Eu estava indo a sede, pelo jeito a menininha de ouro da companhia tinha mais uma missão.

Fazia apenas um dia que tinha chegado da França, a CAE (Companhia de Agentes Especiais) não me dava férias a pelo menos uns 5 anos, eu com apenas 20 anos já sou a agente número 2 da companhia, só estava atrás da Rebeka, ela era a melhor agente de todos os tempos, já está no posto a 34 anos, mas infelizmente ela vai ter que se aposentar, já está com 50 e tantos anos, está em sua ultima missão, e eu nem tive a oportunidade de trabalhar com ela infelizmente.

As pessoas me cumprimentavam e me parabenizavam, minha missão mais recente foi um sucesso, eu prendi o mafioso mais perigoso da França, sozinha.

Eu caminhava lentamente até a sala do Gordon, meu chefe, provavelmente uma nova missão.

Eu cheguei até a porta de madeira e bati.

-Entre.

Eu abri a porta com calma, e lá estava ele, com seu charuto na boca, sentado atrás de sua mesa de mogno, vestido a rigor como sempre, olhando alguns formulários.

Se não o conhecesse desde os meus 12 anos, quando me recrutaram para substituir a minha mãe que morreu em uma missão, eu poderia acreditar que ele era um mafioso de primeira.

Mas felizmente era apenas Gordon, meu infeliz chefe.

- Sente-se - ele indicou com a mão a cadeira a sua frente na mesa.

-Fala Gordon.

-Olha o respeito garota, sou seu chefe, Sr. Magistaire.

-Tanto faz, Sr. Magistaire - falei com desprezo - fale o que o “senhor” quer, estou cansada e quero ir para meus “aposentos”.

- Jennifer, como já sabe você está entre as nossas melhores espiãs.

-Ah, fala sério eu sou a melhor espiã de vocês, só vocês que não aceitam e continuam bajulando aquela velha.

-Jennifer, olha o respeito.

-Tanto faz, fala logo ou eu vou sair - disse me levantando.

Ele indicou a poltrona novamente e eu sentei.

- Tenho uma nova missão para você - eu revirei os olhos, como se isso fosse uma novidade, eu não parava na CAE por mais de dois dias - você vai trabalhar com aquela "velha" – ele falou fazendo aspas com os dedos.

- Eu vou fazer uma missão com Rebeka?

-Sim, essa é a ultima missão dela, e ela precisa de um pouco de ajuda, e esse será seu teste.

-Teste para que? - o interrompi.

-Se você me deixar falar talvez descubra - assenti dando liberdade para ele voltar a falar - será um teste para se tornar nossa 1ª agente.

Meus olhos brilharam, se eu conseguisse esse posto seria a 1ª espiã mais jovem da CAE.

-Vejo que gostou da noticia.

-Então o que tenho que fazer dessa vez?

- Você irá se infiltrar na família de um mafioso inglês, Rebeka será como sua mãe, e você terá que se envolver como uma irmã para filho desse mafioso, será o aniversário dele em um mês, então você parte amanhã para a Inglaterra.

- Então, eu terei que passar como filha da Rebeka e recolher informações a respeito desse mafioso com seu filho que será meu "irmão" postiço.

- Sim.

-Só isso, nenhuma luta ou prender alguém?

Perguntei desapontada.

- Dessa vez não.

-Tudo bem, agora eu posso ir me deitar, estou cansada.

-Sim, obrigada. E boa sorte amanhã.

- Eu não preciso de sorte - sorri e sai da sala batendo a porta.

x--x

Acordei ainda cansada parecia que não tinha dormido nada.

Levantei e olhei no meu celular que horas eram.  05h30min eu realmente não tinha dormido nada.

Mas agora nem adiantava tentar, não conseguiria dormir de novo.

Fui até meu banheiro tomar um banho, deixei a água quente escorrer pelo meu corpo pensando no que me esperaria na Inglaterra.

Ficar sem bater em ninguém seria realmente difícil, precisaria de alguma coisa para gastar essa energia que nunca acaba.

Fui trocar de roupa, eu queria dar uma "boa" impressão para meus novos familiares.

Coloquei uma roupa simples, porém expressiva e fui até minha cama.

(roupa: http://www.polyvore.com/luna_travel/set?id=76395739)

Lá eu encontrei um envelope pardo grande, abri e encontrei alguns documentos, meu novo nome era Samantha, eu tinha 22 anos e era uma aluna de arquitetura, fazia judô, karatê, todos os tipos de luta, eu sempre tinha que mudar de personalidade para me infiltrar, isso era o legal do meu trabalho, sempre era uma pessoa diferente.

Tinha o nome de algumas pessoa, que eu não me importei em decorar, e a passagem de avião.

Guardei tudo isso na minha bolsa e desci para ir até o aeroporto.