Count On Me escrita por Anee Scarlet


Capítulo 1
Capítulo 1: O monstro pervertido


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, minna! Qualquer reclamação, sugestão ou etc. comentem, hai?Não esqueçam dos reviews! Boa leitura!



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Fim dos Jogos Mágicos. Fairy Tail venceu. Huhu. Essa é mesmo uma guilda e tanto. Sinto-me orgulhosa de estar nela. Eu sabia que conseguiríamos. Estou orgulhosa de mim mesma e de todos!

Anny pensou enquanto entrava na antiga construção da guilda, que por sete anos ficou fechada, e, agora estava reformada e nova de novo. Ela sentia-se orgulhosa de todas as lutas dos Grandes Jogos Mágicos e de como todos se esforçaram para ganhar e para vencer os sete dragões.

–Anny! –Erza chamou. –Venha. Precisamos cuidar dos seus ferimentos ainda. Você ganhou um bem feio, não? Que nem mesmo você foi capaz de curar.

–Eu estou bem. E é só um corte. Precisamos cuidar da sua perna, não? –a garota disse, preocupada com Erza.

–Graças aos seus cuidados e aos cuidados de Wendy eu estou bem melhor. –a ruiva sorriu.

–Erza, Anny! Pedido! –Makarov as chamou.

–Diga mestre. É um pedido para nós duas? –Anny perguntou.

–Sim. Vocês tem que enfrentar um monstro que está aterrorizando três vilas. Aqui diz “Cuidado. Não é um monstro com quem podem facilmente lidar!”. E aí? O que dizem?

–Aceitamos! –elas disseram em uníssono.

–Pois bem! Esse pedido tem um prazo para ser aceito. E ele vai até duas horas. Então corram! –disse ele empurrando-as para fora da guilda.

–Espere velho maldito! –Erza gritou raivosa. – E nossas coisas? Precisamos delas!

–Ah, sim! –o mestre foi até o fundo da guilda e voltou com o enorme carrinho com as coisas das duas já arrumadas. – Eu já arrumei tudo! –sorriu e empurrou o carrinho para as duas, quase esmagando-as.

Atônitas e de cara quebrada, elas ajeitaram a bagagem e seguiram em direção à tal casa do cara que pediu ajuda.

–Nee, Erza. Ele disse que era até duas horas, certo? –Anny perguntou, enquanto se sentava em cima da pilha de coisas que ficava em cima do carrinho, como sempre fazia. Erza levava a bagagem e ela ia sentada em cima de tudo. De fato, uma atitude bem preguiçosa.

–Certo. –Erza avançava um pouco mais rápido, lembrando-se do prazo.

–Mas já é uma hora agora... –Anny disse, já amaldiçoando mentalmente Makarov.

Erza parou, e olhou espantada para a garota. A ruiva não parava de tremer e murmurar que aquilo não podia ser verdade.

–S-se já é uma hora então...

–Melhor... Apressarmos-nos... –Anny pulou de cima da pilha e caiu em pé ao lado de Erza, para ajudá-la com a bagagem.

–A-anny... O tempo de viajem daqui de Magnólia até as vilas é de uma hora e meia! –Erza disse, quase caindo para trás.

As duas se olharam preocupadas e com medo de chegarem depois do prazo. Dividiram a correia que servia para puxar o carrinho com a bagagem e saíram correndo quase na velocidade da luz, em desespero.

–VELHO MALDITO! –as duas gritaram em uníssono.

......

Cinco minutos. Cinco minutos e nós perdíamos o pedido! Chegamos e ainda faltavam cinco minutos para as duas horas. Ah, mas eu mato aquele velho!

As duas haviam chegado arfando e ensopadas de suor. Dores musculares percorriam ambos os corpos por se esforçarem tanto, sendo que haviam voltado de um conflito entre guildas e dragões no dia anterior.

–Ai... Meu joelho! –Anny reclamou, sentando do piso de mármore branco da entrada da casa de quem pediu para derrotarem o tal monstro. A garota olhou para a casa e surpreendeu-se. –Para uma vila, essa casa está luxuosa demais. Argh, -reclamou.- meu braço!

–Sim. Ai, minha perna! –Erza caiu ao lado de sua irmã através de laços. Elas passaram a serem consideradas irmãs desde que passaram a lutar juntas, logo depois de Anny ter entrado na guilda.

–Erza... Sua perna... –Anny disse preocupada.

–Não é nada! Sem contar que é a perna esquerda. Eu machuquei a direita na luta contra a Minerva.

Anny suspirou de alívio. -Ah, sim! O prazo. TRÊS MINUTOS? Precisamos ao menos chamar o cara ou dizer “aceito o pedido” pra ele! – Ela se levantou, andou até o portão e o abriu. Continuou andando até a porta. Ela tocou a campainha e olhou com mais atenção para casa. O telhado era em estilo grego feito de mármore vermelho, algo que ela nunca tinha visto na vida. Duas colunas brancas sustentavam a parte do telhado, formando uma varanda. A porta era prateada com adornos antigos decorados com rubis. As paredes da casa eram feitas de mármore branco. Olhou para trás e viu um caminho de pedras polidas pelo qual ela havia passado. Nem tinha reparado na paisagem quando chegou, pois estava preocupada com o prazo do pedido. Rosas e tulipas cercavam o caminho das pedras.

A garota já ia observar a varanda, quando a porta se abriu, revelando um belo homem de uns 30 anos. Seu cabelo ondulado era loiro e sua franja caía sobre os olhos verdes e sérios, dando certo charme. Sua pele era pálida, mas bonita e ele era um pouco mais baixo que Anny. Trajava um terno cinza-escuro e tinha uma pilha de papéis sobre a mão direita. Qualquer garota normal teria se derretido por ele, mas, claro, nem Anny, nem Erza eram garotas normais.

Erza se levantou, pegou o carrinho com a bagagem e se aproximou. O homem a avaliou e depois seus olhos foram direcionados para Anny.

–Titania e Adamantine, eu imagino. –ele sorriu e seus olhos verdes ganharam certo brilho por ver que as garotas atenderam seu chamado. –Entrem, por favor. E, Titania, pode deixar sua... Pequena bagagem aí fora. –Erza ajeitou o carrinho e se juntou à Anny. Ele se afastou para as garotas entrarem na casa.

Por dentro, as paredes eram brancas e limpas. Os rodapés eram prateados e adornados, assim como a porta. O piso da sala era de madeira polida. No centro haviam dois sofás de couro cinza com detalhes prateados virados um de frente para o outro e uma mesa de vidro cheia de papéis com projetos entre eles. Ao fundo, via-se uma escada com degraus de mármore branco e corrimões de mármore vermelho. Era uma casa tão bonita quanto estranha.

–Sentem-se, por favor. Ele indicou o primeiro sofá para as duas e aguardou na mesma posição até que elas se sentassem. Elas se sentaram e logo, ele andou em direção ao outro sofá e sentou-se. –Então, resolveram aceitar o pedido?

–Sim. –Erza disse. –Desculpe o nosso atraso, mas o pedido só chegou à uma hora atrás, e por isso tivemos de vir em tempo recorde.

–E desculpe, também, nossa aparência de cansadas e esgotadas, devido à corrida contra o tempo. –Anny completou.

–Sem problemas. Apesar de que vocês chegaram meia hora antes do prazo. A oferta do pedido ia até duas e meia. –as duas ficaram paralisadas por um tempo e depois quase explodiram de raiva do mestre.

–D-duas e meia? –Anny recuperou o bom senso. –Nosso mestre nos disse que era apenas até duas horas.

–Ele cometeu um grande erro, então. -ele sorriu, já sabendo que ambas estavam quase explodindo de raiva por dentro. – Se quiserem, depois de terminar o pedido, eu tenho bilhetes de uma das mais famosas fontes termais de Fiore. Podem chamar mais pessoas também.

A raiva desapareceu como se nunca tivesse existido e foi substituída por dois sorrisos e olhos brilhantes.

–Bem, acho que isso foi um sim. –o cliente continuou. –Bem, meu nome é Liron de Viera. Como vocês puderam ver, nossa vila é bem simples em comparação com minha casa. As casas são simples e fáceis de reconstruir. E todas são assim por causa do monstro. Ele é um pervertido que sai à noite para caçar garotas até fazer um estoque para ter uma noite de diversão. Realmente nojento. No meio do processo de pegar as garotas, ele destrói as casas por pura maldade. No pedido, há a presença de outra vila que sofre dos ataques dele. Minha irmã mora lá e cedo ou tarde ela será pega. Não lhes pedi ajuda somente para salvar minha irmã. Sou amigo de várias garotas dessa vila, e a maioria dela já foi pega. E devo deixar avisado que ele não é um monstro qualquer. Ainda estão dispostas a aceitar o pedido?

–Sim. –Anny respondeu e olhou para a "irmã", que assentiu em silêncio. –Sim, nós aceitamos.

–Ótimo. Vocês devem estar cansadas. Por favor, fiquem aqui até começar a anoitecer. O ponto fraco dele é o pôr do sol pois esse período suga parte de sua força, e também é quando o seu sono fica mais profundo. –Liron disse, aliviado.

–Então o safado dorme o dia inteiro, fazendo as pobrezinhas sofrerem e de noite ele acorda e caça? Interessante. –a garota disse, analisando a situação e já bolando uma estratégia em sua mente.

–A-anny... Você está sorrindo de forma assassina de novo... –Erza alertou a "irmã".

–Vamos enfrentá-lo ao pôr do sol! –Anny disse levantando-se e fazendo pose de vitória. Tudo o que Liron e Erza podiam fazer é ficarem quietos e com medo.

...

–Nya! Adoro banho de pessoas ricas! –Anny disse se espreguiçando na banheira.

–De fato. –Erza disse enquanto esfregava os cabelos ruivos. –Foi muita gentileza da parte de Liron liberar o banheiro da irmã dele.

–Quem precisa ir trampar quando se tem um banheiro desses? Mas o que me anima a sair daqui é a recompensa. –Anny se deitou de barriga dentro da banheira e começou a balançar as pernas.

–É. Não se joga fora uma recompensa de 4.000.000 de jewels! –os olhos de Erza brilharam.

–Sim! É muita grana! –Anny sorriu.

–Você já não terminou seu banho? –Erza disse terminando de esfregar os cabelos.

–Já. Mas eu adorei essa banheira. É tão relaxante. –Anny disse, virando-se e deitando de costas. –Nee, Erza. Eu senti o cheiro da Lucy aqui.

–Nessa casa? –Erza espantou-se.

–Não. Nesta vila. Suspeito que ela tenha vindo para cá e tenha sido capturada.

–E por que ela viria para cá? –Erza começou a enxaguar o cabelo.

–É isso o que vamos descobrir! –Anny sentou-se. –Apesar de ser muito estranho...

–Mudando de assunto... Por que todos começaram a nos chamar de irmãs? –aquilo aborreceu um pouco Anny. Ela gostava muito da Erza e realmente a considerava sua irmã mais velha. Era muito apegada a ela e não gostava que ninguém roubasse seu lugar.

–Por quê? Isso te incomoda? –Anny levantou-se, saiu da banheira e abraçou Erza por trás. –Você se lembra de quando nos conhecemos? Você tinha ouvido falar da “nova maga mais forte da guilda”, “aquela que derrotaria Erza” e da "Adamantine"? Disseram algo que você não gostou sobre nós duas e então você chegou pisando duro na guilda.

~~~Flashback on~~~

–Cadê a novata? –Erza chegou na guilda quase explodindo de raiva.

–Como você sabe que temos uma novata sendo que ela chegou aqui enquanto você estava fora? –Makarov perguntou, já sabendo que levaria uma bela "patada".

–Sabendo. As notícias correm! Principalmente com a novata, pelo visto! –Erza se dirigiu ao fundo da guilda, onde havia uma garota de cabelos loiro-escuros lisos. Seu penteado era igual ao de Erza. Ela, também, era a única na guilda de armadura. Mesmo de longe, deu para perceber a cor de seus olhos: cinza-escuros. Havia algo de diferente em suas pupilas, mas ela não conseguiu enxergar.

–Erza! - Natsu chegou com um sorriso travesso. –Já ficou sabendo da novata? Aquela que te superou em uma semana?

Ela invocou o mal e socou Natsu com a força de um batalhão. O garoto de cabelos rosados foi lançado para o rio onde alguns barqueiros passeavam pacificamente de barco. A ruiva sentiu sua raiva aumentar. Até aqueles que te impunham respeito, estavam, agora, caçoando dela?

–Ei. Isso não foi legal, sabia? –uma voz desconhecida a repreendeu. –O Natsu pode ser um saco às vezes, mas o soco teve a força de um batalhão. –era a novata.

Erza sentiu seu sangue esquentar. Não esperou mais. Virou-se e aplicou um soco com a força de dois batalhões. A novata, que se chamava Anny, voou para o outro lado da guilda, atravessando a parede e indo parar do lado de fora.

–Erza! O que pensa que está fazendo? –Warren se assustou!

–Quer matá-la? –Reedus perguntou, espantado, enquanto terminava um desenho da Anny. Erza percebeu que no desenho, as pupilas da garota eram idênticas as de um gato. Essa era o detalhe que a ruiva não havia visto.

–Ei, ei! Só tem uma semana que a garota entrou aqui! –Wakaba comentou.

–Pega leve! –Macao completou o amigo.

CALADOS! –Erza gritou. Todos na guilda se espantaram, mas ficaram quietos. Erza aproveitou que mais ninguém estava com coragem para enfrentá-la e se dirigiu ao buraco na parede da guilda, aberta pelo “voo grátis” que a outra ganhara de Erza.

A ruiva olhou pelos lados e não viu sinal da novata. Tudo o que ela via era um gato preto com algumas manchas estilos leopardo, também negras. Reconhecia o gato: Gato de Iriomote. Mas as manchas eram quase da mesma cor que o pelo, então por isso eram quase imperceptíveis. O gato também possuía os olhos cinza-escuros. A garota começou a suspeitar daquilo.

O gato chiou para ela, em sinal de desaprovação. Logo a ficha caiu para ela. Anny possuía pupilas felinas e olhos cinza-escuros. O gato também possuía a mesma cor de olhos e ele estava no lugar de Anny. O gato, não, gata –pensou Erza- era a própria novata. Para confirmar sua suspeita, a gata brilhou e ganhou forma humana. A gata se transformou em quem ela esperava: Anny.

–Muito bem! O que foi que eu te fiz? Eu nem te conheço muito bem! –Anny disse indignada.

–Estão dizendo que você... É capaz de derrotar-me e derrotar uma... Certa pessoa... E muito mais! E isso eu não admito! –Erza reequipou a Flight Armor e partiu para cima de Anny.

Erza aplicou uma série de golpes, os quais nenhum dos membros da guilda, que se reuniam em volta do buraco aberto na parede, conseguiram acompanhar. Anny, porém, agiu com ainda mais rapidez e pegou sua espada, a qual estava presa ao seu cinto, e bloqueou cada um dos golpes aplicados. Todos inclusive Erza ficaram impressionados.

–Minha vez. –dito isso, a garota reequipou a Heaven’s Wheel Armor.

–Reequip Magic? -espantou-se.

–Achei que apenas Erza possuía essa magia! –Bisca impressionou-se.

–Maneiro! A Erza tá perdendo! –Natsu exclamou, empolgado, apesar de estar com o rosto inchado por causa do soco.

–Parece que a novata não é pouca coisa, hein? –Gray sorriu.

–Heh! Parece que só agora descobrimos a magia dela! –Alzack empolgou-se com a batalha.

–Bem, ela só usou magia nos trabalhos, e nem a Magos & Magos pôde descobrir qual era a magia dela. –Mira sorriu.

Blumenbrat! –Anny avançou, golpeando a adversária, que foi atingida com sucesso.

–Ela feriu a Erza? –dessa vez Makarov quem se surpreendeu.

Erza estava com alguns cortes sangrando e outros hematomas. Sua Flight Armor estava em pedaços. A outra guerreira estava sem ferimento algum e sua armadura intacta.

–Você é forte. Agora entendo como se tornou popular em tão pouco tempo. –ela teve de reconhecer. –Mas os outros boatos são imperdoáveis!

Ela reequipou a Fire Empress Armor e partiu para cima de Anny, que reequipou a mesma armadura e conseguiu se defender de alguns golpes, mas foi atingida depois de desferir outros golpes contra ela.

A ruiva investiu contra ela, a qual bloqueou a espada com sua mão. O golpe perfurou o revestimento que protegia sua mão, o que a fez sangrar. Encarou-a com um olhar frio e metálico com as pupilas de gato refletindo o rosto da adversária. A ruiva estremeceu e abriu uma brecha, que a "loira" percebeu e investiu com sua espada, atingindo com sucesso a barriga da oponente.

–Reequipar! Tiger Armor!-a "loira" agora trajava uma armadura estilo tigre. Ela segurava adagas em ambas as mãos.

Avançou contra Erza, que num rápido movimento reequipou a Sea Empress Armor, e bloqueou o ataque, mas a guerreira não perdeu tempo e deu um enorme chute na barriga da oponente, que caiu a alguns metros a frente, arfando.

–Você não me dá escolha. –Erza disse, se levantando, com a armadura em pedaços. –Reequipar! Purgatory Armor!

–Erza! –Mirajane se desesperou! –Essa armadura não!

–Quer matá-la? –Gray gritou.

–Ninguém que viu essa armadura em batalha saiu vivo para contar história. –Natsu exclamou indo parar Erza. Mas Warren e Macao o detiveram.

–Erza, você não devia usá-la! –Laki disse.

–Deixem-na! Eu também tenho essa armadura. –Anny disse e reequipou a mesma armadura. Estavam agora, Titania e Adamantine, frente a frente, ambas com a Purgatory Armor.

Erza aplicou o primeiro golpe, o qual foi bloqueado pela oponente, que aplicou um chute direcionado à cabeça de Erza, mas a ruiva o bloqueou com o braço que estava livre.

–O que raios eu fiz? –Anny perguntou, indignada, enquanto bloqueou um golpe de espada e deu uma rasteira em Erza, que caiu sentada, mas puxou a “loira” consigo e deu um chute em seu estômago.

–Coisas terríveis! –Erza jogou a outra para o outro lado do “campo de batalha”.

Ela se levantou e andou em direção a ruiva, cambaleando, porém se recuperou rápido e aplicou um golpe de espada na oponente, que não teve tempo para bloqueá-lo.

–Eu não vou poder me explicar sem saber o que eu fiz! Cai na real! –após dizer isso, ela lhe deu um soco, que foi devolvido com um corte na coxa esquerda. A ruiva caiu, mas logo aplicou outro golpe com a espada, que foi bloqueado com sucesso pela espada da “loira”. Começou então uma sequência de golpes aplicados pelas enormes espadas das duas.

–Você zombou do meu passado! Zombou de mim! –Erza começou a chorar, lembrando-se de seu doloroso passado. Ninguém da guilda podia escutá-las devido à ressonância das lâminas.

–Eu zombei do seu passado? Eu nem sei nada sobre você e seu passado, Erza! Quando eu entrei aqui você não estava presente e ninguém me disse nada sobre você a não ser seu nome e sua fama de Titania! –ela aplicou um soco. Que foi devolvido com sucesso pela ruiva, que em seguida aplicou um golpe com a espada que abriu um corte fundo na armadura de Anny. –N-na verdade... –ela começou a ter dificuldade para falar por causa do cansaço e da dor causada pelo corte. Conseguiu despedaçar parte da armadura da adversária, que quebrou parte do revestimento de seu braço direito e a parte de baixou do revestimento de sua perna esquerda. – Na verdade, Erza, eu queria muito de conhecer! –a "loira" aplicou um soco na perna esquerda de Erza, e quebrou o revestimento da coxa direita com a espada.

–Hã? Você... –ela recebeu um soco, que fez com que a “tiara” que cobria a cabeça quebrasse. – Não sabia nada sobre mim? Só sabia quem eu era? Só isso? E queria muito me conhecer? –a ruiva aplicou um golpe que despedaçou a parte da armadura que revestia o peito de Anny, e esta quebrou a parte que revestia o ombro esquerdo e chutou as costas de Erza.

Ambas as garotas estavam esgotadas e muito feridas. A ruiva foi empurrada para trás pela espada de Anny, que estava rachada. A de Erza havia lascado em algumas partes. Elas agora estavam frente a frente. A "loira" estava conseguindo ficar de pé sem esforço algum, mas não parava de arfar. A ruiva arfava muito e mal conseguia se manter de pé.

–Eu... Identifiquei-me com você, Erza. Eu queria saber tudo sobre você. Eu estava comentando com a Mira que eu queria muito saber sobre seu passado, sobre você e etc. E... Isso deve ter dado origem ao boato de que eu zombei de você... Não acredite... No que sai da boca das pessoas... Muitas... Inventam vários tipos de coisa, e quando passam para outra, inventam ainda mais coisas... –Anny parou de falar e respirou fundo. –Eu queria muito, ser sua amiga. Dar-me bem com você... Argh! Não... Aguento mais... Falar!

–Tudo bem... A culpa também foi... Minha. Por ter acreditado... –Erza não aguentou e caiu de joelhos. –Você venceu a luta. Parabéns.

Apesar da vitória declarada pela oponente, ela também não resistiu e caiu de joelhos. Reequipou uma roupa normal (blusa branca, saia preta e botas de couro cinza-escuras), e disse:

–Não. Eu não venci, mas também não perdi. Deu empate. –Anny abriu um sorriso. Todos na guilda se espantaram. O único sorriso que ela abrira fora quando recebera a marca da Fairy Tail em seu ombro direito. Agora, lá estava ela, sorrindo abertamente para Erza. –Foi bom lutar com você, Titania.

–Também digo o mesmo, Adamantine. –Erza sorriu.

A ruiva estendeu a mão direita e se apoiou com a esquerda. Anny se arrastou para mais perto e apertou a mão dela, enquanto se apoiava no chão com a mão direita.

~~~Flashback off~~~

–E depois disso, fomos para a enfermaria da guilda e saímos de lá duas múmias. –Anny riu. –Já era noite quando saímos e eu ainda não tinha um lugar para ficar.

–E então eu te falei do Fairy Hills. Mas você ainda não tinha dinheiro o suficiente para alugar um apartamento por lá e eu te ofereci o meu quarto. –Erza sorriu.

–Depois de eu me mudar para o seu apartamento nós nos abrimos mais e você me falou do seu passado. –Anny sorriu também.

–Eu não consegui descobrir o seu, mas ainda assim não nos desgrudamos mais. –Erza deu uma gargalhada.

–Mesmo depois de eu conseguir dinheiro o suficiente para comprar o alojamento Fairy Hills! E eu ainda quis ficar com você. –Anny gargalhou.

–Antes nós só dividíamos o pagamento do quarto, mas depois você acumulou tantas armaduras assim como eu e dividimos o pagamento inteiro. –Erza arrepiou-se quando pensou na enorme quantidade de dinheiro que ela pagaria sem a outra.

–E daí um tempo depois eu finalmente te falei do meu passado. Aí chegou a hora em que nos consideramos irmãs. –Anny sorriu ainda mais com a lembrança.

–E respondendo a sua pergunta antes de relembrarmos tudo, não, isso não me incomoda. Só queria saber desde quando nós éramos consideradas irmãs! –Erza se virou e abraçou Anny de frente.

–Nya! –Anny pulou em cima de Erza, o que fez com que elas quase caíssem. - Esse foi um banho bem meloso, não?

–Você estraga qualquer momento assim, não é? –ela gargalhou.

Anny sorriu e disse:

–Eu posso ser meio melosa às vezes, mas eu prefiro mais que a “melosidade” acabe logo.

–Bem, melhor sairmos desse banho logo. O pôr do sol é daqui à uma hora. E precisamos salvar a Lucy se ela estiver mesmo nas mãos do tal monstro.

–Sim, precisamos. –Anny voltou a ficar séria. Mas um pensamento surgiu em sua mente. –Me pergunto se o Natsu sabe que sua amada princesa está nas mãos de outro monstro. –a garota riu maliciosamente.

–Anny, pare de brincar num momento desses. –a ruiva riu e jogou a toalha na cara de Anny.

–Ué, estou mentindo? –a “loira” disse enquanto se enrolava na toalha.

Ambas deram uma última risada e abriram a porta do banheiro, que dava para o quarto da irmã de Liron. Roupas novas as esperavam em cima da cama. Elas tinham que aproveitar o luxo enquanto podiam, já que antes do pôr do sol teriam que caçar o tal monstro. E Anny estava preocupada com tantas prevenções sobre o pervertido.

Quem sabe ela esteja certa...

~Na toca do monstro~

–Então, querida? Já se decidiu? Todas aceitaram. E você, Lucy Heartfilia? Eu preciso voltar a dormir, sabia?

–Não! Eu me recuso a vender o meu corpo pra você! Prefiro morrer! –Lucy gritou, enquanto se debatia para se livrar das cordas que a prendiam.

–Pois bem, se essa é sua escolha, você será a primeira da minha noite de diversão, que será adiantada apenas para você. O resto ficará para a verdadeira noite de diversão. Depois de eu me divertir com você, eu irei te matar cruelmente. Boa noite, querida. E não se preocupe. Você ainda tem até hoje antes de minha caçada para decidir. – o monstro disse e começou a gargalhar loucamente. Lucy começou a se assustar, até que ele finalmente caiu no sono.

Então é assim que vai acabar? –Lucy pensou. –Um monstro vai fazer o que quiser comigo e depois ele me matará? Vou ser morta desse jeito? Não posso acreditar mesmo! Se ninguém pegar minhas chaves de volta, eu vou morrer sem honra alguma.

.:Continua:.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. E NÃO apelem para as pedradas! Enfim, como eu disse qualquer reclamação, sugestão ou etc. comentem. E não se esuqeçam do reviews! São eles que me dão ânimo para escrever! =3Nota: Trampar=trabalharP.S.: Quem adivinhar de quem são os dois primeiros pensamentos (as letras em itálico que estavam na primeira pessoa) que apareceram na fic ganha. =3 Kissu



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