A aposta. escrita por Holden


Capítulo 4
O festival.- Torneio de Paintball.


Notas iniciais do capítulo

Aff, é triste saber que eu tenho 4 favoritos e só uma pessoa comenta. Da até vontade de mandar tomar no... Você entenderam.
Enquanto eu não tiver mais reviews os capítulos vão demorar a serem postados.
Qual o problema de mover o mouse até ali embaixo e comentar uma ou duas palavras?



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- O que?- assustei-me e arqueei a sobrancelha rapidamente. Ele havia me chamado pra passar à tarde com ele? É isso mesmo? Qual o problema desse garoto? Por acaso não faz nada da vida?- ok, mais uma vez sou suspeita para falar. Mas quem em sã consciência deseja passar à tarde comigo, desde que não seja por obrigação?

- Sairei com Leni caso passe à tarde comigo. É tão difícil de entender?- respondeu em tom zombateiro e terminou de arrumar as latas de tinta. Pegou sua jaqueta e a colocou também.- Você aceita?

  Não.                                                                                                            

- Bom eu... Acho que sim.- murmurei.- Tenho escolha?

  O que a gente não faz por $500,00 pratas?

- Não na sua situação atual.- respondeu e caminhou até a porta.- Tenho uma surpresa amanhã. Vai ser uma tarde bem legal.

- Odeio surpresas. E por que eu deveria acreditar em você?- retruquei em um tom ríspido e saio da sala pisando duro. Ouço as chaves trancando a maçaneta, e logo o rapaz me acompanha na caminhada.

- Qual é, por que não gosta que as pessoas se aproximem de você?- não me virei para encará-lo. Mas pude sentir aquela imensidão azul analisando cada reação diante daquilo.

- Por que é sempre errado.- respondi sem pensar.- Com certeza acabará em uma decepção e eu não me permitirei sentir isso. E você? Por que não cuida da sua vida?- apressei o passo e passei à sua frente.

- Não ache que poderá se esconder nessa muralha de pedra pra sempre, Marie Jane!- gritou e pude sentir um sorriso estampado em sua face. Qual o problema desse Jeremy? O que aquela maluca viu nele? Além de ser um bocó nas horas vagas, paga uma de intelectual medíocre.

-Nós temos um encontro marcado?- continuou.

  Encontro.

  Aquilo ecoou rapidamente na minha cabeça e logo senti um vermelhidão tomar conta de minhas bochechas. Passar uma tarde com um idiota de plantão pode ser considerado um encontro? Talvez um suicídio.

  Seria relativamente mais provável.

- Não me faça vomitar.- retruquei e logo passei pela enorme saída do colégio. Estava vazio, talvez fôssemos os únicos alunos ali, mas ainda sim havia funcionários e argh os malditos inspetores.- Só iremos sair a tarde. Mais nada.

  Caminhei até a lata velha e destranquei a porta com a chave. Entrei e joguei minhas coisas para o banco do lado, dei a partida, e após uns barulhos exagerados do motor consegui pegar a estrada.

**

  No jantar, estávamos os três reunidos. O que era um milagre. Papai havia pedido pizza e eu dei graças a Deus por isso. Frutas não são muito meu forte.

- Onde passou à tarde?- papai foi o primeiro a falar.

- Na casa da Leni.- menti. Não é que eu gostasse de fazer isso, mas não queria ser rodeada de perguntas e conselhos. Aguentar o tal Jeremy já era castigo demais para um só dia.

- Hum, engraçado. Hoje eu liguei lá e ela disse que você havia ficado na escola.- agora ele me encarava com certa curiosidade e cinismo.

  Maldita Leni.

- Ãhn... Eu... Ok, você me pegou.- admiti.- Fiquei de detenção.

- Todo esse tempo?- papai arqueou a sobrancelha e largou os talheres enquanto me encarava.

- Infelizmente eu dormi e Katherine me castigou com horas á mais.- engoli um bom pedaço de pizza enquanto falava de boca cheia.- Você conhece a figura.

- É verdade papai.- o pirralho se intrometeu.- Ela atacou um garoto ontem, por isso ficou depois da aula.

- Como é??- o homem perguntou assustado.

- Seu idiota não foi por isso! É que eu...- gaguejei.- Como eu não tenho um bom motor, acabei chegando atrasada, pai.

- Entendo, mas e essa história de atacar...

- Não tenho mais nada para declarar.- o interrompi e logo me levantei com o prato de pizza e o copo de refrigerante em mãos.- Vejo vocês amanhã.

   Caminhei apressadamente até a escada e subi em questões de segundos, trancando-me no quarto logo em seguida. Deixei a comida na mesa do meu computador e logo, joguei-me na cama com o telefone em mãos. Disquei alguns números e uma voz feminina familiar atendeu:

- Alô?- voz sonolenta e bêbada.

- Sua maldita! Eu te mato! Já falei que quando meu pai ligar aí é para confirmar minha presença, burra!- sussurrei. Se eu conheço meu irmão, estava atrás da porta ouvindo minha conversa para depois me entregar.

  Ou chantagear-me. É bem mais provável.

- Ahn, é mesmo... Foi mal.- a maldita indagou com a voz mais natural do mundo.- Mas ficou na escola até a tarde?

- Não importa, aliás, tenho uma notícia muito boa pra você, porque eu sou legal. Você com certeza não é merecedora dela, mas eu entendo que nem todos são perfeitos igual a mim.

- Argh, fala logo!- berrou e logo pude sentir que a garota já roia as unhas.

- Você...- suspense no ar, percebi ela murmurando um palavrão direcionado a mim.- Ei, isso não foi educado!

- Marie Jane! Ou você fala agora, ou eu atravesso esse telefone e te esmurro até não sentir seus músculos!- esbravejou.

- Ok ok.- confesso que ri um pouco.- Você tem um encontro marcado com Jeremy Johnson!

- Aaah!- gritou e senti a voz da mãe dela reclamando do outro lado.- Como? Quando? O que ele disse? Como o convenceu? Ele me acha bonita? O que eu irei vesti? Eu...

- Ei ei.- a interrompi.- Isso não é comigo senhorita, já consegui o encontro.

- Jane.

- Oi?

- Você é demais garota!

- Eu sei, agora beije meus pés.

- Depois.- senti o imenso sorriso em seus lábios.- Quando vai ser?

- Não sei, ele irá te chamar. Agora preciso desligar, adios.- não esperei uma resposta e bati o telefone no gancho.

  Terminei de comer a pizza e a tomar o refrigerante. Estava exausta, então entrei no banheiro rapidamente, afim do banho terminar logo.

  Deixei aquelas gotas grossas e quentes tomarem conta do meu corpo, fechei os olhos e aproveitei aquele momento, relaxando logo em seguida. O dia foi realmente estressante. Tive que aturar aquele boboca, cair da escada, ameaçar crianças de nove anos, dar satisfações ao meu pai, aguentar gritos histéricos de Leni e sentir-me suja de tinta em locais inimagináveis.

  Falando no garoto, o que será que ele vai aprontar amanhã?

  Não poderia me importar menos, mas quem iria sair com ele era eu. E minha segurança sempre estará em primeiro lugar. Até porque, faz quanto tempo que eu não saio com um garoto?

  Ah, quem se importa?

  Procurei afastar tais pensamentos e logo saio do banheiro, visto um pijama qualquer e me jogo na cama, pegando em um sono pesado.

**

  Dia seguinte. Intervalo.

- Ele te disse mais alguma coisa?- Leni interrogou-me.

- Não merda. Ele não me disse.- respondi mal humorada.

  A garota havia me barrado desde a entrada e não se cansava de me rodear de perguntas. Jeremy e seus amigos idiotas não se aproximaram, o que me deixou muito feliz. Talvez ele se esqueça da tal surpresa, me deixa ir embora sossegada e começa a viver sua vida romântica-sei-lá-o-que com a Leni.

  Duvido muito a parte de me deixar em paz.

  O sinal havia tocado, quando finalmente percebo alguém puxar o pulso da garota. Era ele.

- Posso falar com você... Leni?- perguntou com sua típica voz sedutora, e deu destaque ao nome dela. Qualquer uma ficaria derretida com isso.

  Porém o máximo que senti foi ânsia de vômito.

- Cla-claro.- percebi suas bochechas ficarem vermelhas e a tremedeira de suas mãos.

  Fala sério, eu não iria ficar aqui e ser testemunha desse show de manteiga derretida. Deixei os dois falando sozinhos e caminhei impacientemente até a maldita sala de aula. Talvez se eu saísse mais cedo, fingindo uma dor de cabeça eu não trombasse com ele e pudesse voltar pra minha casa na maior paz. Com certeza o idiota não daria um fora nela, depois de chamá-la para sair... Daria? Droga. É melhor ficar e enfrentar tudo de frente.

  Olá garota determinada.

  Até parece.

**

  Horário de saída.

- Jane ele foi tão romântico! Disse que me buscaria no sábado à noite e jantaríamos naquele restaurante francês que acabou de estrear na cidade! Não é lindo?- na boa, essa garota é mesmo minha amiga?

- Oh, show de romantismo. Eu até te apoiaria... Se não estivesse com ânsia.

- Invejosa.- brincou.- Uma pena estar na detenção hoje...

- O quê??- quase engasguei-me com minha própria saliva.- Como assim?

- Disse algo sobre ter respondido o professor e entregado a prova em branco, não sei ao certo... Por que a surpresa?

- Ahn nada.- respondi com um sorriso estampado nos lábios. Estou livre! Livre!

- Sei...- olhou-me seriamente.- De qualquer forma, já vou indo. Até mais Jane.- nisso se distanciou e entrou no carro luxuoso do pai. Que inveja.

- Até.- murmurei mesmo sabendo que ninguém iria me escutar.

  Na boa, não sei se fico feliz ou triste por isso. Realmente não sei o que Jeremy é capaz de fazer caso eu o deixe na detenção. No mínimo minha especulação esteja equivocada:

1 - Vou embora, todos ficamos felizes, porém o garoto problemático fica muito revoltado, decide dar um fora com estilo na minha amiga, ela chora nos meus ombros, eu me irrito, mando-a catar coquinhos e quando ninguém estiver vendo, Leni corta os pulsos, fica viciada em alguma coisa e morre em algum motel de quinta categoria.

  É, eu vou tirá-lo de lá.

  Corro entre os corredores daquele colégio imenso e respiro profundamente, parando em frente da porta da detenção, pensando se desisto ou não.

-Não seja covarde.- sussurrei e logo giro a maçaneta tendo a visão de pobres coitados, sentados em suas carteiras, fazendo absolutamente nada.

- Senhorita Woods.- Katherine logo me chamou a atenção, fazendo com que eu virasse imediatamente para ela.- Está com saudades daqui?- tentou brincar, mas eu fiquei com medo. Sério.

- Não, é que... Eu queria saber sobre aquele projeto de ciências.- sim, ela também, dava aula de ciências e biologia para minha turma.- Eu... Bem, estou com algumas dúvidas.

-Então diga.

  Caminhei até sua mesa e soltei um olhar fatal para o jovem de cabelos desgrenhados. Ele me olhou confuso e eu apontei disfarçadamente para a janela. Acho que ele havia entendido, pois acenou com a cabeça.

- Diga!- a velha repetiu em um som impaciente não percebendo meu plano quase-diabólico.

- Ah, é que... O hamster do meu irmão está com problemas nas fezes e eu queria saber se posso escrever sobre isso.- Marie Jane o que foi isso?

  Algumas pessoas da sala soltaram estrondosas gargalhadas, mas foram repreendidas pela mulher. Logo ela me fitou com desconfiança.  Enquanto isso, Jeremy caminhava na ponta dos pés até a janela do local e logo a abriu com cuidado. Sorrindo vitorioso.

- O trabalho é sobre os primatas, senhorita Woods.- respondeu lentamente e tentou virar o rosto para trás mas eu o segurei rapidamente. Foi nojento, ela tinha rugas sebosas.

- Ah é verdade!- gritei.- Nossa! Isso é uma espinha?- mais gargalhadas foram soadas no local.- Eu tenho um creme ótimo.- comecei a revirar minha bolsa com minha mão direita, e a outra eu segurava sua face. Tirei uma base qualquer de lá.- Foi testada em vários países e criada por cientistas famosos!- comecei a passar sobre o rosto da mulher que me observava confusa.

  Jeremy passou uma de suas pernas pela enorme janela e logo pulou rapidamente, não fazendo um ruído sequer. Isso! Missão cumprida!

- Está ótima.- disse guardando o produto novamente.- Obrigada por me esclarecer as dúvidas, Katherine, já vou indo.- sorri docemente e corri até porta, a batendo logo em seguida.

  Ai meu Deus. Sou uma delinquente. Eu posso ser presa por isso? Ah, dane-se. Corri rapidamente até o lado de fora da escola e observo Jeremy escorado sobre o meu carro, com os braços cruzados, fitando o chão.

- Meu. Carro.- respondi lentamente.-  Agradeceria se desencostaste dele.

- Você sabe o caminho do local onde quero te levar?- respondeu com arrogância e tirou a chave de minha mão. Destrancou a porta e entrou rapidamente, não me dando tempo para protestar.

  Suspirei pesadamente dei meia volta, sentando no banco do passageiro e o fuzilando com o olhar.

- É a última vez que pega no meu volante. Ouviu?- afirmei lentamente, jogando meu material nos bancos traseiros.

- Como quiser chefa.- olhou para mim dando uma risada irônica.

  Ele coloca a chave no automóvel e dá a partida logo em seguida. Impressionante como o motor não deu problemas com ele. Chega até dar raiva.

  Recostei minha cabeça sobre o vidro e só fui observando o caminho. Com certeza daria para algum matadouro ou uma seita satânica. Ri com tais pensamentos chamando atenção do rapaz.

- O que foi?- perguntou ainda olhando para estrada.

- Estou rindo do seu grau de babaquice, como foi parar na detenção?- menti. Mas nem tanto.

- Bem, desenhar um urso de corretivo nas perguntas de uma prova é aparentemente errado.- sorriu deixando duas covinhas à mostra.- E chamar o professor de impotente sexual também.

- É sim.- respondi bem-humorada.- Anos de experiência.

   Conversamos coisas aleatórias o percurso inteiro. Uma boa notícia é afirmar que o idiota é péssimo no volante, já que quase bateu a lata-velha duas vezes.

  Finalmente ele para em frente a um festival de verão, onde vários jovens entravam e saíam com amigos do local. Fiquei meio boquiaberta, já que minhas deduções estavam relativamente erradas. Abri a porta e pisei na grama fofa do local, observando a imensidão do céu azul, ficando até meio contente. O dia estava lindo. Esperei que Jeremy saísse e trancasse o carro. Logo depois disso ele começou a caminhar dentro do local e eu apenas o seguia com certa impaciência e muita curiosidade.

- Chegamos!- respondeu apontando para... para... Um campo de Paintball?

- O que significa isso?- perguntei boquiaberta.

- Um torneio de Paintball?- ironizou e me puxou para dentro do campo.

  Deixe-me explicar: O campo era em céu aberto, havia vários obstáculos e alguns montinhos de estratégias, que eram para os jogadores se protegerem ou atacarem os rivais. Havia uma fila enorme de pessoas que saíam ou queriam entrar, porém havia as pessoas responsáveis que controlavam o local, o jogo poderia ser feito em duplas ou em equipes.

- Nossa vez.- Jeremy agarrou em minha mão para que não me perdesse na multidão e me arrastou para dentro do campo.

  Fomos instruídos a colocarmos capacetes e coletes, para não sofrer ferimentos muito graves. Ganhei uma arma que atirava bolas de tinta e digo o mesmo de Jeremy. A contagem regressiva começou e pude senti-lo sussurrando em meu ouvido.

- Vai perder feio sua hippie.

- Veremos.- sorri diabolicamente e corri para um montinho de estratégia.

  A partida foi anunciada e logo comecei a perseguir o rapaz (com uma distância segura, claro.) consegui atirar duas bolas de tintas em suas costas, mas logo ele se virou e começou a correr atrás de mim com a vingança estampada em seus olhos.

  Tentei me esquivar, mas acabei caindo na palha, o que me rendeu quatro bolas atingidas na barriga e uma próxima ao rosto. Limpei-me rapidamente e acertei uma em sua cabeça, que foi tempo suficiente para me levantar e o atacar com mais bolas ainda.

  Ele limpou o rosto rapidamente e atirou várias contra mim, caminhei apressadamente para longe e comecei a acertá-lo um pouco escondida em um montinho. Mas errei algumas. O rapaz correu até mim e eu tentei me afastar. Ficamos correndo enquanto eu me virava e atirava contra ele. Senti várias de encontro a minhas costas e o sinal de partida encerrada soou.

  Nenhum de nós ganhou, mas ambos estávamos acabados.

- Você é violenta.- respondeu passando a toalha sobre o rosto sujo de tinta.

- Ou você é fraco demais.- também estava me limpando com uma toalha.

- Que seja.- jogou o objeto de lado.- Quer fazer alguma coisa?

  Caminhei até o outro lado do festival, que por sorte, não havia tantas pessoas e logo me joguei na grama. Estava exausta e com meus músculos doloridos.

- Depois eu sou fraco.- Jeremy murmurou e se deitou ao meu lado, levando as duas mãos até a nuca, enquanto fitava o céu azul.

- Cala a boca.- fechei os olhos e senti a brisa de encontro a minha face.

  Ficamos em silêncio por um bom tempo, apenas descansando ou observando o céu, que curiosamente, estava lindo hoje. Mas sinto que sua imensidão azul me fitava com curiosidade. Não precisei nem abrir os olhos para saber.

- O que foi?- perguntei ainda de olhos fechados.

- Você gostou?

  Suspirei pesadamente e continuei:

- Não foi ruim.- sorri um pouco.

- Sei.- senti também um sorriso em seus lábios.- Você amou.

  Ambos rimos. Não sei exatamente pelo o quê. Só senti vontade de rir.

- Idiota.- murmurei após alguns segundos.

- Sou um idiota legal.

  Finalmente abri os olhos e o fitei também. Ficamos por um bom tempo assim. Por alguma razão, estava feliz por estar ali, com... Jeremy.

- Talvez você seja um idiota legal.- admiti.

**


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