Uma Garota Fora Da Lei escrita por Bia Alves


Capítulo 31
"Caia na cama e se deixe levar pelo desejo".


Notas iniciais do capítulo

Não pensem besteiras com esse título u.u hueheuheuheu.
Olá amores de minha vida, como vão vocês? :3
Olha... As leitoras estão cumprindo as metas, legal.
Queria agradecer a Gio pela recomendação perfeita que eu recebi :3 Per-fect. Obrigada linda!
Estou boazinha com vocês não é? Até demais. Masok, não se acostume, minhas notas nessa terceira unidade foram horríveis, então como estou na quarta... Vou ter que trabalhar e muito para passar, então, não sei se vou postar com tanta frequência assim ok?
Gio, capítulo para você.
Boa leitura lindas u.u



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Eu estou mesmo tentando dormir, mas parece que as pessoas sentem atração pela minha porta e gostam de bater nela, e acabam com os meus doces, doces sonhos...

Levanto murmurando vários xingamentos e abro a porta ainda com a expressão de nada no rosto.

- O que é Renata? – Ela sorri.

- Eu acho que se eu não vier falar com você, a senhorita não vai falar com ninguém não é? – Levanto as mangas do pijama a deixando no cotovelo e a encaro, depois de segundos tentando acordar, eu digo:

- Desculpa! Eu estava e ainda estou muito ocupada.

- Pois é, eu vi que o David não para de entrar e sair daqui do quarto, o que andam fazendo hein? – Ela diz com um tom totalmente malicioso.

- Olha aqui, a gente não está fazendo nada, apenas mais... Amigos?!

Não sei se essa é a palavra certa para usar com o David, eu não o odeio tanto como odiava antes, tá, eu não o odeio mais, eu apenas... Não desgosto dele.

Ele é realmente um fofo, coisa que eu odeio, mas não nele, eu não sei, ele é... Diferente? Acho que eu gosto do que ele faz para mim, por isso eu acabo o odiando menos do que antes.

- Sei bem esse tipo de amizade...

- Não pense bobagem Renata, é do David e eu que estamos falando...

- Tem razão, mas então... Novidades?

Pois é, Renata também é uma entre as muitas pessoas que eu mantenho contato aqui no internato que não sabe nem da metade do que está rolando, e eu não vou contar para ela, ela não precisa saber.

- Não! Nada de mais, um tédio como sempre.

- Era de se esperar, desde que você entrou aqui não te vi com ninguém, tipo... Beijando – Ela ri.

- Renata... Eu não sei o que deu em você, mas você anda muito safada.

- Desculpa tá? Eu não tenho culpa de ter uma imaginação fértil.

- Ah tá! Como se você deixasse isso somente na imaginação.

- Esperta... – Ela ri – Vamos continuar na organização dos jogos? É amanha!

- Eu sei, eu vou ajudar sim, mas eu não vou está aqui.

- Como assim? É o jogo mais importante, boa parte dos meninos estão concorrendo à uma bolsa de uma faculdade SUPER importante de Nova Iorque, e não sei se ficou sabendo, mas alguns vão até para Londres talvez.

- Estou sabendo sim.

- Sim, vão sair daqui e vão para Londres...

- Como se aqui em San Diego não tivesse...

- Ui! Medo de perder um dos jogadores? – Ela me dá um tapa no ombro.

- Muito engraçada você!

- Não recuso uma piada.

Começamos a conversar sobre coisas diversas, nada a ver com nada, coisas idiotas de meninas... Coisas muito idiotas.

[...]

Estávamos distraídas quando alguém bate na porta, ainda de pijama, eu levanto e vou abrir a porta.

- David? – Ele me olha de cima a baixo, por sorte não estava com uma das minhas camisolas curtas, e sim com uma calça e uma blusa de manga comprida. Eu olho para o homem que estava ao seu lado, não fazia ideia de quem era aquele homem grisalho alto e com uma pasta na mão.

- Podemos entrar?

- Quem é ele? – Olho direto para o homem.

- É isso que você vai saber... Podemos entrar? – Encaro os dois que estavam esperando a resposta, dou passagem e assim que eles entram Renata encara os dois, confusa.

- Bom, esse é o Jonatas Bruce, advogado, seu advogado. – Hesito e olho para Renata que estava confusa, ela abria a boca como se fosse falar algo, mas logo desiste.

- David, espere um minuto – Viro-me para Renata – Renata, você poderia dá licença? Daqui a pouco a gente conversa?!

- Ahn... Tá! Eu espero você me chamar para conversarmos – Ela sorri e sai do quarto fechando a porta, volto a olhar para David e o tal de João, Jonatas, sei lá.

- David?! Como assim advogado? - Ele sorri.

- Eu achei um advogado para você, eu conversei com o meu pai e ele aceitou pagar um para você, ele vai te ajudar amanhã... – Entreabro a boca e franzo o cenho.

- O quê? David, você é maluco? Você não pode pagar um advogado para mim, isso é... Isso é... Idiotice, loucura. Além do mais eu nunca te devolveria o dinheiro.

- E quem disse que eu quero dinheiro? Emily, eu só quero ajudar, eu vim aqui para você contar tudo para ele, eu quero que você saia dessa logo, eu preciso te ver... Livre?!

- Não! Isso não David, eu não quero e não preciso de advogado.

- Claro que sim, e já pagamos e você vai ter que aceitar, como não quer que eu vá, o jeito foi arranjar alguém que faça você dizer as coisas certas.

- Mas eu vou falar que foi eu...

- Tá brincando comigo não é? Você não vai fazer isso – Ela coloca a mão em meus ombros e me empurra devagar até a cama e me senta nela – Você vai sentar aqui e contar tudo ao Jonatas.

- Não! David, eu não...

- Shh! Conte logo tudo para ele, ele precisa saber o que a favor de você.

- Vamos senhorita Moore, eu não tenho tempo demais para ouvir vocês discutirem se eu faço ou não o que devo.

- Pode ir embora já que não tem tempo, não vou precisar.

- Vai sim Jonatas, pode ir perguntando – Fuzilo David que sorri irônico para mim.

- Então senhorita Moore?! O que aconteceu?

Eu não respondo, apenas fico encarando eles dois pensando na idiotice que o David está fazendo apenas para me ajudar.

- Emily? – David diz.

Eu não posso aproveitar da bondade do David, eu sei que ele quer meu bem e tudo mais, mas é de mim que estamos falando e eu não mereço tudo isso, mesmo que eu seja inocente...

- Eu não posso aceitar David...

- Bom – Jonatas começa a falar – Eu não vim aqui à toa e eu não vou deixar você perder esse caso, clientes meus tem que ganhar entendeu? Vamos, me conte.

Tudo bem, eu não tenho mais escolha, além do mais o pai do David já pagou e tudo mais, eu sei que isso é “explorar da bondade dos outros”. Mas eu não pedi, ele que tomou a decisão por vontade própria, então não estou explorando dele, ele quis fazer. Então, nada melhor do que pegar não é?

- Bom – Olhei para Jonatas que esperava a continuação – Tudo começou quando eu estava namorando um garoto... O Guilherme...

Comecei a contar tudo que havia contado ao David, só que dessa vez mais detalhado, mais:

“Olha, eu sou inocente”.

Ele perguntava, eu respondia, David às vezes opinava também.

- Bom... Pelo que me disse, você não tem muito a ver com tudo isso, mas precisamos desse tal de Félix para dizer a verdade.

- Ele me mata se souber que eu o entreguei.

- O que quer que eu faça? Vamos ter que entrega-lo, você querendo ou não, é para te defender que eu estou aqui não é?

- Sim.

- Então... Amanha é o julgamento, amanha...

- Eu sei...

- Então... Amanha eu vou falar e você concorda com tudo, mas lá veremos o que a juíza vai fazer, eu vou tomar conhecimento do caso, vou ver se vejo mais coisas, mas se você decidi fazer o certo, tenho certeza que você ganha.

- Ok! – Sorrio – Obrigada!

- Por nada – ele levanta, damos as mãos, David o leva para fora. E depois de alguns minutos volta.

Ele entra no quarto fechando a porta, eu levanto da cama e ele para em minha frente a uma distancia segura. Ficamos um encarando o outro, estava um silêncio tanto constrangedor. Até que o David quebra o silêncio.

- Bom... De nada?! – Olho para a cara que ele fez de confuso e dou risada.

- Muito obrigada, David, tenho muito que agradecer a você – me aproximo dele o abraçando, ele corresponde.

- Sei bem como pode me gratificar – ele leva os lábios para perto do meu ouvido e sussurra em um tom rouco, e um tanto quanto sexy, confesso que fiquei arrepiada. – Dê só alguns passos para trás, caia na cama e se deixe levar pelo desejo.

Afasto-me e dou tapas – muitos tapas – nele. Ele só ria, o que me fez parar de bater nele para rir também.

- Desculpa tá? – Ele diz.

- Tudo bem, eu sei como é impossível resistir a isso – Passo a mão por toda minha silhueta.

- Bom, você com esse pijama não está tão sexy assim – ele diz e logo em seguida ri.

- Muito engraçado você senhor.

- Obrigado! Sou mestre em fazer pessoas rirem.

- Não é a toa que é um palhaço idiota.

- Me ame menos Emily, por favor...

- Sei, sei... – Reviro os olhos e voltamos a nos encarar.

Antes que algo acontecesse, alguém começa a bater na porta, só podia ser a Renata querendo saber sobre o que o advogado... O meu advogado estava fazendo aqui.

- Não vai abrir a porta? – David pergunta.

- Ah! Sim, claro – Ando até lá, e tenho a leve impressão de que David me observava, olho para conferir e sim, ele ri quando eu o olho.

Abro a porta.

- Luther? – Ele sorri.

- Oi! Não fala mais comigo não é? Só quer saber do David e do David... E o que você disse sobre eu te conquistar? – David pigarreia e Luther olha para dentro do quarto, assim que vê David revira os olhos – Era de se esperar – Ele dá as costas, mas eu seguro seu braço – O que foi?

- Calma Luther, o que veio fazer aqui? – Ele puxa seu braço.

- Vim falar com você, já que você me vê e finge que nem me conhece. – Reviro os olhos.

- Não é nada disso.

- Imagina – ele fala irônico.

- Veio falar o que?

- Já que não está tendo aula por causa dos jogos, eu iria te chamar para sairmos, andar por ai.

- Tudo bem, eu vou – Eu o puxo para dentro do quarto e fecho a porta – Fica ai, eu vou trocar de roupa.

- Troca aqui – Ele diz e David pigarreia novamente. Olho para ele.

- Engraçadinho, fique ai com o David, sabe? Seu melhor amigo! – Pego a roupa e vou direto para o banheiro, fecho a porta, mas ao invés de me vestir, eu encosto a cabeça na porta e tento escutar o que os dois provavelmente iriam conversar.

- Então David... Por que anda tanto com a Emily agora? – Depois de um tempo em silêncio David diz.

- Nada, nós estamos apenas... Mais... Amigos?!

- Amigos? Você amigo da Emily, eu sei o que você quer David.

- Eu sei o que VOCÊ quer Luther.

- Eu apenas quero a Emily.

- Eu te conheço faz tempo, eu sei quando está gostando de uma garota, e você não gosta dela.

- O quê? Agora pode sentir os mesmo sentimentos que eu? Ou melhor, está gostando dela, é isso? – Houve um silêncio.

- Você sabe que não.

- Eu também te conheço desde pequeno David.

- Por isso mesmo deveria saber.

- Qual é David, eu acharia bem melhor você sair de perto dela, eu que vou ficar com a Emily.

- E quem disse que eu vou ficar? Luther, a Emily não é do tipo de garota que você costuma ficar, ela não é... Não sei... Ela é diferente das que você costuma levar para a cama.

- Fala sério, o que é agora? Vai dar uma de super conquistador e ficar com essas suas frases?

- Não é isso.

- Então o que é?

- Nada. Eu apenas quero que se for para você ficar apenas por prazeres com a Emily, que é melhor você nem ficar com ela.

- Acorda David, eu faço o que eu bem quiser, você é meu amigo, ou pelo menos era, e não meu pai.

- E aquele velho acordo? De não brigarmos por garotas?

- Esquece isso, a Emily é a garota que eu vou brigar se for preciso, eu vou ficar com ela, e eu estou apenas começando.

- Você não gosta dela. Você quer usá-la.

- Estamos falando de mim, e não de você.

- Tudo bem, fique com ela então, leve-a para cama, depois a jogue fora, só sei que eu te conheço muito bem Luther, e você não está apaixonado por ela.

- Olha quem está falando, o garoto que não faz isso.

- Mas as coisas mudaram Luther! E não tenho certeza se foi para melhor.

Logo após a porta bate com força. Respiro fundo.

O Luther não queria fazer aquilo comigo, ele queria mesmo ficar comigo, é apenas ciúmes do meu novo... Provável... Amigo?!

Mas porque eu estou defendendo o Luther não quer dizer que eu vou ficar com ele, e pelo que eu o conheço, eu sei que ele não quer “me usar para prazeres”. Pelo menos eu acho.

David está apenas tentando me proteger, ou sei lá... Ele anda muito mais que estranho de uns dias para cá.

Termino de vestir a roupa, e saio do banheiro, Luther estava sentado na cama, e quando me ver esboça um pequeno sorriso. E eu tento.

- Vamos? – Ele pergunta.

- Sim! – Pego apenas uma pequena bolsa e o celular. Tinha uns dias que eu não recebia mensagens do tal “admirador secreto”. O que me deixou curiosa para saber quem era. Luther não dizia nada, então é obvio que não era ele, mas eu já sabia desde o começo, como todos sabem, eu sou ótima para perceber mentiras.

Quando saio do transe já estávamos fora do internato, andando para qualquer canto em busca de algum lugar para comermos algo ou conversar.

- Você está bem amiguinha do David, não é?

- Oi?

- Do David, Emily, você está bem amiga dele.

- Ah! É que... Não sei... Ele é legal.

- E é assim que começa.

- Como assim?

- David sempre começa assim, ele vai, vira amiguinho, depois...

- Não! Não é nada disso Luther, eu também pensava que eram essas as intenções dele, mas não, ele é... Não sei... – Ele bufa e balança a cabeça negativamente.

- Emily, se você não for querer exatamente nada comigo, me diga. Eu não quero ficar igual a um idiota atrás de você enquanto você gosta de outro.

- Eu não gosto de outro Luther, quê isso, que... Idiotice. Se você quiser você continua tentando, sei lá, quem sabe eu não me apaixone.

- Emily, eu tento isso há tempos, e nada.

- Me desculpa se eu não consigo amar tá?

- Ou não consegue deixar de amar.

- O quê?

- Esquece, vamos ali – Ele aponta para uma lanchonete, e sem discutir mais nada, vamos para lá, sentamos em uma das cadeiras, e logo uma garçonete vem nos atender, fizemos o pedido e ela sai.

- Então... – Luther sorri e coloca a mão em cima das minhas. Eu tento ignorar.

- O quê?

- Sabe... Bem que a gente podia mudar essa de só... Saidinhas, como eu quero ficar com você, podemos tentar outros modos... – Ele sorri.

- Não, obrigada... Continue assim, um dia você chega lá.

- Ah! Emily. Desse jeito eu não vou conseguir nunca.

- Sabe... Uma vez uma pessoa te disse que não é levando para a cama que se conquista uma menina. – Ele revira os olhos percebendo quem é essa “pessoa”.

- Mas eu quero te conquistar, assim eu não vou chegar nunca.

- Fica tranquilo, eu morro antes disso.

- Como assim?

- Nada... Enfim... Cadê esse lanche? – Eu grito.

- Para! Emily... Como assim? Morrer?

- Não é nada Luther, ok? Fica tranquilo.

- Não, do que você está falando?

- Luther, leva na esportiva, calma tá?

- Não! Não quero te perder antes de conseguir te conquistar.

- Menos drama. – Reviro os olhos.

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias, eu realmente não toquei mais no assunto de morte, mas ele ainda assim perguntava algumas coisas para mim. É claro que eu não ia falar, apesar de faltar horas para o julgamento, mas ele não precisa saber de nada.

O lanche chegou, ele sorria para mim a cada momento com a boca cheia, eu sentia nojo e depois ria da cara dele, mesmo com raiva ele me faz rir. Idiota.

Demorou pouco para que terminássemos.

- Para onde vamos agora? – Ele perguntou.

- Não sei, eu estou cansada, eu prefiro ir para o internato, tem algumas coisas que falta organizar, já que amanha não vou está aqui.

- Mas não vai me ver jogar?

- Desculpa Luther, mas eu disse que não, nem você nem ninguém, mas depois eu vou querer saber de tudo.

- O David é o quarterback do time, o capitão. – Ele revira os olhos e eu dou risada.

- E você?

- Apenas um dos jogadores, mas eu sempre marco pontos.

- Que bom, mas eu tenho certeza que vão vencer – Aperto as bochechas dele.

Ficamos o resto do dia fora, não fomos para casa cedo, ele insistiu para que ficássemos andando por ai. Fomos andando de volta ao internato, ele não falava nada de mais, apenas como estava ansioso para o jogo e como ele queria ganhar a bolsa na faculdade de Nova Iorque ou Londres.

Chegamos rápido ao internato, eu sempre acho que na volta é bem mais rápido que na ida.

Ele me leva até o meu quarto.

- Bom, foi bom passar um tempo com você.

- Com você também – Dou um tapinha em seu ombro.

- Eu... Gosto de você Emily, não liga para o que o David disser, ele me conhece, mas não o suficiente – Apenas digo que sim balançando a cabeça. Ele sorri – E para terminar de um jeito perfeito – Ele começa a se aproximar, e eu tento me afastar, acabo encostando-me a porta. E o empurro de leve.

- Desculpa Luther. – Ele se afasta, e concorda com a cabeça.

- Até mais Emily.

Ele da as costas, eu ia chama-lo, mas achei melhor não dá muitas esperanças... Entrei no quarto, e quando ia fechar deitar na cama algum infeliz começa a bater na porta.

- Você é rápido hein? – Digo quando abri a porta e David estava lá, me encarando.

- Desculpa, é que o julgamento é amanha e... Não sei, eu preciso ir com você.

- Não precisa não, você vai ficar bem aqui, você precisa ganhar essa bolsa isso sim, e para de se preocupar tanto.

- Eu sei, quer dizer, eu não sei... Bom... Já que não quer não é senhora mandona, assim que terminar o jogo eu vou direto para lá.

- Eu posso não está viva – Brinco com ele.

- Nem brinca com isso Emily.

- Por quê? – Pergunto rindo.

- Não sei, mas não quero que morra. – Reviro os olhos.

- Tudo bem, mas não vou, quer dizer, não sei, mas espero que não.

- Igualmente. Eu posso... Entrar? – Penso um pouco.

- Não! – Ele ri – Eu estou falando sério, eu estou muito boazinha com você esses dias, e pode ficar mal acostumado.

- Ah é? – Concordo – Sinto muito... Mas eu vou entrar! – Ele coloca a mão envolta da minha cintura e me empurra para dentro, com o pé fecha a porta e ainda me prendia contra seu corpo.

- O que é? – Eu pergunto.

- O que foi? Não posso te segurar assim?

- Não com as intenções que estão em sua mente.

- O que foi? Vai dizer que não quer?

- Sim... quer dizer, sim, eu não quero. – Ele arqueia a sobrancelha e sorri, mas não é um sorriso como qualquer outro, é aquele que você podia ver mais malicia do que o tudo, aquele sorriso safado. E que por incrível que pareça, eu estava gostando.

Reviro os olhos, eu não quero... Mas aquele sorriso e aquele olhar... Não colaboravam.

- Você quer... – Entreabro a boca, mas não digo nada por alguns segundos, mas logo depois acordo para a realidade.

- Fica quieto, eu não quero merda nenhuma, ainda mais com você.

- Não? – Ele diz perto do meu ouvido em seguida mordendo.

É claro que eu posso matá-lo agora mesmo, mas vamos lá, eu posso morrer amanha, então antes eu poderia aproveitar um pouco do lado bom da vida. Eu sei que é o David, mas repetindo: Eu posso morrer amanha.

- Chega de enrolar – Ele coloca a mão em meu pescoço e puxa a minha cabeça para mais perto da dele, nossos lábios se tocam e logo um beijo começa.

Mas não um beijo calmo, era aquele de tirar o ar, e era isso que estava faltando, ar... Ele me beijava com vontade, desejo e ainda malicia. Eu sabia o que ele queria. Porque por incrível que pareça eu também queria.

 Separamos-nos apenas para recuperar o ar

- Quer mais? – Ele pergunta sorrindo.

- Cala a boca David – O puxo de volta e nos beijamos novamente.

Sua mão percorre cada parte do meu corpo, e seu beijo me deixa totalmente descontrolada. Eu não devia, mas o jeito com que ele me beijava me fazia querer mais. Aos poucos dávamos passos para trás e quando parei para perceber, estávamos na cama, e ele já estava levantando a minha blusa para tirá-la. Eu levanto os braços por impulso e ele a tira jogando em qualquer canto do quarto, começa a beijar o meu pescoço e eu vou a delírios de desejos por mais.

Minha mão involuntariamente vai para a barra da sua camisa a levantando, ele não tenta dificultar as coisas, e logo a tira, ele tinha a visão que queria, e eu a que eu queria... Ele beijava meu pescoço e eu mergulhava meus dedos entre os seus fios negros.

Mais beijos acontecem... Mas, como sempre, nem tudo é uma maravilha.

- Emily, eu... – Empurro a David de cima de mim o mais forte possível e olho para a porta, Renata nos encarava boquiaberta – Eu... Sinto muito, eu não sabia que...

- Cala a boca, você não viu nada, a gente não estava fazendo nada – Vou correndo para onde minha blusa estava e a visto.

- Emily, me desculpa, eu não sabia que estavam a ponto...

- Cala a boca, quer dizer, esquece isso.

- Emily... O que...

- Cala a boca David – Falo e respiro fundo, volto a olhar para Renata – O que é que você queria?

- Nada, quer dizer, eu queria saber do que rolou hoje de manha, mas depois conversamos. – Ela sorri forçada – E uma dica – Ela se aproxima do meu ouvido – Quando estiver a ponto de transar com o David... Tranque a porta. – Ela se afasta, pisca e vai embora.

Fecho a porta, não me viro para David, eu estava... Com vergonha?

Eu não iria me virar, nós estávamos a ponto de fazer uma coisa que eu disse a mim mesma que nunca seria com o David, eu me descontrolei.

- Emily? – Não respondo, apenas fico encarando a porta. – Não vai me responder?

- Não! – Ele ri.

- Você acabou de fazer isso.

- Mas finja que não e saia do quarto.

- Mas... E a gente? – Finalmente viro-me para ele.

- A gente nada, nada rolou, nada iria rolar, agora saia.

- Mas... E eu?

- Você vai para o seu quarto ter sonhos eróticos com outra garota, ou chame uma qualquer, pois esse desejo que está ai espalhado por seu corpo, vai ter que sumir.

Ele franze o cenho.

- Tudo bem – Ele levanta da cama e vem até mim, eu me afasto um pouco, para manter uma distancia segura – Amanha de manha eu estarei aqui! Ok? – Ele bota a mão na minha cintura, mas eu logo tiro.

- Tanto faz, tchau – ele ri.

- Não precisa ficar com vergonha Emily... – Ele segura meu queixo e levanta meu rosto em direção ao dele e ri – Fica mais linda ainda corada – Ele ri e eu bato nele.

- Sai daqui – Grito – Sai David, Sai – Vou batendo nele até ele sair, bato a porta e volto para a cama me jogando nela.

Fala sério, eu tenho que aprender a me controlar, era o David com quem eu iria... Argh! Bom, era o David... E não posso fazer nada com o David, não mesmo.

Tento afastar o pensamento perverso de como seria se tivesse deixado rolar, e começo a pensar no julgamento que seria entre algumas horas.

É isso, tenho horas para pensar no rumo em que minha vida vai tomar. Entregar o Félix o que daria em minha morte, ou não entregar o Félix o que daria em cadeia.


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Notas finais do capítulo

Oi! Quem ai queria que ela... Se deixasse levar pelo desejo? euhuheuheuheue.
Quem sabe na próxima né? Se tiver uma u.u
To brincando, ou não, talvez, masok, sorry para as que queriam que rolasse, mas depois, depois, depois....
Gente o meu "estoque" que capítulos prontos acabaram, quer dizer, eu tenho mais um, que no caso seria o bônus, não tem David nem Luther, apenas Guilherme, Félix e Emily. Mas não sei se eu posto mesmo, ou não, querem o capítulo? Ou vamos direto para o julgamento? Vocês escolhem u.u
Eu não sei quando eu vou postar o próximo e tals, mas irei postar logo. Já sabem o esquema certo?
No minimo 15 reviews com uma recomendaçãozinha, estou aceitando mais :3
Beijos no core ♥