Uma Garota Fora Da Lei escrita por Bia Alves


Capítulo 30
Abraham Lincoln


Notas iniciais do capítulo

Oi, nem demorei não é? Estou boazinha demais. Eu sei.
Enfim, eu estou aqui postando, porque esse capítulo já estava pronto, e como eu não queria acumular demais, porque tem outros prontos também, postei logo.
E então... Ele não está muito... Legal, está apenas interessante, tipo, legalzinho, enfim. Nos vemos lá em baixo.
Boa leitura



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Duas semanas passaram. Faltam dois dias para os jogos do colégio e faltam cinco dias para o julgamento, se eu estou nervosa, com medo e indecisa? Sim, é claro que sim.

David ainda insiste para que eu entregue o Félix, mas eu tenho medo do que ele pode fazer, mas faltam apenas cinco dias e mais nada para que eu pense, eu não tenho tempo de parar para pensar já que eu estou ajudando na organização dos jogos, mas sempre quando tenho tempo, David vem me dar lição de moral para eu entregar o Félix.

E nesse momento, ele está no meu quarto falando coisas que vem falando há dias.

- Emily, eu to falando sério...

- Mas eu também David.

- Você tem que entregar aquele cara.

- Você viu como ele é? Certo? Então pronto David.

- Eu não te entendo, você é tão... Ah Emily, me escuta – ele para em minha frente e segura meu rosto colocando de frente ao seu e encarando os meus olhos – Eu sei que eu digo isso há dias, mas Emily, eu... estou preocupado com você.

- Por quê? David isso não importa, eu vou me entregar e fim de caso.

- Foi ele quem matou Emily, não você!

- Eu sei, ele sabe... Todos sabem, só não querem acreditar.

- Então conta a verdade.

- Não David, como eu já disse, o que é o errado, vai ser o mais certo para mim.

- O que houve com você hein?

- Nada!

- Emily... Você vai ser presa!

- Eu sei – Abaixo a cabeça.

- Eu não vou deixar – Solto uma risada pelo nariz.

- O que você vai fazer? Entrar naquela sala e começar a contar a verdade? Ninguém te conhece lá David, e todos sabem que você não tem nada a ver com isso.

Ele suspira e senta na cama.

- Você está sendo tão idiota.

- Eu sei – Olho em seus olhos.

- Por que está fazendo isso com si mesma hein?

- Não sei, eu não sei de mais nada.

- Emily... Você... – Ele suspira.

- Desculpa tá? Mas eu não vou entregar o Félix.

Levanto da cama e assim que ia sair ele me segura pelo pulso me parando em sua frente, digamos que quase colado a ele.

- Por favor... Faz o que é certo? – Olho para outro lugar, menos para os seus olhos de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança.

- Não se preocupe David... Eu vou ficar bem – Saio do meu quarto, mas eu volto – Ah! Sai do meu quarto – Ele assente e sai, ele vai para um lado, e eu para o outro.

Não sei explicar, de uns dias para cá eu e o David não estamos mais brigando como antes, muito pelo contrario, estamos até amigos, não muito amigos, mas o suficiente para não nos matarmos quando estivermos sozinhos.

Ele vem me ajudando, dando conselhos que por acaso são péssimos, bem que ele me disse que os seus conselhos são muito ruins, mas fazer o quê, o que vale é a intenção.

- Emily! – Olho para trás e Luther vinha em minha direção, assim que se aproxima ele me dá um beijo no canto da boca e me abraça de lado.

- Oi!

- Tudo bem?

- Eu vou indo.

- E os jogos?

- O que é que tem?

- Queria ver você dançando – Dou risada, ele coloca a mão em minha cintura e começamos a andar.

- Não cola.

- O que foi? Se muito bem onde você deve fazer coisas direitinho.

- Você anda muito engraçadinho senhor Parker.

- Com você é impossível não ser. – Dou um tapa em seu ombro – Mas o que eu quero mesmo saber... – Ele não completa.

- O que é?

- Por que tá andando tanto com o David ultimamente?

Se você pensou que ele não sabe exatamente nada sobre julgamento, Guilherme e Félix, está certo, ele não sabe exatamente nada. E tenho medo de contar já que ele é o Luther e mesmo sem querer deixaria tudo escapar. O que eu não quero que aconteça de jeito nenhum.

- Bom... É que... A gente... – Ele assenti e pede continuação – Não estamos nos estranhando como antes sabe? O que é bom, e ótimo... Por que... Pelo menos não vamos mais querer nos matar quando estivermos sozinhos.

- É por isso? Tem certeza?

- Por que seria Luther?

- Não sei, é que ele te olha de um jeito...

- Jeito? Não tem jeito nenhum, ele me olha como qualquer um.

- Não é não Emily.

- É claro que sim, e para de ver coisas onde não existe.

- Ah Emily... Sei lá... Ele é tão... Você não resistiria a ele que eu sei.

- O quê? Luther... Para com isso tá? Só porque estamos mais amigos não quer dizer que vá rolar algo entre mim e ele.

- Sei. Assim espero. Eu sei que já rolou mais beijos e olhe lá.

- E olhe lá nada, não nos beijamos mais...

- Emily, eu não sou tão idiota como pensa.

- A gente só se beijou mais duas vezes, tá? – Reviro os olhos – E se arrependimento matasse.

- Tá falando isso como se fosse forçada, eu sei que gosta dos beijos dele.

- O que é hein Luther? Ciúmes? Para com isso tá? A gente não tem nada de mais para você ficar com isso de ciúmes bobos, melhor parar que eu odeio isso.

Dou as costas, mas antes que eu pudesse chegar longe demais ele me segura e me puxa para perto de si.

- Desculpa – Ele segura meu rosto e me dá um beijo... Se eu senti raiva? É claro que sim, eu odeio que me beijem sem que eu queira, dou graças para que alguém pigarreia atrás de nós.

Separamos-nos e viramos.

- David? – Luther diz.

- Abraham Lincoln, prazer! – David diz e por mais que tenha sido idiota eu ri igual a uma retardada. Pois é. Os dois me olham com o cenho franzido.

- O que é? É proibido achar graça agora é? –

- Não – David diz.

- O que você quer? – Luther pergunta para ele.

- Calma ai tá? Não vim matar ninguém.

- Não me importa, o que é que você quer?

- Falar com a Emily, será que isso vai atrapalhar o namoro de vocês?

- E se eu disser que sim? – Luther se aproxima de David.

- Tudo bem, chega! – Olho para David – O que você quer?

- O diretor está te chamando.

- Para?

- Não sei, falou que daqui a dez minutos alguém vai retornar a ligação para você, não sei – Franzo o cenho.

- Tudo bem, eu vou lá e Luther... – Ele me fita – Vê se não mata ninguém. – Ele revira os olhos, passo direto e paro ao lado de David – Vai comigo?

- Sim – Ele sorri e eu abro um pequeno sorriso.

Estávamos no terceiro andar, e o do diretor é no primeiro, e os elevadores estavam em manutenção, então tivemos que ir pelas escadas e tivemos um bom tempo para conversar.

- Tá ansioso para os jogos? – Eu pergunto.

- Sim! Eu quase que não jogaria, lembra do dia que você chegou que eu fui suspenso? – Dou risada e olho para ele.

- Lembro sim.

- Pois depois de que eu insisti tanto o diretor deixou.

- Que bom!

- Ótimo, o melhor ainda é que se nosso colégio vencer os jogos alguns jogares vão ganhar bolsa para uma das melhores faculdades de Nova Iorque ou talvez em Londres.

- E você quer ganhar?

- E como... Meu pai vai ficar dias espalhando como seu filho é espero e blá, blá, blá, mas vale a pena. Afinal, é uma das melhores faculdades.

- Verdade! Se por acaso eu passar esse ano, eu vou querer morar em Nova Iorque também, não vou aguentar ficar com a minha mãe o resto do ano – Ele ri.

- Nos vemos lá então... – Ele ri e me abraça de lado – Eu vou para o treino daqui a pouco, se quiser ir comigo... Eu vou ficar... Feliz?! – Dou risada da sua cara.

- Eu não sei, mas como esse jogo é TÃO importante para você, eu te desejo muita sorte.

- Obrigado, eu desejo o mesmo a mim – Rimos e quando demos conta estávamos na porta da sala do diretor, paramos um de frente para o outro e ficamos nos encarando.

- Eu... Vou entrar – Sorrio e ele concorda.

- Vou te esperar aqui.

Assenti e entrei na sala, o diretor olha para a porta e eu vou até sua mesa.

- O que queria tio Smith?

- Não me chame assim.

- Avô Smith?

- Diretor – Reviro os olhos e me jogo na cadeira.

- O que é?

- Tem um telefonema para você.

- Eu sei, mas quem é?

- Alguém da policia.

- O quê? – Franzo o cenho.

- Não sei, falar algo sobre o tal julgamento... – Ele me encara – No que andou se metendo Emily?

- Nada que seja da sua conta! – Sorrio e ele balança a cabeça negativamente.

- Moore... Você não tem mesmo jeito.

- Descobriu isso hoje? – Sorrio e ele me ignora.

O telefone toca eu e ele trocamos olhares e antes que ele pegasse o telefone eu peguei primeiro.

- Alô? – Disse com um pouco de medo.

- Gostaríamos de falar com Emily Moore. - Soou a tão conhecida voz da juíza do outro lado do telefone.

- É a própria.

­- Ótimo! Aqui é a juíza que vai tomar conta do caso do assassinato do jovem Guilherme Benson.

- Sim?

- Como está na carta que entregamos a todos mês passado dizendo que o julgamento seria daqui a cinco dias... Teve um erro de impressão e na verdade o julgamento será daqui a dois dias.

- O quê? – Quase grito e o diretor toma um susto – Como assim erro de impressão? Vocês vieram resolver isso hoje?

- Na verdade senhorita Moore, estávamos ocupados com outros casos e não vimos o erro, pedimos desculpa, mas o caso vai ter seu julgamento na quarta-feira.

- Não! Eu não posso.

- Você não tem poder sobre nada, o caso vai sim ser julgado na quarta.

- Mas eu não vou poder, eu tenho compromisso com o colégio, eu não posso.

- Isso não é problema meu, resolva isso com o diretor do seu colégio, seja lá quem ele for, mas isso não me importa nem um pouco, estamos aguardando a senhorita aqui na quarta-feira sem “mas”... Tenha uma boa tarde.

- O quê? Não! Alô? Alô? – Gritei de raiva e bati o telefone.

- O que aconteceu Emily?

- Tudo do pior – Grito – Eu não vou poder participar da organização dos jogos.

- Por quê? O que aconteceu?

- Não sei, eu posso está morta ou sei lá.

Saio da sala batendo a porta, David que estava sentado em um dos bancos em frente a porta se assusta e levanta, eu vou em sua direção e sem falar nada o abraço, eu não precisei pedir para que ele me abraçasse também.

Depois de algum tempo, ele pergunta:

- Vou ter mesmo que perguntar o que aconteceu? – Me separo e encaro seus olhos. Ele passa a mão pelos meus olhos.

- Primeiro: Eu manchei toda a sua blusa de lápis e mascara para cílios – Ele ri e depois ignora – E sem segundo... O julgamento é depois de amanha.

- O quê? Como assim depois de amanha?

- Depois de amanha depois de amanha ué.

- Explica?

- A juíza que está tomando conta do caso me ligou avisado que teve erro de digitação na carta com pedido de comparecimento e o caso é na quarta.

- Mas quarta não vai ser os jogos?

- É isso, eu to louca, eu vou pirar de vez, ainda tem várias coisas para fazer e ainda vou ter que pensar para saber o que eu vou fazer lá.

- Eu vou com você... Fica tranquila.

- Não! Você não pode... É os jogos David, é importante para você.

- Eu sei, mas... Você é ma... – Ele pigarreia – O seu caso também é importante e eu prometi que ia.

- Eu sei que você prometeu, mas é o seu futuro que está em jogo – literalmente em jogo – E eu não vou deixar você estragar a chance de seu pai ficar se gabando pelo filho e você ir para uma das melhores faculdades de Nova Iorque.

- Ah Emily! Mas meus pais tem condições de pagar uma boa faculdade.

- Eu sei! Quer dizer... Sei lá, mas por favor, eu vou sentir como se estivesse te obrigando a ir comigo, não vai, por favor? Fica aqui e vence esse jogo – Dou um tapa em seu ombro.

- Não!

- Por favor? Por mim? – Sorrio e ele ri.

- Não sei Emily, eu quero ver a borrada que você vai fazer.

- Todos já sabem o meu fim David, você só quer conferir se vai ser como está no roteiro da minha vida.

- Não é isso, eu prometi que estaria lá.

- Eu sei, eu também prometi que nunca te abraçaria nem te beijaria e olha onde estamos – Ele ri.

- Tudo bem... Vou pensar!

- Não vai pensar nada, você não vai.

Ele não diz nada, apenas me abraça e eu o abraço também, dá vontade de chorar de novo em pensar que o meu suposto fim está a dois dias de acontecer.

Dois dias para pensar, dois dias para saber se entrega o Félix, ou se vou presa por algo que não fiz... Eis a questão...

Morrer?... Ou ser culpada por matar?

[...]

David sorria para mim o que me faz sorri também, ele estava em meu quarto me falando coisas desnecessárias na tentativa de levantar meus astral, e ele conseguiu, eu até tinha esquecido do Félix e tudo mais, se não fosse pela mensagem em seu nome.

“Ei gatinha! Fiquei sabendo que a audiência é na quarta... Bom saber disso hein? Nos vemos atrás das grades... Ah! espera... Quem vai ser presa será você. Com amor... Félix”.

Eu fico em silêncio e David toma o celular de minha mão, ele ler e depois me encara.

- Eu quero matar esse cara – Ele diz.

- Fica tranquilo... Não vai precisar...

- Por quê?

- Logo veremos. Eu quero dormir um pouco, eu preciso descansar e pensar...

- Tudo bem – ele levanta da minha cama e vai até a porta, eu vou com ele – Bons sonhos – Ele dá um beijo em minha testa e depois sorri para mim.

- Obrigada! – Ele sai e assim que ia fechar a porta vejo Luther pouco distante de nós, ele me encara e balança a cabeça negativamente e da as costas.

Eu tento não me importar, eu já tenho problemas demais... Não é um garoto que está tentando me conquistar, seja lá se ele esteja mesmo apaixonado por mim ou não, que vai me atrapalhar.

Andei a cama e deitei.

Hora de pensar no que fazer daqui a dois dias.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu não tenho nada para dizer sobre esse capítulo, eu apenas postei ele para fazer sentido na historia depois, masok.
Enfim... O próximo vão gostar, tenho certeza heuheuheuhe, mas podem ficar com raiva no final porque eu não vou deixar uma coisinha ai acontecer, já sabem? :3

Enfim, se acostumem pq a maioria dos próximos capítulos serão com mais de 3000, o próximo por exemplo, tem 4000 e pouco, psé :x
Não todos, Acalmem.
E ontem eu estava aqui pensando no que falta para acontecer e falta 10 e alguns trocadilhos de capítulos, eu não gostei, já que eu quero logo encerrar, masok, é isso ai, e outra, eu vou fazer uma fic em dupla, Bella aquela linda me chamou para fazer, combinamos, nos add no face e tal e tcharan, vamos fazer uma, só não tem data para postagem, mas vai ter :)
Até o próximo baby, com 15 comentários ou pelo menos uma recomendação posto ok? :3
Bjs