Jogando Com Os Mortos (Diário De Um Jogador) escrita por Giovane Shinoske


Capítulo 5
Pão e circo


Notas iniciais do capítulo

Coisas horríveis acontecem quando o poder está em mãos erradas.



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A um ano atrás em uma reunião de negócios, um representante da ONU (Organização das Nações Unidas), o presidente do país, três representantes das três emissoras de televisão mais vistas no país discutiam em volta de uma enorme maquete algo sobre uma espécie de esporte ou evento:

-Onde irá acontecer, devo preservar sobre a vida. Disse Adam o representante da ONU.

-Não se preocupe, eu estava avaliando impostos e aquele que for o lugar de menor renda sobre imposto será o local piloto para os testes. Disse o presidente de uma forma rápida e clara sem se importar com as palavras “preservar sobre a vida”, como se aquilo fosse realmente um produto de venda ou troca.

-Nós possuímos redes de transmissão ao vivo em qualquer área desse país e nosso sinal é de ótima qualidade, podemos dividir os sinais entre nossas emissoras para cobrir o maior alcance da região, será um espetáculo. Disseram os três representantes de uma maneira alternada, transparecendo claramente que haviam treinado aquela frase.

-Sabe que não concordo com isso senhor presidente. Disse Adam com uma expressão de preocupação.

-Meu rapaz, esta sendo muito bem pago para autorizar esses jogos e não para dar sua opinião. Disse o presidente

-Está bem, mas a hora que sair do controle eu não serei responsável. E logo após dizer isso Adam deixou sobre a mesa do presidente uma pasta contendo as assinaturas de todos os outros presidentes autorizando aquela ação, e saiu de cabeça baixa sem olhar para os outros que permaneceram na sala.

-Vocês, façam o que for necessário para que as câmeras filme tudo, sejam os olhos do povo! Disse o presidente de uma forma sarcástica para os três que ainda permaneceram na sala.

-Sim senhor presidente, estaremos esperando o senhor entrar em contato. E assim dizendo mais uma vez de forma alternada os três se levantaram e foi saindo, como tudo o que eles faziam, de forma coordenada e claramente ensaiada.

Logo após todos se retirarem da sala entrou Sr. Carrey, braço direito do presidente que se denominava Senhor Presidente Aldo Rodrigues Silva, e obrigava a todos da câmara o chama-lo dessa forma. Carrey como mais que um amigo começou a questionar as decisões de Aldo e Aldo desabafou com o “irmão”:

-Sabe Carrey não há mais alternativas, na situação que nos encontramos não há mais nada a fazer além de autorizar os jogos. O povo realmente acordou, logo após aquela série de protestos eu perdi o controle sobre essa massa e agora nada consegue segurar a voz dessa multidão e logo eles irão nos tirar daqui aos gritos.

-Mas eu ainda não li o dossiê desse tal “Jogo” que você esta promovendo com aqueles caras estranhos Aldo, mas o que andaram comentando nos corredores do congresso é uma insanidade absurda. Por isso vim conversar contigo meu amigo.

-Tenho uma cópia dele aqui amigo, vou pega-lo, mas, prometa que tudo o que ver será esquecido aqui. E dizendo isso o presidente levantou-se de sua cadeira e foi até um enorme cofre para pegar o tal dossiê.


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