Wreck-it Black 'n' White: A Maldição Do Crepúsculo escrita por Luna Sapphire Calhoun


Capítulo 10
9 - Buscando Respostas


Notas iniciais do capítulo

Bem, consegui terminar esse capítulo ontem mas deixei para postá-lo agora. É simples, mas outro dos meus capítulos favoritos.



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O trio procurou por qualquer sinal de Kitty ou Clarion, técnicamente as duas eram a mesma pessoa, mas procurar por uma ou pela outra era completamente diferente, mas elas pareciam ter desaparecido por completo, como tinham desaparecido à noite.

Encontraram com James e Vanellope algumas vezes, acompanhados de um policial. Aparentemente o menino tinha tido permissão para ser escoltado para ajudar os personagens que tinham sido atacados pelo misterioso vírus.

Eles precisavam encontrar uma maneira de se livrarem de Kitty sem que isso afetasse Clarion, e esperavam que o gêmeo dela, Robin, não fosse sua única esperança.

Clarion tinha corrido o máximo que pode e derepente se vira perdida. Estava em algum lugar no Legend of Zelda, no que aparentava ser um deserto. A constante tempestade de areia dificultava seu senso de direção e ela não sabia o que fazer. Deveria ter ficado? Não. E se ela perdesse o controle de Kitty e ela machucasse seus amigos?

Tivera sorte que James, com o espírito de Cat Robin, conhecia um antidoto para curar Vanellope. Ela nunca iria se perdoar se deixasse alguma coisa de mal acontecer ao que ela considerava sua nova família.

Família. Era aquilo que significava então? Proteger uns aos outros mesmo se precisar se sacrificar para isso?

Ela finalmente deu de cara com um pouco de segurança, um pequeno fort no meio de todo aquele nada.

Clarion tentou retirar a máscara. Talvez, sem ela, Kitty fosse embora. Mas a máscara não queria sair. Ela lutou por alguns minutos antes de desistir e pela primeira vez nos últimos dois anos, ela se permitiu chorar.

"Porque está chorando doçura?" perguntou uma voz e ela parou de chorar na hora.

Havia um homem lá. Ela nunca o vira, mas ouvira Link falar sobre ele. O nome dele era Ganondorf, se ela não estava enganada, e aparentemente ele não era uma das melhores pessoas do mundo, mesmo fora do jogo.

"Não me chame de doçura." ela rosnou.

"Eu sei a verdade." ele foi claro e direto.

"Do que está falando?"

"Sobre o espírito. Também sei que quer se livrar dele. Mas, se você tem um grande poder, porque desperdiçá-lo?"

"Nenhum argumento seu vai me convencer. Melhor me deixar em paz."

"Palavras tão rudes para uma criança tão pequena. Responsabilidade de mais para alguém tão jovem."

"Link também é jovem."

"E ele também não conseguiu enfrentá-la. O que te faz pensar que você pode?"

"Enfrentar Kitty?! O que aconteceu com ele?"

"Não faço ideia. Na verdade ninguém faz, estão todos com medo."

"Você também?"

"Talvez, é por isso que estou aqui. Juntos nós podemos dominar isso aqui."

"Nem pensar. Kitty vai ficar fora de cena o máximo que eu conseguir e você me deixa em paz."

"Acha mesmo que tem escolha? É você quem está falando agora, mas por quanto tempo? Se você continuar lutando ela vai usar você para machucar as pessoas com quem você mais se importa. Juntos, nós três podemos conseguir o que queremos. Você a segurança de seus amigos, eu a minha vingança contra os heróis e Kitty o poder."

"Não!" ela gritou furiosa. "Vou me livrar de Kitty nem que seja a última coisa que eu faça. E vê se me deixa em paz!"

"Tem certeza? Você não é tão inocente quanto diz ser, vi o que aconteceu em Guittar Heros."

"Não foi culpa minha. Eles me acusaram injustamente, não roubei nada."

"De certa forma sim. Nós dois sabemos como aquela pedra foi parar na sua bolsa, ela não esperava que você fosse descoberta. Mas nós dois sabemos o que move Kitty... A escuridão está em seu coração, ela só se aproveita disso."

"Você está errado. Não sou como você, e vou me livrar dela."

Com isso ela saiu. Preferia enfrentar a tempestade do que continuar escutando Ganondorf.

Enquanto caminhava sem rumo, Clarion ia recordando o dia em que recebera aquela máscara.

Flashback

Ela estava caminhando por uma feira de ciganos. Tinha ido até lá para comer alguma coisa e agora estava voltando para o seu pequeno esconderijo, quando aquele homem surgiu. Ele sorria e por algum motivo aquele sorriso a assustava. Ela só tinha quatro anos na época, mas não era fácil assustá-la.

"Quem é você?" ela perguntou nervosa.

Ele não era normal. Não era um cigano, nem uma pessoa qualquer, carregava uma grande mochila cheia de máscaras e tinha aquele sorriso assustador.

"Tenho um presente pra você." Ele disse simplesmente.

Porque continuava a se balançar daquela maneira e aquela risadinha sinistra.

"Não aceito nada de estranhos." a menina murmurou, o que era uma mentira já que todos normalmente eram estranhos para ela.

Pamela desviou-se do homem, mas ao virar a esquina de um dos trailers dos ciganos, ele simplesmente estava lá parado na sua frente, agora ele segurava uma máscara negra, com o formato da cara de um gato, um sol brilhante na testa.

"Veio junto com você." ele disse. "É o seu destino."

"Desculpe, mas acho que está me confundindo com outra pessoa." ela se desviou novamente, se afastou um pouco e começou a correr.

Quando olhou para trás para ver se estava sendo seguida, tropeçou em alguma coisa. Sentiu o joelho doendo mas não gritou. Tentou se levantar, e viu a máscara no chão olhando para ela.

"Está chamando por você." Pamela ouviu a voz do homem. "Vai levá-la de volta, salvá-la da maldição. Você foi a escolhida e não pode fugir de seu destino."

"Quem está chamando? De volta pra onde? Que maldição?"

"Vai saber quando chegar a hora. Os dois do crepúsculo vão se enfrentar, para por bem ou por mal o jogo terminar. Amaldiçoado sob a luz um dos guerreiros nasceu, e abençoado foi o que veio da escuridão. Um sem o outro não completa o conjunto, e decidirão assim o destino do mundo." ele recitou em uma voz que a assustou ainda mais.

As pessoas passavam por eles como se não os vissem, como se eles não existissem.

"E você não existe." o homem respondeu, como se lesse os pensamentos da menina. "Eles te veem, mas não sabem nada sobre você, não são capazes de guardar seu rosto e seu nome em suas memórias, só aqueles que realmente conhecem seu mundo estão com você. Você não é real."

"Eu sou real!" Ela gritou apavorada. "Se eu não fosse real, como eu estaria..." ela não terminou. Sentando-se, notou que o machucado em seu joelho tinha desaparecido.

"Você só é real porque não sabe a verdade. Mas tudo isso, está só na sua cabeça. Ela é a única coisa real aqui."

"Ela quem?"

Mas Pamela sabia que ele se referia à máscara.

"Ela chama por você. Não pode fugir."

Com isso ela viu tudo ficar escuro e estava de volta ao primeiro ponto onde encontrara o homem, mas o homem à sua frente era Jhon, a única pessoa que aa conhecia na cidade inteira.

"O que está fazendo aqui, pequena?"

"Só almoçando. Já estou de saída." ela respondeu apressada. "Tenho que ir."

"Só uma coisa!"

"O que?"

"Lembre-se da lenda. Fique longe."

Quando ela voltou pra seu esconderijo, a máscara estava lá.

"Não pode fugir de seu destino." ela ouviu uma voz feminina e inhumana dizer. "Esqueça a lenda. Fique por perto. Kitty Jackie está de olho em você"

Fim do Flashback

Agora de volta à realidade, Clarion se viu no mercado do castelo. Tinha andado tanto durante seu sonhar acordada? Kitty a teria trazido até ali? Ou aquilo era mais um daqueles sonhos reais?

Ia subindo até o Templo do Tempo quando parou em frente a uma pequena loja ao pé da escada. Entrou e para sua surpresa lá estava ele, o homem que lhe dera a máscara.
Mas havia algo diferente. Seu sorriso não era assustador como da última vez.

"Posso ajudá-la mocinha?"

"Você. Me deu a máscara que estou usando. Porque?"

"É uma bonita máscara. Muito poderosa também. Mas eu nunca a vi antes."

"Se não foi você, então quem? Eu reconheceria seu rosto em qualquer lugar."

"Ela diz que está tudo em seu código. Você foi criada para se lembrar e para responder ao chamado."

"Você a escuta?"

"Eu sei tudo sobre máscaras, é o meu trabalho."

"Então como faço para tirar isso?"

"Tem que terminar o que começou. Está tudo em seu código, tudo no coração e na mente. Você só vai se libertar quando souber."

"Souber o que?"

"A resposta."

"Que resposta?"

"Para a pergunta que você busca."

"As eu não busco nada!" ela protestou zangada.

"Os únicos que não buscam são aqueles que já encontraram. Vai achar a resposta onde toda vida termina. Agora deve ir."

A menina não ousou desobedecer.

Procurar onde a vida termina? Claro, em um cemitério. Mas existiam cemitérios no Arcade? Claro! Hávia um em Kakariko Village, ao menos ela ouvira falar, e ela estava indo para lá naquele exato momento.

Ela nem sabia porque estava ali, o que estava procurando, mas pelo menos ficaria longe de seus amigos e sua curiosidade iria mantê-la acordada e Kitty sobre controle.

Ela não gostava de cemitérios e estava escurecendo, mas ela não se importou.

Ela caminhou até a grande lápide no fundo e se ajoelhou em frente a ela. Então ela entendeu o porque estava ali. Um dos nomes na lápide era Calyssa Hillary Grace. Calyssa era o nome de sua mãe, aquilo não podia ser apenas uma coincidência.

Então ela entendeu. Sem saber o que tinha que fazer correu para o castelo.

Zelda se assustou quando a viu, Clarion tinha certeza que por causa da máscara.

"Você! O que está fazendo aqui?"

"Eu sei o que está pensando, princesa, mas precisa me escutar."

"Não vou perder tempo com suas mentiras. Porque os guardas a deixaram entrar?"

"Eles não deixaram. Preciso de informações."

"Não vou contar nada pra você."

"Por favor! Acho que vai ajudar Link."

"Ajudar? É culpa sua ele estar desaparecido!"

"Não. A culpa é de Kitty, não minha. E eu preciso que me conte sobre Calyssa Grace."

"Calyssa? Você a conhece?"

"Ainda não sei. O que você sabe sobre ela?"

"Ela era a única em toda a família real que não pertencia a Hyrule. Ela veio fugitiva de uma terra distante, que pertencia a..."

"Um jogo chamado Dragon's Hunter. Ela era uma elfa caçadora."

"Como sabe disso?"

"Apenas continue."

"A terra foi devastada por uma guerreira amaldiçoada e ela foi a única que conseguiu escapar."

"Uma guerreira? Uma guerreira gata, que carregava o símbolo da maldição do sol. Então Kitty não veio de outro jogo, ela era a vilã final do jogo. Porque mentir?"

"Espera, como você sabe de tudo isso?"

"Parece que eu entendi agora. Dragon's Hunter foi criado com finais alternativos, ele podia ser bom ou mal, dependendo do que o jogador fizesse. Já esse jogo, foi criado em um pós apocalipse daquele. Por isso Ganondorf sabe sobre Kitty."

"Então?"

"Kitty está presa na máscara. As vezes eu perco o controle dela. O que realmente aconteceu com Link?"

"Não sei. Kitty veio atrás de mim, Link tentou me proteger e eu não sei como a batalha terminou, mas ela não voltou."

"Mas porque ela viria atrás de você? A não ser..."

"A não ser que o que?"

"Não posso dizer. Tenho que sair daqui. Prometo que vou fazer o possível para parar Kitty, enquanto isso, busque abrigo e fique em segurança."

E dizendo isso ela saiu correndo.


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Notas finais do capítulo

Sinceramente, sempre achei que tinha algo de sinistro naquele cara, mas acho que não teria escrito isso se não tivesse lido uma creepypasta de Majora's Mask um dia antes... Bem, próximo capítulo fica para amanhã...



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