– Pensei que nunca mais te veria vivo novamente. – Falei o abraçando novamente.

– Eu estou bem pequena, mas eu ainda não entendi nada do que aconteceu, que lugar era aquele? Eu estava mesmo sonhando que seu amigo estava lá? – Gabriel perguntou desconfiado. Contei tudo a ele, até a parte de Lúcifer, mas ele pareceu não acreditar no que eu falava. – Eu morri? E você é filha de lúcifer. A claro, se for assim eu também sou. – Continuou irônico.

– Se você não acredita não posso fazer nada, mas se não fosse por isso você estaria morto. – Falei apontando para sua camiseta cheia de sangue, e foi então que ele viu que era realmente verdade o que falei sobre sua morte e levantou a blusa para ver. Mas para sua surpresa, não havia mais corte, apenas o sangue seco em sua camiseta.

– Está bem, agora eu acredito que morri. Mas como isso é possível? Eu não consigo acreditar que ele seja seu pai. Tem como provar?

– Não sei se tem, talvez assim. – Então o olhei, não sei como consegui, mas fiz com que meus olhos mudassem de cor, ele me olhou assustado e eu ri. – E então?

– Acredito, agora para.

– Ok. – Falei divertida com ele que ainda me olhava boquiaberto. – Não duvide mais do que falo.

– Tudo bem desculpe. Eu sou namorado de um demônio. – Falou rindo.

– Você namorado de um? Mentira, você está me traindo seu safado? – Perguntei séria, só que por dentro eu ria. Ele não me respondeu e me beijou ainda rindo.

– Por que você não quer. – Respondeu dando de ombros.

– Aham. Tá bom. – Continuamos conversando sobre tudo o que aconteceu até que ouço alguém bater na porta.

– Mel será que posso falar com você? – Maicon perguntou calmo.

– Não, não falo com traidores.

– Mel, por favor, não seja criança. Eu saio, pode falar com ela.

– Gabriel, se você sair não volte mais. – Falei e Gabriel apenas deu de ombros, se levantou e saiu pela porta.

– Por favor, Mel, eu não tive culpa.

– Você matou o Gabriel, se não fosse por mim ele continuaria morto. – Gritei irritada.

– Ele está vivo, é isso que importa. Me desculpe, eu não fiz aquilo por querer. Fui obrigado a fazer.

– Estou ouvindo, continue. – E então começou a me contar tudo o que aconteceu. E, agora sim, eu tinha entendido o por que de tudo. Eu era filha de Lúcifer, tinha poderes que o pai dele queria e precisava para tomar o lugar de meu pai.

Após nossa conversa, eu fui para casa, eu queria saber de mais respostas e eu sabia quem poderia me contar. Assim que cheguei minha mãe veio me abraçando feliz.

– Filha parabéns 14 anos que linda. – Veio com um bolo de aniversario, sinceramente, com tantas coisas que tinham acontecido comigo, eu havia esquecido que era meu aniversario.

– Obrigada mãe, já tinha esquecido isso. – Falei sorrindo. – Onde está meu pai?

– Ele está lá no quarto, por que? – Perguntou me olhando curiosa.

– Por nada, eu queria falar com ele, só isso. Obrigada, volto já.

– Ok querida. – Subi as escadas e abri a porta sem ao menos perguntar se poderia ou não entrar.

– Pai. – Ele estava deitado e se virou assustado com meu grito. – Quem é Flora?

Continua...