Herdeiros E O Filho Do Lorde escrita por Castebulos Snape


Capítulo 17
Fantasma Com Corpo


Notas iniciais do capítulo

Ai está, foi quase uma semana, como deve ser



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/389498/chapter/17

POV.: Bi Stevenson

Diferente de Kate, eu não precisava ficar com aquele lengalenga de conquista e encontros, eu já tinha meu namorado, ele poderia ser bem recente, mas era bonito, gentil, e era romântico comigo. Aquela tarde minha aulas terminaram cedo, duas horas, e eu pude ir para a biblioteca estudar, não que eu fosse conseguir. Vlad se sentou ao meu lado, quieto, ele nunca falava nada a não ser para responder se o perguntava algo, mas parecia se importar comigo e com minha irmã. Annaelly sentou do lado dele, essa também não falava, nem se falássemos com ela. O melhor foi Fred, sentando do meu lado, pegou minha mão e se pôs a ler um livro, sem me soltar nem um minuto.

Ficamos ali, um curtindo o outro, Vlad analisando as cenas à nossa volta e Annaelly estudando calmamente. Na verdade para eu ficar mais feliz só faltava Kate.

Depois de vários minutos, já devia ser quase três horas, Fred se inclinou para mim me dando um beijo no rosto e sussurrou:

– Isso aqui está tão bom...

– Eu sei, não tem nada que me tire daqui.

Naquele momento, Helena entrou afobada pela parede oposta, me procurando com os olhos. Ela parecia apavorada. Me coloquei de pé, sendo observada por Fred, mas eu não me importei, poderia ser algo com Kate.

– Beatrice! – ela agarrou meu braço com força, gelando meus ossos, e me arrastou para fora da biblioteca, à toda velocidade, praticamente me carregando. Fred tentou acompanhar, mas o pobrezinho teve que soltar minha mão ou bateria em alguma parede por ai.

– Helena! – gritei quando vi meu namorado cair sentado no chão com uma expressão abismada – O que é que está acontecendo?

Ela não se dignou a responder, apenas continuou me arrastando.

Por onde passávamos as pessoas paravam para olhar (olha! A irmã louca da menina louca!). Severus parou, com um pergaminho na mão, e observou enquanto passávamos voando por ele, não pareceu nem um pouco surpreso. Percebi, quase rindo e quase chorando, que tínhamos transformado nossas loucuras em rotina no castelo.

Notei que estávamos indo para o dormitório da Corvinal, o que me deixou mais apreensiva, porque tudo que era meu estava lá.

Quando chegamos à entrada, eu achei, lamentando ter ido para Hogwarts, que ela simplesmente esqueceria que sou de matéria e tentaria atravessar comigo, e eu me preparei para a pancada.

Por sorte Helena estava só louca, não louca, então gritou uma resposta sem sentindo para a estatua e entrou comigo à toda, subindo as escadas, me levantando a cima dos degraus.

Quando ela me arrastou para meu quarto, pude ver o porque de seu nervosismo. Minhas coisas, as roupas, os instrumentos, os livros, e tudo mais, estavam jogadas pelo chão, espalhadas e bagunçadas. Até com Almofadinhas tinha sido tirado de seu lugar, estava tremulo, e ofegante em cima do armário.

– O que foi que foi que aconteceu aqui? – olhei em volta, percebendo que Helena revirava os olhos.

– Bem, eu estava procurando você, não tínhamos mais conversando, e tem tanta coisa acontecendo na sua vida que achei que precisava desabafar. Mas quando vim para cá e vi esse... Homem, fantasma, eu não tenho ideia do que era! Ele estava jogando tudo o é seu para cima, procurando alguma coisa. Quando me viu fez as lâmpadas se apagarem e sumiu na parede.

Eu ia falar algo como: “Por que um fantasma ia querer minhas coisas”, mas Helena indicou que eu ficasse quieta.

– Primeiro me perguntei porque um fantasma iria querer mexer nas suas coisas, depois percebi que ele não estava flutuando, e seus passos fizeram ruído quando se retirou, então não era um fantasma. Depois pensei que ele provavelmente descera em uma passagem secreta, mas estamos me uma torre e não há passagens secretas nas torres. Bi, como ele passou pela parede?

– Devia ser... Um fantasma... Solido? – e isso não faz o menor sentindo.

– Fantasmas não tem corpo físico! – Helena se exasperou – Bi!

– Mas é impossível! Se estamos em uma torre sem passagens secretas, só podia ser um fantasma – ela sacudiu a cabeça –, pessoas físicas não atravessam paredes, Helena! Podia ser o Pirraça, disfarçado.

– Beatrice Stevenson! – recuei um passo – Como você veio para a Corvinal eu não sei! Eu conheço Pirraça há mais de mil anos, se fosse ele eu não estaria aqui e sim lhe dando umas boas palmadas – Isso foi muito esquisito. – Eu sei do que estou falando, era um homem, um homem bem parecido com você.

– Como assim parecido comigo?

– Ruivo, lindo, de olhos azuis penetrantes... é como se fosse seu parente, poderia até ser seu pai!

Meu coração pesou. Nós eram parecidas com nossa mãe, e com mais ninguém, porque Belatriz era morena louca e Voldy também, acho que só os olhos puxamos dele. Ninguém é parecido com a gente.

– E porque alguém iria querer mexer nas minhas coisas?

Helena revira os olhos de novo.

– Vou conversar com o Chapéu Seletor... Você é a neta do Maior Bruxo das Trevas de Todos os tempos! Esse pode muito bem ser o homem que tentou matar sua irmã com aquela menina da Sonserina. Devia estar procurando algo de importante. Alguma coisa?

– O livro de feitiços e poções de Bernard Prince! – joguei minhas roupas para cima, procurando o caderno, me amaldiçoando por não ter deixando ele com Kate – Me ajuda Helena, eu tenho que encontrar esse caderno, tem coisas importantes nele. Kate e eu estamos escrevendo feitiços e poções nossas nele, é muito importante.

Me enfiei em baixo da cama, me arrastando pela pedra fria, tateando na escuridão.

– É esse aqui que você está falando?

Ergui minha cabeça com força, batendo-a na madeira da cama. Me arrastei para fora, coçando o calombo no topo da minha cabeça. Ela estava sentada no ar, folheando o caderno, muito calma, enquanto eu devia estar péssima.

– O próprio. Achamos ele na casa de Severus.

Ela virou a pagina, sem nem me olhar, eu aceitaria uma mãozinha, mas fiquei quieta.

– Kate já começou com seus feitiços ofidioglota?

Me pus de pé e sentei na cama.

– Isso é possível?

– Claro! Salazar só usava feitiços em língua de cobra, ele dava uma palavra de ordem, qualquer uma, nunca o vi seguir as leis da magia, e acontecia. Imagino que deva se falar com convicção e menear a varinha do jeito certo, mas não sei – seus olhos saíram de foco – Ele fazia as flores surgirem em minha mãe e as borboletas o obedeciam...

Kate precisava saber disso! Ela podia criar tantas coisas maravilhosas... mas podia ser perigoso.

– Você acha que isso pode ser perigoso para ela? – eu peguei Almofadinhas entre os braços – As pessoas não entendem Kate, e ela não quer ser entendida, isso pode dar em algo ruim.

Ela sorriu.

– Não creio que Kate vá se importar com o que as pessoas pensam, fazem e falam relacionados à ela. Sua irmã tem uma personalidade poderosa – seus olhos se ergueram para mim – Tem algo de poderoso em você também, eu sinto. É algo Black.

Algo Belatriz...

Comecei a arrumar minhas coisas, sem ficar nervosa ou irritada, sabia onde tudo iria, e, tendo trabalho, eu poderia não pensar, e não pensar quando acaba de ouvir que tem algo de Belatriz Lestrange em você é uma benção.

– Helena me ajuda aqui! – ela jogou o diário na cama ao lado e se pôs a me ajudar – Helena, os Black podiam sentir magia, o poder dela? Controlar feitiços protetores ou coisa do tipo?

Ela ergueu um sutiã com as pontas dos dedos indicador e polegar, uma cara muito parecida com a de Kate quando viu Neville a primeira vez. Puxei dela, colocando na gaveta certa.

– Nunca usei desses... – mas deu de ombro sem se importar – Ora, alguns dos seus parentes por parte de avó podiam controlar as magias, sentir cada uma das camadas, e, em casos, extremos, inibir o poder de um adversário em um duelo. Mas eram casos raros, não me lembro de conhecer alguém assim...

Eu ia lhe perguntar se conhecia alguém que soubesse mais, mas o Barão Sangrento entrou pela parede bem na hora. Não parecia muito feliz, mas sua expressão de despeito caiu quando viu Helena. Por um segundo seus olhos brilharam em satisfação, e seus lábios se curvaram em um sorriso doce, mas isso passou e ele olhou o chão, desconcertado.

Olhei Helena, ela apenas colocou o cabelo atrás da orelha, nervosa e cruzou os braços, se fazendo de zangada. Aquela mulher era mais confusa que Kate!

– Beatrice, estou indo – Barão não foi o único a se encolher com sua frieza – Mais tarde terminamos nossa conversa, e a arrumação do quarto.

E flutuou para fora do quarto, pude ver seu rosto ir do descaso, à raiva ao medo. mulheres apaixonadas, nós somos muito bobas. Olhei Barão percebendo que seus punhos se fecharam, vi as sombras de duas longas correntes que prendiam seus pulsos aos tornozelos à parede atrás dele. Culpa, a única coisa que prendia mais que o medo.

– Ah, Barão! – bati com a mão na testa, Hogwarts cada vez mais difícil de lidar – Isso foi péssimo!

– O que? – as correntes pareceram quase solidas, e sua voz podia quebrar um vidro grosso de tão cheia de desespero – Atrapalhei um assunto de garotinhas entre vocês? Saiba que sua amiguinha tem mais de mil anos!

– Você não atrapalhou nada, exceto minha arrumação, e eu sei que ela tem mais de mil, esse é o barato de andar com ela! – ele olhou a parede por onde ela saiu, como se fizesse uma listas dos motivos de ela ser uma boa companhia, e, imagino, ter mais de mil anos não estava na lista – O problema é você deixar ela simplesmente ir embora sem dizer nada! – ela pareceu confuso – Como espera conquista-la se nem cumprimentar você cumprimenta?

– Como é?

– Aquela mulher – ela pareceu querer me corrigir, mas não lhe dei brecha, morte ou viva, Helena continuava a ser uma mulher – ama você, ela me admitiu em minha primeira noite nesse castelo! Só não fala com você por medo, acha que depois de tanta rejeição você a desprezaria – sua boca caiu em choque – Acha que as corrente e a punição diárias são apenas meios de aliviar a culpa do assassinato e não amor. Você quer que Helena se sinta assim?

Ele sentou ao meu lado, esfriando um raio de dois metros à nossa volta, estremeci, eu era a garota dos fantasmas, teria que aceitar isso de uma vez e deixar de arrepios bobos. Olhando bem o fantasma, ele poderia ser bonito, se não estivesse coberto de sangue e fosse menos pálido, e, é claro estivesse vivo, mas isso não devia fazer diferença para Helena.

– Obviamente eu quero que ela saiba que eu a ame, e que ela me ame também, mas como eu faço isso?

Me forcei a chegar mais perto, ignorando os arrepios cruéis cruzando meinhas pernas e pescoço. Coloquei a mão em seu ombro.

– Kate e eu vamos ajudar você, consequentemente, ajudar Helena também, mas você vai ser a peça chave, já tenho até uns planos... – sua sobrancelha de ergueu – Mas isso vai esperar, tudo tem seu tempo. Agora, o que faz aqui?

Ele se pôs de pé à um metro do chão, em postura formal, como se o dever o chamasse para uma missão oficial!

– Snape quer você em sua sala. Quer conversar, creio que é sobre seu namoradinho ruivo...

Afundei minha cabeça entre as mãos. Severus era outro que só me estressava!

– Ok, estou indo... Não se preocupe com Helena, eu vou resolver tudo, quando você perceber vocês vão ser o casal mais fofo de Hogwarts! – ele sorriu ficando mais jovem, mais vivo, mais bonito... Mais de tudo um pouco – Só tem duas regras básicas: 1. Fale com ela sempre que puder, mesmo que ela não responda, insista, uma hora você consegue um bom dia ou algo assim. 2. Sorria mais, você fica gato sorrindo.

– Por que demorou tanto? – Severus ergueu os olhos para mim, de trás de sua escrivaninha.

– Assuntos importantes com o Barão.

Me aproximei, ficando de frente para a mesa. Os poços de piche me acompanhando a cada passo, cuidadoso. Mas não deixei de ver a preocupação ali.

– Assuntos lícitos ou ilícitos? – meneei com a cabeça, considerando as opções – Está falando com o tutor, não com o professor.

– Na verdade, é um pouco licito, mas também um pouco ilícito, tanto para o pai quanto para o professor, porque tudo o que fazemos nessa escola dá em merda, como diz Kate, então não há como saber. E sim, ela também está nessa.

Seus olhos se estreitaram, desconfiado, mas tinha um brilho bom ali, algo divertido, preocupado, mas divertido.

– Vão matar alguém? Serão expulsas? Devo amarrar você ao pé da minha mesa, apenas para garantir um pouco da segurança das outras crianças? – ele se inclinou para a frente, esperando detalhes.

– Não, para as três perguntas – Dei a volta na mesa, parando ao seu lado. Ele passou o braço por minha cintura e eu o meu por seu ombro – Não se preocupe, não é nada de tão drástico, é drástico, mas não tanto, e é por uma causa nobre. Não é exatamente proibido, só se rolar guerra, mas é apenas potencialmente perigoso.

– Kate, Barão, potencialmente perigoso, boa causa... Quem vocês vão sequestrar?

– Prometo não fazer mal a ninguém, de proposito. O decorrer do plano pode dar umas merdas – revirou os olhos, passando a mão no rosto, dei duas batidinhas em seu ombro, quis ser nosso tutor porque quis –, mas não tanto quando poderia se nem plano tivéssemos, tenho que falar com Kate sobre isso, merdas em planos é com ela mesma.

Um sorriso o deixou bonito, mas era um sorriso cansado, como se houvesse algo de errado. Beijei sua bochecha, tentada a perguntar o que havia acontecido com ele, mesmo sabendo que o professor apenas me responderia algo estupido como cansaço, e eu sei que cansaço não deixa ninguém assim, e mudaria de assunto rápido.

– Bi, eu preciso que me prometa que não vai, nunca, se aproximar de alguém que não conheça, não confie – Tudo isso para dizer: não fale com estranhos! Severus devia ter algum problema serio – Por mais que se lembre de alguém , ou que seja parecido com você, ou diga que é da familia. Jure. E diga isso para sua irmã.

– Ok... – me lembrei do que Helena dissera, parecido comigo... será que eu tinha alguém da família? Não, impossível. – Severus está tudo bem? Você parece tão nervoso... Se tivesse algo errado, você me contaria, certo? Por mais que isso fosse contra o que você pensa...

Ele pensou em pouco.

– Claro que falaria – Falso! – Não é nada, anjo, eu só fico nervoso com vocês duas, que quero protegê-las... Não fique preocupado com esse velho – e beijou meu cabelo, sentindo seu cheiro. Parecia estar tentando se acalmar, mais do que tentava me acalmar.

– Mentiroso. Você não falaria nada, porque acha que está me protegendo. E não está tudo bem, não gosto disso! – olhei-o com os olhos semicerrados.

Ele me ergueu e me colocou em seu colo, me prendendo ali.

– Isso não é importante agora. Isso é assunto de pessoas que tem mais de um e cinquenta – sorriso sínico e bobo. Bullying, é só o que eu tenho a dizer – E a senhorita vai dizer ao seu tuto o que há entre você e Weasley.

Tentei sair de seu aperto, mas estava presa.

– Eu gosto de Fred – ele me apertou mais, como se todos os seus músculos estivessem tensos – E eu acho que ele também gosta de mim. A gente tá namorando, serio – peguei o tecido de sua roupa entre os dedos – Eu preciso que isso dê certo, eu quero ficar com ele, ele é perfeito para mim.

Seus olhos não estavam nem satisfeitos, nem zangados, era desanimo, simples desanimo, como se lamentasse tudo aquilo. Eu também lamentaria, mas não percebia que eu simplesmente dependia de Fred.

– E Kate com aquele Lupin?

– Bem... – sorri – Estamos na faze do... será que ele vai fugir? Mas acho que vai dar certo, não vai ser tão rápido quanto eu, porque ela tem medo de pessoas, sei que isso não parece nem um pouco Kate, mas as pessoas sempre foram cruéis com ela e isso a deixa acuada – comecei a falar mais para mim do que para ele – Ninguém gostava dela, ele nunca gostou de ninguém, e se gostou teve que sufocar aquilo nela mesma... Kate vai ter muita dificuldade nisso.

– Kate... sofria na mão de outros?

– Sim. Vamos dizer que ela era... Você da nossa turma – ele fechou a cara – É verdade, nunca penduraram ela de cabeça para baixo, mas foi por pouco.

Sua mão grande subiu e desceu por minhas costas.

– E ela ainda é tão... Kate – arrumou minha saia, deixando-a mais comportada, e minha blusa, tirando o amassado – Eu... não entendo.

– Eu tentava cuidar dela, mas não tinha como. Kate é Kate demais! – me escorei nele – Nunca fazia amigos, nem chegava perto de mim, sempre dizia que não errámos parecidas e que não fazia sentido andar comigo. Aquilo magoava, porque sempre queria estar perto dela.

Seus olhos foram pelas paredes depois de volta ao meu rosto, fundo nos meus olhos.

– Você é uma boa irmã, Bi. Onde está ela agora?

– Passam das seis, então detenção... – pude sentir o corpo dela tremer em meu colo – Estou preocupada, Severus. Neville não gosta dela de jeito nenhum, e acho que Kate tem medo dele. Tenho medo de não estar perto dela se algo ruim acontecer.

Senti de novo a tensão correr por seu corpo.

– Acha que ele pode machucar ela?

– Não sei, tem algo de errado com aquele cara. O modo com que olha para ela, parece um lobo olhando um filhote de ovelha. É tão esquisito com ela de todo jeito possível. Comigo é como se eu nem existisse, uma vez levantei a mão em sua aula e foi preciso Kate fazer a pergunta por mim para ouvirmos a resposta, uma resposta irônica, mas uma resposta.

– Como Kate reage? Ela contou se ele a machucou? Se foi abusivo?

Abusivo? Aquela palavra me trouxe uma ideia horrível, algo que eu não queria nem imaginar, não podia acontecer com minha irmã.

– Se acontece, ela nunca me contou. Mas ela o odeia, simplesmente, nem olha direito para ele – Severus me ergueu, me ajeitando em si – Acho que sente medo dele, mas não fala comigo sobre isso.

Suas sobrancelhas se contraíram, determinado, ele nunca deixaria nada de mal acontecer com Kate, isso me aliviava, porque tinha alguém de olho naquela situação e Longbottom estava morto se fizesse algo com minha irmã.

– Quer dormir aqui? – Pisquei, inesperado, isso sim, era inesperado – Eu estou um pouco nervoso, quero ter minhas meninas embaixo do meu teto. Minha cama é grande.

– Claro! Sem duvida! Como avisamos Kate?

Ele levantou comigo nos braços. Velho? Não mesmo!

– Barão está de bom humor nos últimos dias, muito prestativo para sua fama, como ele mesmo já me disse, então é só mandá-lo – me sentou na mesa, beijando minha testa – Aproveito e mando ele checar toda a situação.

– Vou pegar minhas coisas, já volto!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Herdeiros E O Filho Do Lorde" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.