O Desejo Da Alma escrita por Trubluu


Capítulo 9
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Nossa... Demorei a concluir esse capítulo... Estive bem ocupado essa semana, e minhas aulas voltaram hoje! ¬¬'Mas o que importa é que esta pronto! Ficou bem grandinho esse , mas ia ficar ainda maior! kkkk'Eu queria agradecer de coração a meus leitores lindos que tem comentado e favoritado a história, e mandar um abraço especial pro meu amigo Zé que me deixou uma recomendação! É nois! XDEspero que vocês gostem. Nos vemos lá em baixo! XD~Boa leitura! ^.^



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–Ir pra festa com você? –Perguntou Rukia fechando a porta do quarto-

–Não vou repetir. Pode se arrumar! Vou esperar aqui. Se quiser pode usar essas roupas que comprei no shopping também. Agora vai... –Disse Renji com ar de autoritário-

–Mas eu não posso e...

Rukia não pode terminar a frase, foi jogada por Renji no banheiro de forma violenta e ignorante e a porta foi trancada pelo lado de fora.

–Só sai daí quando estiver pronta, ta escutando? –Disse Renji segurando a maçaneta da porta impedindo de Rukia sair-

–Seu, seu... –Bradou Rukia irritada-

–Seu nada... Agora vai! –Ordenou o ruivo-

–Idiota... –Disse Rukia para si mesmo, com um sorriso sem graça no rosto-

~~x~~

(A partir daqui a história será contada por Zaraki Kenpachi)

Eu sou Zaraki Kenpachi, um soldado. Bom é assim que me vejo, apesar das condecorações militares que tenho por causa da guerra que participei, e minha patente alta também, eu me vejo como soldado. Não quero me dizer superior aos que vão para guerra lutar, mas eles não podem se disser superiores a mim. A menos que mostrem que são. É... É assim que funcionam as coisas comigo... Meu regimento militar tem apenas os mais bravos homens, não admito mocinhas. Só os fortes podem entrar nas tropas sobe meu comando, porque os fracos são dispensáveis. Enquanto o mundo não causa nenhuma guerra grande, eu me contento em missões de paz em lugares perigoso, como o Irã. Lá é legal, tem pessoas que não tem medo de morrer e se explodem... Hahaha. Idiotas. Não sabem que o melhor da guerra é ficar vivo para lutar... Mas quando não estou no Irã, fico no quartel, observando os novos soldados. Só que hoje eu abri uma exceção, afinal, eu tenho uma nova missão.

–Ken-chan!! Ken-chan! –Realmente eu não me irritava com a voz fina e aguda dela- Vamos, vamos Ken-chan!

–Yachiru, não se balance tanto nas minhas costas. –Avisei a ela sério, na verdade ela gostava do meu jeito militar de falar-

–Não Ken-chan. Você esta indo devagar de mais. Mais rápido! Eu quero poder aproveitar o dia com você, não é toda hora que você pode sair do quartel... –Ela me parecia até um pouco triste com aquilo, foram palavras sinceras-

–Tudo bem. –Respondi agora correndo-

–Isso, Isso! Ken-chan!

Yachiru era a única coisa que eu tinha de importante nesse mundo, acho que nada mais além dela era importante. E fazê-la feliz era uma obrigação minha, já que ela também me fazia alegre.

–Aonde quer ir Yachiru? –Perguntei a ela, ainda correndo pela cidade. Não era uma cena muito comum, um cara grande como eu carregar uma menininha nas costas pela cidade, e correndo como louco. Mas eu não me importava, queria fazer Yachiru alegre como ela também me deixava, portanto não ligava para o que os outros pensariam-

–Quero ir lá! –Disse ela apontando pra uma enorme torre de metal na cidade-

–Tudo bem, se assim quiser...

Levei ela correndo até lá, e suas risadas me fizeram lembrar do dia em que a conheci...

~3 anos atrás

–Hey! Kenpachi! O que esta fazendo ai parado? Nós temos que cair fora daqui. Nosso regimento já esta indo embora.

–Ikkaku? O que quer?

–To te avisando que nosso regimento esta indo embora e você esta parado olhando pro nada!

–Mais respeito, sou seu superior.

–Como assim? Você mesmo disse que na guerra somos todos iguais! Agora quer falar sobre ser superior? O que deu em você? Estamos em uma guerra, em outro país, e você quer ficar aqui nessa casa destruída a toa?

–Olha Ikkaku, essa menininha aqui, ela não esta chorando, ela não esta assustada, nem gritando, nem nada! Nem mesmo com os barulhos das bombas e tiros. Muito pelo contrário, ela esta sorrindo!

–Idaí Kenpachi?!

–Ikkaku!!! O que esta fazendo aqui? Temos que nos mandar! –Disse uma terceira voz se aproximando-

– Yumichika? –Disse Ikkaku- É o Zaraki, ele ta parado ali e...

–Vamos! –Falou Zaraki com a menina de cabelos rosa nos braços-

–O QUE? VAI LEVAR ELA? –Perguntou Ikkaku apavorado- Você não pode e...

–Cala boca. Vamos... –Retrucou Zaraki Irritado-

–AH! Tudo bem, não temos escolha... –Bufou Ikkaku derrotado-

~~x~~

Certamente encontrar a Yachiru foi como uma benção pra mim...

–Mais rápido Ken-chan!

–Não me de ordens! –Retruquei-

–Não sou um soldado seu! –Disse ela tentando me provocar-

–Você não sabe ser rebelde Yachiru... –Sorri-

Passar o dia com ela é a única coisa de normal que eu posso fazer...

~~x~~

–Vamos, vamos Rukia! Temos que estar lá às 20:00 hrs!

–Da pra esperar cacete! –Disse Rukia irritada- Para de me apressar!

–Não paro não! Você tem esse defeito! Sempre se atrasa para os compromissos porque faz tudo devagar!

–Renji, não tenho compromisso de ir a essa festa alguma! Você que esta me chamando! –Respondeu-

–Não venha com desculpas, você se atrasa para todos os compromissos que tem! Você deveria ser mais pontual e...

Rukia saiu do banheiro chutando a porta furiosa, ela estava enrolada em uma toalha, seus cabelos estavam encharcados e seu rosto também, fitou Renji por alguns instantes, e com um olhar amedrontador disse:

–Fica calado, antes que eu acabe com você! Agora me da à roupa e cai fora do quarto!

–Si-sim!!! –Disse Renji apavorado-

O ruivo pegou a sacola de roupas que estava em cima da cama e entregou a Rukia curvando o corpo em reverencia. A morena fitou Renji por instantes e não pegou a sacola, o que fez ele levantar o olhar e fixar seus olhos nela.

–O que foi? –Perguntou Renji confuso-

–Idiota... –Suspirou Kuchiki com um sorriso-

–Hãn?

–Renji, você... –Rukia hesitou em completar a fala, desviou o olhar e pegou a sacola de roupas na mão do ruivo- O que esta esperando, da o fora daqui que vou me trocar!

Renji não saiu do quarto, ficou admirando a morena em sua frente ainda intrigado. Em nenhum momento ele desviou o olhar ou fugiu dos olhos de Rukia que passaram a encará-lo.

–Idiota. –Disse Rukia com o rosto corado-

O olhar de Rukia estava atencioso, olhando para o ruivo a sua frente, esperando ele dizer alguma coisa. Ela ainda estava enrolada na toalha segurando a sacola que Renji havia dado a ela, e seus cabelos estavam deslizando pra frente de seus olhos, impedindo a visão do rosto corado do ruivo. Renji continuava a encarar Rukia sem jeito e sem desviar o olhar nem se quer por um minuto.

–Rukia, eu...

–Não diga nada tudo bem? –Pediu Rukia-

Renji tirou os cabelos de frente do rosto dela e colocou-os atrás de sua orelha, olhando agora o rosto dela diretamente. A aproximação dos corpos deles era grande, e Renji agora se aproximava ainda mais do corpo dela. Rukia olhava fixamente pra os olhos do ruivo, que não expressavam emoções ou sentimentos, era um olhar profundo e perdido.

"Idiota". Foi o que Rukia pode pronunciar antes de ser interrompida. Renji estava assustado e sem jeito com a situação, nunca tinha vivido aquilo antes, principalmente ao lado de Rukia. Era algo novo, nunca vivido por nenhum dos dois. Um homem de aparentemente 27 anos, cabelos escuros, olhos castanhos e um grande nariz havia entrado no quarto de hotel em que Renji e Rukia estavam, bradando e gritando loucamente. Ele estava claramente bêbado. Era uma situação constrangedora e também frustrante, os rostos deles estavam próximos a se encostar e um homem entra no quarto gritando nomes femininos aleatórios. Renji tirou o homem de dentro do quarto rapidamente, sem nem ao menos pensar duas vezes.

–Idiota! Você não trancou a porta? –Disse Rukia se recompondo, certamente ela sabia que se aquele homem não tivesse entrado no quarto ela e Renji teriam se beijado-

–Não... –Respondeu o ruivo olhando para o vazio- Bom, para de me chamar de idiota caramba! –Falou agora voltando ao seu estado habitual- Vou te esperar aqui fora. –Completou-

–Espera Renji. –Pediu Rukia-

Renji parou e virou-se para Rukia, que estava com um sorriso no rosto, passou a encará-la e então disse:

–Esta tudo bem. Se apronte logo e venha. –Essas últimas palavras foram ditas com certo peso na voz, e Rukia notou isso com facilidade-

Renji saiu do quarto, deixando Rukia para trás sozinha.

–Idiota. –Disse ela pra si mesmo- O Renji... Ele... É um grande idiota...

~~x~~

( A partir daqui a história será contada por Hitsugaya Toushirou )

–Toushirou-kun. –Hinamori me chamava enquanto caminhávamos pelas ruas da cidade, era uma noite muito bonita, a lua brilhava forte no céu, o clima estava agradável e o ambiente era divertido. Estava tudo perfeito, principalmente com a companhia dela.

–Sim, o que foi? –Respondi tirando o picolé que tínhamos comprado da boca-

–É sobre o Aizen... Ele tem estado estranho ultimamente...

–Hinamori. Não vamos falar disso agora. –Respondi determinado- Sabe, estamos aqui para nos divertir... Não vamos pensar nisso, pelo menos por agora.

–Mas é que eu sinto que algo vai acontecer... –Retrucou ela bem abatida, na verdade eu também sabia que tinha algo de errado acontecendo com o Aizen, mais não queria pensar nisso agora- Mas você esta certo, não vamos pensar nisso agora né?

–Sim, vamos apenas nos divertir! –Respondi levando o picolé para os céus-

–Mas você ainda não falou pra onde agente vai!

–Calma, já estamos quase chegando... –Falei sorrindo-

–Eu não devia seguir alguém para um lugar onde não sei onde é! –Disse ela em um tom de resmungo-

–Você não confia em mim? –Respondi me aproximando mais dela-

–Esse é o problema né... Eu confio em você! –Falou me olhando emburrada-

–Não faça essa cara! –Respondi agora me afastando novamente dela- Pronto, chegamos!

–Chegamos aonde? –Indagou ela olhando pra mim séria-

Estávamos de frente para um dos meus hotéis, mas acho que ela não sabia disso... Era um hotel novo, eu tinha comprado ele a algumas semanas, não tinha como ela saber. Estava tudo escuro, e não havia hospedes no hotel como eu havia pedido. Como em um passe de mágica as luzes se acenderam e iluminaram a fachada do hotel e também seu interior. Hinamori ficou maravilhada com aquilo, era visível isso no rosto dela. As luzes do hotel brilhavam e resplandeciam maravilhosamente, chamando a atenção de quem passava na rua também. Não demorei muito a convidar Hinamori a entrar. Ao entrarmos ela não parava de admirar um grande chafariz no centro do salão de entrada.

–Eu queria transformar esse hotel em um lugar “especial”. –Falei agora andando em direção a ela que estava observando um enorme quadro que havia na parede- Esse lugar vai ser uma referencia mundial em hotelaria. –Completei agora olhando pra ela-

–Toushirou, esse lugar é lindo. –Falou com um sorriso carinhoso e aconchegante, como só ela era capaz de fazer-

Era isso que eu queria ver, o sorriso dela. Fiquei alegre de repente e puxando-a pelo braço me dirigi até o segundo andar do hotel.

–Aonde vamos? –Perguntou ela ainda sorrindo-

–Vamos ao 2° andar! –Disse subindo as escadas com ela-

Chegando lá, tudo estava como eu queria, as mesas, os músicos, o ambiente, as luzes, tudo. Eu queria fazer Hinamori mais feliz, ainda mais feliz, porque eu fico feliz com a felicidade dela. E eu sempre gostei dela, e gosto ainda mais dela se ela esta sorrindo e comigo.

–Vamos nos divertir agora! –Disse puxando-a para a grande pista de dança que havia no centro do salão, era uma sensação fantástica estar ali com a pessoa que eu amo. Sim, amo a Hinamori, e só notei isso há pouco. Ela certamente é a pessoa que eu amo, não tenho duvidas, e agora que tenho certeza desse sentimento, não vou deixar com que nada a machuque nunca mais, protegê-la é o que mais quero. Fazê-la feliz era certamente o único objetivo que tinha para aquela noite, e eu estava conseguindo, Hinamori continuava a sorrir, na verdade, desde quando ela chegou não parava de sorrir.

–Toushirou, eu... –Ela parecia feliz ao pronunciar aquelas palavras, mais porque não completou a frase? O que aconteceu?- Eu... Queria te pedir uma coisa. –Completou agora mais apreensiva-

–Pode pedir. –Respondi sorrindo e com segurança-

[...]

Aquilo que Hinamori pediu... Eu não estava pronto para ouvir aquilo, me assustou, certamente ela também não estava a vontade para pedir aquilo. E como em um passe de mágica a música parou de repente, e tanto eu quanto ela paramos de dançar e ficamos nos entreolhando assustados, parados naquele grande salão, enquanto um silêncio mortal invadia o ambiente e deixava o clima ainda mais tenso, tirando toda nossa alegria e trocando por um sentimento de espanto. Eu estava assustado com o pedido dela e ela assustada com minha reação...

~~x~~

( A partir daqui a história será contada por Abarai Renji )

E eu ainda estava confuso de como agir depois do que aconteceu entre mim e a Rukia. Como pode? Alguém tão bem resolvido e desenrolado como eu? Hahahaha. A quem estou querendo enganar? Eu sou um pateta quando se trata desses assuntos... Será que ela gosta mesmo de mim?

Eu estava perdido em meus pensamentos, ainda aguardando Rukia sair do quarto, do lado de fora, impaciente e nervoso, não sabia como iria encarar ela, até que ela apareceu.

–Ru-Rukia?! –Indaguei assustado, mas assim que meu espanto sumiu, fiquei admirado com a aparência dela, estava incrivelmente... Bonita.

–Sim, sou eu. –Falou ela me fitando com um certo carinho no olhar- Vamos?

–Cla-claro!! Você esta muito bonita! –Disse sem pensar, acho que eu queria falar aquilo, e não tive outra escolha, sem pensar apenas falei. Mas não era à toa, Rukia realmente estava fantástica, usando uma saia preta que chegava até um pouco acima dos joelhos, uma camiseta lilás sem estampas e uma pequena jaqueta jeans por cima. Estava com os cabelos penteados de forma diferente, usando uma franja, não era muito comum aquilo. Quer dizer, acho que nunca tinha visto ela com outro penteado, mais não estava feio, muito pelo contrário, ficou muito legal. Sorri para ela sem jeito enquanto fitava sua aparência, e me dirigi até a saída do hotel. Nenhum de nós se atreveu a falar algo sobre o que havia acontecido antes. Ficamos em silêncio. Um silêncio atormentador até chegarmos à saída do hotel. Ao chegarmos, um táxi já esperava na saída. Entramos no táxi ainda em silêncio.

–Por favor, até esse endereço. –Pedi ao taxista entregando um pedaço de papel amassado que estava em meu bolso.

–Ok. Respondeu o taxista pegando o papel.

Depois dessas palavras, o silêncio retornou a tona no ambiente, deixando-me atormentado. Eu queria gritar que a amava, dizer: “Rukia, eu te amo”. Essas palavras estavam engasgadas em minha garganta, mas eu não conseguia dizer, na verdade, eu estava aguardando o momento certo para dizer. Só não quero que seja tarde de mais...

~~x~~

–Kurosaki-kuuuuuuun! -Gritou Inoue para as escadas- Já esta pronto?

–TOOO! -Disse Ichigo descendo-

–Eba! Vamos sair Yuzu, avisa a Karin e ao Isshin também ok? –Disse Orihime-

–Tudo bem, eu aviso. –Respondeu Yuzu vindo da cozinha-

–Não temos hora para voltar ok? –Completou Ichigo-

–Ta tudo bem irmãozão. –Disse Yuzu com um sorriso- Eu achei que você não ia sair hoje... Você disse que queria ficar em casa e tudo mais...

–É! Eu não ia sair mesmo não sabe!! –Disse Ichigo olhando pra Inoue, ele estava com a voz elevada, mais não estava gritando- Ai a Inoue quis sair comigo hoje né! –Completou ainda olhando pra Inoue-

–Você podia simplesmente ter ficado em casa ué. –Disse Yuzu dando de ombros e sentando-se no sofá-

–Eu adoraria. Mais ela me convenceu né.

–O que ela fez pra te convencer? –Perguntou Yuzu curiosa-

–Bom, isso eu já não posso revelar né! –Falou Ichigo rumando para a porta onde Inoue observava a conversa dos dois- Isso não é assunto pra você. –Disse sorrindo-

–Muito engraçadinho... –Falou Inoue olhando pra Ichigo- Vou te contar o que eu fiz Yuzu! –Disse Inoue se aproximando dela- É uma coisa que se nós mulheres fizermos direitinho nenhum homem vai se atrever a nos contrariar!

Inoue se aproximou e cochichou meia dúzias de palavras no ouvido de Yuzu, que logo se espantou e arregalando os olhos disse:

–Você fez isso mesmo?

–Claro! É algo simples... Nenhum homem ousará nos desobedecer se fizermos isso... –Falou com ar de vitoriosa e um grande sorriso-

–Nãooo! Você não devia ter dito isso pra Yuzu!! –Gritou Ichigo desesperado- E se ela quiser fazer isso comigo daqui pra frente?

–NÃO! Eu nunca faria isso com meu irmão! –Disse Yuzu fazendo o sinal de “xis” com as mãos-

–Você não fará isso com nenhum menino! –Disse Ichigo em um tom de suplica-

–Farei sim! E obrigado Inoue! Eu não sabia que era tão simples manipular os garotos dessa forma...

–Claro! Mas não funciona em todos, porque tem uns garotos que não gostam...

–Impossível! Não pode existir um garoto que não goste... -Disse Yuzu-

–Sim, existe! Eu mesmo conheço um...

–Sério? –Disse Yuzu totalmente espantada-

–Sim! Sério mesmo! Por isso não faça isso com todos os garotos por ai...

–YUZU! Se você fizer isso com qualquer garoto no mundo não te perdoarei! –Falou Ichigo agora sério- Isso é crueldade!

–Crueldade? –Disse Yuzu com um sorriso maléfico- Não seja machista!

–É Ichigo. Não seja machista! –Concordou Inoue-

–Vocês acham que sou machista? O que Inoue fez comigo não se faz! Ou você acha que esconder o meu precioso Playstation é legal?

–Só devolverei quando voltarmos Kurosaki-kun. Não re-cla-me. –Disse Inoue pausadamente fazendo um sinal de não com os dedos-

–Isso é chantagem!!! –Disse Ichigo com olhar tristonho- O meu bebê, onde você o escondeu? Ele esta bem né?

–Sim, ele esta bem... Não se preocupe! Mas Yuzu, lembre-se bem do que eu falei, nem todos os garotos gostam disso! Por isso você não pode fazer com qualquer um!

–Claro! Vou observar bem o garoto antes de fazer isso! Pode deixar. E pode ficar tranqüilo Ichigo, eu nunca faria isso com você!

–Não estou preocupado comigo! –Disse Ichigo levantando os braços- Vocês mulheres não deviam fazer esse tipo de crueldade com ninguém!

–A claro, claro. Agora para de choramingar. – Só vou devolver o seu “brinquedinho” quando voltarmos... Agora vamos!

–Você vai ver só Orihime! Não era para contar isso pra Yuzu! Daqui a pouco todas as meninas da cidade vão fazer esse tipo de crueldade também... –Disse Ichigo totalmente exaltado-

–Ok, ok! Yuzu! Isso fica só entre agente ok? –Solicitou Inoue-

–Claro, não contarei pra mais ninguém! –Respondeu sorrindo-

–Ótimo, então até mais!

–Até!

Inoue e Ichigo saíram de casa, deixando Yuzu para trás então iniciaram uma caminhada lenta pela rua.

–E pra onde pretende me levar Kurosaki-kun? –Perguntou Inoue-

–Eu sei lá, você que queria sair um pouco! Aonde quer ir?

–Hun... Se eu posso escolher... Deixa-me ver... Já sei! Não, não... Ah! Não...

–Da pra se decidir? Ou agente vai ficar andando pela rua sem rumo mesmo?

–Eu não sei... É difícil escolher! –Disse Inoue-

–Então você me chama para sair sem saber aonde quer ir, e ainda esconde o meu bebê. Isso vai ter volta ok?

–Ui... O que vai fazer?

–Quando chegarmos em casa você vai ver só... –Disse Ichigo com um sorriso malicioso no rosto-

–Hun... Eu estou começando a gostar disso! –Riu Inoue-

–Esta gostando é? Vamos ver... –Desafiou Ichigo- Bom, que tal a discoteca?

–Discoteca? Eu topo! –Concordou Inoue-

–A discoteca não é longe, podemos ir andando, ok? –Disse Ichigo pegando uma caixinha do bolso-

–Tudo bem... Que caixinha é essa? –Perguntou Inoue curiosa-

–Chicletes.

–Ah... Podia jurar que me pediria em noivado! -Sorriu mostrando a lingua.

–É... Sem dúvidas. -Ichigo concordou!

~~x~~

Enquanto isso Renji e Rukia chegavam à casa de Matsumoto. Pagaram o taxista e desceram do carro animados.

–A festa vai ser aqui? –Perguntou Rukia quebrando o grande silêncio que estavam fazendo desde que saíram do hotel-

–Não sei, Matsumoto apenas me disse para aparecer aqui às 20:00 hrs. –Respondeu Renji indo em direção a campainha-

–Não parece que tem ninguém em casa... –Disse Rukia-

Renji tocou a campainha e depois de alguns minutos, Matsumoto apareceu na janela do segundo andar de sua casa segurando uma toalha no corpo e um sorriso, estendeu a mão e chamou pelo casal.

–Abarai-kun! E, Rukia também? Entrem, entrem! Já vou descer já! A porta esta aberta!

Rukia tomou à dianteira e entrou na casa, logo seguida de Abarai.

–A casa dela é bem bonita, não é Renji?

–Sim, é bem legal...

Matsumoto desceu as escadas rumando em direção aos convidados que a aguardavam na sala, e sem cerimônias os convidou para fora, para irem a dita festa. Uma limousine os aguardava na fachada da casa, com um motorista vestindo um smoking elegante e fino. Eles adentraram na limousine e sem falar nem uma palavra, até o silêncio ser quebrado por Matsumoto.

–Vocês estão juntos? –Indagou à loira fazendo Rukia e Renji corarem levemente- Mas que legal! Eu sabia que vocês combinavam.

–Na verdade Rangiku-san, eu e o Renji... Nós... –Rukia não concluiu-

–Vocês o que? –Indagou a loira-

–Nada.

–Onde será a festa? Matsumoto. –Disse Renji, cortando aquele clima estranho-

–Em um dos hotéis do patrãozinho!

–Você não devia chamar o Hitsugaya de patrãozinho... –Murmurou o ruivo pra si-

–E você pode ficar dando festas nos hotéis assim? –Indagou Rukia-

–Esse hotel não tem hospedes! Ele é um “hotel particular” digamos assim...

–Mesmo assim Matsumoto...

–Ihhhh! Não começa Rukia, você deveria apenas aproveitar; Você deu sorte que nem quero te perguntar nada sobre a história do Kaien... Nem eu quero saber disso, hoje é dia de curtir e aproveitar, e você deveria aproveitar o que tem, não o que quer ter... Entendeu? –Disse a loira em um tom claro e calmo-

Rukia ouviu atentamente o que Matsumoto dizia, e realmente ela tinha razão.

–“Eu devo aproveitar o que tenho, não o que quero ter.” –Pensava Rukia olhando para o ruivo ao seu lado- Você tem razão Matsumoto-san. –Disse a pequena-

–Sempre tenho razão!

~~x~~

( A partir daqui a história será contada por Orihime Inoue )

–Chegamos, kurosaki-kun. –Disse animada assim que avistei a discoteca, eu estava adorando passar esse tempo com ele, mas ainda não me sentia bem por ter escondido o Playstation... -

–É. Aqui estamos. –Disse ele animado- Vamos para a entrada...

–Não precisamos comprar o ingresso antes? –Indaguei confusa-

–Claro que não, eu posso entrar e sair daqui quando quiser!

Assustei-me com a confiança que ele disse aquilo, ele parecia dono do lugar!

–Tudo bem então mô. –Disse com carinho seguindo ele em direção a entrada-

O segurança com um enorme sorriso no rosto rapidamente identificou a cabeleira alaranjada de Ichigo e acenando com as mão chamou pelo nome dele alegremente. Ichigo caminhou até ele e fui logo atrás, com um sorriso saudoso, o segurança que aparentava ser um cara mal e assustador, estendeu a mão e cumprimentou Ichigo calorosamente o convidando a entrar na discoteca, fui logo atrás dele com uma cara confusa, e assim que entramos perguntei como ele conhecia aquele homem, ele sem pestanejar me respondeu: “É uma longa história...”.

Conformei-me com aquela resposta, afinal estávamos ali para nos divertir e sermos um casal como os outros, por isso apenas me concentrei nele e ele se concentrou em mim. E passamos a noite assim, dançando e nos divertindo, como jovens apaixonados recém conhecidos.

~~x~~

–Chegamos! –Disse Matsumoto alegremente assim que avistou o hotel em que seria realizada a festa. Havia um movimento muito grande de pessoas na entrada do hotel, onde só entravam pessoas em que estavam na lista de convidados.

–Parece que já tem bastantes pessoas aqui né. –Comentou Rukia descendo da limousine- A propósito, Rangiku -san, aonde você conseguiu essa limousine?

–É do patrãozinho! –Disse a loira sorridente-

–E ele te deixa usar assim na boa?

–Claro... Que não. –Riu-

–Você não muda... –Falou Renji se juntando a conversa-

–Somos quem somos! Certo? –Indagou Matsumoto-

–Certo! –Concordou o ruivo-

Eles se dirigiram a entrada do hotel, onde um jovem de cabelos castanhos e um terno vermelho recebia os convidados saudosamente.

–Tony! –Disse Matsumoto animada- Esses são Renji e Rukia, eles estão comigo, ok?

–Olá, Loira-san! –Riu o rapaz- Pode entrar, a festa já esta começando.

Ambos adentraram no hotel animados. A festa se situava no 3° andar do hotel, onde se encontrava um enorme salão; Porém era possível ouvir claramente a música eletrônica desde a fachada.

–Tony é? –Perguntou Rukia maliciosa-

–Coleguinha de faculdade... –Disse Matsumoto desinteressada-

–Claro, "coleguinha"... –Completou Rukia ainda com um olhar malicioso-

–Agora chega de falar não é mesmo, podem curtir a festa à vontade, eu vou fazer o mesmo... Até mais. –Disse a loira já acenando para um grupo de “amigas” que se encontravam mais a frente.

Renji e Rukia ficaram encarando um ao outro, sem saber muito o que fazer, até que o ruivo puxou Rukia pelo braço rumo ao próximo andar. “A festa esta lá em cima”, dizia ele enquanto trazia Rukia pelo braço. Ao chegar no 3° andar, o cenário era o mais comum possível, pessoas dançando e bebendo em uma ENORME pista de dança, luzes de diversas cores faziam a iluminação do local, piscando e girando por todo o salão de forma aleatória e rápida, como em um grande balé desorganizado. A música era deixada por conta de um DJ que se situava em um dos cantos do enorme salão; Tocando músicas eletrônicas animadas ele garantia animação à festa. Uma enorme mesa pairava no canto do salão, onde se encontravam todo tipo de comida e petisco, logo ao lado, havia um bar onde um barman fazia os mais diversos de bebidas para os convidados; Também era notável algumas mesas onde os convidados podiam acomodar-se enquanto comiam.

–Isso aqui esta bom mesmo! –Disse Renji ao ver todo o local-

–Esta mesmo! –Concordou Rukia-

Ficaram ali parados um pouco olhando e entendendo o ambiente, até que um loiro familiar chamou atenção de ambos. Kira?! Indagaram em coro, espantados com a situação em que o jovem se encontrava. Kira estava no centro de uma pequena roda de pessoas, dançando de acordo com o ritmo da música. Era uma disputa. Após alguns passos rápidos e atrevidos, Kira terminou seu “desempenho” dando lugar à outra pessoa.

–Não sabia que ele dançava tão bem... –Comentou o ruivo abestalhado, com um tom de inveja no olhar-

Rukia se dirigiu até o bar, puxando Renji pelo braço.

–Vamos beber alguma coisa! Vem! –Dizia Rukia animada-

“Parece que eu fiz a coisa certa em trazer Rukia para a festa”, pensava o ruivo a seguindo até o bar, vai ser bom pra ela se divertir e esquecer essa história do Kaien, pelo menos por hoje.

Mas pessoas iam chegando à festa, animadas e sorridentes, também muitos rostos conhecidos como Isane e Nanao.

–Vamos nos divertir, não é Renji?! –Disse Rukia enquanto pegava as bebidas-

–Estamos aqui para nos divertir! -Disse Renji pegando um dos copos da mão de Rukia- O que é isso aqui? –Perguntou ele se referindo à bebida-

–Um "desinibidor estimulante". –Disse Rukia virando o copo, Renji se assustou com a facilidade com que Rukia "entornou" o copo da bebida, já que só o cheiro já era bem forte.

–"Desinibidor estimulante"... Então ta! –Disse já virando o copo também- A festa vai ser boa.

~~x~~

( A partir daqui a história será contada por Hitsugaya Toushirou )

Minha reação foi natural, afinal, não estava preparado para o que Hinamori havia me pedido. Acalmei-me e foquei-me em colocar a cabeça no lugar. Hinamori já me parecia calma e serena, porque, o tempo que ficamos nos entreolhamos era suficiente para ela por os pensamentos em ordens. Meus sentimentos já não cabiam no peito e minha cabeça não conseguia segurar as emoções, em um ato desesperado de me “aliviar”, abracei-a. Ela correspondeu ao meu abraço, e apertando-me ainda mais forte refez o pedido, e desta vez consegui compreender o que ela queria e porque queria com clareza. E agora meu corpo havia entrado em um estado automático, já não mandava em mim, minhas ações eram apenas coordenadas pelas minhas emoções; Fitei Hinamori por alguns instantes; Vi seu rosto corar, coisa que eu adorava. “Chega de passividade”, pensava comigo mesmo. Aos poucos aproximei meus lábios do dela, podia sentir sua respiração, estava ofegante e como em um choque nossos lábios se tocaram, não sei o porquê, nem consigo assimilar os sentimentos, era um misto de prazer e satisfação, eu queimava por dentro e ela se jogava ainda mais em meus braços. Segurei-a com firmeza e senti meu corpo estremecer, todos os pelos do meu corpo estavam agitados, minha cabeça estava a ponto de explodir tentando entender a confusão de hormônios que corriam de forma desordenada pelo meu corpo. Eu nunca havia sentido aquilo antes, era uma sensação nova e inesquecível. Continuei a beijá-la, mesmo sabendo que meu corpo ansiava por um pouco de ar; Eu não parei. Nem ela. Meu coração já não estava batendo tão rápido quanto antes, era uma maneira desesperada do meu corpo de poupar o pouco oxigênio que lhe restava. Por um súbito momento paramos. Fitei-a por instantes, sua cara era de hesitação, nunca tinha visto ela assim antes, seu frágil corpo se estremecia em meus braços de forma descontrolada. Agora minha cabeça estava vazia, eu não pensava em absolutamente nada, e como um raio um pensamento veio a minha mente. O pedido dela. “Me beije”. A forma doce, firme e sensual com que aquelas palavras foram ditas, aquele pedido tinha me deixado sem reação. Mas agora, temos a noite inteira...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Digam que sim! *_*Eu adorei escrever a cena do Hitsugaya e da Hinamori... Espero que tenham gostado... :DAcho que é isso. não vou falar muito aqui não... kkk'~Até mais pessoas lindas que amo! ^.^