A Vingança de Herbert escrita por Jessye


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/391206/chapter/4

A tarde toda, Jessica ficou com Rookie e Gary, conversando sobre coisas diversas, rindo o tempo todo.

Agora, Jessica e Gary estavam jogando uma partida de xadrez. Gary ganhando, é claro.

– Sinceramente, eu não fui feita para jogar isso. – disse Jessica suspirando – Desisto. Você ganhou. Pela décima quinta vez... Caramba, eu sou patética. – ela começou a rir de si mesma.

– É porque o Gary é um nerd. No xadrez, não dá pra se vencer um nerd. – Rookie brincou, fazendo Jessica rir.

– Hey! Eu não sou nerd. – disse Gary.

– Para de mentir, cara, você é nerd sim!

– Mas qual o problema em ser nerd? Eu sou também. – Jessica disse rindo.

– Viu, Gary, ela é ainda mais parecida com você do que eu pensava. – Rookie disse dando uma leve cotovelada em Gary, deixando-o nervoso e corando.

Jessica, confusa, começou a olhar para os dois, enquanto Gary só parecia mais nervoso.

– Hm... Mudando de assunto, acho que está na hora de eu ir embora para meu iglu. Meus puffles estão me esperando. – Jessica começou.

– Mas já?! – Rookie perguntou fazendo uma cara triste.

– Sim, Rookie – ela riu –, mas amanhã eu tô de volta!

– Bom, vou indo agora. Tchau Rookie, tchau Gary, foi um prazer te conhecer! – Jessica disse entrando no tubo e desaparecendo da vista dos outros dois pinguins.

_______________________________

Caminhando calmamente pela neve tentando chegar em casa, seus pensamentos estavam em outro lugar.

Jessica nunca achou que seria aliada do seu próprio inimigo. Sentia-se um pouco arrependida por ter aceitado, com medo de ser descoberta, mas não por muito tempo.

Depois de uns 10 minutos caminhando Jessica finalmente chegou a seu iglu.

Abriu a porta de madeira e deu de cara com três puffles pulando de alegria. Um puffle vermelho chamado Charlie, um amarelo chamado Daniel, e uma rosa chamada Kitty. Ela entrou, fechou a porta, e os abraçou.

Jessica então foi alimentá-los e colocá-los para dormir. Depois ela apenas fez um copo de chocolate quente e sentou-se no sofá para assistir o noticiário.

A jornalista falava de todo esse tempo que a Ilha está em paz e não há aparições de Herbert. Depois, começaram a falar sobre a temperatura para os próximos dias.

– Frio e neve de novo, certo? – Jessica disse sarcasticamente enquanto desligava a TV – Não é nenhuma novidade.

– Eu vou desenhar um pouco para passar o tempo.

Jessica pegou seu caderno de desenho, um lápis e uma borracha e sentou-se em sua mesa.

Meia hora se passou e ela ainda não desenhou nada. Estava sem ideias.

Batia sua cabeça na mesa em uma tentativa falhada de ter alguma ideia. Ela murmurou um xingamento quase inaudível.

Ela finalmente desistiu e decidiu colocar seu pijama para ir dormir.

Praticamente caiu na cama. Ela não fazia ideia de que estava com tanto sono.

_________________________

Jessica acordou com seus puffles pulando nela e em sua cama. Ainda estava confusa. Demorou uns 10 segundos para ela se lembrar quem ela mesma era. Isso acontecia a cada manhã.

Olhou para o relógio no cômodo que fica ao lado de sua cama e a luz verde fluorescente marcava 8:27. Seus puffles sempre a acordavam mais ou menos nessa hora e se tornou um hábito.

Pegou seu óculos no cômodo, levantou-se e foi trocar de roupa. Pegou uma camisa lilás com uma estampa de caveira branca e se vestiu.

Foi procurar alguma coisa para comer e achou uma caixa de cereal. Praticamente todos os pinguins comiam peixe no café da manhã, menos Jessica: ela odiava peixe. Quando ela dizia isso para outros pinguins, olhavam de cara feia para ela. Mas ela nem se importava.

Colocou o cereal matinal em um recipiente, comeu e rapidamente terminou. Procurou no armário os biscoitos de seus puffles e deu quatro para cada um.

Então se direcionou ao banheiro, foi escovar seus dentes e logo após arrumar seu cabelo. Simplesmente prendeu-o em um rabo de cavalo.

Pegou seu telefone espião e colocou-o no bolso de sua camisa e depois pegou uma boina preta.

– Eu volto logo – Jessica disse gentilmente enquanto fazia carinho em cada um –, não façam bagunça, por favor.

E finalmente saiu e trancou a porta.

O céu estava azul. Não qualquer azul; aquele azul puro que se você apenas o olhasse você iria sorrir e se sentir bem mesmo se estivesse nos seus piores dias.

Não havia nenhuma nuvem no céu e Sol brilhava intensamente em tons de branco e amarelo. Jessica adorava quando o tempo estava ensolarado. Odiava a chuva; dias chuvosos são deprimentes.

O dia estava apenas começando, mas Jessica teve a sensação de que seria um dia agradável para ela.

Jessica foi andando e andando pelas ruas da Ilha, sem rumo certo. Ela não sabia o que fazer nessas poucas horas antes de ir para a EPF.

Hmm... – Jessica murmurou enquanto se sentava em um banco no Centro. – O que eu poderia fazer?

Então de repente lhe veio a ideia de ir para a caverna não tão secreta de Herbert para vê-lo.

– Não é uma má ideia – pensou enquanto se levantou e foi em direção a uma das montanhas mais altas da Ilha.

Levaria mais ou menos meia hora ir andando até a caverna. Seria muito mais fácil se Jessica apenas se teletransportasse, mas ela preferiu ir andando para a paisagem e como os pinguins vão diminuindo enquanto ela sobe.

Para passar o tempo, Jessica começou a cantar:

She's a girl with the best intentions

He's a man of his own invention

She looked at the window

He walked out the door

And she followed him

And he said “what you're looking for?”

She said “I want something that I want

Something that I tell myself I need

Something that I want

And I need everything I see.”

Something that I want

Something I tell myself I need

Something that I want

I need everything I see, yeah

Jessica simplesmente ama essa música. É de uma pinguim chamada Grace Potter, muito boa, mas pouco conhecida.

Ela olhou para a subida; estava praticamente em frente a caverna de Herbert. Então ela apenas foi para a beirada da montanha e olhou para a paisagem à sua frente. Conseguia ver o Dojo cheio de pinguins ninjas iniciantes – que mais pareciam pequenos pontos pretos – duelando. Ao redor, montanhas, sem nenhum pinguim à vista, apenas com algumas árvores e pedras. Por trás, o mar azul estava calmo.

– É tão lindo. – pensou. E então olhou para baixo e sentiu-se um pouco tonta. – Mas dá medo.

Jessica se virou e bateu na porta da caverna. Ouviu um barulho de alguma coisa que parecia ser uma aranha com pernas de metal vindo em direção à porta e um ronco alto.

Um caranguejo abriu a porta para ela e de repente o ronco parou e uma voz grave começou a gritar:

– Klutzy!! Eu já te disse um milhão de vezes para não abrir a porta sem o meu consentimento?! – dessa vez foi Herbert quem apareceu na porta, de pijama listrado azul e amarelo e pantufas brancas de coelho, chutando Klutzy.

– Quem é você? – Herbert perguntou com um tom irritado de voz.

– Qualé! – Jessica ficou confusa. Ontem mesmo Herbert a conheceu e ele não se lembra dela? – Sou eu! a Jessica!

– Quem? – Herbert disse parecendo disconfiado.

Então Jessica apenas tirou a boina e o óculos. Herbert lembrou-se na hora.

– Ah, sim, Jessye, entre – ele disse em um tom bem menos irritado e convidou-a para entrar e fechou a porta.

– Desculpe-me, eu não te reconheci sem a roupa de agente e com esses óculos nerds – Herbert disse rindo, não sarcastico e desprezivamente, mas sim de um jeito divertido.

– Hey! – Jessica disse rindo também – Meus óculos não são nerds. – então ela cruzou as nadadeiras e mostrou a língua para Herbert.

– Bem – Herbert disse sentando-se em um sofá verde e velho – O que te traz aqui à essa hora?

– Hmm... – Jessica murmurou tentando se lembrar do que queria falar com Herbert e finalmente se lembrou e sentou-se animadamente ao lado de – Ah é! Cara, você vai adorar isso!

– Hm, me parece ser boa notícia.

– Sim – ela sorriu –, é uma ótima notícia. Não só para mim, mas para você também.

– Ontem quando eu voltei para a EPF, a Dot me disse que eu vou me tornar uma agente de elite!

– Sério? Isso te dará acesso a muito mais informações. – Herbert disse com perversidade no olhar.

– Exatamente. – Jessica respondeu sorrindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olhem, comentar não vai matar vocês não, viu?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vingança de Herbert" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.