Fix You escrita por Diana Wright, Naya Parker


Capítulo 5
Uma aposta perigosa.


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeee! Estou com saudades do pessoal que comentava em The Prophecy. Maaaaas, hoje não é um dia para ficar triste! Muito pelo contrário, hoje tudo está indo as mil maravilhas! Meu evento de sagas está indo super bem, não tive aula hoje e recebi duas lindas recomendações!!! Da Linda, Anna Potter Jackson, e da maravilhosa, Melany Malfoy! Sério, eu estou babando até agora pela recomendação de vocês! Estou morrendo de rir! E, Anna, pare de falar que é Alex Mason! É Alex Harvey! Por mais que você queira que ele case com a Luce, e use o nome dela, isso não vai acontecer! Quer dizer, eu acho que não. (hehehehe) Lindos, eu seria eternamente grata se vocês fizessem recomendações também! Vocês não sabem como eu fico feliz *--* Enfim, obrigada a todas pelos recadinhos diwos! E...tem alguém que more o Rio de Janeiro e esteja a fim de ir a um evento de sagas, que vai ter muitos sorteios de livros? Ninguém? Não? Okay )): Vão ler então...



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Dor. Muita dor. Uma dor que eu não consigo explicar direito. Minha cabeça dói, meu corpo, meus pulsos ardem. E minhas lembranças vagam pela minha mente sem a minha permissão. Eu nunca sei quando isso vai acontecer. Essa dor vem sem previsão. Sem motivo. A única coisa que eu sei, é que é o mais próximo da morte que eu já chequei. Estranho, sim. Mas é verdade.

- Emma! – eu gritei. – EMMA! – dessa vez foi mais como um berro de dor.
- O que houve? – minha tia perguntou entrando no quarto sonolenta. Não tinha percebido, mas ainda era madrugada. - Luce, o que foi? – Ela perguntou preocupada quando viu as minhas lágrimas.
- Ele está aqui...ele está por toda parte...eu tenho medo dele, Emma...- eu chorava e minha mente estava fora de órbita. Ele está em todo lugar. Porque ele está aqui? Eu queria gritar com ele. Mas meu medo é maior que a minha raiva.
-Calma, ele...ele é o seu pai, Lu? – eu assenti. – Lu...ele não está aqui. Ele nunca esteve nessa casa. Só tem você, eu e a Ally. Só nós três.
-  Não...ele está ali...ali...- eu tremia tanto que minha tia teve que segurar os meus ombros.
- Luce, não tem ninguém aqui. Só eu e você, no seu quarto. – as palavras dela não faziam sentido para mim.  Ele estava ali, como ela não o via?
- Tem sim...ele...de novo...eu fugi, mas ele me encontrou...ele quer me matar...ele...- eu comecei a soluçar. Minha cabeça rodava muito. Ele estava em todos os lugares. Com aquela garrafa de cerveja na mão e o sorriso maldoso.
“ Lucezinha...cadê você verme? Deve estar matando alguém. Não é isso que você faz? Mata as pessoas? Como fez com a sua mãe e seu irmão? HEIN? CADÊ VOCÊ SUA ESTÚPIDA!”
- Não...não fui eu...me deixa...porfavor...- eu fechei os olhos e tentei pensar. É uma ilusão? Ele está aqui? O que está acontecendo comigo? Eu vou voltar para a clínica. Eu não estou melhorando. Eu nunca melhorei, e nem vou. Será que é melhor eu voltar? Não. Eu não posso voltar.
- Emma...tira ele daqui...eu não quero voltar para a clínica...eu não sou maluca Emma. Não sou...eu não sou maluca...- eu repetia tentando convencer a mim mesma.
- Shiiii...- ela me abraçou com força. Meu corpo tremia. – você não é maluca Lu. Mas ele não está aqui. 
- Eu vejo ele...ele sempre vem...ele quer me matar...- meus olhos estavam vidrados naquela imagem que sorria maldosamente e gritava por mim. – Ele está me procurando...ele não pode me encontrar...me ajuda a Emma...- eu agora chorava  descontroladamente. Sentia que minha cabeça estava prestes a explodir.
- Calma...eu...vou ligar para a clínica. Eles podem dar o nome de algum remédio...- eu a interrompi.
-NÃO! NÃO! – eu gritei desesperada. – Clínica não! Eu não sou maluca! Eles vão me internar...eles vão me prender...não...eu vou me cortar...ele vai aparecer...clínica não...- eu chorava muito – por favor...clínica não...
- Luce, olhe como você está...você...está delirando, Luce. – ela suspirou. E algumas lágrimas caíram do seu rosto. – Lu, eu te amo. De verdade. Como uma filha. E eu faço tudo que for preciso  para você ficar bem. E a clínica pode te ajudar. Eu sei que você não gosta de lá, mas você pode vir para cá todo fim de semana. – ela dizia cada palavra devagar.
Eu abracei ela e comecei a soluçar. As  lágrimas já caiam sem eu sentir.
- Por favor...eu faço qualquer coisa. Eu vou para a psicóloga da escola, eu vou tomar todos od remédios certos...mas, não me leva para o lugar ruim. Por favor. – eu disse suplicando. Eu podia fazer qualquer tratamento. Podia tomar qualquer remédio, até mesmo ficar trancada nessa casa, apenas com Emma e Ally. Mas nunca mais eu iria para aquela clínica. E se ela me obrigasse a ir, eu fugiria.
- Tudo bem Luce. Você vai para a psicóloga da escola. – ela se levantou e abriu a minha gaveta. Ela tirou um comprimido rosa de lá. – Toma isso. Vai te ajudar a dormir. Mas antes...- ela disse se sentando na ponta da minha cama. – Você tem que me prometer uma coisa. Vamos fazer...tipo uma aposta.
- O...o que? – eu disse tentando controlar o choro.
- Se essa psicóloga não conseguir te ajudar, você vai voltar para a clínica. – eu a olhei. Ela estava falando sério. Mas...se uma clínica não me ajudou, como uma psicóloga de escola vai me ajudar? Eu estou perdida. Vou voltar para a clínica.
Mas, eu decidi aceitar. Eu posso ganhar tempo para pensar em algo. Fugir talvez. Mas voltar para a clínica, nunca.
- Aceita? – minha tia perguntou ansiosa.
Eu suspirei e assenti.
- Aceito.

[...]

- Luce...- uma voz calma me chamou. Eu agradeci mentalmente. A voz me tirou de um pesadelo horrível. - Luce...já está na hora da escola. Vamos, eu vou te levar. - disse Emma tirando a coberta que estava em cima de mim.
- Eu não quero ir. - eu disse sonolenta. Ainda podia sentir o gosto das lágrimas que escorreram pelo meu rosto há algumas horas atrás. 
- Não se lembra que nós fizemos uma aposta? Você tem que ir para a psicóloga. Vamos Lu! - dessa vez eu me levantei e fui para o banheiro tomar um banho quente.

Depois do banho eu vesti o uniforme ridículo da Madee, botei o trabalho que eu fiz com o Alex na mochila, e também alguns rémedios que eu deveria estar tomando e desci para a cozinha. E Ally estava lá novamente. Com uma cara de sono.
- Bom dia, Ally.
- Bom...- ela bocejou. Ela é uma fofa, até bocejando. - dia.
Emma sorriu.
- Vamos logo, antes que a Ally desmaie no sofá. - minha tia estava animada. Como ela podia estar animada? Eu acordei ela no meio da madrugada, gritei, chorei, fiquei igual uma louca. E eu não sou filha dela, ela não tem que me aguentar. Não entendo a felicidade das pessoas. Na verdade, eu não entendo nem as pessoas.
- Ah, mãe...eu quero dormir. - disse Ally preguiçosa. 
- Não Ally. Nem vem. Vamos logo! E...- ela sussurou algo no ouvido de Ally. Eu não pude ouvir, mas um sorriso animado surgiu na boca de Ally.
- Sério? Você comp...- Emma tampou a boca de Ally antes que ela pudesse terminar a frase. Franzi o cenho.
- Vamos logo. - minha tia sorriu. - Vamos Lu! - ela puxou minha mão.
Saímos de casa, e o dia estava frio. Eu estava com um casaco fino, que não esquentava nada.
Um lindo carro preto estava parado em frente a casa da minha tia. E não era o carro dela. Ela parou em frente o carro e sorriu. Eu fiz uma cara de dúvida.
- PARA VOCÊ! - minha tia gritou animada. Eu fiquei sem palavras. Um carro? Como...ela...
- Emma...eu...como você sabia que eu... já aprendi a dirigir? - eu perguntei com a voz trémula. 
Eu ganhei um carro.
Eu ganhei um super carro.
- Ah, eu perguntei para aquela sua enfermeira! Ela me disse que eles ensinaram aos jovens a dirigir. E que você tinha aprendido no ano passado. Então, eu resolvi comprar um carro para você. Surpresa! - ela sorriu para mim e para Ally que estava olhando para o carro sem muita animação.
- Meninos que gostam de carros. Porque não deu uma boneca para ela? - perguntou Ally com uma cara super fofa. Eu e minha tia rimos e ela parecia não entender. - O que foi?
- Você é uma fofa. - eu disse apertando as bochechas dela. Ela corou.
- Ai, vamos Ally. Vamos no carro velho e feio da mamãe. - velho e feio? Tá bom...- Enquanto a Luce vai no carro novo e bonito dela. - eu ri. - Tchau Luce! Qualquer coisa me liga. Lembre-se da aposta. 
Ah, eu não vou esquecer. Não vou mesmo.

[...]

Eu estava dirigindo bem lentamente. Estava com medo. Não que eu não soubesse dirigir bem, mas eu estava tremendo, por tudo o que aconteceu de madrugada, e pela aposta que eu fiz. Agora eu vou ter que contar tudo para uma estranha? O que eu estava pensando? Acho que psicólogos não me ajudariam. Eu prefiro o silêncio do que as palavras.

Eu estava realmente distraída. Tanto que nem vi que o sinal fechou. Pisei no freio no último segundo. E respirei fundo.
- Essa foi por pouco Luce...- eu murmurei para mim mesmo.
É, eu estou realmente ficando maluca. Estou falando comigo mesma. Maravilha! 

Poucos minutos depois do "Quase acidente" eu cheguei na escola. Alguns alunos que estavam do lado de fora dos portões olharam para o meu carro. Eu peguei minha mochila no banco de trás e sai. Suspirei e comecei a caminhar até os portões, sabendo que todos me encaravam. 

Eu odeio, com todas as minhas forças, ser o centro da atenção. É constrangedor. Odeio.
- Ora, ora. A garotinha nova. - disse um garoto de óculos escuros e cabelos castanhos claros. Esse eu não conhecia. - Belo carro.
- Valeu. - disse meio sem jeito. 
- Belos olhos também. - ele disse sorrindo.
- Obrigada. - eu corei um pouco, mas disfarcei da melhor maneira possível.
- Quer ajuda com as aulas?
- Não, obrigada. A Diana...
- Eu insisto boneca. - boneca...só uma pessoa me chamava assim. Minha cabeça começou a girar de novo. Não, aqui na escola não. Não na frente dessas pessoas. - Algum problema?
- Só me solta, por favor.
- Porque? Estou tentando te ajudar, novata. - ele realmente estava sendo gentil. Gentil do tipo meio Bad boy, mas gentil.
- Larga ela, Clant. - disse uma voz que eu conhecia.
- Ah, esqueci. O Harvey já pegou a novata. - ele sorriu. - Tudo bem, colega. Não pego mulher de amigo.
O que ele estava falando? Pegar? Ele realmente achou que eu sou como uma das meninas que babam por garotos rebeldes e bonitões? Eu não conseguia pensar. O jeito que ele me segurou e me chamou de boneca...só conseguia pensar no passado! Argh! Maldito passado. 
- Você está bem? - perguntou Alex pegando minha mochila sem a minha permissão e jogando nas costas.
- Sim...estou. 
- Aham, tá bom. - ele debochou.
O sinal tocou.
- Alex, leva o nosso trabalho e a minha mochila para a sala. Eu já vou.
- O que você vai fazer? - ele perguntou desconfiado.
- Nada que seja do seu interesse.
- Luce...o que você...
- EU VOU FAZER O QUE EU QUISER, PORQUE A VIDA É MINHA, E VOCÊ CUIDE DA SUA, POR MAIS QUE SEJA UMA VIDA FALSA QUE SOMENTE PESSOAS COMO VOCÊ TEM. - eu gritei. Algumas adolescentes riram enquanto passavam por mim. Mas eu não as conhecia.
- Luce, para! Eu sei o que acontece com você. Aconteceu com a minha irmã...isso não é motivo para isso. - ele apontou para os meus pulsos. - Bulimia é normal entre pessoas da nossa idade! Mais é uma coisa completamente idiota! - eu ri muito. Muito mesmo.
- Eu não tenho bulimia, Alex.
Ele estava ficando irritado. Mas a vida é minha. Eu não conheço ele, e nem quero. Aquilo foi só um trabalho. Só isso.
- O que você tem então?  
-  Eu não devo satisfações a você!
- Claro. Você não deve satisfações a ninguém. Continue assim então. Continue se cortando! Talvez você perca seu braço, já que você perdeu sua sanidade mental! Sua louca! - ele disse jogando minha mochila no chão. - Acho que você sabe como segurar uma mochila, qualquer anormal sabe. - e ele desapareceu pela escada.
Era para eu ter ido para a aula de história. Mas eu não fui. Eu pulei o portão da escola e entrei no meu carro, com a mochila e o trabalho que eu fiz com Alex. Eu me lembrei do que ele disse.
Anormal.
Era isso que todos achavam de mim. Era isso que eu era, era isso que meu pai dizia. Ele podia ser um monstro, mas estava certo.
Eu peguei uma lâmina e cortei o meu pulso. Senti um pouco de dor, mas uma dor que me fazia esquecer as outras.
Eu sou uma anormal, criada por um monstro, que viu a morte de perto e estou esperando a minha vez de acompanha-la.

 


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Notas finais do capítulo

Sentiram falta da Helena? Da Dih? Dos outros? Calma, daqui a pouco aqueles lindos voltam! Poxa, a Lu estava tão feliz no capítulo anterior! Nossa, como eu sou má. MUAHAHAHAHA! Maaaas, por mais que esse capítulo tenha sido super dark, não vai ser sempre assim >< Não fiquem com raiva do Alex, é que ele é meio estorado...eu sei, ele foi muito rude com a Lu, mas...acalmem-se, isso pode mudar. Hehehe.
Deixem os recadinhos, e se quiserem ( EU QUERO!) recomendações!
Beijos da Dih >____



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