Maldição Wilde escrita por A Costa, Rosalie Potter


Capítulo 38
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Olá, cupcakes! Eu demorei para postar esse capítulo, mas acho que ficou como eu esperava.
E esse capítulo vai ser completamente dedicado para a Mihaela Keehl. Essa diva fez o meu dia mil vezes melhor. Obrigada, sua linda!

Beijos, Cryss.



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–Melina! –Rafael exclamou assim que a morena entrou em seu campo de visão. Sua expressão não era das melhores, obviamente.

Aquela era a antiga sala de sua psicóloga só que estava completamente diferente. Rafael havia reformado para os seus próprios interesses, porém, apesar de mais agradável aos olhos da adolescente o clima mórbido continuava o mesmo, talvez pior.

–Que bom que veio. –O moreno sorri e pede que ela se sentasse.

–Achei que não tivesse que falar com psicólogos. Apesar de eu achar impossível que você se forme em medicina. –Ele riu sem humor.

–Tão engraçada. –Rafael volta sua atenção para o notebook a sua frente. –Não me subestime, Lina.

–Não me chame de “Lina” como se fossemos íntimos, imbecil. –Melina se segura para não pular em seu pescoço, seu humor não estava dos melhores e parecia que a vontade de cortar Rafael em pedacinhos e fritá-lo era maior do que das outras vezes. –O que você quer?

–Você e Alexander são parecidos. Pelo menos quando ele está com raiva. –A morena ergue a sobrancelhas. –Te chamei pelo simples fato de ele e seu querido pai terem causado uma grande agitação.

–Como se isso fosse problema seu. –A morena disse e olhou para as unhas.

–Ah, Melina... De qualquer forma, saiba que se eu não tivesse te ajudado, seu namorado estaria bem longe daqui. –Ele voltou a digitar algo ali, mas seu olhar vagou sobre ela novamente.

–O que quer dizer? –A partir daquele momento, a morena começou a realmente se interessar pela conversa.

–Havia mais pessoas no refeitório, Melina. Eles viram e ouviram tudo. Sabe, se eu não desmentisse as histórias para a diretora, as provocações do Alexander renderiam péssimas consequências.

A adolescente não havia parado para pensar em tais fatos e apesar de eles não terem ido a enfermaria justamente para evitar boatos, não havia como evitá-los por completo. Porém, Lina não sabia o porquê de o moreno ter esperado tanto tempo para dizer isso, já haviam se passado três dias desde o Ano Novo.

Rafael acabou por sorrir a ver a expressão da garota, parecia ter atingido seu objetivo.

–Vou até o refeitório, volto logo. Se comporte. –Ele disse como se ela fosse uma criança de cinco anos que apronta mais do que deveria e afinal ela era. Era Melina Wilde e não perderia a chance de fazer algo que o deixasse irritado.

Então, contou sessenta segundos e virou o notebook para si. Não havia nada mais fácil do que instalar um vírus, mas sua curiosidade foi tão grande que decidiu mexer em seus arquivos. Não havia muita coisa, apenas coisas entediantes de adolescentes de quem ele era “supervisor”, inclusive dela. Mas acabou por achar um vídeo e por intuição, o abriu.

Era aquela mesma sala, mas ainda com a decoração da Dra. Hendrickson. E esta logo se tornou visível nas imagens da câmera de segurança. Ela organizava documentos e estava entediante. Melina estava pronta para fechar o vídeo quando Rafael entrou em foco. Como ela desejava que houvesse áudio.

Samantha guardou o último documento e antes que Melina pudesse processar, ela caía com o sangue escorrendo de sua garganta ao colo. E Rafael não poderia estar mais assustador, era chocante. Lina sufocou um grito e fechou as páginas que havia aberto.

Flashback On

Ela entrou e fechou a porta lentamente, sendo observada meticulosamente por Rafael. Ela se segurou para não pular em seu pescoço e esmagá-lo com as próprias mãos. Após pensar nas consequências de essa ideia sentou-se na cadeira de sempre e planejou o que diria em seguida.

–Onde está a minha psicóloga?

–Aquela louca? –Rafael deu um pequeno sorriso e balançou a cabeça, divertido. –Digamos que dei um jeito nela.

–Um jeito, hein? –Melina cruzou os braços assumindo uma pose autoritária. –E que jeito seria esse, Rafael?

–Nada com que deva se preocupar. O que importa é que está liberada das consultas.

Flashback Off

Rafael havia dado “um jeito nela”, de modo que ela não tivesse mais consultas.

Melina virou o aparelho e o colocou na posição que estava antes e mudou sua expressão de choque para a de ódio novamente, poucos minutos depois Rafael voltou...

Como se não tivesse feito nada.”

“Esse não é o Rafael que eu conheci.”

“Nem você seria capaz de se casar com um ser tão desprezível, Trace.”

–Podemos voltar aos negócios?

–Não temos nenhum negócio, Rafael. E faça o favor de ficar o mais longe possível de mim. –Ela se levanta e lança-lhe um último olhar antes de finalmente desaparecer de sua vista.

(...)

–Odeio Biologia, definitivamente.

Alex rabiscava o papel com força descontando a raiva. Havia pensado em usar o saco de pancada de Taylor, mas com certeza não sobraria nada se o fizesse. Sua fuga era o desenho e com o kit que havia ganhado no Natal talvez fosse mais fácil deixar tudo sair.

Ian estava ocupado com os deveres, mas conversava normalmente. Se é que poderia chamar o que estava tendo com o amigo de conversa, o loiro concordava e murmurava baixo algumas palavras enquanto continuava rabiscando o papel.

–Você falou com a Melina hoje? –O moreno perguntou e esperou que Alex respondesse.

–Não.

–Isso deve ter causado esse seu mau humor. – O loiro ergueu a cabeça devagar e largou o lápis sobre o desenho. Observou o moreno dar um sorriso debochado.

–Achou que eu não havia percebido? –Alex desviou o olhar para os rabiscos a sua frente. –Te conheço, Alexander... E sei que apenas uma coisa pode ter causado isso. –Alex suspira.

–Minha tutora ligou... –Ian passou a prestar mais atenção no que o amigo dizia. –Aparentemente, um homem queria saber sobre...

–Sobre o que? –Os dois garotos olharam assustadas para Melina que estava parada na porta como se fosse normal invadir o quarto dos outros de fininho daquele modo, mas era Melina então ninguém fez questão de dizer que era errado, mesmo sendo.

–Lina... Oi. –Alex disse e observou a troca de olhares entre ela e Ian, de um lado promessas de morte e do outro um garoto assombrado. Não foram cinco segundo nisso para que Ian saísse rapidamente. –O que aconteceu?

A morena suspira após fechar a porta e se joga na cama do namorado, que continua a observar. O olhar dela se concentra no teto, enquanto a imagem de sua psicóloga caindo depois de ser friamente assassinada repete-se em sua mente de novo e de novo.

–Lina, o que aconteceu? –Ele deita-se ao lado dela e espera.

–Ele a matou...

–O que? Como assim...? Quem matou quem? –Ele parece confuso no inicio, mas finalmente processa a informação.

–Rafael matou a Dra. Hendrickson.

–Rafael... –Ele entre em choque, mas depois um sorriso debochado surge em seu rosto e ele ri. –Você está brincando comigo, não é? –Ele quer rir mais, entretanto os olhos de Melina se enchem de repreensão e o sorriso murcha.

Já não bastava tudo que havia aprontado agora o mauricinho se revelava um assassino. Não que eu possa dizer algo, Alex pensou. Ele faria de tudo para colocar o maldito na cadeia e provavelmente não estaria satisfeito apenas com isso. Só não o matava com as próprias mãos porque isso ainda era crime.

–O que vamos fazer? –Melina desvia o olhar do teto e depois do choque ela passa a ser alguém determinada a colocar Rafael atrás das grades ou com o cérebro completamente cozido. Quase sorri com esse pensamento.

–Precisamos de um CD ou pen drive. –Ela murmura.

–Então acabamos com a vida do desgraçado.

(...)

Sophia já dormia há algum tempo e o toque de recolher já havia tocado. Melina sentia o suar descer pelas costas de ansiedade. Jogou os cobertores para o lado e calçou os chinelos com a maior delicadeza para não fazer barulho.

Ela e Alex haviam combinado de não preocupar os outros com o que a morena tinha descoberto a não ser que fosse extremamente necessário. Sophia já tinha seus problemas com a gravidez, eles não queriam deixar Taylor e Ian com a cabeça mais confusa do que já estavam.

Abriu a porta e agradeceu pela mesma não ranger, apesar de saber que o sono da colega de quarto não era dos mais leves. Finalmente saiu do quarto e olhou para o relógio em seu pulso, Alex não estava atrasado, mas ela queria acabar com aquilo o mais rápido possível.

Ela ergueu o olhar e o viu se aproximar no corredor.

–Vamos... –Após ouvir seu sussurro ela o agarra pela mão e eles seguem para o prédio das aulas.

No caminho Melina repassa o modo como havia encontrado o vídeo, de novo e de novo para não se confundir. Aquela era a única chance que tinham para provar o quão cruel Rafael era e eles poderiam até mesmo resolver a situação de Sophia.

Quando Alex se colocou em frente ao computador de Rafael respirou fundo e o ligou, logo o requerimento da senha surgiu na tela. Melina quase se bateu! Lógico que tinha uma senha. Quem não colocaria num reformatório cheio de adolescentes?

–Alex, eu...

Antes que ela terminasse a frase Alex digitou algo e o computador foi desbloqueado e a namorada deu um sorriso debochado.

–Agora também é hacker? –Ela perguntou, irônica e ele se afasta com um sorriso para que ela procurasse o vídeo, tirando o pen drive do bolso e a observando.

A morena acessou os arquivos e desceu pela página de documentos do Reformatório passando pelos arquivos dos alunos e encontrando o local onde o vídeo deveria estar. Deveria...

Ela passou os olhos por ali novamente, mas não estava. Subiu e desceu os arquivos e viu que não havia nada ali. Ela voltou na página e procurou em outro lugar, mas não estava ali. Em lugar algum.

Ela arregalou os olhos olhando para tela do computador.

–Lina? –Alex murmurou e pousou a mão sobre sua cintura, esperando chamar a atenção da namorada, que continuava com os olhos arregalados e sentindo-se louca. –Você achou?

–Não está aqui... –Lina se afasta bruscamente o assustando. –Eu juro que estava aqui!

–Eu acredito em você. –Ela suspira e encosta as costas na parede.

–O que vamos fazer? –Alex se aproxima do computador novamente. –Era a única coisa que poderia incriminá-lo...

Então, Alex começa a digitar novamente abrindo códigos e arquivos que eram totalmente incompreensíveis para alguém normal, mas obviamente ele não era.

–De acordo com o histórico um arquivo de mídia foi transferido hoje mais cedo. –O loiro fecha todas as páginas e desliga o notebook. –Ele sabe que você viu o vídeo, só precisamos saber para onde ele transferiu.

–Nós perdemos Alex. Era nossa única chance...


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Notas finais do capítulo

Comentários...?



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