Rookie indagou.

– Não, eu disse que eu acho que gosto dela. – Gary disse se virando para Rookie e Cara do Foguete, até que viu a pinguim roxa na porta do laboratório tentando segurar o riso – E ela está aqui. Ótimo.

Logo, Rookie e Cara do Foguete se viraram para ver quem era. Rookie automaticamente sorriu, enquanto Cara do Foguete não mudou de expressão.

– Eu acho que não é uma boa hora... – Jessica começou a dizer quando Rookie pulou da cadeira (derrubando Cara do Foguete) e foi correndo para ela.

– Finalmente! Eu achei que você não iria chegar nunca. – Rookie disse enquanto fazia um novo cumprimento que ele e Jessica inventaram no dia anterior.

– Uau, alguém aqui gosta mesmo da minha presença – ela respondeu sorrindo.

– Não só eu, o Gary também. E futuramente o Cara do Foguete. – Rookie disse enquanto levava Jessica para conhecer Cara do Foguete. – Cara, essa é a Jay, Jay, esse é o Cara.

– É um prazer conhecê-la, agente Jay. – Cara do Foguete disse cumprimentando-a.

– O prazer é todo meu. – ela respondeu sorrindo.

– Eu li seu histórico e é impressionante. Você luta desde os dez anos e conseguiu entrar na agência quando tinha quinze. – disse Cara do Foguete – Além disso, suas habilidades em combate e computação são bem avançadas para a sua idade.

– Obrigada. – Jessica respondeu um pouco envergonhada. Ela não está acostumada com elogios vindos de um agente como o Cara do Foguete. – Então, Gary, hoje mais cedo o Rookie me disse que você queria me levar para um museu ou algo assim.

– Oh, sim, é verdade. – Gary disse indo em direção a Jessica – Eu queria saber se você queria ir para um museu que vai ser aberto hoje, daqui a algumas horas.

– Claro! – Jessica respondeu animadamente – Eu adoraria ir.

Segundos depois de Jessica dizer isso, Rookie começou a rodear Gary e Jessica e a repetir:

– Gary tem um encontro!

– Eu não tenho um encontro. – Gary respondeu nervoso e irritado.

– Para mim é um encontro, Rookie. – Jessica disse sorrindo, deixando Gary corado.

– Gary tem um encontro! – Rookie continuou repetindo – E uma namorada!

De repente, Jessica deu um beijo na bochecha direita de Gary e sussurrou:

– Quem sabe um dia, né?

Aquilo deixou Gary vermelho como um tomate, fazendo Jessica, Rookie e até Cara do Foguete rir um pouco.

– Como assim o Gary tá namorando? – Dot disse de repente, atrás dos quatro pinguins, fazendo-os quase pular de susto.

– Caramba, Dot! – Cara do Foguete disse irritado – Você tem que parar com essa coisa de aparecer do nada.

– Do nada? – Dot riu – Eu estava aqui o tempo todo, bem atrás daquela planta. – ela apontou para uma planta que estava no canto do laboratório.

– Então você tem que parar de ficar espiando os outros. – Cara do Foguete respondeu amargamente.

– Ah, eu só estou fazendo o meu trabalho. Fica frio, George. – Dot disse rindo da reação do Cara do Foguete ao ouvir seu nome verdadeiro. (N/A: eu não sei se George é realmente o nome do Cara do Foguete, mas eu gosto da ideia de que seja.)

– Grr, eu já te disse para parar de me chamar pelo meu nome. Para você, é Cara do Foguete, CARA DO FOGUETE! – então ele e Dot começaram a discutir.

– Eles sempre brigam desse jeito? – Jessica perguntou a Gary.

– Sim, praticamente todo dia. – Gary respondeu.

– Silêncio, eu quero ouvir a briga – Rookie disse ao pegar um pote cheio de pipoca e se sentar em uma cadeira em frente aos dois pinguins discutindo.

– De onde veio essa pipoca? – Gary se perguntou – Ah, deixa pra lá. Jay, você não quer ir comigo para um lugar mais tranquilo? – ele propôs.

– Seria ótimo.