Maldição Wilde escrita por A Costa, Rosalie Potter


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

OIII PESSOOOOOOOAL!
Aqui quem fala é a tia Rose.
O capítulo é da tia Cryss, mas ela pediu para eu terminá-lo então parte dele também é meu, por isso sou em quem estou falando.
Bom, não vou me demorar muito aqui porque senão eu vou começar á tagarelar e tagarelar sem parar.
Espero que gostem.

Rosalie Potter.



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Por Melina:

"Eu simplesmente odeio esse lugar-pensei.

Odiava olhar para cara daquele juiz irritante,que simplesmente enrolava a sessão do tribunal inteira.Era blá blá blá para lá,blá blá blá para cá.Juro que até a voz parecia enjoativa.

Melina Wilde Miller culpada e condenada à trinta e dois meses no Reformatório Britânico Rockenbach.

Eu suspeitava que isso iria acontecer,afinal eu havia furtado um carro,atropelado duas pessoas e batido em uma loja de sapatos.

Não me preocupei com o que iria acontecer.Afinal querer estrangular o juiz por demorar cinco meses para dizer a palavra "culpada",só me faria perder meu tempo.

Mamãe e papai ficaram surpresos,eles acharam que ser amigo de pessoas iria me ajudar a ficar livre.Estavam errados.Apenas o dinheiro ajudaria,mas eles se negam à qualquer ato desse tipo.E eu também.

Eu teria que me adaptar a tudo.Mas não me imporatava,dois anos e oito meses.Eu iria aguentar,mas será que eles iriam aguentar?

Reformatório Britânico Rockenbach,você tem um novo monstrinho para receber.

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Narrador em Terceira Pessoa:

Mais trinta meses naquele lugar fariam Melina enlouquecer.

–Ei,Lena,eu te espero ou você vai perder o intervalo para estudar?–perguntou a morena.

–Pode ir,não se preocupe comigo.

A morena satisfeita saiu pelos corredores dos quais já havia se acostumado.

Odeio esse lugar.pensou.

Apesar dessas palavras estarem em sua cabeça todo dia,ela não se importava em repetir em voz alta,todos os dias antes de dormir.Odiava.

Logo estava no pátio,que como sempre estava lotado.

Sentou-se no lugar de sempre.Logo Lena chegaria e ela sempre brigava com a morena quando não estava no lugar certo.

Percebeu um garoto a mirando,mas especificamente pra suas pernas.Lançou-lhe um olhar repreendedor,mas ele não desviou o olhar,apenas mirou exatamente nos olhos.

Ela percebeu a chegada da castanha.E mirou-a.

Ela olhava um ponto fixo,uma garota ruiva caminhava até o pátio.

–O que ela está fazendo aqui?–murmurou em um tom de repugnância,ódio e raiva.

–Conhece a ruiva?–questionou a amiga.

–Não.–Lena pareceu acordar.–Não,eu não a conheço.

Olhou-a desconfiada.O que a faria mudar de humor tão de repente?

Ela voltou o olhar para o ponto anterior.O garoto que a pouco analisava Melina,conversava com um garoto que ela ainda não havia reparado estar bem ao lado.

Mirou novamente a ruiva.Boneca de porcelana.As do tipo mais frágil sempre apareciam vez ou outra,mas não duravam muito mais do que cinco meses.Ela não estava ali por culpa própria,não estava mesmo.

Levantou-se.Tinha um lugar importante para ir.

Lena não disse nada.A morena sempre sumia sem dar explicações,parou de perguntar o porquê.

–---------------

Aquele lugar a acalmava.

Era apenas uma parte isolada do jardim.Mas ninguém além dela conhecia.

Deitou-se na grama úmida.

Alex Burg.Esse era o nome do garoto.

Ouviu algo.Ele a tinha seguido.

Maldito garoto problemático.–Pensou.

–Melina Wilde.Esse seu nome,não é?–Murmurou enquanto se deitava ao lado da garota.–Quando você me olhou daquele jeito,pensei que iria me matar.

–Quero te matar agora,Burg.–Eles se olharam.

–Fez o dever de casa.

–Sempre faço o dever de casa.E cale a boca antes que eu te estrangule aqui mesmo.

–Gosto das autoritárias.

–Odeio os que se deixam ser controlados.

–Eu não disse que iria te obedecer.Você é teimosa.

–Você é persistente,Burg,gosto disso.–Ela sorriu de canto de boca.

–Você é sincera,Wilde,gosto disso.

Ela o odiava por ser tão tentador.

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Quando chegou ao quarto quarenta e oito,percebeu algo diferente.Desde quando ela tinha uma colega de quarto tão...bonequinha de porcelana?

–Oi,ruiva.Então resolveram te enfiar justo aqui.Vai ser divertido.–Sorriu um tanto maliciosa.

–O-oi,eu sou a Sophia.Você deve ser...

–Melina,sua nova colega de quarto.

–Isso,eu li seu nome na porta.

–Nada é como você pensa ser.

–Como?

–Aquele mapa que você decorou por horas,dias ou seja lá o que for,não é o mapa de Rockenbach,há lugares que hoje são proibidos e restritos.Os horários de aula mudam constantemente.Odeio esse lugar.

–Eu...

–Não se assuste,sei tudo sobre garotas como você,as expectativas destruídas,quebradas e estilhaçadas pelo chão.Vi apenas uma como você,mas conheço o tipo.

A morena se jogou na cama perto da janela.E olhou pela mesma.

Ela não havia visto uma boneca de porcelana,foi uma,quando chegou ao maldito reformatório,era frágil e ninguém a alertou sobre nada,se virou sozinha por duas semanas e se adaptou ao sistema.

Afrouxou a gravata preta e olhou a ruiva.Colocava as roupas organizadamente no guarda-roupa.Suspirou.

–Acho melhor você tomar banho,temos apenas meia hora para servirem o almoço e cinco minutos até a primeira aula.

–Que aula é?

–Biologia.A professora tem cara de morta e se diz saudável com toda aquela magreza.

–Mas eu não tenho o uniforme.

–Três uniformes disponíveis dentro da segunda gaveta do seu guarda-roupa.Eu tenho uma pergunta.

–Claro.Pergunte.

–Você não tem cara de delinquente,o que faz aqui?

A ruiva suspirou.

–Acho que não é o melhor momento para falar sobre isso.

–Lena disse a mesma coisa quando eu perguntei.–a morena sussurrou mais para si mesma do que para Sophia.

–Imagino que sim.

–Vocês se conhecem?

–Sim.

Foi então que Melina teve a certeza de que a castanha escondia algo.

–Preciso ir.–A morena se levanta.

–Você disse que tem lugares restritos,em que sala eu vou?

–Eu volto logo.Mas caso eu não volte,a sala é no segundo a andar,corredor cinco,sala D.Boa sorte.

A adolescente saiu pela porta sem ouvir um obrigado e sem dizer tchau,estava atrasada.Será que chegaria a tempo?

Sim, chegaria. Melina corria como o vento quando queria e foi isso que ela fez. Ainda não acreditava que estava correndo tanto por causa de um idiota como Alex, mas a sua mente era estranha. E ela já havia se acostumado com isso.

–Está atrasada. -A voz soou provocativa com um som malicioso.

–Apenas um minuto e doze segundos e eu não tenho tempo! -Lina sibilou. -O que você queria mesmo?

–Queria te mostrar um lugar, mas pelo que vejo você tem apenas meia hora para o almoço. Aliás, nós temos. Então não vai dar tempo.

–IDIOTA! Você me chamou aqui pra nada?

–Não minha linda dona dos olhos verdes mais lindos do mundo. Vim para podermos entrarmos juntos.

–Só. Nos. Seus. Sonhos.

E saiu dali rumo ao quarto para esperar o almoço.


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