Liz Ou A Guardiã escrita por CR


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu estou tão contente! Parece que vocês estão a gostar da história, e isso me deixa feliz!!!
Temo que este capítulo não esteja muito bom, mas eu gostei de o fazer, porque falo um pouco da história dos Elfos.

Boa leitura!!!



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O Conselho da Noite

- Paremos! – Eles ouviram Gandalf dizer quando chegaram a um pequeno mato. – Daqui não poderemos avançar mais, está demasiado escuro. Encontremos um pequeno monte para montar o acampamento! – Mandou ele.

Liz e Boromir seguiram juntos à procura de abrigo que muito bem os guardasse.

- Encontrei! – Legolas fez-se ouvir pelos demais, que o olharam e tentavam seguir-lhe o olhar. – Não o veem? – Ele perguntou, olhando-os. – Perdoai-me, esqueço a minha visão de Elfo! Sigam-me!

Depois de chegarem ao local descoberto pelo loiro, o acampamento foi preparado com alguma demora. Os caminhantes estavam cansados das horas que passaram a andar e faziam as coisas com vagar. A noite caía e eles ansiavam pelo descanso.

- Temo que dois de nós tenham que ficar com o primeiro turno de vigia. Não temo ou pressinto qualquer perigo, mas a noite e estes tempos guardam muitas surpresas e arriscar a vida de algum de nós não desejo. – Gandalf falou e todos o fitaram.

- Eu aguento mais quatro horas de pé. – Liz ofereceu-se prontamente. – A minha visão é apurada, mesmo durante a noite. E um ponto a favor das mulheres é que elas têm um sexto sentido muito útil para alertá-las do perigo. – Ela disse, olhando para Legolas.

- Em ti, querida Liz, viajante pelo mundo, eu confio, mas nestes tempos tão perigosos, de um companheiro tu precisas. – Gandalf olhou-a.

- Se o cansaço toma conta de todos, eu fico bem sozinha. – Ela respondeu rapidamente.

- Eu fico contigo. – Ofereceu-se Pippin. – Se vier algum perigo, eu não o combaterei, mas poderei gritar bastante alto para que todos me ouçam e possam ajudar. – Todos se riram com divertimento.

- Obrigada, mestre Pippin, eu aceito a companhia. – Liz sorriu para ele.

- O próximo turno será meu e de Aragorn. – Gandalf informou. – Será de duas horas apenas, e o próximo será de Gimli e Boromir.

- Muito bem! – Gimli falou contente. Preferia Boromir a Legolas obviamente. Liz sorriu, pois não havia sido a única a perceber por que razão ele estava tão contente.

- Nem nesta comitiva podes esquecer conflitos antigos, Mestre Gimli? – Perguntou Legolas, cansado.

- Boa noite! – Falou Gimli, deitando-se e adormecendo imediatamente.

Liz e Pippin sentaram-se depois de todos se recolherem. Liz olhava para as estrelas, tentando-as contar, uma coisa que ela fazia já desde criança.

- Quantas é que já contaste? – Perguntou Pippin, observando o que ela fazia. Ela olhou-o.

- Muitas… - Liz respondeu, olhando-o. – E tu, Pippin? Quantas pensas que existem?

- Muitas… - Ele respondeu misteriosamente, fazendo-a sorrir. – Liz, posso confessar-te uma coisa? – Com o olhar, ela deu-lhe permissão para que continuasse. – Esta missão… bem sei que me ofereci para ela, mas tenho medo.

- É claro que tens medo. – Liz olhou para dentro da floresta atentamente. – Todos temos medo do desconhecido, e é isso que estás a enfrentar, Mestre Peregrin! No entanto, creio que muito valoroso tu és, por isso, a coragem não te faltará nos momentos mais importantes.

- És demasiado bondosa. – Ele sorriu, encolhendo-se.

- Estás com frio? – Perguntou ela, olhando-o e analisando-o.

- Um pouco. – Ele respondeu. Ela passou-lhe uma manta que estava a seu lado e cobriu-o. – Obrigado!

- Como Hobbit não deves estar habituado a estes desconfortos, não é? – Perguntou ela, voltando o seu olhar para a floresta.

- Tens razão, não estou habituado, mas espero que me habitue rapidamente, porque, segundo me parece, isto vai durar algum tempo. – Ele respondeu, olhando para a floresta também. Os seus olhos pesavam, o sono chegava, ainda mais quente como ele estava agora. – Sabes? Acho que Gimli tem razão ao te ter dado o nome de a fogueira. Sinto-me quente. – Ele abriu a boca preguiçosamente. Liz sorriu de lado. – Sabes muitas histórias de Elfos, Liz? Eu não sei nenhumas e anseio por saber. Em Rivendell falavam de uma, a de Beren e Lúthien, também conhecida por Tinúviel. Que história é essa?

- Uma bela história de amor entre um Humano e uma Elfo. A primeira história de amor entre essas duas raças. – Ela respondeu.

- A sério? – Ele parecia surpreendido. – O amor entre eles não é proibido?

- No coração ninguém comanda, Mestre Pippin. – Ela sorriu abertamente. – E, se há algo maior que o destino, é o amor. – Ela rodou o olhar, vendo toda a floresta. – Mas nada proíbe a união entre essas duas raças.

- Mas é estranho! – Ele exclamou. – Os Elfos têm vida eterna, e os Humanos não.

- É verdade… - Ela concordou. – Mas não é tão estranho assim… Nunca te perguntaste por que razão é Elrond chamado de Meio Elfo?

- Ele é filho de Beren e Lúthien?

- Não! – Ela respondeu. – Ele é fruto indireto de uma outra história de amor entre Elfo e Humano. Entre Tuor, filho de Huor da casa de Hador, e Idril, filha de Turgon, rei da cidade oculta de Gondolin. Eles tiveram um filho chamado Eärendil, que se casou com Elwing, neta de Beren e Lúthien.

- Que complicado! – Exclamou ele.

- Um pouco! – Ela acenou, concordando. – Mas os Elfos são imortais e pouca da sua História é perdida. As raças mortais acabam por perder muitas histórias, mas não os imortais.

- Mas então, como foi isso? – Pippin perguntou-lhe. – Como foi a história de Beren e Lúthien? Fazes-me um resumo?

- Posso fazer… - Ela suspirou. – Beren era um homem corajoso, destemido, mas que sofreu muito. No entanto, quando ouviu Lúthien cantar, apaixonou-se perdidamente, e quando ela o viu, também se apaixonou por ele. Apaixonante é a história deles, e envolve a Silmaril…

- Mas eles ficaram juntos mesmo?

- Beren morreu, mas ficou esperando que Lúthien fosse ter com ele ao palácio de Mandos, e ela foi. – Liz olhou para o Hobbit. – Mestre Pippin, Lúthien foi a única Elfo a morrer de facto, porque ela escolheu voltar à Terra Média com Beren e viver como uma mortal.

- Isso é terrível.

- Sim… Foi terrível para os Elfos, pois perderam a mais bela do seu povo para a morte que a eles não afeta. – Ela concordou. – Mas foi aquilo que o seu coração quis.

- E quanto a Idril? Ela não morreu mesmo também?

- Ah… - Liz sorriu. – Aí, Mestre Pippin, aconteceu o contrário. Tuor foi para as Terras Imortais junto com a mulher.

- De um certo modo, ficaram quites...

- Talvez! – Ela concordou. – No entanto, apesar de o destino de Tuor se ter separado do dos Humanos, quem mais sofreram foram os Elfos com Lúthien.

- Há mais alguma história de amor entre Elfos e Humanos?

- Sim… A de Ibetu e Melody. – Respondeu Liz, pensando nos pais.

- Ibetu? Ele estava em Rivendell, mas não vi sua mulher. – Liz mordeu o lábio inferior.

- Melody morreu há quase 23 anos, Mestre Pippin. – Ela respondeu com alguma melancolia. – Mataram-na.

- Porquê?

- Porque existem muitas criaturas que anseiam por poder custe o que custar. – Ela respondeu. – Se pessoas anseiam pelo Anel Um para conseguir governar o mundo, Mestre Pippin, outras procuram o único Anel capaz de derrotar o Olho de Sauron para sempre, com a ilusão de que, com ele, serão invencíveis.

- Melody tinha esse Anel?

- Não! Mas a filha dela com Ibetu tem-no. Liz é o nome dela, e de Guardiã da Paz ela é chamada, porque guarda o Anel da Paz. – Liz sentiu o seu anel por debaixo do vestido.

- E pensar que existem mais histórias para saber… - Pippin falou com preguiça. – Elrond vai para as Terras Imortais?

- Quando se cansar da Terra Média é esse o seu destino, pois ele escolheu ser do povo Élfico. – Liz olhou, de novo, para a floresta. – Mas os seus filhos podem escolher entre ficar na Terra Média e tornar-se mortais, ou partir com o pai.

- A senhora Arwen…

- Há muito selou seu destino, Mestre Pippin. – Ela completou. – No entanto, muitas surpresas se apresentam no caminho do Destino que os próprios Valar desconhecem. – Ela falou misteriosamente, e o silêncio se abateu sobre eles.

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- Muitas histórias sabes… - Liz viu Legolas sentar-se ao seu lado. – E adormeceste Pippin com elas… Quanta responsabilidade! – Legolas tinha sempre ironia em suas palavras.

Pippin adormecera de facto, mas adormecera por cansaço e pelo silêncio que se instalara entre os dois, mas Liz nada disse para contrariar o Elfo.

- Não sabia que conhecias tão bem a história da Guardiã da Paz…

- Mestre Elrond contou-ma quando acordei em Rivendell. – Ela respondeu seguramente, sabia que Legolas desconfiava que ela poderia ser a Guardiã.

- Ah… - Ele suspirou, brincando involuntariamente com o anel em seu dedo. – E contou-te todas as outras histórias também, inclusive a dele?

- Não, essas eu sabia, são antigas o suficiente para se espalharem pelos locais por onde caminhei nesta minha vida. – Ela olhou-o. – E procuro saber mais, inclusive histórias de amor. – Liz parou os movimentos de Legolas, olhando bem o anel de flores, como se se concentrasse. – Quem vai descobrir primeiro o amor que assolou todas essas almas? Eu ou tu, Legolas?

O olhar do Elfo afundou-se no olhar da mulher, tentando compreender o significado das suas palavras.

- Também tu o buscas, eu posso vê-lo. – Ela explicou, sentindo o seu rosto corar com um olhar tão analisador e atento.

- Fazes-me recordá-la… - Ele suspirou, mais para si do que para ela.

- Legolas…

- Liz, o teu turno acabou. – Ela sentiu a mão de Aragorn no seu ombro ao mesmo tempo que a mão de Legolas a deixava. – Vejo que Pippin adormeceu. Que bom que lhe fizeste companhia, meu bom Legolas! – Aragorn sorriu. – Agora, ide, eu e Gandalf tomaremos conta de nós agora.

- Ah, querida Liz, aceita um conselho deste a quem podes considerar amigo: Nem sempre a noite é boa conselheira. – Gandalf falou.

Liz levantou-se acenando apenas e indo-se deitar ao lado de Boromir, cobrindo-se com uma manta grossa e pensando nas palavras de Gandalf. A noite escura, iluminada somente pelas estrelas quase a fizera revelar a Legolas que era a Guardiã. Mas ela sabia que seria um erro se o fizesse. Legolas e ela haviam-se conhecido há muitos anos, quando ela era ainda uma criança, e ele preocupara-se com ela, mas Liz sabia que agora ele não acreditava que ela pudesse fazer algo pela Terra Média. E tudo o que Liz menos queria era mais uma razão para Legolas a odiar.

Qual a história dos anéis de flores de Liz e Legolas????

::::::::::::::::Espaço de Agradecimentos:::::::::::::::

Quero agradecer a todos os que favoritaram a fanfic:

Nadine Ribeiro, Osha Selvagem, Aninha Paula Fonseca, Textura Aspera e Tathiane Rodrigues de Souza.

e também à recomendação de Tathiane Rodrigues de Souza: vocês me emocionou, viu? Foi muito bom ler sua recomendação.

e aos comentadores:

Mithrandir: eu também adoro Gandalf, mas só o vou explorar um pouco mais depois da sua queda em Moria e do seu teste, tá bom? Mas não desista da história! E muito obrigada pelos seus comentários.

Tathiane Rodrigues de Souza: O que dizer? Você é incrível mesmo! Adoro ler seus reviews! Também amo o Boromir que eu fiz, mas prefiro o Legolas. Vamos ver onde tudo isto vai dar, sim? Muito obrigada!

Nadine Ribeiro: Que bom que gosta de o senhor dos anéis, significa que tem bom gosto! Continue lendo! Obrigada pelo comentário que deixou.

Elven Princess of Mirkwood: Vamos ver no que esse triângulo amoroso vai dar mesmo! Sei que está esperando que logo logo o Legolas descubra sobre Liz... Ainda vai demorar, mas eu prometo que vou tentar ser rápida nas atualizações para não demorar tanto, tá bom? Muito obrigada por seus comentários!!

NathaliaLopezLobo: Obrigada por seu comentário aqui também! Continue lendo!

Aline: Adoro o seu nome, sabia? Bem vinda à história e muito obrigada!

Black Angel: Para Black Angel, o seu comentário é bem fofo, viu? Amei! Muito obrigada! E continue lendo e deixando suas reviews!


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Notas finais do capítulo

Eu sei que este capítulo não tá muito bom, mas quero reviews, hein!!!

Então? Qual história do anel de flores? Alguns palpites?

Kiss kiss,

CR, a autora