Uma Semana Com Dois Caçadores E Um Anjo escrita por Srta Dmitri Lee Hiddleston


Capítulo 2
The loss




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– Nova Orleans – Indiana Charity Hospital – Falei em um tom alto e claro, e desliguei. Dean é um garoto esperto, meia palavra para um bom caçador basta.

Dean estava de pé entre as duas camas do quarto de hotel, Sam estava jogado na cadeira com seu notebook procurando sobre presságios.

– Quem era ?

– Uma mulher..

– Ah Dean..

– Não, não, espere, era uma mulher ligando do telefone do Castiel, e.. eu acho que ela nos deu coordenadas.

Dean estava imóvel, não conseguia ligar os pontos, primeiro Castiel desaparece, depois ele recebe coordenadas, não sabia o que era melhor, continuar no caso dos presságios ou correr para Nova Orleans. Sam olhou pela janela do hotel, estava anoitecendo, ele achou melhor seguirem as coordenadas, eles precisam de Castiel, o trabalho exigia de ajuda sobrenatural, era uma coisa grande.

Desci até a lanchonete e peguei um lanche com bacon e café para mais tarde. Subi para o quarto, Castiel ainda dormia, cheguei bem perto de sua cama, observei-o por minutos e passei a mão pelos cabelos macios que seriam facilmente confundidos com plumas, minha atitude foi involuntária, mais forte que a própria vontade de parar. Castiel se mexeu e eu me afastei rapidamente.

Sentei-me na cadeira com a esperança que no meio da noite ouvisse os sussurros de Castiel chamando por mim. Acabei adormecendo, e levantei de manhã com uma sensação terrível, algo gelado cobria todo meu vestido, ainda meio dormindo, passei a mão por minha roupa e senti um cheiro de forte, levantei em um pulo e vi que havia derramado café por toda parte.

Sai sem fazer barulho, fui até o banheiro limpar a bagunça que havia feito, meu vestido inteiro estava molhada e sujo de café. Depois que chegamos aqui nesta cidade desconhecida, não tive tempo de troca-lo, corri com Castiel, deixei todas as minhas coisas em Danville, fui até a lanchonete pegar outro café, e quando estava voltando, olhei a rua por uma das janelas do corredor, e vi um Impala preto estacionado. “Droga” sussurrei em tom de raiva, revirei os olhos e voltei o mais rápido que pude para o quarto.

Quando abri a porta, dois olhos me fuzilaram surpresos, eles estavam ali, Sam e Dean Winchester, parados perto da cama de Castiel, apertei o café com tanta força que ele transbordou, soltei a força a tempo de salvar metade do café, ele estava quente e queimou minha mão. Senti um pouco de dor, mas nada se comparava ao meu nervosismo.

– Grace ? Grace de Stanford ? - Disse Sam, o tom de saudade se sobressaia ao tom de surpresa.

Assenti cordialmente, com um sorriso, peguei um papel toalha que estava sobre a pia de assistência do quarto e limpei minha mão. Virei-me e vi Dean me olhar com uma cara de quem não sabia o que fazer ou falar.

– Foi você quem passou as coordenadas ?

– Sim

– Mas.. mas por que não nos disse ?

– Achei que já estaria longe quando chegassem.

Depois que sequei bem minha mão, me aproximei deles, e dei a mão como um gesto de comprimento, Sam tem um aperto de mão firme, embora seja frio, suas mãos são largas e sua pele é fina. Dean também tem um aperto de mão firme, mas ao contrario de seu irmão, senti o quanto é quente, sua mão é pequena e sua pele é grossa.

– Então.. – Dean tentou investigar sobre o acontecido, e antes mesmo dele perguntar, eu os contei.

– Depois da explosão no salão, vi Castiel no meio da multidão, tentei chama-lo, mas ele insistia em não me ouvir, pensei até que fosse de proposito, mas depois... depois ele simplesmente me tirou de lá, viemos parar em Nova Orleans, Castiel estava caído e tive ajuda, provavelmente de um habitante local, me trouxe pra cá, medicaram ele e agora estamos aqui.

– Ótimo, vamos tirar ele daqui. – Dean deu dois passos em direção aos aparelhos quando eu o interrompi.

– NÃO, você não pode tirar Castiel daqui.

– Escuta aqui mocinha – Dean estava apontando seu dedo indicador com muita raiva, sentia a fúria sair de seus olhos, quando Sam o parou.

– Castiel esta acordando. – Disse Sam segurando o ombro do irmão e ao mesmo tempo apontando para a cama.

Nós três fomos até lá, Castiel demorou a abrir seus olhos, a luz forte com certeza o machucou, ele deu cinco piscadelas e por ultimo os fechou com força, quando finalmente abriu, alguma coisa me pareceu ofuscar o brilho de seus olhos. Não, Castiel não era o mesmo, tinha alguma coisa, algo nele não brilhava mais. Sam pareceu notar a mesma coisa, nos entre olhamos e voltamos à atenção para Castiel que balbuciava algumas palavras.

– De.. Dean, eu estou... bem, Sam.. – Castiel fechou os olhos.

– Castiel ? Castiel ? Mais que droga – Dean estava impaciente.

– O médico disse.. – Ele me interrompeu

– O médico disse.. o médico disse... francamente, um anjo Grace, quem se importa com orientação medica ?

– Eu me importo tá, me importo com o anjo pelo menos. – Tive um ataque de raiva, levantei a voz nas quatro primeiras palavras, mas baixei o tom quando vi Castiel ali, deitado, sozinho.

Dean passou por mim, soltando fogo pelos olhos, saiu do quarto e bateu a porta com força. “este é Dean Winchester, o que esperava” disse a mim mesma, não importa, Sam ainda estava lá, tínhamos muito o que conversar.

– O que estavam fazendo em Danville ? - Sentei na cadeira que havia passado a noite, Sam veio logo em seguida e sentou ao meu lado.

– Presságios, o de sempre.. – Sam baixou a cabeça.

– É algo importante né, vocês precisam do anjo, tem que ser algo importante.. – Eu entendia Sam, me dava bem com ele, os pensamentos batiam, sempre foi assim.

– Pois é Grace, é algo maior, precisávamos de ajuda, e não tínhamos a quem recorrer.

Fui começar a me desculpar, afinal, eu estava no lugar errado e na hora errada, ou talvez nem fosse totalmente culpa minha, não.. era sim, se minha tia não tivesse me convidado, se eu tivesse ignorado como tantas outras festas, e porque sair atrás do causador da explosão, deve ser meu instinto caçador, a culpa era minha toda minha, estou totalmente confusa, nada poderia ser pior.

Dean entrou na sala interrompendo meus pensamentos, e minha quase desculpa, ele ainda estava furioso, chamou por Sam e fechou a porta, pude ver os dois conversando no corredor, a expressão de Dean não era nada boa, um frio repentino tomou conta do quarto, desejei estar com uma arma, com uma faca, um garfo, qualquer coisa, pois estava totalmente desprotegida, não sei onde estava com a cabeça de sair de casa sem alguma proteção, que péssima caçadora.

Vagarosamente, fui virando o corpo e colocando um pé na frente do outro, não sabia o que esperar, poderia ser qualquer coisa, afinal estava com um anjo, e com os dois Winchester, era problema, na certa. Uma mulher alta, vestindo um terno preto, cabelos louros amarrados em um rabo, sem nenhum fio fora do lugar, ela era tão branca quanto a neve.

– Castiel. – Ela pareceu me ignorar, Castiel era sua total atenção.

Pensei em sair do quarto, já que eu era um peso morto para a tal mulher, pensei em pular nela, poderia joga-la pela janela, ela começou a andar para perto de Castiel, Dean e Sam estavam brigando lá fora, seria uma ótima hora para Dean entrar arrogantemente metralhando tudo. Então, outra ação involuntária, agora, um tanto quanto idiota, tomou meu corpo, coloquei um pé na frente do outro, estava indo direto para Castiel, algo dentro de mim precisava protegê-lo, avancei um pouco rápido demais e a mulher parou, me olhou fundo nos olhos. Pareceu ver minha alma, pareceu querer devora-la.

Continuei a andar, ela ficou furiosa e com a força da mente, levantando apenas uma mão, me mandou para longe, bati com força na porta, Dean e Sam finalmente acordaram e perceberam que havia alguma coisa de errado, com muita dor, consegui me levantar para dar caminho a eles, passei a mão pela lateral da minha cabeça e ela ficou ensanguentada. Maldita.

Eles tentaram ataca-la, ela levantou a mão novamente e só os parou, nada de sangue, nada de porta, apenas os parou, logo estava de pé ao lado deles, agora eu também estava furiosa, avancei contra ela mas Dean me segurou, tentei me soltar, a mulher novamente me olhou, e eu parei.

– Srta. você é uma ameaça para nosso anjo, é meu dever mantê-la longe, ainda mais nesses tempos difíceis.

– Tempos difíceis ? Do que esta mulher esta falando Dean ?

– É Castiel, ele perdeu a sua Graça. – Disse a mulher em um tom triunfal, ela parecia vitoriosa por nos dar essa noticia terrível.

– Castiel perdeu o que ? - Dean estava perplexo.

– A Graça Sr. Winchester.

– Onde podemos encontra-la ? - Sam era o mais calmo entre nós três.

– Isto já não é problema meu. – E a mulher, simplesmente sumiu.



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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanharem. Castiel precisa da ajuda de vocês.



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