Bound to You escrita por Kael
Notas iniciais do capítulo
Pega um cházinho de hortelã e boa leitura ♥
— Olha! Está vendo ali na água? – perguntou o loiro.
O sol brilhava forte acompanhado de uma brisa refrescante, que soprava pela reserva onde estavam acampados.
Na margem do rio, era possível ver peixes saltando para a superfície, vez por outra, tornando a experiência ainda mais mágica. Peeta se mantinha sentado em uma pedra com Cato atrás de si, onde ambos aproveitavam o aconchego do abraço um do outro.
— Plantas? – perguntou o mais novo.
— Vitórias-régias – pontuou Cato –, sabe como se chamam as flores em cima delas?
Apertando os olhos, Peeta direcionou o olhar para pequenos botões coloridos, indo do branco ao lilás, passando por diversos tons rosados em cima da vegetação aquática.
— Não, não sei – respondeu, ainda sem entender onde seu namorado queria chegar –, mas são bonitas.
— São lótus. Flores bem especiais.
— Por que?
O loiro se inclinou para que conseguisse olhar seu companheiro nos olhos, antes de começar a explicação:
— Por que são símbolos de resistência, força e prosperidade. Espera aqui, vou te mostrar.
Tocando os lábios de Peeta com os seus, o mais velho se levantou indo até a beira do rio, onde a vegetação aquática se misturava com a ribeirinha, tornando difícil saber onde a faixa de areia fina terminava.
— Cato – chamou Peeta – toma cuidado! Não quero ter que mergulhar pra te salvar, se você cair – completou, provocando.
— Engraçadinho.
Na margem, o atleta esticava o braço para alcançar uma pequena flor aberta, de tom lilás, a retirando cuidadosamente da água. Com a lótus em mãos, o mais velho levou-a até o namorado.
— Aqui, pega – ofereceu, sentando-se novamente, enlaçando os braços ao redor de Peeta.
— É linda, mas tão delicada – comentou, tocando cuidadosamente as pétalas da flor.
— Sim. Por isso mesmo são especiais... conseguem ser delicadas e ao mesmo tempo sobreviver e prosperar nos mais difíceis ambientes e condições sem perder a graciosidade e beleza.
— Uau, então são especiais mesmo – o mais novo sorri, passando a encarar o loiro.
“Esse sorriso...” pensou Cato, não resistindo e selando a boca de Peeta lentamente.
— Elas são como você – completa o loiro, após afastar o contato.
— Oi?! – indagou Peeta.
— Você é doce, delicado – pontuou, acariciando as maçãs redondas do rosto do amante – ao mesmo tempo que é forte e não deixa nada te derrubar. Já passamos por alguns bocados, mas mesmo assim você nunca permitiu que dificuldades tirassem seu sorriso... assim como a lótus, você prospera nas mais difíceis condições e eu te admiro por isso.
Com os olhos arregalados, um pequeno fio prateado verteu sobre o olho direito de Peeta Mellark ao ouvir a declaração repentina.
— Por favor não chora – pediu o mais velho, pensando ter dito algo de errado, tocando-lhe os cabelos.
— Eu... – Peeta respirou fundo, virando o corpo de frente para o loiro -, eu só fiquei surpreso... não estou triste.
Por alguns instantes os olhares se prenderam um no outro. O azul frio dos olhos gentis de Peeta mergulhando no céu da íris de Cato, em uma mistura repleta de significados muito além do que palavras poderiam traduzir. No último ano a capacidade de amadurecimento do casal foi posta à prova. Família, amigos e toda uma sociedade que preferia apontar e julgar uma relação fora dos “conformes” havia testado a resiliência do sentimento tão jovem e sincero dos dois... muitas vezes a felicidade cobra um preço alto para que possa acontecer.
Um beijo calmo se sucede. O gosto doce e o calor das bocas vai expurgando aos poucos as memórias dolorosas, enquanto o contato se faz cada vez mais urgente.
— Eu amo você, Peeta Mellark – afirma Cato, de olhos fechados unindo sua testa com a do mais novo.
Ofegante, Peeta toca o pescoço firme do loiro, sentindo os pelos da fina camada de barba do namorado espetarem suas mãos, antes de responder:
— Eu te amo, Cato.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então? Gostaram?
Eu, pessoalmente, amo prólogos... sempre dizem uma coisa ou outra do que está por vir haha. Abraços ♥