Acordei com o piloto dizendo que tínhamos chegado em nosso destino, ajeitei minha poltrona e esperei o pouso do avião.

Peguei minhas malas, ainda não sei para que 4 malas, acho que as ajudantes exageraram um pouquinho.

E fui procurar um taxi para me levar ao meu destino.

[...]

Chegamos a uma belíssima mansão.

Eu estava boba, paguei o taxi, e desci seguindo em direção ao portão.

Depois de me identificar Rebeka, cujo nome falso era Anna, veio me receber.

-Vejo que veio preparada - ela disse olhando para as minhas malas - Aliás, gostei da blusa.

-Valeu.

Eu deixei o silencio pairar sobre nós, ela me guiou pela casa, que eu não prestei muita atenção até pararmos em frente a uma porta no 4º andar da casa.

-Bem, esse é seu quarto, espero que goste.

Ela abriu a porta e eu realmente me surpreendi, era um dos quartos mais bonitos que eu já tinha visto.

Ele era moderno e rústico ao mesmo tempo, tinha uma bela vista para a piscina da casa, eu tinha um banheiro  modernismo, e para alegrar mais ainda meu dia:

-Eu tomei a liberdade de comprar umas roupas para você, não imaginava que fosse trazer tantas- ela sorriu e abriu uma porta grande e branca.

Lá dentro tinha o maior closet * que eu já tinha visto, como o quarto, era moderno com um toque rústico.

-Eu adorei, obrigada.

-Que, bom que gostou, vou deixar você se organizar e 12h30min você desce para eu te apresentar para a família.

-Tudo bem.

Ela saiu me deixando com aquela perfeição em forma de quarto.

x--x

Já eram 12h25min, hora de conhecer minha nova família.

Desci de elevador os quatro andares, e esperei na sala até Rebeka, quer dizer Anna vir me buscar.

Ela chegou e me guiou até o jardim onde um jogo de vôlei acontecia, o jogo estava muito animado, até que um garoto cortou a bola marcando um ponto acabando com o jogo.

Todos se cumprimentaram e começaram a dispersar.

-Logan, vem aqui - Anna gritou.

Então o garoto que marcou o ponto começou a caminhar em nossa direção, só que agora sem camisa, que estava pendurada em seu ombro.

Se perfeição existisse ele seria sua personificação.

Ele tinha um cabelo loiro, mas com o sol ficava meio avermelhado, rosto másculo, olhos profundamente azuis, e um corpo.

Mas que corpo.

Eu acho que por um momento essa blusa de frio começou a realmente esquentar.

Ele deu um beijo no rosto de Rebeka.

-Oi, Logan, quero te apresentar minha filha, Samantha.

Ele me olhou de cima a baixo, me analisando, estendeu a mão e disse:

-Prazer, eu sou Logan. Samantha, né?! – ele deu um sorriso de canto, que eu julguei como levemente malicioso.

-Pode me chamar de Sam- sorri com o mesmo toque de malicia injetado na minha voz.

- Vou deixar vocês conversarem um pouco - Rebeka piscou para mim, e eu entendi que era hora de começar a por o plano em ação.

-Então- eu disse- Logan, certo? Você se dá bem com a minha mãe?

Perguntei enquanto caminhava com ele pelo imenso jardim.

-Não convivo muito com ela, eu não moro aqui, moro na Rússia normalmente.

- Nossa que legal, a Rússia é um lugar muito bonito, mas porque está aqui então? - perguntei rindo - nossa como eu sou curiosa, mal nos conhecemos e eu já me intrometendo na sua vida.

Sorri e olhei para ele por entre os cílios enquanto abaixava a cabeça.

- Sem problemas - ele sorriu - meu aniversário de 24 anos é daqui um mês, então Anna e meu pai organizaram uma festa e essas coisas todas, e eles pediram para eu passar o mês aqui para me enturmar. Minha vez de perguntar.

Eu assenti.

-Então Sam, quantos anos você tem?

-Não sabia que é muito feio perguntar a idade para uma mulher - eu o olhei sério e vi que ele se assustou um pouco, então eu sorri - calma estou só brincando - ele relaxou - Quantos anos você acha que eu tenho?

-Nossa, pensei que eu quem perguntava - sorri e revirei os olhos- tá, 19.

- Nossa eu tenho tanta carinha de criança assim - eu ri tentando soar levemente irônica - não, eu tenho 22.

- Nossa até que está conservada para a idade.

Ele deu uma gargalhada, e eu revirei os olhos e sorri com ele.

Ficou um silêncio pairando no ar até que ele falou:

-Nossa,  pelo jeito você é bem expressiva, nem precisa falar nada, já entendi a mensagem.

E olhei para ele confusa, seus olhos estavam brincalhões.

-Como assim?

-Você já me odeia e nem nos conhecemos direito, coisa feia.

Eu ri, agora estava entendendo.

-Ah, minha blusa, que bom que você já percebeu que eu me expresso pelas roupas, assim não tenho que bater em você para mostrar.

Olhei sério para ele.

-Você nunca conseguiria bater em mim - sorriu.

-Ah é – empinei o nariz e fiquei olhando de cima para ele - se eu fosse você não pensaria assim.

Infelizmente ele era uns 10 centímetros mais  alto do que eu. Nunca pensei que meus 1,73 fossem me trair um dia.

Ele segurou meu queixo para eu olhar nos seus olhos.

-Você acha mesmo que conseguiria ganhar de mim em uma luta corpo a corpo?

-Não só acho como tenho certeza - me afastei tirando sua mão do meu rosto.

-Então tá, vamos fazer uma aposta - eu assenti - hoje, às 22h30min aqui no jardim, quem perder vai ter que fazer o que o outro quiser – ele jogou um sorriso repleto de malicia, que fez meus joelhos tremerem levemente.

Ó Deus, que homem é esse.

-Tudo bem, se prepare para perder então.

Eu sorri, e virei, batendo meus longos cabelos negros em seu rosto.

-Até mais tarde, Sam - ele gritou de longe e eu percebi que ele estava sorrindo.