Uma Semana Com Dois Caçadores E Um Anjo escrita por Srta Dmitri Lee Hiddleston


Capítulo 1
Castiel saved me




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Há uns dois anos atrás, eu havia cruzado caminho com dois caçadores e um anjo, nos envolvemos no mesmo caso e salvamos uma pequena família em Stanford. Lembro-me de cada detalhe daquela caçada, foi um tanto quanto especial, nunca havia me envolvido com um anjo antes, e este era bem forte. Não prosseguimos caminho juntos, não me dava bem com certas opiniões de Dean e no tempo que tínhamos, brigávamos.

Hoje estou indo pra Danville, nada de caçada, é uma festa. Uma formatura de uma prima distante não sei como, nem porque, mas me chamaram, e eu estou a caminho.

***

Cheguei dois dias antes, a casa desta minha tia era como uma mansão, e ela deixou com que ficasse lá até o dia da festa. Tive de sair para comprar um vestido. E definitivamente, eu estava no lugar errado, na hora errada. Quando entrei na loja, olhei de relance para a rua e vi passar o Impala preto que me fez congelar. Tinha certeza, só podia ser. Virei-me de costas e continuei a andar. Comprei um vestido vermelho um pouco a cima do joelho e fui para casa, pelo resto do dia, não tirei os meninos da cabeça. Fiz umas pesquisas, e notei que aqui em Danville, podíamos encontrar alguns presságios. “Droga” pensei.

Decidi investigar mais a fundo depois da festa, que seria na noite do dia seguinte. E assim, o tempo passou, e eu já estava quase pronta para sair. Fomos para o salão, e minha nossa, que grande que era muito bonito por sinal, e estava lotado.

No meio de tanta comemoração, eu não poderia imaginar, uma explosão fez com que todos entrassem em pânico. Corri contra as pessoas, queria ver o que havia causado a explosão, mas tinha muita gente vindo à minha direção, tive que mudar o caminho, quando eu o vi. Ele estava ali bem na minha frente, ajudando muitas crianças que choravam aos berros, ele as colocava em um caminho sem muito tumulto e bem protegido.

– Castiel! - Ele não olhou para mim, estava com uma cara seria, e pedindo para que elas ficassem calmas.

– Castiel. - Ele continuava com a cabeça baixa, eu estava sendo levada pelas pessoas, quando tomei o peito de ar e gritei o mais alto possível.

– CASTIEL.

Ele então finalmente me olhou nos olhos, e o impulso foi mais forte que eu, pulei em seus braços o abraçando com força. Ele passou seu braço esquerdo por trás das minhas costas, me empurrou contra ela e colocou dois de seus dedos da mão direita na minha cabeça e então.. apaguei.

Ele havia feito aquilo de novo, me levado para outro lugar longe dali. Quando abri os olhos, estávamos em um campo aberto, já era dia, então me levantei meio tonta e quando me dei conta, Castiel havia desmaiado, e estava sangrando. Ele deveria estar fraco e mesmo assim tentou me salvar.



Estava totalmente tonta, minha visão estava um tanto quanto embaçada, pisquei mais forte, Castiel continuava caído, esfreguei meus dedos contra meus olhos em busca de ajuda, a visão havia melhorado, minhas pernas estavam fracas, então eu caí. Consegui me arrastar para perto de Castiel, passei a mão pelo seu rosto e estava gelado, encostei meu ouvido em seu peito a procura de algum barulho de vida, nada, o nervosismo devia ter me deixado surda. Segurei seus pulsos, chamei por ele, Castiel parecia morto, comecei chacoalha-lo e a chorar. “Castiel não, por favor não”.

Uma luz forte e clara machucou meus olhos, pensei que poderia ser uma ajuda divina, algum anjo, arcanjo, Deus quem sabe, naquele momento, precisava de ajuda, seja lá de quem fosse. Mas não, era apenas um carro velho, caindo aos pedaços, saiu de lá de dentro um homem alto, a barba por fazer e cheirando a álcool. Estava forte comparando a situação de meu amigo, estava doendo lá no fundo por não poder ajudar Castiel, mas garanto que doía mais nele.

O homem nos ajudou, colocou Castiel no banco de trás e nos levou para o hospital mais próximo, sim hospital, não contestei, estávamos sem nenhuma localização, perdidos, poderia ser outra cidade, outro país, outra época, deixei que nos levassem para lá, tirando tudo isso, eu queria ver Castiel bem, acordado pelo menos.

Agradeci ao homem que mal mostrou seus dentes amarelos para sorrir, fez bem por nos ajudar, deveria fazer por obrigação, como se estivesse pagando pelos crimes que fez, do tipo que ajuda os outros por punição do passado. Colocaram Castiel em um quarto, fiquei na recepção, estava impaciente, nenhuma ligação, por uns instantes havia apagado, meu cérebro parecia pedir insistentemente um tempo para descansar, deveria ter esgotado suas energias, pifado os neurônios.

Quando me dei conta, já era tarde e eu precisava saber onde estávamos, procurei a recepcionista e fiz algumas perguntas, Nova Orleans – Indiana era dia 15 de Julho. Fui chamada pelos médicos que deram assistência a Castiel, eles me deram boas e más noticias, a má noticia é que ele teria de ficar em repouso por uns dias, a boa noticia era que ele havia acordado.

Fui até seu quarto, bati na porta três vezes antes de entrar, segurei na maçaneta e mais que depressa coloquei um pé a frente do outro até chegar à beirada da cama, olhei dentro dos olhos de Castiel e sussurrei “que bom que esta bem”. Ele segurou minha mão e sussurrou de volta “você me salvou”. Ele fechou os olhos, por alguns instantes me senti mal, entrei em pânico, mas ele só havia dormido por conta dos remédios.

Até poderia ligar para Dean, se eu não fosse tão orgulhosa a ponto de apagar o numero dele da minha lista depois de não precisar mais da ajuda deles. Por sorte, em um dos bolsos do sobretudo do Castiel, encontrei um celular, e tinha todos os números de precisava, Dean e Sam Winchester.

Fiquei por horas segurando o celular, andando de um lado para o outro, olhando para o numero que parecia gritar para meus olhos, parei na frente do espelho, por diversas vezes, para ensaiar uma conversa por telefone, isso não era da minha índole, uma coisa ridícula da minha parte, sugeri então que não tivesse diálogos planejados, era o orgulho e a vergonha que tomavam conta de meu corpo naquele momento, “para de ser orgulhosa Grace, Castiel precisa de ajuda, e você de uma carona”.

– Castiel ? Castiel cadê você ?

– Dean ? - Com certeza minha voz feminina, não lembrava nem um pouco a de Castiel. Eu estava nervosa.


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Notas finais do capítulo

Obrigada, espero que gostem e acompanhem a história até o fim.
OBS: os primeiros parágrafos são lembranças de um dos meus sonhos com o Castiel.



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