L'amore Ci Può Cambiare? escrita por Kori Hime


Capítulo 11
Capítulo 11 - Abitudine


Notas iniciais do capítulo

Rotina ~



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Pela manhã, Maria despertou sentindo-se alegre e maravilhosamente bem. Foi uma sensação incomum da parte dela, visto que a vida não estava exatamente tão feliz para as outras pessoas, por isso, sentiu-se culpada de cantarolar enquanto tomava um banho de banheira. Mas o que ela poderia fazer? Seria uma crueldade não deixar a melodia sair de seus lábios.

Cookie entrou no quarto assim que ela terminou de se arrumar. Ela acariciou a cabeça do cão infernal e decidiu descer as escadas. Donatella estava na mesa posta para o café da manhã. Maria sentou-se na cadeira, conforme foi solicitado e alguns minutos depois um homem alto e moreno entrou na sala.

Era o irmão de Hades. Poseidon.

— Buon giorno. — Disse em um perfeito italiano. — Espero que aprecie a combinação de salmão e queijo. — Ele serviu as duas mulheres uma porção bem caprichada. Depois, voltou para a cozinha.

— O que está acontecendo aqui? — Maria perguntou para Donatella, mas pelo olhar perdido, ela também não sabia o que era.

— Hades e Poseidon decidiram erguer a bandeira de paz. — Ela comentou. — Confesso que isso me anima, mas também estou com péssimo pressentimento.

Então Hades dentrou carregando uma bandeja. Donatella o interceptou com algumas perguntas, mas ele não as respondeu. Pelo menos não da maneira que ela queria.

Mais tarde, quando todos estavam à mesa, chegou Calyce e Átila. A deusa sentou ao lado de Maria e Átila próximo de seu pai, na outra extremidade da mesa.

— Hoje o dia está perfeito para um passeio de barco. — Poseidon era um homem bonito e atraente.

Maria não conseguia enxergar alguma semelhança entre os irmãos, embora Hades fosse tão atraente quanto. Ela apenas observou eles interagirem. Eram como pessoas normais. Características estranhas para deuses do Olimpo.

E com a sugestão do deus dos mares, todos estavam a bordo do Princesa Marrie. O barco de Poseidon. Possuía esse nome em homenagem à uma de suas filhas morta na Revolução Francesa em 1790.

Maria não soube controlar sua curiosidade e por isso sentou-se ao lado do deus, que atirava uma vara de pescar no mar. Ele vestia roupas simples e um chapéu de pesca.

— Marrie era uma menina muito inteligente. Ela conseguiu fugir da França com a ajuda de seu primo, Pierre. Mas infelizmente eles não sobreviveram à um ataque de monstros.

— Porque você não a salvou? — Para Maria, não fazia sentido um deus observar de longe a morte de um de seus filhos, mas a verdade era muito dolorosa.

— Maria, cante para nós. — Sugeriu Átila, que carregava em suas mãos uma das câmeras de filmagem. Ela sorriu tímida, mas a timidez passou em segundos quando começou a cantar.

Hades estava na proa do navio, observando o horizonte. Maria se aproximou, enquanto Átila a seguia com a câmera, filmando tudo.

Maria segurou as mãos do deus da morte e eles dançaram lentamente na melodia da música que ela cantava.

À noite, eles jantaram uma ceia preparada pela família de Poseidon. Àtila ficou responsável pela salada, Calyce pelo molho e o deus pelos peixes que pescou naquela tarde.

Um assunto desagradável referente a Guerra eminente causou um calafrio em Maria, ela não queria falar sobre aquele assunto durante a sobremesa, por isso, pediu licença da maneira mais educada que encontrou e dirigiu-se para seu quarto, sendo acompanhada por Cookie.

A cadela estava triste, porque não viajou de barco. Seu território não era a água, obviamente, por isso ela estava mais carente do que nunca. Maria prometeu que não a deixaria sozinha novamente.

Ela latiu, em resposta. Maria sorriu.

Era tarde da noite. Maria não estava com sono. Ela sentou na cadeira, diante da máquina de escrever e passou a datilografar uma série de pensamentos e ideias. Quando amanheceu, possuía um roteiro completo em suas mãos.

Mesmo sem muita confiança, entregou para Donatella ler. O roteiro foi muito bem recebido por ela, que corrigiu e sugeriu algumas alterações. Elas passaram o restante da semana trabalhando naquilo. E então, quando estava tudo pronto, Donatella prometeu que iria enviar o roteiro para um ótimo produtor que ela conhecia em Londres.

Assim que terminou de ler o texto, Hades passou alguns minutos em silêncio. Maria estava sentada na poltrona do escritório, aguardando o seu parecer. Foi uma tortura aguardar.

— Você tem uma pela peça aqui, cara mia. — disse por fim.

Maria sentiu um alívio,

— Não está dramático demais?

— O drama é a arte. Não se esqueça que ela nasceu na Grécia.

— Oh! Sim, as vezes eu me esqueço com que estou conversando.

— Eu espero que não se esqueça nunca, minha bela. — Hades a convidou para se aproximar e beijou suas mãos quando ela estava somente alguns centímetros de distância. — Tenho planos para nós esta noite.

— Ah é? O que seria?

— Queria que conhecesse um pouco a cidade.

— Oh! Não brinque com meus sentimentos querido.

Maria estava ansiosa para sair daquela ilha, apesar de ser um lugar seguro, precisava viver. Apreciar o mundo.

— Vamos ao teatro essa noite e amanhã poderemos conhecer o mercado da vila.

— Posso levar minha câmera e tirar várias fotos... — Ela se animou, fazendo seus planos. Hades apenas a olhava, agraciado por seu sorriso.

Como combinado, eles foram ao teatro. Foi a primeira aparição de Maria desde a morte de sua grande amiga Bianca, isso causou um furor intenso de fotógrafos e jornalistas. Ela fez questão de pousar para fotos e acenar para todos que a reconheceram. Deu autógrafos e em seguida entrou no teatro para assistir a peça.

Ela se emocionou com a encenação, foi até o camarim para cumprimentar os atores que a receberam com muita atenção. Retornando para a ilha, Maria estava silenciosa, deixando Hades curioso para saber o que se passava por sua cabeça. Ela não esclareceu aquela curiosidade, mas também não permitiu que ele fosse embora aquela noite.

Nos dias que se seguiram, Hades levou Maria para conhecer toda a Grécia. Viajaram pelas sombras. Na primeira vez, ela passou mal, mas não desanimou. Era incrível atravessar as sombras e chegar em outro lugar do mundo em segundos.

Foi no começo do inverno que Maria recebeu a notícia de que seu roteiro iria se transfomar em uma peça. Ela foi convidada para estrelar o papel principal. Sendo assim, deveria ir para a Inglaterra em poucos dias.

— Você não pode me prender aqui para sempre. — Ela disse, quando as malas estavam prontas e postas no saguão da mansão.

— Eu posso sim. — Hades respondeu. E quando ela o olhou desapontada, ele mudou de ideia. — Está bem, mas Cookie vai com você. Para protegê-la.

— Você achava mesmo que eu a deixaria para trás?

Hades a abraçou calmamente. Maria possuía aquela tranquilidade hipnotizante e era agradável estar em sua companhia, quase como uma presença divina. Ele tinha certeza de que ela seria uma maravilhosa deusa.

Eles se beijaram, mas Hades desapareceu antes de vê-la ir embora.


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Notas finais do capítulo

Fiquei um tempo sem postar a história para revisar, mas está quase em seu final.
Beijos