-No fim da contas aquela mulher maldita não serviu pra nada!-pensou o sonho indignado- Irei para a cidade- o sonho deu um longo suspiro - Quem sabe lá eu ache uma Alice melhor.
O sonho começou a dirigir-se a cidade com pressa, olhando atentamente todas as pessoas por quem passava, mas nenhuma com uma ambição tão grande a ponto de despertar seu interesse.
Não tardou e ele chegou à cidade, podia não parecer, mas o desespero tomava conta do pobre sonho.
"Tenho que achar essa maldita Alice o mais rápido possível, já estou começando a desaparecer..." o sonho olhou para a sua mão que já começava a ficar invisivel.

...

"Maldição! Essa cidade não tem ninguém que tenha uma ambição? Tudo o que eu peço e só uma forte ambição, será que é pedir muito?!" O sonho já estava fraco, o que o fez cair mas antes de ir parar direto no chão sentiu alguém segura-lo.

-A senhora está bem?

"Senhora?"

-Sim, estou-falou o sonho se levantando.
-M-me desculpe, com todo o respeito não percebi que era 'o senhor'-o jovem que o tinha ajudado se curvou.
-Não está tudo bem meu jovem, obrigado. -o sonho pos-se a andar.
-Me desculpe meu senhor- o jovem começou a acompanha-lo - mas posso saber seu nome?
-Gakupo. E por favor, não me chame de senhor, não sou tão velho quanto aparento- "Que feio você tem mais de 500 anos e diz que não é tão velho quanto aparenta"-pensou o sonho sorrindo logo em seguida.
-Senhor Gakupo então?
O sonho suspirou- Sim, por favor.
-Senhor Gakupo, não gostaria de ir a uma apresentação que farei hoje a noite?-o sonho suspirou.
-E você faz o que meu jovem- o sonho perguntou com uma sobrancelha arqueada.
-Sou um simples cantor, quem sabe o senhor não goste de minhas músicas.
-E aonde vai ser essa apresentação é... - o sonho olhou para o jovem.
-Ah, perdão, me chamo Kaito, Shion Kaito. Mas me chame de Alice, e assim que sou conhecido por aqui - "Que coincidência, não?"
-Então onde vai ser a apresentação Alice?
-Vai ser em um teatro, eu lhe levo até lá se quiser.
-Por acaso é o teatro que fica quase na entrada da cidade Alice?
-Sim, é esse mesmo.
-Eu vou esperar você, na entrada do teatro, tudo bem?-"Gostei desse jovem, acho que será ele"
-Muito obrigado senhor, me ajudará muito assim.
-Como assim?
-E que nessa apresentação eu preciso reunir o maximo de pessoas que eu conseguir. Assim ganharei um bom dinheiro, e conseguirei pagar as minhas dividas.
Decidi, será esse jovem a segunda Alice, e a apresentação será uma ótima oportunidade.

E assim foi feito, o show foi sussesso completo, e o Alice fociu conhecido como ‘O Rei de Ouros’ por haverem boatos de que, em sua mão, o Alice carregava a marca da carta de baralho na mão.

... Anos depois...

O jovem era muito aplaudido, o show, mais uma vez tivera sido um sucesso.

-Muito obrigado, adoro todos vocês!- o jovem sorria enquanto fechavam as cortinas.
-Parabéns Alice mais um show de sucesso- um homem de cabelos castanhos se aproximava do Alice.
-Muito bom Alice- uma mulher fez o mesmo.
-Muito obrigado, Kiyoteru e IA.
-Você foi realmente muito bom Alice.
-Muito obrigado Leon, a todos aqui, na verdade, todos você merecem ser parabenizados também, todos me ajudaram a ensaiar- o Alice sorriu- Ahh olhe as horas, tenho que ir, me desculpem.
-Tenha uma boa noite Alice- falaram todos em coro.

...

O Alice estava em seu camarim, ajeitava-se para sair. Mas, misteriosamente aquele sorriso tinha sumido. Na verdade ele só sorria assim, por que preferia que perguntassem 'Por que você está sorrindo?' do que "Por que você está chorando?".
Mas o que aquelas pessoas não sabiam era que, a cada vez que ouviam uma música do Alice, mais hipnotizadas ficavam e não podiam fazer nada, pois para elas era a mais bela melodia que já haviam escutado em suas vidas.
-Até quando aqueles idiotas irão acreditar que aquelas notas são minhas!-o Alice riu um riso perverso.
-Como aquela gente consegue gostar
-O que?-o Aice foi tirado de seus devaneios.
-Dessas notas horrivelmente destorcidas?
-Quem é você?- a Alice virou-se e viu uma figura emcapuzada segurando uma arma.
-Enlouqueceu tanto que transformou esse mundo num louco mundo azul- a figura tirou o capuz.
-Senhor Gakupo?
-Finalmente Alice.
-O que faz aqui?
-Eu vim agradecê-lo.
-C-como?- o Alice se assustou.
-Por ter me sonhado. -o sonho apontou a arma para a Alice- Então... Obrigado Alice, mas você não é mais útil.

A última coisa que foi ouvida aquela noite foi um disparo.

...

-Kiyoteru venha aqui rápido!
-IA o que aconteceu?-ele olhou para o corpo- O QUE É ISSO?!
-Eu não sei, quando eu cheguei, ele já estava assim. - respondeu Leon
-Meu deus Alice- o home de cabelos castanhos
-Mas você não viu o mais estranho Kiyoteru.
-O que foi?
-Olha- a mulher apontou para uma rosa de cor carmesim que florescera no peito da Alice.
-Tenho certeza que essa rosa será muito adorada...

 "Sim"-o sonho estava escondido do lado de fora do camarim da Alice-"Ela vai ser adorada, mas não para sempre"

E assim foi a rosa que florescera no peito da Alice foi adorada, mas logo cruelmente esquecida, como se aquele homem nunca tivesse existido.