¿Qué Hay Detrás? escrita por Mari


Capítulo 8
Coisa Delicada Demais


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Então, não sei se vocês leem aqui, mas gostaria muito que lessem hoje. Seguinte, minhas aulas começaram ontem, e com elas minha bolsa de pesquisa, meus pacientes, meu projeto de TCC, estágios e tudo o mais. Sendo assim, meu tempo para postar vai ser mais restrito, mas não, eu não vou deixar de postar, até porque estou com mil ideias, e toda vez que alguma nova surge, eu escrevo em algum lugar para usá-la depois.
Vou preferencialmente postas nos finais de semana, claro que podem haver exceções nas quais eu poste durante a semana, por isso, me sigam no twitter (@marifics) e passem no ask (ask.fm/pasaeltiempofic), que eu vou estar sempre postando nesses dois lugares novidades e novos capítulos da fic.
Obrigada! E não me abandonem, rs.
Bjbj :*

P.S: queria agradecer à linda da Bru pela recomendação, gostei muito. Obrigadão amore ♥



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POV Naty

Sexta-feira amanheceu ensolarada, acordei feliz, havia passado à noite pensando sobre a festa de sábado, e resolvera que deveria ir. Deveria aproveitar a oportunidade de conhecer mais os meus amigos, e também outras pessoas da faculdade. Como vovó mesma dissera Joaquim não gostaria que eu parasse de aproveitar a vida. Eu sempre o levaria comigo, afinal, foram dois anos muito felizes que passamos juntos, mas estava na hora que eu voltar a viver.

Levantei-me, tomei banho, desci e tomei café com meus avós, depois segui para Universidade. Primeira aula seria uma optativa da Medicina que eu havia escolhido, e após o intervalo uma disciplina do meu curso. Cheguei e fui direto para sala, com um pouco mais de medo do que nos outros dias, afinal, hoje não teria Vilu para conversar comigo enquanto o professor não chegasse, nem no primeiro dia me senti assim, já que eu mal me sentei e ela já se virou para conversar. Sentei-me no meio da sala, que aos poucos começou a se encher, quando um rosto um pouco conhecido adentrou na sala, e sentou-se ao meu lado.

- Oi, hm... é... – ele colocou a mão na cabeça – NATY! – exclamou, demonstrando que tentava se lembrar de meu nome.

- André – sorri.

- O q-que vo-cê faz aqui? – gaguejou, notei que estava tímido.

- Optativa – sorri, enconrajando-o.

- Ah, que legal. Vai ser um prazer ser seu colega – ele sorriu tímido e abaixou a cabeça.

- Obrigada.

- E que curso você faz?

- Psicologia.

- Junto com a Violetta?

- Em algumas matérias, sim – concordei.

- Legal – ele sorriu, ainda sem saber direito o que me falar. – E amanhã, você vai à festa, né?

- Ah, vou sim. Ouvi dizer que você é quem faz as melhores festas da Universidade.

- Hm... Eu tento – agora ele falou com as bochechas coradas.

O professor entrou, e notei que André ficou feliz por isso. Talvez porque estivesse nervoso ou porque não gostou de conversar comigo, o que me intrigou e me fez pensar o que fiz de errado por um tempo, até que fui despertada pela apresentação do professor e todo aquele blá, blá, blá dos outros dias. Exceto.

- Me procure no final da aula, tenho um amigo que é cirurgião plástico, um dos melhores da região... Seria uma boa que você o procurasse – Sr. Rodriguez falou e todos olharam para mim assustados, talvez esperando minha resposta.

- Já procurei um professor, mas algumas coisas são para sempre – disse referindo-me ao fato de eu ter procurado um cirurgião plástico, cujo qual havia tirado todas minhas expectativas quanto às cicatrizes.

- Sinto muito, então – ele respondeu, dando de ombros.

Apesar de tudo, a aula foi bem interessante, era sobre Psiquiatria, prestei atenção, afinal, mesmo que não quisesse era a única coisa a se fazer, já que na turma os demais alunos nem piscavam. Ao término da aula, guardei meus materiais enquanto os outros saiam rapidamente, o professor também já havia saído, e quando virei-me para fazer o mesmo, André estava próximo da porta.

- Você está bem? – ele perguntou, referindo-se ao acontecido, eu imaginei.

- Sim, já estou acostumada.

- Não se preocupe, ele é sempre assim... Nos primeiros dias de aula sempre fala de todo mundo e dos, hm, como eu posso dizer...

- Defeitos – me precipitei.

- Não, defeitos é uma palavra muito forte, mas enfim, sempre fala dos nossos problemas e fala dos seus amigos que são especialistas em não sei o quê. Acho que ele fala isso para promover os caras – ele riu.

- Me sinto melhor agora.

- Bem, vou indo.

- Não quer almoçar comigo e com o pessoal?

- N-não – voltou a gaguejar – Ainda tenho que entregar alguns convites da festa. Tchau – falou rapidamente e saiu.

- Tchau – falei um pouco mais alto, pois ele já havia ido.

Caminhei em direção ao refeitório e encontrei o pessoal sentado na mesma mesa de todos os dias, Maxi estava lá novamente, mas desta vez parecia que iria ficar por mais tempo que no dia anterior. Aproximei-me para sentar junto a eles.

- ...e agora ela anda espalhando coisas a meu respeito por aí, mas quer saber, não estou nem aí, acabou de vez. – Maxi estava falando para os demais.

- NATY! – Vilu exclamou quando eu estava próxima da mesa. – Onde você estava menina? – questionou enquanto eu me sentava.

- Oi pessoal – sorri. – Estava na minha outra optativa, junto com a turma de Medicina.

- Ah tá, achei que você não tivesse vindo à aula hoje – ela completou.

POV Maxi

Naty chegou e se sentou ao meu lado, assim que Violetta exclamou seu nome fiquei nervoso, queria tê-la convidado para fazermos alguma coisa no sábado ontem, porém, enquanto estava ajudando o calouro na biblioteca, André passou entregando os convites da festa, e hoje conversando com o pessoal descobri que ele já havia passado e falado com eles ontem mesmo durante o almoço, e como eu imaginava, todos da mesa iriam, assim como todos da faculdade.

- Não, eu vim – Naty riu. – Esqueci-me de falar pra você ontem, que minha aula hoje seria mais uma optativa. Um de meus colegas na matéria de hoje é aquele menino que entregou convites para uma festa ontem, André.

- Então você está na turma dos nerds – León riu.

- Eles são um pouco sim – ela concordou.

- Falando na festa, você vai? – perguntei, e me arrependi logo depois.

- Ela não vai – Vilu falou chateada -, vai visitar os pais em Baires.

- Ah não, não vou mais – Naty falou, antes que eu dissesse alguma coisa -, resolvi ficar e ir à festa com vocês.

- Sério? – Vilu e Fran perguntaram juntas e felizes.

- Sim.

- Eba! – Fran exclamou.

- Você vai gostar – falei -, as festas de André são sempre muito boas.

- Pois é, ouvi dizer – ela respondeu sorrindo. E o sorriso dela é tão lindo.

Bem, eu não poderia convidá-la nesse final de semana, afinal, ela também estaria na festa, mas ainda teremos muitos finais de semana pela frente, e em algum deles eu vou ser mais corajoso e falar com ela.

Conversamos trivialidades por mais um tempo, depois cada um seguiu para sua sala. Minha aula de agora seria uma optativa de desenho, achava que se tivesse mais noção de desenho, me daria melhor em algumas matérias do meu curso, então segui para lá. Assim que adentrei na sala vi Camila sentada no fundo na sala, não me lembrava de que ela era minha colega nessa matéria, droga!

Sentei-me o mais longe possível dela e fiquei fazendo minhas anotações em silêncio. Um pouco antes de terminar a aula, o professor, Sr. Graza, falou sobre o trabalho em dupla do semestre, disse continuaríamos com as duplas do semestre passado, e não me acreditei nisso, minha dupla foi a Camila, e eu não queria passar mais um semestre ao lado dela fazendo trabalho. Assim que terminou e todos começaram a sair da sala, fui até a mesa do professor falar com ele, e logo Camila chegou reclamando.

- Não quero fazer trabalho com ele, professor! – ela exclamou.

- Não tem como mudarmos de dupla? – questionei.

- Não! – o professor respondeu seco – Afinal, por que não querem fazer trabalho juntos? Vocês não são namorados?

- Não mais – respondi rapidamente.

- E eu não quero mais nenhum envolvimento com ele – disse Camila.

- Bem, isso não é problema meu... Se vocês estão tendo crise no relacionamento de vocês, não tenho nada com isso. E precisam ser mais profissionais, no futuro terão que trabalhar com pessoas que não gostam, mas assim é a vida, vocês gostando ou não – ele não falou mais nada, pegou sua pasta para sair da sala.

- Eu vou procurar a ouvidoria! – Camila tentou argumentar.

- Procure quem manda na minha aula sou eu. Bom dia! – e o Sr. Graza saiu.

- Isso não vai ficar assim.

- Camila, vamos fazer isso junto e pronto, tá? Eu só quero terminar essa matéria em paz.

Ela não me respondeu, saiu da sala bufando e batendo o pé. Não temos escolha, ou fazemos o trabalho juntos ou reprovamos, e essa última estava fora de cogitação. Peguei meus materiais e fui para o treino. Treinamos bola parada e fomos dispensados. Fui para casa esperar a hora passar até sábado, agora que Naty havia resolvido ir à festa, não que eu soubesse que ela cogitava a ideia de não ir, eu estava ansiosa para que o tempo passasse e a festa chegasse.

POV Naty

Minhas segundas aulas passaram rapidamente, sai da sala com a Vilu e fomos até a frente da faculdade caminhando juntas, hoje ela não iria esperar por León no treino, queria ir para casa começar a preparação de beleza para a festa, como a mesma disse.

- Estou muito feliz que você resolveu ficar e ir à festa também – ela falou sorrindo.

- Pensei que devia aproveitar para ir e conhecer mais gente.

- Com certeza, o pessoal nas festas é bem diferente, são mais sociáveis – ela riu. – Aliás, se você não tiver como ir, pode ir comigo e León.

- Ah obrigada – eu não tinha como ir, mas não queria aceitar o convite e nem ser grossa -, qualquer coisa eu te ligo amanhã então, pode ser?

- Claro! Agora me deixe ir, meu pai está me esperando, ali – ela apontou para um carro preto que a esperava.

- Tchau, até amanhã – nos despedimos com beijinhos e cada uma foi para seu lado.

Segui meu caminho até em casa pensando no que o Sr. Rodriguez havia falado, eu não deveria mais ficar chateada com acontecimentos como esse, mas vindo de um professor teve um peso diferente, contudo, eu não teria mais o que fazer, já havia procurado um profissional e nada poderia ser feito. Eliminei os pensamentos assim que cheguei a casa. Vovô já estava em casa e assistia à televisão, vovó como todos os outros dias estava na cozinha preparando seus quitutes. Larguei meus materiais em meu quarto e fui até a sala conversar com vovô. Ele assistia ao jogo do Boca Juniors, seu time do coração, de meu pai, e por herança, o meu também.

- Quanto está o jogo? - perguntei enquanto me sentava na poltrona.

- 2x0 para nós – ele estava todo feliz por isso.

- Vovô, você pode me dar uma carona até a festa amanhã?

- Claro Naty – ele sorriu.

- Obrigada – sorri em agradecimento e fiquei ali com ele assistindo ao resto do jogo.

Quando o jogo terminou fomos para a cozinha jantar, ajudei vovó com a louça e depois nós três ficamos algum tempo assistindo televisão na sala e conversando sobre o dia e tudo o mais. Perto das 23h00min subi para meu quarto e me arrumei para dormi. Não demorou muito e já estava dormindo, a semana tinha sido puxada.

*

POV Maxi

Sábado, assim como sexta, amanheceu ensolarado. Acordei perto das 11h00min, arrumei minhas coisas, almocei e à tarde estudei um pouco. Fiz a lista de exercício de uma das matérias, e tinha mais duas para fazer no domingo, só esperava conseguir depois de uma festa. Depois tomei banho e me arrumei. Coloquei um jeans bege, camiseta cinza e um tênis preto. Resolvi tirar meus habituais bonés e ir com os cabelos arrepiados. Antes das 20h00min já estava na rua seguindo para a casa do André, que não ficava a 1 km longe da minha.

POV Naty

Dormi 9h00min, já que não tinha aula. Quando me levantei tomei um banho, coloquei uma roupa leve e fiquei ajudando vovó na limpeza da casa. À tarde fiquei fazendo minha preparação de beleza, como diria Vilu, para a festa. E quando o relógio marcava quase 20h00min, o horário marcado para o início da festa, comecei a me maquiar e a trocar de roupa. Coloquei uma blusinha amarela com brilhinhos, um short jeans curtinho, um sapato preto e meu kit festa em uma bolsinha de lado também preta. A maquiagem foi básica, base, pó, blush, rímel e um batom mais colorido para dar vida. Desci e vovô já me esperava com as chaves na mão.

- Está pronta? – ele perguntou quando me viu na ponta da escada.

Respondi profundamente e respondi.

- Estou.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? O que essa festa trará?
Deixem seus reviews para eu saber se estão gostando e tals :)