Summertime escrita por Dream


Capítulo 10
It's okay not be okay


Notas iniciais do capítulo

EAE TCHUTCHUCOS, ACHARAM QUE EU TINHA ABANDONADO? Não eu não tinha, só fiquei sem criatividade. Mas agora cheguei. Porém, tenho algo a declarar, sei que é chato, e me sinto pidona, mas é o seguinte, a fic tem uma quantidade boa de leitores, mas quase ninguém comenta. Isso desestimula a gente a escrever, parece que vocês não estão gostando. Ou seja, comentem. Aqui, por mp, no tt (@oopslynch). Obrigada pela atenção, até as finais. Enjoy.



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POV's Ally

Depois de pegar meu diário no quarto, e uma copia dos horários para Austin, segui pro refeitório, estou morrendo de fome. Pego uma xícara de café ralo (eww), um pouco de froot loops e leite, alguns biscoitos, e uma maçã. A cafeteria está silenciosa, boa parte dos alunos já terminou e seguiram suas rotinas, a outra parte pouco conversa, os ruídos são baixos, talvez por causa da ressaca. Sento-me do lado de Austin, entrego-lhes os horários. Ele resmunga algo sobre dever estar de férias.

– Sinto muito por ter nos colocado de castigo. – diz o loiro.

– Sem problema, Austin. – diz Megan – nem no encrencamos tanto, e além do mais, há coisas divertidas pra fazer por aqui...

– Ainda não encontrei nem um shopping... – diz Trish rude, mau humor matutino.

– Trish... –repreendo-a, percebo que tem alguém faltando. – Onde está Dallas?

– O projeto de Ken foi dar aulas. – disse Austin emburrando.

Continuamos a comer em silencio, Meg se despede pra começar a rotina, um pouco depois Dez arrasta Trish para as aulas também, sobrando assim , Austin e eu.

– O que iremos aprender hoje, querida professora? – ele diz entregando minha maça, como se fosse um aluno o jardim de infância.

– Você precisa escrever uma redação, certo? Então, primeiro você tem que saber como escrevê-la, então pensei em pegar umas com notas máximas, dos alunos. O que você acha?

– Como não vou escapar disso, tudo bem. – ele diz rindo.

–--x---

– Vamos lá, Austie, para de graça, já perdemos meia-hora e você não leu nenhum texto.

– Quem disse? – ele diz arqueando as sobrancelhas.

– Me diga sobre o que fala algum deles... – desafio-o

– É... hm... então... – ele diz sem graça.

– Vamos, leia em voz alta, assim sei que está lendo.

Austin’s POV

Ally me pede para ler a redação em voz alta. Estou tentando mas não consigo, gaguejo, as letras se misturam.

– Para de graça, Austin, você sabe ler, anda logo... – ela diz impaciente. Mas eu não consigo, estou tentando, e ficando nervoso. Odeio isso.

– Vamos lá, Austin, você consegue...

– Não, não consigo! – explodo de raiva, e saio pisando duro da sala. Sei que ela me segue pelo barulho da suas botas.

– É claro que consegue, para de graça e entra lá, agora! – ela diz brava.

– Não, Ally! Não é assim, você não entende. – digo.

– Então, me explique. – ela diz cruzando os braços.

Puxo-a para próximo as arvores, olho em volta, não há ninguém. Não acredito que irei contar isso a ela, nem mesmo Dez sabe. Respiro fundo.

– Eu... Eu... eu tenho dislexia, Ally, é por isso que não consigo. –sinto um peso saindo das minhas costas.

– Isso não é brincadeira, Austin.

– Não estou brincando, Ally, ninguém sabe, nem mesmo Dez . – falo. - Os professores sim, é claro. Quer saber por que ajo assim? Quer saber por que não queria que ninguém me visse com violão? Porque eu sou defeituoso, Alls. – sei que já estou exaltado e não consigo controlar. – Quando... – respiro. – quando descobriram sobre isso, no antigo colégio digo, eu... Eu comecei a ser excluído, era o burro, o garoto com defeito. Mas eu não me importava, eu... Eu tinha minha musica, sabe? E eu achava... achava que não havia nada de errado nisso... – a morena me escutava calmamente.

– E não há... Eu ainda acho. Eu pesava, sabe, que eu poderia ser o novo David Bowie, sabe? – fungo. – Mas pra eles, não era certo. E quando descobri, fui perseguido. Era o estranho defeituoso, Ally, era vitima de bullying. Então, então eu mudei, completamente, eu nem sei quem é mais o verdadeiro Austin, se você quer saber. Meus pais me trocaram de um colégio, porque eu fui expulso. É mais fácil se livrar de um aluno, do que da maioria, certo? Um dia, eu fui encontrado inconsciente perto do ginásio, eu não me lembro de nada. Meus pais não sabem disso, eles acham que me meti em uma briga, e perdi. Era versão dos diretores... – sei que estou tremendo, mas não me importo. – Quando me colocaram no Marino, eu implorei para que não comentassem nada. E eu jurei nunca, nunca mesmo, mostrar meu mundo para os outros. Nem mesmo Dez, apesar de o único que sabe sobre a musica.

Então ela me abraça, e não percebo que estava chorando até ver que molhei sua camisa de flanela.

– Shh... – a morena sussurrava. – está ok não estar ok, Austin. – ela alisava meu cabelo, enquanto eu soluçava. Sentia-me mais leve preso no seus braços, ela cheirava a cerejas e frutas vermelhas, e seu cabelo tinha cheiro de melancia. E de alguma forma essa mistura era reconfortante.

– Então, eu não sou os outros... ? – ela disse arqueando a sobrancelha, enquanto me soltava. Solto um riso fraco.

– Eu acho, né... – digo enxugando o rosto.

– hm... Acho que precisamos de um descanso. – ela diz. – Vem comigo! – ela me puxa com cara de que está tramando algo.

–--x---

Ally’s POV

Tenho uma idéia incrível, mas perigosa, nunca pensei que teria coragem para algo assim. De qualquer forma, pego mina bolsa e arrasto Austin pelo caminho. Não tnho certeza se estou certa até chegarmos à cerca. Passo por buraco médio na metade dela.

– Hey? Você vem? – pergunto.

– Não sei, não... – o loiro diz com duvida.

– Nunca quebrou uma regra? – digo lembrando o dia anterior.

– Sim, mas da ultima vez, me dei mal. – ele ri.

– Tudo bem, então vou sozinha. – saio correndo até uma trilha aberta, espero estar seguindo o caminho certo. – Escuto os passos de Austin atrás de mim.

– Então onde vamos? – ele pergunta.

– À praia. – digo tirando a camisa e seguindo a trilha.

–--x---

(p.s da dream: lugar)

– Meu Deus, esse lugar é incrível! – o garoto exclamou.

– Eu sei. – rio. Ele parece uma criança que acabou de ganhar um doce.

– Como achou? Achei que fosse nova aqui. – ele diz.

– Reparei do ônibus. Gostou?

– É incrível... – ele diz admirado. Sorrio com isso.

–--x---

Depois de pular algumas vezes das pedras, caminhamos até a costa, chutando água um no outro. Sempre gostei de praia, mas em algum momento, comecei a odiá-las, mas pelo Austin, decidi vir aqui, e entendi porque as amava.

Havia poucas pessoas por lá, a maioria era de um grupo de adolescentes. Eles provavelmente acampariam lá. Vejo os olhos de Austin brilhando na direção deles, por alguma garota provavelmente, até que ele se pronuncia.

– Ally, quer aprender a surfar?

...


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Notas finais do capítulo

Siiiim, o lugar é aquele da primeira capa da fic, mas nao sei onde é :C. Entao, gostaram? Meio dramático, eu sei. Mas eu particularmente gostei. Digam o que acharam. beijooosss, até a proxima.



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