Fix You escrita por Diana Wright, Naya Parker


Capítulo 20
Você é perfeita para nós


Notas iniciais do capítulo

Oie '-'
Eu sumi, sei disso. Não precisam me lembrar nos comentários. Mas eu sempre tenho motivos. Antes tarde do que nunca, né? Eu tenho outras quatro fics, calma gente, por favor.
E, esse capítulo não foi moleza não, tá?
Eu sei que vocês não são muito fãs do meu drama, mas o que eu posso fazer? A fic é de DRAMA. Então, esse capítulo é resumido em drama.
Eu acho que é meio triste e feliz ao mesmo tempo (what?), mas acho que vocês vão gostar de uma certa coisinha.
A fanfic está quase (eu disse quase) acabando. E nem venham com "ah, faça continuação". Eu fui fazer uma continuação de The Prophecy e agora estou super enrolada. Sério gente, eu amo Fix You, mas tem fics que não devem ter continuação.
Mas ainda não acabou, e nem vai acabar tããão cedo assim.
Eu acho que...ah, esquece. Leiam aí, lindos :3



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Uma pergunta que todos fazem ao longo da vida é: Como eu cheguei a esse ponto?

Essa era a pergunta que Luce estava fazendo a si mesma. Como ela chegou ao ponto de querer ser agredida? Ao ponto de querer sentir dor?

Ela sabia que tinha perdido qualquer sanidade que ela já teve algum dia. Ela sabia do seu problema. Dizem que quando sabem do problema, é mais fácil soluciona-lo. Mas será mesmo?

Mas quando sua enfermeira entrou no quarto, ela soube que tudo acabaria. E ela não sabe se ficou triste ou feliz com isso. Porque ela sabia que quando sua enfermeira a visse naquele estado, descobriria tudo. Saberia que o médico não a fazia melhorar.

E ligaria para Emma.

Não, não, não. Definitivamente isso não era bom.

Quando Emma soubesse ficaria uma fera. Talvez ela nem ligasse. Como Lindsey disse, ela achava que Luce era um perigo. Nem a contou sobre a gravidez. Não queria que ela soubesse...

O monstro da Luce.

“ Sabia que Luce é nome de princesa?”

Pobre Max. Compara-la com uma princesa...coisa que ela nunca seria. Coisa que ela não queria ser, porque monstros não se importa em serem monstros. Monstros são criados, eles não surgem do chão. Eles não pedem para serem monstros.

Ela não pediu para ser um. Quem pediria?

– Luce...- A enfermeira disse quase em em grito. Ela colocou as mãos na boca, e saiu do quarto gritando por ajuda. Luce não reagiu. O mundo estava girando...por que tudo estava girando? As vozes estavam tão distantes...Aonde estavam as cores?

Ela tentou se levantar, mas acabou caindo no chão gelado. Ela não fez questão de se levantar dali, apenas virou e encarou o teto. Era tão sem vida, tão branco, frio.

Ela virou o pescoço, olhando para a porta entreaberta, e naquele momento, ela soube que estava pior do que pensava. Não conseguia formular uma frase, nem conseguia levantar do chão, que já estava machucando as suas costas. E também não conseguia diferenciar o real do não real.

As vozes eram reais? O hospital era real? O frio era real? Ou eram criações da cabeça dela? Ela era real? Ou era uma criação também?

– Aqui – ela ouviu a voz da enfermeira. Logo ela estava sendo erguida do chão por dois médicos. Quem eram eles? Por que os rostos estavam tão distorcidos? Por que eles não paravam de gritar?

– Parem! Parem! Chega! – Ela começou a se debater, mas era inútil. Ela não conseguia nem se mover direito. Mas ela ainda ouvia os gritos dos médicos. Ainda ouvia os gritos estranhos que vinham do teto.

Estava acontecendo?

Ela não sabia dizer. Não sabia mais o que estava acontecendo ali.

– Eu...me chamo Luce? – Ela perguntou para o médico de olhos verdes. Eram olhos brilhantes.

– Sim, esse é o seu nome.

– Eu não sei se você existe...você está aqui agora? – ela perguntou.

– Estou sim. Eu vou te levar para um lugar melhor. Pode ficar calma, ok?

Um lugar melhor.

“ Nós vamos para um lugar melhor, luce! Eu prometo, mas pare de gritar! Por favor...Luce...me escuta... – A mãe gritava com a menina que surtava no banco de trás do carro. – LUCE!

POW.”

– Eu não quero ir...não quero ir...você pode me matar? Eu quero morrer, por favor, eu quero – Ela estava chorando, muito. Ela nunca quis morrer, nunca achou que isso bastaria.

Mas ela queria agora.

Iria fugir outra vez como sempre fugiu.

[...]

Helena já tinha parado de vomitar, mas ainda se sentia muito mal. Completamente estranha, e com a mente girando. Ela não sabia bem se era normal em uma gravidez, ou era pela tensão com esse assunto do sumiço da Luce.

Porque ela era o tipo de pessoa, que se abalava muito fácil com as coisas. Sempre foi frágil demais, sempre se sentiu um passarinho de asas quebradas.

Ela deixava que as coisas emocionais atingissem o seu estado físico.

– Se sente melhor agora? – Ian se sentou do seu lado, no longo sofá de Emma. Helena estava com um edredom enorme envolta dela, porque tremia de frio – apesar de não estar tão frio assim.

– Na verdade, não – ela admitiu. – Eu fico pensando na Luce o tempo todo. Isso só piora tudo.

– Tudo o quê? – Ian perguntou.

– Tudo...tudo o que aconteceu com a minha família. – Seus olhos piscaram repentinamente, para evitar as lágrimas. Ela não queria falar sobre as coisas ruins que aconteceram com a família dela. Mas todos tem que contar as coisas, sempre. Não existe segredo que dure até a morte.

– Mas...eu achei que só tivesse acontecido algo com você e a Luce, não é? E Luce não é bem da sua família, quer dizer, não geneticamente.

– Não só comigo e com a Luce – Dizer o nome dela foi estranho. Como se doesse pronuncia-lo. – Com a Diana também.

– Com a Diana? – Ian estava indignado. Se dissessem para ele que Diana tinha algum trauma, ou problema, ele riria e negaria até o fim. Mas era Helena que estava falando. E ela não desconfiava dela, nunca.

– Sim – Helena fez uma careta, hesitante para continuar. – Ela tinha um namorado que parecia noivo dela, tipo, ela era completamente apaixonada por ele. – Ela olhou para Ian, que escutava atentamente. – Eles namoravam há um ano e meio, e, um dia eles foram viajar com alguns alunos da nossa escola antiga e no meio do caminho, o carro deles bateu. Ela foi para o hospital e ficou duas semanas em coma, e quando acordou, contamos que...Henry não tinha sobrevivido.

– Nossa – Foi o que Ian conseguiu falar.

– Pois é, parece que todos nessa família tem um grande problema. Talvez Ally seja a única que se salva. Mas olhe para Luce, Diana, eu...e até meu pai que sofre com o que aconteceu com a gente, e Emma que perdeu uma irmã e um sobrinho, e ainda tem uma sobrinha com problemas sério. Ainda ganha mais uma quase sobrinha grávida – Ela riu sem humor.

Ian abriu a boca para dizer alguma coisa, mas Helena foi mais rápida, e o interrompeu:

– Grávida de um completo desconhecido. Para quando ela estiver na rua e passar com todos as “filhas” dela, e as pessoas perguntarem sobre mim ela responder “ Essa é a Helena, ela está grávida de um cara que ela não conhece e é uma mãe completamente sem noção, que quase perdeu o filho milhões de vezes. Se uma semana tem sete dias, em quatro ela quase perde o bebê”. E as pessoas pensarem em mim como uma vadia, como a maioria pensa...e talvez eu seja mesmo...

Ela não conseguiu continuar, porque Ian se aproximou e a beijou.

[...]

– Dá para pararem? Eu estou indo o mais rápido que eu posso! – Alex gritou com Diana e Jake, que ou gritavam para ele ir mais rápido ou brigavam entre si.

– Nós temos que chegar o mais rápido que puder! Se ela fizer alguma besteira...- Ela respirou fundo. - Argh, que droga, Luce, sua idiota, idiota! – Então, assustando a todos no carro, Diana começou a soluçar alto. A chorar de verdade, aquele choro incontrolável. O que era muito estranho para alguém como ela. Diana chorando...o mundo estava realmente na reta final.

– Diana, ela está bem...fica calma...- Alex tentou acalmar a amiga.

– Não! – Ela gritou no meio dos soluços. – Parem de falar que ela está bem...ela não está bem...não está...

– Shh, calma Diana – Jake puxou ela para perto o que só fez com que ela chorasse mais. Ela enterrou a cabeça no ombro dele e começou a chorar mais baixo. - Ela não deveria ser assim...eu quero que o pai dela morra, espero que ele queime no inferno, que seja torturado para sempre. Eu quero que ele morra! Que o porteiro do prédio em que eu Helena morávamos morra também, por ter feito o que fez com Helena! Eu queria que todos eles morressem... – Os olhos dela ameaçavam se fechar. – Por que o Henry morreu? Por que as pessoas boas morrem? Por que Henry e não eles? – A voz dela saiu como um sussurro, e logo ela estava dormindo no colo de Jake. Assim, do nada.

Os dois garotos não faziam ideia de quem era Henry. E também não sabiam responder a pergunta dela.

[...]

– Vamos agora! – Gritou Emma, pegando o casaco mais próximo e arrumando o cabelo, com pressa.

Diana tinha ligado para Helena, e contado sobre a possibilidade - muito grande – de Luce estar na clínica, e Helena ligou imediatamente para Emma e seu pai, e ela estava começando a questionar se foi ou não uma boa ideia.

– Emma, calma, já estamos indo – disse Tyler, o pai de Helena e Diana. – Os meninos estão indo na frente, eles já estão quase chegando, não precisa dessa pressa. Você está grávida.

Ela passou as mãos nos cabelos vermelhos, irritada.

– Eu sei disso Tyler, eu tenho essa barriga de grávida enorme para me lembrar disso. Mas Luce pode estar fazendo qualquer tipo de besteira agora, e ela também é a minha filha.

Helena, Ian e Tyler encararam Emma com uma mistura de surpresa e admiração. Ela parecia não ter percebido, mas os outros perceberam. Ela chamou Luce de filha. E de uma certa forma, ela era mesmo a mãe de Luce. A segunda mãe.

– O que foi? Por que estão me olhando? – Emma perguntou um pouco vermelha. De raiva ou constrangimento. – Parem de me encarar! Vamos logo!

Helena pegou Ally – que estava completamente distraída – e foi saindo pela porta, atrás de Emma e Tyler.

Emma entrou no carro, com uma pressa compreensiva. Tyler fez o mesmo, entrou correndo. Helena quase tropeçou em uma pedra, mas Ian segurou ela e Ally antes que encontrassem o chão. E se isso acontecesse, seria muito, muito perigoso para o bebê de Helena – que já estava muito estável.

– Obrigada Ian – ela disse ofegante pelo susto. Ele assentiu vagamente, e abriu a porta para que ela e Ally entrassem. Elas entraram rapidamente.

Ele entrou também. E Tyler deu partida com o carro.

Ally olhou para Helena, curiosa. Como se fosse perguntar alguma coisa mais tivesse hesitante. Helena percebeu que ela queria dizer alguma coisa, e olhou para ela sorrindo tensamente, mostrando que ela podia perguntar o que quisesse.

– Você tem um bebê aí dentro, como a mamãe, não é? – Ally perguntou curiosa. Um ato totalmente inocente.

– Aham – Helena responde, um pouco sem graça.

– E...se o Tyler é o papai do meu irmão...- Ally olhou para Helena com uma cara de anjo. Um anjo bem curioso. – Quem é o pai do seu bebê?

Emma olhou pelo espelho, espantada. Tyler ficou tenso, apertou as mãos em volta do volante com mais força que o normal. Pobre volante.

Emma olhou para Helena, que parecia branca e sem reação.

Como explicar para uma criança de dez anos o que aconteceu com ela?

Felizmente, Ian tinha uma resposta.

– O pai do bebê da Helena sou eu, Ally.

[...]

– Chegamos – anunciou Alex, tirando o cinto e desligando o carro.

Jake, que estava com Diana no colo, afastou o cabelo dos olhos dela e a chamou com uma voz totalmente calma:

– Di, chegamos, vamos buscar a Luce.

No mesmo momento, Diana levantou. Um pouco tonta, mas com os olhos abertos e focados. Por sorte, ela acordava muito fácil. E era só mencionar o nome de Luce que ela já levantava, disposta. Ela era o tipo de irmã que dava um soco até no Anderson Silva se estivesse ameaçando alguma das suas irmãs.

– Então vamos logo. – Ela abriu a porta sem nenhuma delicadeza e puxou Jake. Eles esbarraram um no outro quando pisaram em terra firme, mas disfarçaram. Alex fechou as portas e foi andando em direção à clínica.

Os outros dois seguiram eles, ninguém disse nada. Não tinha muita coisa para falar mesmo.

As portas se abriram assim que se aproximaram, o ar gelado estava bem forte lá dentro. Eles perceberam que o local estava agitado demais. E ouviram barulho de ambulância e avistaram carros de polícia nos estacionamentos dos fundos.

Alex parecia irritado e foi até a recepcionista que se encontrava nervosa, com as mãos tremendo e suando frio.

– Oi, boa tarde – disse Alex. – O que está acontecendo aqui?

– Uma paciente teve um surto e acabou desmaiando. Como ela estava muito agitada e agressiva, foi estranho quando ela caiu no chão com os olhos abertos e tremendo, então chamamos a ambulância – explicou ela, cuspindo as palavras com tensão. Ela não explicou a presença da polícia. Mais isso não importava para Alex.

– Pode me dizer se a paciente Luce Mason se encontra aqui? – Ele perguntou.

– É como eu disse, ela teve um surto. Está no hospital agora, creio eu.

Agora importava.


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Notas finais do capítulo

Me amando? Não?
Ah, podem dizer, não fui tão horrível quando pensaram. Poxa, eu não sou tão má assim não gente! Só não presto. Mas não sou uma assassina psicótica nem nada do tipo (ou sou?), então...eu estava pensando em fazer um trato com vocês (hehehe, lá vem)
Eu posto dois capítulos até quarta se eu ganhar uma recomendação. Isso mesmo u-u
É isso, pessoas, beijão.