Adotados De Héstia escrita por Polideuces Deimos Etón


Capítulo 2
Oráculo




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Como eu disse anteriormente, eu estava com 15 anos no acampamento, passei minha puberdade somente treinando sem nenhum poder, sem nem ao menos saber quem seria meu progenitor divino.

Eu não sabia como isso seria bom, eu não sabia como a monotonia é boa.

Estava escurecendo, eu estava lendo abaixo de uma árvore até a hora da lareira, onde todos os semideuses se unem para um blá-blá-blá imenso ao arredor da fogueira, ela não estava acendendo. Em todos os anos ela estava acesa, ela finalmente apagou.

Todos estavam assustados, cochichando, obviamente sobre mim. Ouvi o chalé de Ares murmurando “Acho que deveríamos matá-lo e estacar sua cabeça na fogueira! Seria a solução dos problemas” O chalé de Atena discutia soluções para o problema, um falando mais alto que o outro, como se isso fosse deixar eles mais inteligentes do que já são. O chalé de Hipnos... Bom... Eles dormiam... O chalé de Íris estava se unindo com o chalé de Hermes para mandar uma mensagem aos deuses, gastando todos seus dracmas em busca de soluções, já o Quíron estava com os olhos fechados, fazendo uma prece.

Estava um caos, eu estava fazendo pouco caso, todos morreríamos de um jeito ou de outro mesmo, ninguém sobreviveria para contar a história de semideuses. Com esse pensamento eu percebi: Monomania não é tão bom, isso estava me transformando em um vegetal, sem sentimentos, sem amor.

Quando achávamos que estava tudo perdido, a fogueira abriu uma pequena brasa, todos gritavam “Olha! O Senhor D!” murmuravam “Graças a Zeus! Ele irá no salvar! “, eu continuei sentado, quase dormindo na grama.

– Rápido... M-meu filho – A conexão estava realmente ruim, filhos de Íris, de Hermes e de Hefesto deram a mão, para fortalecer a fogueira, os mensageiros e as proles do fogo estavam unidos para ouvir o Sr. D falar.

Não pude deixar de perceber, ele tinha uma camisa horrível, era uma com estampa de vaca, alguns filhos de Hermes enquanto rezavam riram “Presente de Hera, com toda certeza...” .

– Tragam... Você... – A mão dele saiu da fogueira, tomando um fogo imenso envolto da mesma, mas isso não era o pior, o dedo gordo do Sr. D apontava para mim – Meu querido filho!

Eu me levantei rapidamente, e assenti ao seu chamado, eu fui possuído por uma força superior que me fez levantar, eu me sentia despido, todos me olhavam com desaprovação.

Vinhas me perseguiam pelo corpo, elas pararam em minha cabeça formando uma coroa de vinhas, logo em meus pés brotou uma espada e um tirso, meus cabelos cacheados ficaram sentindo um peso, era uva nascendo das videiras.

– Meu filho... Venha m-m-me... buscar... Sul... Missão... – Logo após o fogo parou, um circulo de vinhas estava me cercando.

Minha cabeça estava cercada por emoções, ela começou a latejar, tudo rodava, só ouvi o grito do Homem-Cavalo “ Bem vindo ao chalé 12! Filho de Dionísio! “ ele falou apontando para mim. Eu desmaiei.

Acordei no outro dia na maca, pelo menos na enfermaria eu não podia ser roubado – essa é a desvantagem dos indefinidos – eles ficam no chalé de Hermes até uma lei superior. Acredite: O chalé de Hermes estava lotado nos últimos dias, uns tinham que dormir na enfermaria.

Após uma hora olhando para o teto da enfermaria Quíron apareceu.

– Vá para a casa grande garoto, Rachel precisa falar com você. – Ele me segurou pelo braço e me levou para a casa grande em trotes. Dentro do grande salão estava uma garota de sardas e cabelos cacheados ruivos, ela deveria ter uns 18 anos, mas pelas história ela chegou ao acampamento muito nova.

– Você me fez fazer uma longa viagem garoto, se eu tiver problemas no trabalho, mandarei a conta para você – Só revirei os olhos para cima, eu sabia que ela estava brincando, mas eu nem tinha me acordado direito, eu só havia lavado o rosto e escovado os dentes. Sentei-me na cadeira em sua frente, meus olhos estavam quase se fechando de sono.

Depois de um tempo encarando a mulher, a verdade veio em minha mente, eu me lembrei da noite anterior. – Se concentre – ela disse como se soubesse o que estava acontecendo.

Eu era filho de Dionísio, o famoso Sr D., será que foi por mim que ele saiu do acampamento? Muitas perguntas vieram em minha mente. Quíron botou um pequeno copo de suco de uva em minha frente.

– Em você fará mais efeito que néctar. Tome. – Eu tomei o suco de uva, senti a dor de cabeça cessar, eu comecei a ficar feliz, eu comecei a gostar de tudo estar acontecendo. Eu queria dançar, antes de acordar eu olhei para Rachel, a considerada “oráculo” e murmurei algo como “Voxê quer dança conigo?” e depois senti um frio na espinha e acordei. A magia da uva.

Rachel começou a olhar para o chão. Ela começou a tremer, fumaça verde saia de sua boca, os olhos dela foram substituídos por luzes verdes que iluminaram a casa grande. Quíron foi em direção a porta, ele nos deixou a sós.

Ela começou a contar uma profecia. A verdade veio a tona, eu teria uma missão que me levaria a morte.


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