P. O. V. Draco Malfoy ~ ON:

A semana passou tão lentamente que achei que a quarta-feira duraria para sempre. Mas, assim que chegou 6ª-feira, só faltou eu pular de alegria.

Coloquei o despertador para tocar às 5:30, sendo que sempre coloco para as 6:00. Fiz minha higiene pessoal e fiz questão de ficar o mais limpo possível. Não, não era para agradar a Luana (em parte, era). Eu sempre faço isso em dias de Herbologia, pois minhas unhas e pele ficam cheias de terra e adubo (eca)(N/A:noss, isso foi muito gay) e não dá pra deixar acumular sujeira, não é? Ser perfeito é cansativo, mas melhorar a perfeição é mais ainda (N/A: só que não, Draquinho).

Enfim, saí do dormitório às 6:30, e fui direto para o Salão Principal, para comer meu café-da-manhã. Bolos, ovos, bacon, sucos, pães e mingau de aveia lotavam a mesa da Sonserina e todas as outras, e todos comiam bastante. Não sei como conseguem ficar magros, comendo desse jeito.

–Bom dia, Draquinho – ouvi uma voz afetada à minha direita, que logo reconheci sendo de Pansy.

–Bom dia – cumprimentei. Não custa nada ser educado.

–Bom dia, Draco – Blásio sentava-se à minha frente, e logo pegou um pote de mingau de aveia.

–Dia, Draco – Goyle chegava pela esquerda, e pegou um pedaço de bolo assim que se sentou.

–Bom dia – cumprimentei de volta.

–Oi, Draco! – vi Joyce chegando e empurrando Blásio um pouco para o lado, para sentar-se à minha frente.

–Hey, Joy. – deu um breve aceno com minha mão livre (tinha um pão na outra).

Olhei pelo canto do olho Pansy e flagrei-a analisando Joyce como se ela fosse um inseto muito grande.

–O que você tá olhando, cara-de-buldogue ? – Joyce perguntou, levantando uma sobrancelha, e eu me segurei pra não rir com o "cara-de-buldogue" – Perdeu alguma coisa na minha cara?

–O que te interessa, cabeluda? – ela retrucou, e não teve a menor graça – E, se tivesse perdido, deixaria aí pra sempre, já estaria contaminado por essa coisa que você chama de cabelo – Aí, sim, eu me segurei (de novo) para não rir.

–Olha aqui, querida – Joy falou, e pelo "querida" eu percebi que seria melhor sair dali, mas na minha teimosia, continuei sentado – eu prefiro ter "isso que eu chamo de cabelo" – ela fez aspas com os dedos – do que ter essa cara de cachorro que você tem. Pelo menos, cabelo dá pra tratar.

Pansy levantou e já ia sacar a varinha, até que eu puxei o braço dela, forçando-a a se sentar "Chega" falei, quase sussurrando (para não chamar atenção), mas pelo visto não adiantou.

As duas se levantaram e sacaram suas varinhas, uma apontada para a cara da outra.

–Senhoritas! O que estão fazendo? Abaixem essas varinhas agora! – o professor de Transfiguração e diretor da Sonserina, Victor, interviu na guerra de olhares e usou o Accio para tirar a varinha das mãos das garotas. – Menos dez pontos para a Sonserina.

Elas se sentaram e o professor devolveu suas varinhas, que elas guardaram nas mochilas.

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O resto da manhã passou normal, até tocar o sinal, indicando o início das aulas.

Por alguma razao inesplicavel, minhas mãos começaram a suar, mas eu fui andando, confiante, para as estufas do lado de fora do castelo.

Chegando lá, Luana me avistou e fez sinal com a mão para que eu me aproximasse. Ela estava ao lado de uma garota um pouco mais alta que ela, com cabelos pretos, olhos cinza e pele morena. Me lembrava alguém, só que não sabia quem.

–Oi Draco! Bom dia – ela me recebeu com um sorriso, que eu retribuí – Essa é a Mila, ela é da Lufa-lufa.

–Oi, sou Draco Malfoy – estendi minha mão em direção a Mila, que hesitou, mas apertou minha mão.

–Mila Darrin – ela disse, com um pequeno sorriso.

–Vamos entrando, alunos? – a professora de Herbologia falou, entrando na estufa. Todos os alunos a seguiram, formando uma fila meito torta.

Lá dentro era bem maior do que parecia por fora. As paredes eram feitas de um vidro grosso que parecia indestrutível, e todas as jardineiras eram alinhadas, formando quatro filas. Todas eram feitas de madeira e, dentro de cada uma, havia uma planta pequena com pequenas folhas azuis (isso mesmo, azuis!).

A professora explicou que aquelas eram plantas metamorfas, que podem mudar suas cores e até seu formato de uma hora pra outra. Ela pediu que fizéssemos trios, e eu fiquei com Luana e Mila.

A aula se passou normal, a professora era legal aparentemente, tudo ia bem até eu pedir para Luana o regador e nossas mãos se esbarrarem. Um choque percorreu da minha mão até meu ombro, mas foi um choque bom. Assim que nos "desencostamos". Nosso olhar se encontrou me causando sensasoes até agora, desconhecidas por mim. Por uns 5 segundos mergulhei naquele mar de olhos castanhos. E que olhos merlin ! Assim que despertei de meu "transe". Pude perceber que ela tinha ganhado um tom rosado nas bochechas. Acho que eu nao estava muito diferente. Oque está acontecendo comigo ?! Oque essa garota está fazendo comigo ? Porque estou me sentindo horrivel por ter feito ela se envergonhar ? Porque ?

-Senhor Malfoy ? - ouvi a voz da professoara me chamar - Está tudo bem ? O senhor está vermelho

-Nao ... é ... Sim, estou bem - respondi e dei um sorriso amarelo

- OK entao..- disse ela e começou a sua explicaçao sobre as plantas azuis.

Só tinha uma razao para eu estar assim...

Acho que estou gostando de Luana.