Herdeiros E O Filho Do Lorde escrita por Castebulos Snape


Capítulo 7
Plataforma e Cabine


Notas iniciais do capítulo

eu tenho cinco leitores e só um comentado. da para explicar isso? nao! comentem.
nao ficou tao bom, mas o proximo vai ser melhor



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POV.: Kate Stevenson

Coloquei os últimos livros no malão e sentei Bi em cima para fechar, não que ela seja pesada o bastante, mas era meu único instrumento. O dela não tinha tido tantos problemas, sua mala estava o mínimo arrumada, mas eu simplesmente joguei tudo dentro e dei um jeito como é típico de mim. Eu me amo, aloka bate cabelo Joelma não me representa!

Tudo estava muito estressante nas ultimas semanas, fazer feitiços contra feitiços das trevas não é nada fácil, sério, pensei em fazer alguns das trevas, se o Sev conseguiu, por que não eu? Mas a Bi não deixou, chata. E nós estávamos tentando deixar isso fora das vistas do Sev Fofous, o que também não é fácil quando ele lê mentes, achei que, por nunca mais termos olhado em seus olhos, ele devia estar achando que estávamos com algum problema com a adaptação.

Sevie nos deixou na estação, mas não pode esperar para nos ver embarcar (sua voz ficou desanimada com isso, não me segurei, soltei o “Oooooooowwwwwnnnnntttt” mais ridículo da terra e o agarrei gritando: “Que lindo!”), e desaparatou depois de receber dois beijos. Ele é lindo! Lindio do meu S2! (isso foi ridículo!)

Observamos a multidão de bruxos, a locomotiva vermelha soltando fumaça, as corujas, gatos, sapos, os malões, as vassouras... Era verdade, era simplesmente verdade, a ficha caiu em mim como um soco, eu iria para Hogwarts, eu entraria em uma das quatro casas, eu estudaria magia. Meus olhos arderam se enchendo de lagrimas e rimos, ao mesmo tempo, juntas como sempre.

Colocamos os malões para dentro, Bi acalmou Almofadinhas, que não estava muito bem dentro da gaiola que ela ganhou do Sev, enquanto eu brigava com Vaílisa, que não ficava quieta dentro da caixa de vidro, assim ia arranhar o presente do meu lindio S2 (continua ridículo, mas é fofo).

Nós entramos em uma cabine vazia e começamos a discutir para que Casa iríamos (oh, falta do que fazer da vida!), logo dois garotos entraram na cabine e começaram a sussurrar no canto. Eu sabia quem eram eles. (Destino, casa comigo, que tu és minha alma gêmea). Os cabelos vermelhos, a cara brincalhona e a companhia denunciavam sua identidade: Fred II. Bi olhou para ele com uma devoção e um carinho descomunal, chutei sua perna e sentei ao seu lado.

– Deixa de ser discreta! – sussurrei – Tenta tá, só tenta! E não vá se apaixonar, nossos avós transformaram a vida daqueles dois em um inferno, principalmente Ted.

– Eu sei, mas não era eu que estava de olho no pequeno Teddy! – ela fala por trás dos dentes de um sorriso nervoso. Já apaixonou.

Eu estava? Então percebi que estava, inconscientemente, eu analisara a pele pálida perfeita (atenção que ele é três anos mais velho que eu e não tem espinhas! Bendito seja o gene de Remo Lupin!), o sorriso contagiante, as unhas um pouco ameaçadoras e meio grandes, os caninos pontiagudos e extremamente brancos, os cabelos rosa, como os que Ninfadora usava e os olhos vedes profundos. Ai que lindo...

– Ele está usando os olhos de Harry, os de Lílian, são realmente lindos... Principalemtne nele – ela negou com a cabeça como se dissesse: “Aloka”. Elevei a voz, vai que ele ouvia, falava com a gente... – Bem, eu vou para a Sonserina, obrigado, irmãzinha! Bem melhor!

Ela sacou, bendita seja, os meninos nos olharam, os dois com as sobrancelhas levantadas. Bem, se funcionou para o Sev ser odiado a vida escolar inteirinha, poderíamos fazer amizades assim ou ser odiadas! Arrumar namorados...

– Prefiro muito mais a Corvinal, e você é a irmãzinha, eu sou mais velha!

– Sonserina!

– Corvinal.

– Grifinória! – disseram os dois e escorregaram até ficarem na nossa frente. Ted me olhou nos olhos e quase derreto bem ali. Fred olhou, fascinado, minha irmã, os olhos brilhando e um sorriso bobo brincando, gamou. O lobinho Junior me olhou em desafio, grifinórios... – Todos sabem que a Grifinória é a melhor!

– Espera – levantei e abri a porta –, tem alguém ai para defender a Lufa-Lufa? – ele riram da minha estupidez, pena que não tive resposta – Já que não... Somos Bi e Kate Stevenson. Qual são os nomes de vocês?

– Ted Remo Lupin!

– Fred Weasley II.

Ted nos analisou e sorriu, desaforado, e se levantou

– Eu conheço esse sobrenome, é claro! Com certeza as duas são sonserinas. Vocês são as netas de Belatriz.

Fiz uma careta de nojo e Bi respirou fundo. Levantei-me também, quem aquele cara achava que era para fazer minha irmã se sentir mal? E ainda por cima era mais alto que eu! Babaca! Tolo! Estúpido! E lindo! Funguei, Sacanagem.

– Obrigado por lembrar, Sr. Ted Remo Lupin! Estava um dia bonito, mas o senhor tinha que estragar tudo! Eu queria passar minha primeira viagem para Hogwarts sem me lembrar que dezenas de pessoas na escola me odeiam por causa dessa infeliz. Minha irmã pode ir para a casa que quiser e eu queria a sonserina antes de saber que você era mais que um personagem de cabelo azul. Aliás, conheci seu padrinho Harry, é simpático! Por que ele não o ensinou isso?

– É o tio Harry falou que vocês – acusou Fred (que fofo: tio Harry! O Harry é tio agora, ironia, com certeza), ele me olhou como se me desafiasse a atacar, mas então olhou arrependido para Bi – Ted, o tio – que lindio... – falou que elas não tinham nada a ver com aquelas pessoas, você sabe disso! Ele testemunhou a favor delas, a cicatriz nem dói! Elas não têm culpa pelo que a avó delas fez. E lembre-se que Belatriz é sua tia avó.

– Eu não tinha pensado nisso – murmurei, me deixando levar pelos inúmeros parentescos indesejados – Nossa mãe era prima da sua mãe, e nós somos... – pensei um pouco – primos em quarto grau? Isso existe?

Fred sorriu e fez o outro se sentar. O pequeno Teddy estava emburrado, mas eu podia ver os cantos de sua boca se erguerem. Eu nasci diva, meu amor! Eu pude fazer Severus Snape rir, eu pude fazer Ted Lupin rir o mundo era meu!

– Que fofo! – sussurrei.

Bi me deu uma cotovelada para me trazer de volta à terra, Fred sorriu da cara que ela fez como se fosse a coisa mais linda da terra e Ted sorriu para mim, franzindo a testa sem entender muito bem o que estava acontecendo.

Conversamos sobre tudo um pouco, volta e meia, Ted e eu gritávamos um com o outro, quando nossas opiniões divergiam, mas logo começávamos a rir. Bi e Fred riam de nós e trocavam os olhares mais envergonhados.

Quando estávamos quase chegando em Hogwarts, Ted me cutucou e indico os dois com a cabeça, eles olhavam pela janela conversando baixinho, deixando nós dois de lado.

– É, parece que o Tio Jorge vai ter uma nora.

Ri e olhei nos verdes profundos. Seu sorriso caiu e me senti exposta, como se ele visse minha alma, cada ma das minhas duvidas e segredos, como se fossem dele também.

– Você tem olhos azuis lindos – sua voz saiu baixinha, quase não ouvi. Senti meu roto esquentar. Abri minha boca para agradecer e dizer que os dele também eram, mas o apito do trem me impediu.

Corremos para fora, Bi pegou minha mão, os olhos loucos para ver o castelo, Fred sorriu com a expectativa e Ted se despediu, dizendo que não podia ir de barco com a gente.

Caminhamos até o homem que reunia o pessoal do primeiro ano, era Hagrid sem sombra de duvida! Barbudo, olhos negros e doces, quase três metros de altura, voz grossa e gentil. Um meio gigante e tanto.

Bi, Fred, uma menina loira e eu paramos bem a sua frente.

– Olá, Hagrid! – cumprimentados, a menina loira, ficou pálida, quando olhou bem para o gigante. Devia ser nascida trouxa, nada pode preparar você para algo daquele tipo, eu mesma tive dificuldade para assimilar tudo de uma vez.

– Ora, olá, vocês! Oi, Fred. Quem são suas amigas?

– Bi e Kate, as Stevenson – ele falou o nome como se fosse o resumo de uma historia muito, muito longa, não era, só era longa.

– Ah, entendi. – É claro que entendeu! – Bem, entrem no barco, podemos conversar mais tarde. Você também.

Sentamos, a menina corou quando eu sorri para ela, seu cabelo era de um loiro tão claro que era quase branco, as pele devia ser mais branca que a bunda chulada do Ed purpurina e seus olhos eram muito pretos, mais que os do Sev até.

Não custa nada socializar.       

– Oi, meu nome é Kate Stevenson – ela me olhou, assustada – Como é o seu?

– Annaelly Jales – sua voz saiu baixinha, tímida. Percebi um sotaque estranho por traz – É um prazer.

– O prazer é nosso – Bi se inclinou para a frente – Somos do Brasil, de onde você é?

– Fred Weasley – Fred aperto sua mão, deve ter falado com ela só porque Bi falou – Sou da Inglaterra mesmo.

– Itália. Meu pai é bruxo, nasceu aqui, fez questão que eu estudasse em Hogwarts. Minha mãe é trouxa – ela corou e abaixou a cabeça.

– Nosso pai também é – admiti – Devia ter orgulho disso, ser sangue puro é nojento.

– Ei! – Fred chutou minha perna, me dando língua.

– Fred, da próxima vez que fizer uma idiotice dessa eu vou fazer você engolir essa língua e sua perna – seu sorriso caiu, percebendo que eu falava sério – Sério, Annaelly, não se preocupe com isso, dentro do castelo, tem gente que nasceu trouxa, tem mestiços, tem sangues puros, não se preocupe, você vai ser bem aceita.

  Ela parece mais confiante, e sorriu. Foi quando uma luz refletiu na íris azul de Bi, o castelo. Virei e me deparei com aquela coisa magnífica. Foi a coisa mais linda que já vi, o castelo medieval parecia emanar poder, suas luzes refletiam no lago negro... Ofeguei, entendi porque todos chamam aquele lugar de lar, deve ser incrível morar num lugar como aquele.

Descemos e Hagrid nos guiou para dentro, vi Bi ficar arrepiada com o poder que o salão emitia. Eu estava tão nervosa que mal ouvia o burburinho dos outros a minha volta. Tudo o que eu queria era entras sentar no banquinho e ir para a sonserina, será que era tão difícil assim?

Hermione saiu da porta que dava para o Grande Salão e sorriu para todos nós. Mal ouvi sua explicação sobre as casas, senti minhas mãos tremendo e meu coração batendo mais forte. Apertei a mão de Bi com força, tentando não dar nas vistas que estava nervosa, sonserinos não deviam ficar nervosos.

Quando entramos no salão percebi três coisas. Primeiro: o brasão da sonserina sobre a mesa. Segundo: o céu estrelado no teto. E terceiro: o Sev, sentado ao lado direito de Minerva, nos procurando com a testa franzida, preocupado.

– Ownt, meu lindio S2...

Os três riram com a besteira e nós paramos. Os nomes começaram a ser chamados. Eu passei os olhos por todas as mesas e encontrei os verdes de Ted me analisando, brilhantes. Ele sorriu para mim e assentiu com a cabeça para me dar coragem. Voltei a olhar para frente, Sev estava com os lábios tensos com os olhos em Ted. Ownt, ciúmes, que lindo! S2S2S2S2S2S2

– Jales, Annaelly!

Sorrimos para ela e eu a observei caminhar até o banquinho e se sentar. O chapéu velho e puído caiu em seus olhos. os segundos se passaram. Tentei adivinhar para que casa iria, talvez para a Grifinória, ou Corvinal, ou...

– Lufa-lufa! – gritou o chapéu.

A mesa da lufa-lufa explodiu em comemoração, Bi, Ted e eu também aplaudimos. Ela se levantou, deu o chapéu para Hermione e correu para a mesa sendo cumprimentada pelos colegas, parecia satisfeita.

Os nomes foram passando, meu nervosismo ia aumentando, a sonserina foi ganhando novos alunos, assim como a Corvinal, Bi sorria e aplaudia quando isso acontecia, era hilário! Ted não tirava os olhos da mesa da Grifinória. Fred sorria para nós.

– Stevenson, Beatrice!

Bi me olhou, temerosa e eu lhe dei um empurrãozinho, para que fosse logo, Ted lhe sorriu e Annaelly assentiu da mesa da Lufa-lufa. Ela se sentou no banquinho e o chapéu caiu.

O Chapéu Seletor considerou por vários segundos a boca de Bi formava Corvinal com tanta intensidade que acho que ela ia incendiar aquele chapéu de não fosse para lá. Eu não queria que ela fosse para a Corvinal, eu seria da Sonserina e ela ficaria longe de mim, do outro lado do castelo, não comeríamos juntas, não teríamos muitos amigos em comum, Fred e eu nos entreolhamos, era obvio que ele tinha gostado de Bi e também era obvio que ele iria para Grifinória. Fechei os olhos e tentei conter minha lagrimas, ficar longe da minha irmã seria a pior experiência de todas.

– Corvinal!                    

Não pude evitar o gemido e ouvi o de Fred. Quando ela se levantou, com um sorriso imenso, não pude evitar o meu, ela estava feliz, e isso era muito bom! Aplaudi, junto com a mesa da Corvinal, Ted, Fred e Annaelly.

– Sterveson, Katherina! – o salão inteiro me olhou e eu inflei meu peito, nunca que ia parecer fraca e assustada na frente das pessoas que eu teria que aturar.

Caminhei lentamente, nós vamos continuar a ser irmãs para sempre, não vamos deixar de ser amigas, nem sempre gostamos das mesmas coisas, nem tivemos os mesmos amigos, e ainda vamos ter aulas juntas. Sentei-me no banquinho e o Chapéu Seletor caiu sobre meus olhos.

Olá, é corajosa, inteligente, astuta, determinada, forte e sabe escolher seus aliados... A última criança que teve uma mente como essa...

Eu sei, respondi, virou o maior bruxo das trevas por aí, ele é meu avô e eu não pretendo seguir seus passos, tenho nojo de bruxos das trevas e gostaria mito de ir para a casa do meu ancestral: Sonserina!

Pois bem... Eu disse determinada?

– Sonserina!

Obrigado!

Não a de que!

Saltei do banquinho e foi para a Sonserina, sentei-me ao lado de um menino de cabelos loiros bagunças, olhos verdes claros e sorriso de lado. Parecia simpático.

– Oi, sou Vladimir Higgy, é um prazer!

– Katherina Sterveson, o prazer é meu! – apertamos as mãos e começamos a conversar. Todos da mesa me lançavam olhares estranhos, todos menos Vlad (ficamos íntimos), ele também devia saber quem eu era, mas não devia se importar. Contei a ele sobre Vaílisa (que estava dentro de sua caixa de vidro, mal humorada, só que sim) e ele me falou sobre Infortúnio, seu iguana azul, ainda era um filhotinho e ele levava no bolso, todo azul turquesa com faixas brancas no dorso e olhos vermelhos, era muito fofinho.

O Barão Sangrento passou voando por nós.

– Ora, Ora, Ora! – exclamou com sua voz torturada e alta e com os olhos em mim – Se não é a neta do próprio Lorde das Trevas?

– Sou – respondi, sem medo, se ele me machucasse ia se ver com o corpo docente, o Ministério, e minha irmã (a mais perigosa da lista). E bem alto para que todos soubessem quem eu era e como pensava –, não me orgulho, ou gosto do parentesco, mas sim, eu sou, sim, minha mãe era filha dele e de Bixatrix, a estranha, opa, Belatriz Lestrenge, infelizmente, eu preferia os meus avos trouxas que sempre cuidaram de mim nas férias que eu passava com eles. Como vão suas correntes de penitencia?

Metade da mesa da Sonserina soltou exclamações de nojo, a outra metade começou a rir do fantasma, os professores pareceram surpresos (Neville trocou um olhar significativo com Hermione), minha irmã estava orgulhosa em sua mesa, e Vlad estava rindo para mim. O Barão pareceu querer me estrangular, mas o frei da Lufa-Lufa, o empurrou para o lado e apertou minha mão pela sinceridade e coragem.       

Depois do jantar, da diretora McGonagal começou seu discurso, a coisa mais interessante foram nossos três novos professores Neville em herbologia, Hermione em feitiços e um tal de Juan Donovan em DCAT. Ele era bem estranho, mas bonito, tinha uma barba rala e meio loira, seus cabelos curtos eram de um loiro escuro e desgrenhado, os olhos azuis eram claros e puros, parecia uma boa pessoa, mas não estava de bom humor.

Nós fomos levados para as masmorras, dei um sorrisinho de boa noite para Bi e acompanhei Vlad, o lugar inteiro era imenso e incrível, tão maravilhoso que eu não pude imaginar enquanto lia os livros. Nossa sala comunal era grande e espaçosa, toda verde e prata, com o brasão da Sonserina sobre a lareira, mesas para estudos no final da sala e poltronas confortáveis perto do fogo que era esverdeado, provavelmente por causa de alguma magia de Salazar. Agradeci, silenciosamente, meu ancestral por ser rico e fodástico, se não aquilo ia ser uma coisa muito chata e pobre.

– Bem – disse o nosso monitor, em tom grave e nobre, eu ia ter que aprender seu nome –, aqui na Sonserina nossos alunos são divididos em quartos de dois, não fazemos diferenciação por sexo e sim por sorteio mágico, afinidade, idade ou parentesco. Vocês ficarão nos mesmo quartos por toda a sua vida nesta escola, naquele pergaminho ali – ele apontou para um pergaminho sobre a lareira – tem seus nomes, quartos e com quem vocês vão ficar. Se tiverem alguma reclamação, me procurem e daremos um jeito!

Por sorte, ou destino (não falei que amo esse cara?), Vlad e eu ficamos no mesmo quarto, era bem simples com duas camas dois armários e dois criados-mudos, tinha um banheiro pequeno, mas com uma banheira bem confortável e que devia ser uma delicia, em todo o lugar parecia ter uma cobra sonserina e, para completar a cena, Vaílisa estava estendida confortável em minha cama, como ela saíra da caixa de vidro? Eu não sei, isso era sinistro! Mas fiquei feliz que estivesse livre.

– Vaílisa, como saiu da caixa?

Ela ergueu a cabeça para me olhar.

Aquele homem simpático parecido com você me libertou, ele também conseguia me entender. Disse que logo vocês se conheceriam.

Meu corpo esfriou. Homem parecido comigo? Ofidioglota? O que?

Do que está falando, Vaílisa? Não existe homem parecido comigo. Tem certeza que ele sabia a língua das cobras?

Sim, absoluta.

POV.: Bi Stevenson

Kate foi levada para seu salão comunal e eu segui minha monitora para a Corvinal. As tochas se ascendiam com nossa passagem, os passos ecoaram nas pedras, o que eu achava muito lindo, mas as garotas pareciam não gostar muito, por isso não comecei amizade com nenhuma delas, não parecia valer a pena.     

O salão comunal era lindo, espaçoso, tudo decorado em azul e prata, com a estátua de Howena observando a todos, a lareira enorme deixando o lugar confortável... Entendi porque chamavam as quatro casas de casas uma sensação de lar me envolveu e eu me deixei cair na poltrona mais próxima, para observar melhor o lugar. E mal notei quando dormi ali.

Devia passar da meia noite quando acordei, meu pescoço doía e minhas costas estavam rígidas. Um vulto se moveu atrás de mim.

Era uma mulher, um fantasma, não possuía nenhuma cor ou brilho como os outros, era linda, com cabelos pretos que caiam em cachos até suas costas, um vestido longo e uma expressão triste. A mulher cinzenta, a filha e Howena, o fantasma da torre da Corvinal. Ela estava com os olhos na estatua da mãe.

– Elena?

Ela se virou cravando os olhos zangados em mim.

– Oi – murmurei, sem saber o que fazer, com um pouco de medo. E agora? 

 


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Notas finais do capítulo

comentem!



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