Depois daquela semana nada foi como antes.

A começar com Ítalo depois do acorrido estava tentando evitar completamente Morgana, parecia confuso e a mesma palavra se cabia a ela que não intendia o significado dos seus sentimentos, aqueles sentimentos tão bons, não sabia o nome ao certo de tudo aquilo, era como se tudo que eles tinham vivido antes.

Obvio por estudarem na mesma escola eles se batiam, mas sempre evitando um contato visual, olhar para o chão era menos constrangedor.

Naquele momento toda escola já sabia.

- Morg é verdade?

- O que você está falando? - Morgana se fazia de tonta muitas vezes quando era necessário.

 - Você e o Ítalo... Bem você sabe o que...

- Se você está perguntando se eu e o Ítalo nos beijamos? E sim a resposta é sim. – Naquele momento o flashback daquele momento se estendia a cabeça dela que logo passou.

- Hein?

- O que... O que você disse Carlota? – Morgana estava realmente confusa agora.

- Eu disse qual é o seu problema de gostar do Ítalo?

Ela não queria falar sobre esse assunto, ela apenas queria apenas ir para sua aula era só isso, mas Carlota insistia cada vez mais.

- Qual é o seu problema? Pelo que me lembre de você odiava ele, não podia ouvir falar que aquele menino era seu namorado e agora você simplesmente o beija?! Quem é você e o que você fez com a minha amiga? – Carlota insiste mais uma vez, mas dessa vez foi o suficiente para Morgana se irritar.

- Quer saber de uma coisa Carlota?! As pessoas mudam e os sentimentos também e se me der licença quero ir para aula já que tenho coisas melhores para pensar.

Na verdade, ela ficou pesando em Ítalo pelo resto das aulas até bater o sinal para o intervalo.

E durante o intervalo...

- Morg, você devia!

- Não sem chance Linda.

 Estavam falando sobre ela deveria ir tirar satisfações com Ítalo, no fundo no fundo era isso que ela gostaria de fazer, por mais vergonha ela sentisse, nem era vergonha era seu orgulho que seria tocado.

- Mas você devia, poxa, você não se acertam nunca!

- E você devia parar de cuidar da minha vida, Annie.

- Cale a boca ele esta vindo aqui.

Cecilia não estava brincando, Ítalo estava indo em direção delas.

- Meninas... Morg...

Não havia uma sequer uma vez que Morgana se arrepiava quando ele dizia seu apelido.

- Oi e tchau, temos que ir.  – Disse ela puxando suas amigas.

- Não vamos não, quer dizer nós vamos ao algum lugar bem longe daqui, você vai ficar conversando. - Disse Cecilia empurrando ela que ficou frente á frente de Ítalo, estavam tão perto que estavam respirando o mesmo ar.

A vontade de beija-lo ali e agora subiu como um fogo que estava a domando, mas não poderia arriscar, principalmente ali no meio do pátio do colégio, então ela teve que se conter.

Em meio de tudo isso ela apenas deu um passo para trás e dizer:

- Ítalo, preciso falar com você.

- Eu também preciso falar Morgana.

“A coisa deve ser seria para ele me chamar pelo meu nome...” – Pensou ela.

O breve silencio que houve durou o suficiente para hora do sinal toca e nesse momento Ítalo sussurrou no ouvido dela.

 - Vá ao jardim depois da aula é importante. 

Aquilo deixou-a curiosa, se antes não estava prestando atenção, agora não estava pouco a fim de ouvir o que os professores diziam ou deixava de dizer, ela só pensava em Ítalo, mesmo sabendo que ele estava à sala ao lado.

Enfim as aulas acabaram e Morgana foi correndo para o jardim, estava realmente muito calor, colocou sua bolsa em um canto e desabotoou um pouco sua camisa que deixava pouca amostra seu sutiã, foi ai que ele chegou.

Ítalo ficou um pouco perplexo quando viu aquilo para ele, ela nunca foi tão encantadora.

- O que foi? – Perguntou ela com sorrisinho.

- Hm... Não... Quer dizer... Oi!

- Oi... – Disse ela achando um pouco estranho o comportamento.

- Então... Você disse que queria falar alguma coisa.

- Não você disse que queria dizer algo, por isso estamos aqui. – Ela disse, mas Ítalo estava prestando mais atenção no sutiã da garota.

- Desculpa?! O que disse?

- Me deixa quieta, não estou interessada mais em saber mais, tenho que ir. – Ela pegou sua mochila, quando ela estava partindo, quando ele pegou pelo braço, puxou ela e a beijou.

Quando a soltou, deve coragem para perguntar.

- Quer namorar comigo?

- Namorar... Tipo namorar?

Ele abriu um sorriso por causa da cara dela.

- É você quer namorar comigo?

- Sim, não quer dizer, não sei, é tão rápido, tenho medo.

Ela parecia confusa, mas ela estava falando a verdade, estava acontecendo tudo tão rápido, ela tinha medo que tudo que seria dito ali acabasse numa só piscada.

Na verdade, eu na minha humilde opinião eu acho que todos sentem isso quando amam alguém, claro que ficamos felizes quando vemos o sorriso do amado ou da amada, quando amamos o mundo a nossa volta se torna mais alegre e colorido, parece que seu mundo se vira de cabeça para baixo, mas acabamos ficando com medo que tudo isso acabe e que criamos expectativas que não ocorrem e acreditar em qualquer coisa dita, é, o amor é uma moeda de duas fases que muda completamente de repente.

- Não precisa ter medo, eu sempre estarei com você.

Ela abriu o sorriso era a coisa mais linda que havia falando a ela.

- Já que você disse jeito, sim eu... Aceito ser sua namorada.

- Vem aqui minha pequena. – Ele a pegou pela cintura e a beijou.

E assim selaram com um beijo e caminharam para fora para da escola.

Mas isso selou mais que selou um começo de um romance, foi o começo de uma história grandiosa que renderia muitos beijos, choros, tristeza, sucesso, traição entre outras coisas.