Herdeiros E O Filho Do Lorde escrita por Castebulos Snape


Capítulo 8
Perneamento Noturno


Notas iniciais do capítulo

desculpem pela demora, problema na net. eu ficaria muito feliz se as pessoas que leem comentarem!



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POV.: Bi Stevenson


Helena me encarava com raiva, mas seu olhar caiu e ela se dirigiu para uma das paredes, para sair, mas eu não queria que ela fosse.

– Helena, espera! – ela parou a centímetros da parede, mas não se virou, esperando que eu falasse o que queria – Só queria dizer que você é meu fantasma favorito aqui de Hogwarts – inferno pra ter cão! Eu tinha que falar! – E que sua mãe não teria mandado a Barão atrás de você não tivesse te perdoado de verdade, as mães sempre perdoam, por mais que demore, por mais que sejam teimosas, elas sempre perdoam.

– Como sabe disso?

– Eu li num livro, sei o que aconteceu. Tenho certeza que sua mãe te perdoou.

Eu esperava de tudo, grito, morte lenta e dolorosa, tortura criativa, surra, meu corpo dilacerado na floresta negra ou no lago, o Barão saindo da parede com uma machadinha... Exceto ela olhar para mim, com uma cara de choro e se sentar no sofá comigo. Eu não soube o que fazer, como se consolava alguém morto?

– Acha mesmo que ela me perdoou? – assenti, insegura.

– Ela era sua mãe, por mais que fosse Rovena, ainda era sua mãe. Ela queria você de volta, queria você por perto, quando a gente está para partir, se arrepende dos erros, não é? – ela assentiu, ficando mais branca do que o normal – Ela só queria você por perto, só cometeu o erro de mandar o Barão, que é esquentado como todo sonserino.

– Não podemos conversar aqui, as paredes tem ouvido – ela olhou para as escadas que levavam para os dormitórios – Siga-me – ela se levantou, e seguiu para a saída, tive que correr para alcançá-la, corri pelos corredores, pensando das infinitas possibilidades de ser pega e nas suspensões que ia levar, isso antes mesmo de Kate conhecer os professores!

– Espera! – sussurrei, tremendo um pouco, esperando conhecer o Filch e a madame Norra – Eu não posso ficar aqui, vou receber uma detenção, e é só minha primeira noite no castelo!

– Você está comigo, sou a fantasma de sua casa, tenho direitos – será mesmo? –, e eu quero conversar com você.

E devia ser a primeira pessoa em anos, dês de que a Luna saiu, a conversar com ela, devia ser animador! Mas eu duvidava que Filch fosse ligar para minha companhia! Continuei correndo até me deparar com um pátio aberto, que ótimo, muito estratégico se esconder num lugar onde todos podiam te ver! Atravessei, usando as sombras para me esconder e vi Helena no pé da escadaria, me esperando.

– A Torre de Astronomia! – toquei o corrimão, sentido a frieza, a ferrugem, Dumbledor morrera ali, Severus passou de espião para traidor ali, a marca negra sujara aquele céu! – Uau! Isso é incrível! Kate daria tudo para estar aqui

Corri para cima, nem ligando para o numero de degraus a altura, apenas queria ver o céu à noite, para poder ver aquilo antes de qualquer primeranista! O ar frio me capturou ao mesmo tempo que a mão de Helena pegou a minha, era lindo, o céu estrelado, a floresta negra, o lago, e o castelo sob a luz da lua. Uma certeza tomou meu corpo, maior que todas as outras certezas: aquela era minha casa.

– Helena, posso te chamar de Helena mesmo não é? – ela assentiu – É lindo – seus olhos também brilharam, deixando-a quase viva, imaginei que ela crescera naqueles corredores, sua mãe ajudou a construir aquilo, sua mãe e meu ancestral. Salazar, por isso Kate o idolatra – Você deve ter orgulho de sua mãe, ela ajudou a construir tudo isso!

– Sim, foi idéia dela que a sala do diretor do colégio, naquela época um conselho formado pelos quatro, ser numa torre, por isso a estatua protetora da torre é uma ave – olhei para ela, absorvendo cada informação – Seus animais favoritos. Por isso também que elas são meio chatinhas, é o gênio da criadora – riu, ficando mais linda ainda, parecendo mais viva que qualquer um naquela escola, linda – Lembro que, quando eu pequena e andava sempre com minha mãe, as reuniões do conselho sempre terminavam em discussão! Minha mãe e Helga tinham que separar as brigas de Salazar e Grifindor, isso antes de começarem a discutir, mas sempre terminavam bebendo juntos e rindo das besteiras.

“Lembro que Salazar me colocava no colo e me fazia perguntas bobas, eu respondia séria, como minha mãe, e eles riam com isso, me corrigindo e perguntando mais. Grifindor intervinha sempre, quero mais a atenção de minha mãe, ele brincava e me fazia rir com bobagens. Era divertido, eles eram muito amigos, até que as discussões ficaram mais rancorosas e acabou.”

O silencio caiu como uma pedra, nós duas sabíamos que Grifindor e Salazar se tornaram inimigos na verdade por causa de Rovena, os dois a amavam e ela não amava nenhum dos dois!

– Isso é extraordinário! Deve ter sido incrível conhecer eles – ri, me sentindo melhor, pelo menos teria alguém para conversar antes de fazer amizades, se bem que Helena estava me saindo melhor que qualquer amigo que eu tinha na minha escola trouxa, só faltava Kate ali para completar minha alegria. E Fred... – Helena, como eu digo para um garoto que eu acabei de conhecer que eu estou apaixonada por ele?

Ela me encarou, e eu corei ficando bem parecida com uma cenoura, com certeza, era estranho, eu estava apaixonada por um garoto que acabara de conhecer e estava pedindo conselhos a um fantasma que conhecia a menos de uma hora. Mas eu estava em Hogwarts, era neta de Voldemort, nada devia ser normal ali.

– Eu não sou a melhor pessoa para falar disso... – seu olhar voltou a ficar apagado e infeliz – O homem que amo acha que eu o odeio, eu também passei anos achando que o odiava – ela suspirou. Oh, inferno pra ter cão! Barão Sangrento! Minha boca caiu, isso era muito inesperado, até para alguém que sabia tudo sobre aquele castelo.

– Helena, ele te ama há séculos! Por que você não vai conversar com ele? – as duas eram péssimos exemplos de amor bem resolvido, mas e daí? – Ele ia amar, talvez até parasse de encher minha irmã.

– Não! – ela flutuou para longe, saindo das torre e brilhando um pouco com a lua – Ele ia me achar fraca, e não vou correr atrás de um homem! – se virou para mim, sua expressão não estava tão determinada quanto sua voz indicava – Ele já esperou tanto, seria ridículo depois de tantos anos e simplesmente ceder!

Suspirei, será que os adultos tinham mesmo que ser tão estranhos?

– Não fez sentido, Helena! – me apoiei na barra de metal, tentando impedir meu cérebro de trazer as imagens de Dumbledor morrendo ali, com os Comensais a sua volta... – Vai esperar até o ultimo momento como Rovena? Vai esperar ter que se arrepender? Ceder seria lindo, principalmente depois de tanto tempo, ele nunca acharia ridículo, se ele gosta de você, e gosta, só vai conseguir pensar em como é sortudo, e os outros que se fodam, como diria minha irmã! Seria lindo se vocês ficassem juntos.

Ela sorriu, triste, e voltou para perto de mim, não parecia convencida, parecia estar pensando: é só uma criança, o que ela sabe? Mas eu jurei para mim mesma que ia fazê-la feliz, que Kate me ajudaria a ajudar esses dois.

– O Barão apenas falou aquilo para sua irmã para testar se ela merecia estar na Sonserina – falou, displicente –, se não ia desonrar mais ainda a casa. Ele ficou satisfeito com a resposta dela, furioso, mas satisfeito. Ela foi aprovada.

Sorri.

– Kate desonrando a Sonserina? – sorri mais, imaginando aquilo – Impossível! Se tiver alguém orgulhoso de sua casa é ela, a paixão com que fala das qualidades de um sonserino nato! Ela não aceitaria qualquer outra casa, é sonserina na alma.

No sangue, o pensamento veio como um soco, nosso sangue era culpado pelo derramamento de sangue que aconteceu naqueles corredores. Estremeço, pensando naquilo.

Vamos, você vai acabar pegando um resfriado de continuarmos assim, você ainda não morreu – sorri, mas não acompanhei, queria ficar um pouco mais, tipo para sempre – Você tem sete anos para observar essa paisagem, a gente pode ir, ela não vai mudar, não mudou nos últimos mil anos...


POV.: Kate Stevenson


Não conseguia dormir de jeito nenhum por quatro motivos: 1. Vlad não estava dormindo, ele tentava fingir, mas não era muito bom, devia estar nervoso. 2. Alguém parecido comigo tinha entrado no meu quarto e falado com minha cobra. 3. Ted era lindo e encantador, quer dizer, legal e gente boa. 4. Bi não estava ali do meu lado.

Não agüentei mais e saltei da cama, coloquei o roupão e sai do salão comunal, não tinha nada de interessante ali. Era impressionante como as masmorras podiam ser assoladoras e frias, mas eu era sonserina, logo não importaria mais, eu estaria acostumada.

Não preciso dizer que aquilo ali parecia um labirinto, eram corredores e mais corredores, um mais escuro e gelado do que o outro até que eu me perdi. Depois de refazer mais passos mais de mil vezes, de cortar caminho, de chutar paredes, eu encontrei uma porta, podia não levar a lugar nenhum, mas era melhor que nada.

Era uma sala, tinha um cheiro familiar, bancadas e banquinhos atrás delas, armários cheios de vidros estranhos, uma mesa na frente de tudo e um quadro negro na parede. A sala de aula de poções! Segurei o riso e caminhei até a mesa do professor, eu podia ver o Sev sentado lá, observando uma sala cheia de crianças nervosas, depois se levantando e fazendo todo mundo quase ter uma crise de nervos.

– Posso saber o que a senhorita está fazendo fora da cama? – a voz grossa e arrastada de Sev me faz saltar e dar um gritinho idiota, me virei esperando um camisão, cabelo bagunçado, jeito lento e irritadiço pelo sono, mas ele estava completamente vestido e com cara de quem não dormiu nem sequer um segundo.

– O senhor não dorme Professor Snape? – Isso o fez vacilar completamente, fazendo com que a cara de professor mal caísse. I’m diva!

– Professor Snape? Desde quando me chama assim, Kate? – ele encostou a mesa e me olhou bem, nem demonstrava se estava cansado, será que ele era humano de verdade? Analisei bem seu rosto procurando algo que ia alem das olheiras, ele ergueu a sobrancelha e sorriu de lado como sempre.

– Sei lá! Como é que eu ia saber se estou falando com o Sevie ou com o Professor? – me sentei ao seus lado na mesa e encostei a cabeça em seu ombro, querendo um agrado. Ele passou o braço em meu ombro e acariciou meus cabelos.

– Quando estamos sozinhos eu sou o Severus, quando não eu sou o Snape, e quero respeito – fiz minha cara de: vai nessa! Ele sorriu e puxou minha orelha. Bocejei, fechando os olhos e me encostando nele – Anda, vou levar você para a cama – me pegou no colo e eu apenas abracei seu pescoço, seria um dia longo, não custava nada descansar.



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Notas finais do capítulo

desculpe pelos erros



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