Fix You escrita por Diana Wright, Naya Parker


Capítulo 6
Desculpas estranhas.


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não deveria estar postando hoje, porque ontem eu postei. Mas eu estou muito feliz. Primeiro, eu recebi a notícia que a minha primeira leitora, a SaGaúcha (aquela linda) fez uma recomendação para mim! E eu tenho duas novas leitoras, A Becky Lady of moon e a Naya Parker. Essas duas lindas que eu já conheço a um tempo...a Naya então, conheço desde seis anos! Elas prometeram fazer recomendações! MEU DEUS, AMO VOCÊS! Então esse capítulo é todinho da Sa ( DIWA, TE AMO!), da Becky (TRIO TERNURA EVER) e da Naya( SUA VELHA CHATA)! Amo vocês meninas *---* Mil beijinhos para vocês! Garotas, agradeçam a essas 3 pessoinhas, por causa delas, hoje é o dia do capítulo duplo! UHUL!
MÚSICA MUITO IMPORTANTE: Guns - Green day.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/390506/chapter/6

Eu olhei para o meu celular. Eram oito e meia. O segundo tempo de história começou, e eu tinha que entregar o trabalho. Ou ficava sem nota.

Olhei para os meus pulsos. Não podia entrar na escola assim. Peguei alguns lenços que estavam no carro e limpei os meus pulsos. Os lenços, que antes eram brancos, agora estavam vermelhos.

Meus olhos ainda ardiam, e as lágrimas ainda estavam ali. Eu devo estar ridícula. Eu arrumei o cabelo e peguei minha mochila que estava no banco de trás. Engoli o choro e olhei para o espelho.
" Você é ridícula. Sempre foi assim." Disse uma vozinha na minha cabeça, eu não descordei dela. Sai do carro com os pulsos trêmulos, o casaco escondia todo o estrago.

Falei para o porteiro que tinha chegado atrasada porque passei mal. Ele perguntou meu nome, quando eu falei, ele me olhou com pena e disse que eu podia entrar. Ele devia saber.

Subi as escadas correndo e parei em frente a porta da sala. Suspirei e uma onda de nervosismo passou pelo meu corpo. Abri a porta e pedi licença ao professor. Todos os rostos me encaravam.
– Tudo bem, entre Luce. - ele apontou para uma cadeira vazia. Que por sorte, era ao lado de Diana. - Posso saber o motivo do atraso?
– Eu...estava passando mal. - ele fez a mesma cara que o porteiro. Aquela cara de: " Sinto muito pelo seu sofrimento". Mas eles não sentem.
– Ahn, entendo. - não, você não entende. - Trouxe o trabalho de mitologia romana que você fez com o Sr. Harvey? - eu assenti abaixando o olhar. Me lembrei da briga que eu tive com Alex. Talvez fosse melhor assim. Eu não vou voltar a falar com ele. As únicas pessoas que eu vou conversar vão ser a Diana e Helena. Só. - Pode me entregar? - eu assenti novamente e peguei o trabalho na minha mochila. Fui até a mesa do professor e entreguei. Ele pegou o cartaz e fez uma cara feliz. - Nossa! Não sabia que o Sr. Harvey sabia fazer um trabalho tão bom! - A sala toda riu. Até o próprio Alex, eu ouvi a risada dele, mas não olhei para trás. - Você não fez o trabalho sozinha não? Ele realmente te ajudou? - ele perguntou. Mas ele não estava sério. Parecia estar brincando.
– Sim. Ele me ajudou. - eu falei um pouco baixo.
– O que você está querendo dizer professor? Que eu não sei fazer os trabalhos? - disse Alex.
– Não disse isso. - o professor deu uma risada. - Você sabe fazer os trabalhos, na verdade, você é muito inteligente. Só que você não faz, porque se não perde a fama. - a sala riu novamente. E dessa vez eu ri também.
– Claro. Eu sou mais bonito do que inteligente. - a sala riu novamente. Dessa vez eu não ri. Só peguei o meu caderno e pedi o de Diana emprestado.
– Porque você passou mal? - perguntou Diana.
– Eu sempre passo mal.
– Porque? - Diana sorriu. Se fosse qualquer outro, eu teria dado um fora, mas com Diana não dá.
– Eu...não sei direito. Os médicos não sabem ainda. - eu sorri e comecei a copiar o trabalho que eu perdi. Eu precisei mentir. Não posso contar para ela. Apesar dela ser bem legal, eu conheço ela a dois dias. Só dois dias.
– Ahn...eu vi você brigando com o Alex hoje. - engoli o seco. - Não ouvi o que vocês falaram. Mas achei bem estranho. Vocês se conhecem a dois dias e já brigaram? - a expressão dela mudou. - Desculpa, Lu. Eu estou me metendo no que não deveria. Desculpa mesmo, as vezes eu faço isso. - eu assenti e continuei escrevendo. - Então... você vai na festa? - ela abriu um sorriso. Tentando se redimir pela pergunta anterior. Mas ela não tinha me magoado. E difícil uma pessoa tão boa como a Diana magoar alguém. ( N\\a: Sou tão boa *-*)
– Festa? Que festa? - ela riu e me olhou um pouco espantada.
– Não acredito! Amanhã é aniversário do Alex! Ele chamou até a Helena, e olha que a Helena nunca falou com ele! E você que pegou carona com ele e que fez o trabalho com ele na sua casa, ele não convidou? - ela perguntou.
– Como você sabe que ele me deu carona e que ele fez o trabalho na minha casa? - eu perguntei assustada por ela saber daquilo tudo.
– Simples, sua tia está namorando o meu pai. - eu quase deu um grito. Tyler era pai da Diana e da Helena? Ela só pode estar brincando.
– O Tyler é seu pai? - ela assentiu sorrindo. - Ele parece tão novo para ser seu pai! E...sua mãe?
– Ah, eu não a conheci. Ela...morreu de overdose. - Diana disso aquilo sem demonstrar tristeza. Ela estava até rindo.
– Sinto muito.
– Não sinta. - ela disse dando de ombros. - Ela mesmo de matou. Ela usou drogas porque quis. Sem motivo nenhum para isso. - ela falou ainda com aquele sorriso que não desgrudava dela. - Mas, é sério que ele não te convidou?
– Sim. E mesmo se convidasse eu não iria. - ela me olhou com dúvida. - Eu não conheço Alex Harvey. E se eu puder, espero nunca conhecer. - o sinal bateu, nós nos levantamos e fomos até a outra sala, e descobrimos que a professora de física faltou. Fomos para o pátio.
– Ah...você não é a única que não gosta do Alex. - ela disse. - Mas, ele é legal. As vezes não parece, mas é. Helena também não gosta dele, diz que ele é uma máquina, que faz tudo que os outros esperam que ele faça. - E ela está mais que certa, pensei.
– Aonde está Helena? - eu perguntei depois de perceber que ela não estava na sala.
– Ela não está muito bem. Ela teve que faltar, depois que o Ian nos deixou em casa, ela foi para o hospital. - ela começou a mexer no cabelo como se estivesse nervosa. - Ela pode perder o bebê.
Eu fiquei curiosa, e sem querer deixei escapar:
– E o pai do bebê está lá? - eu perguntei.
Diana me olhou com uma cara triste. E eu me amaldiçoei por ter perguntado.
– Não. Ele nem sabe desse bebê. - ela suspirou. - A Helena nunca quis ter ficado com esse cara. Ele a forçou. - ela abaixou o olhar, do mesmo jeito que eu faço quando estou em uma situação ruim. Eu entendia o que Helena passou. Porque eu também passei por isso. Muitas vezes mais do que ela. Me lembrar disso me deu nojo, e aquela vontade de me ferir por ser tão estúpida. Me levantei.
– Aonde você vai? - perguntou Diana me observando.
– Eu vou...no banheiro. - e eu sai correndo sem dizer mais nada.

O caminho até o banheiro parecia ser infinito. Eu me sentia tonta, como me senti de manhã. Como me senti quando aquele garoto me chamou de docinho e agarrou meu pulso. Eu precisava de ar, mas ele parecia não querer entrar nos meus pulmões.

As imagens começaram a se distorcer na minha mente. As vozes pareciam distantes, e as pessoas também. Me senti sendo segurada. Mas meus olhos se fecharam, e eu não vi mais nada.

[...]

Acordei com a cabeça doendo mais do que nunca. Ouvi algumas vozes. Mas não conseguia abrir os olhos. Me lembrei do dia que eu tive hoje, me lembrei da madrugada com a minha tia, da briga com Alex, da conversa com a Diana, do sangue no meu pulso.

Uma lágrima caiu sem que eu soubesse, sem aviso. Eu abri os olhos e vi que estava em uma enfermaria. Uma mulher de cabelos pretos sorriu para mim. Deduzi que fosse a enfermeira.
– Está tudo bem querida. - ela disse passando a mão no meu cabelo. - Acho que sua pressão caiu. Mas agora você parece estar melhor. - ela sorriu. - Consegue se levantar. - eu tentei, mas não consegui. Ela estendeu a mão, e eu aceitei. Ela me levou até a porta da enfermaria.- Seu amigo está ai fora. Não posso te levar até o corredor, porque uma menina teve convulsão. - eu assenti. Amigo? Que amigo? - Você melhorou?
– Sim, obrigada.
– De nada. - ela sorriu e foi atender a tal menina.
Eu abri a porta e quase cai. Estava fraca até para abrir uma porta, tudo bem que era uma porta pesada, mas não deixa de ser uma porta.
– Oi. - disse Alex. Ah, ele é o tal amigo (N\\a: Se não gostou manda para mim *---*)
– Oi. - eu disse firme. - Se me dá licença, eu tenho que ir para aula.
– Que aula? - ele sorriu.
– De astronomia. - eu disse fria.
– Você está desmaiada há três horas.
– O que? - não pude deixar de esconder a surpresa na minha voz.
– Você estava correndo, e depois caiu. Eu te levei para a enfermaria, e...você ficou lá dentro por três horas. - ele disse como se fosse a coisa mais simples do mundo.
– E o que eu perdi? - como se eu me preocupasse com isso.
– Não sei. Eu não fui para aula. - eu olhei nos olhos dele. - Eu fiquei aqui.
Eu engoli o seco. Porque ele ficaria aqui? Nós brigamos, eu gritei com ele. Ele admitiu que me achava uma anormal, sem sanidade mental, e agora fica me esperando sair da enfermaria?
– Porque? Você mesmo disse que qualquer anormal pode segurar uma mochila, porque não poderia sair de uma enfermaria sozinha? - essa foi a vez dele de engolir o seco.
– Porque Luce, eu vim me desculpar. - Tá, agora é minha vez de novo.
– Garotos como você sabem pedir desculpas? Ah, essa é nova! - eu disse sarcástica. Ele revirou os olhos.
– Luce, eu estou falando sério!
– E porque eu aceitaria? - ele sorriu e se aproximou de mim. Perto demais. Perto demais.
– Porque, eu vou te convidar para a minha festa. - ele deu um sorriso de lado.
– Está me comprando?
– Isso é o que garotos como eu fazem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sem notas finais, porque eu ainda tenho que escrever o próximo!